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“A teoria da formação dos conceitos e julgamentos nas ciências naturais define o ​objeto

natural de acordo com os seus traços constitutivos, e apreende o ​objeto ​do conhecimento em
sua dependência da função cognitiva” (p. 02)

“Em vez de constituir-se em um veículo do conhecimento filosófico, a linguagem,


aparentemente, por vezes transformou-se na arma mais poderosa do ceticismo filosófico.” (p.
03)

“o caráter multifacetado dos fenômenos linguísticos.” (p. 05)

“O ponto de partida da especulação filosófica é marcado pelo conceito do ​ser​. No momento


em que este conceito se constitui como tal, quando, em oposição à multiplicidade e
diversidade das coisas existentes, a consciência desperta para a unidade do ser, é a partir
deste instante, tão somente, que surge a maneira especificamente filosófica de considerar o
mundo.” (p. 11)

“Aquilo que se denomina de essência, de substância do mundo, em vez de transcendê-lo


basicamente, constitui apenas um fragmento deste mesmo mundo. Um aspecto do ser,
particular, específico e limitado, é isolado, e a partir dele procurar-se deduzir e ​explicar
geneticamente todo o resto. Pela sua forma geral, tal explicação permanece sempre
enquadrada nos mesmos limites metodológicos, por mais que possam variar seus conteúdos.”
(p. 11)

[pós Platão]: “A explicação mítica, cosmológica, deve agora ser superada pela explicação
verdadeira, dialética, que não mais se prende à simples ​existência ​do ser, buscando, ao invés,
tornar visível o seu ​sentido i​ ntelectual, a sua organização sistemática e teleológica.” (p. 13)

“Somente quando o ser vem a ter o sentido rigorosamente definido de um ​problema​, o


pensamento vem a ter o sentido e o valor rigorosamente definidos de um ​princípio.​ Ele não
mais acompanha apenas o ser, e já não constitui uma simples reflexão ​sobre ​o ser: pelo
contrário, é a sua própria forma interna que determina a forma interna do ser.” (p. 13)

“Sempre que a visão realista do mundo se contenta em afirmar que determinada natureza
última das coisas representa o fundamento de todo conhecimento, o idealismo incube-se de
transformar esta mesma natureza em uma questão pertinente ao pensamento.” (p. 13)

“aquilo que a ciência designa como sendo o seu ​ser ​o seu ​objeto ​não aparece mais como um
fato simples e não analisável; o que se verifica é que cada nova maneira de enfocá-lo, cada
nova abordagem revela um aspecto novo. Assim sendo, o rígido conceito do ser parece fluir,
por assim dizer, e diluir-se em um movimento generalizado - e a unidade do ser já não pode
ser concebida como início deste movimento, mas tão somente como meta a ser atingida.” (p.
14)
“Os conceitos fundamentais de toda e qualquer ciência, os meios pelos quais propõe as suas
questões e formula as suas soluções não mais se apresentam como ​reproduções ​de um dado
ser, e sim como símbolos intelectuais por ela mesma criados.” (p. 14)

[apud Heinrich Hertz]: “Na realidade, não sabemos, e tampouco dispomos dos meios para
tanto, se as nossas representações das coisas têm algo em comum com as mesmas, além
daquela relação fundamental” (p. 15)

“no lugar da exigência de semelhanças de conteúdo entre imagem e coisa, surgiu agora a
expressão altamente complexa de uma relação lógica, uma condição intelectual geral, que
deverá ser satisfeita pelos conceitos básicos do conhecimento físico. O seu valor não reside
em refletir uma dada existência, e sim no que proporcionam como instrumentos do
conhecimento, na unidade dos fenômenos que estes mesmos produzem a partir de si
próprios.” (p. 15)

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