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natural de acordo com os seus traços constitutivos, e apreende o objeto do conhecimento em
sua dependência da função cognitiva” (p. 02)
[pós Platão]: “A explicação mítica, cosmológica, deve agora ser superada pela explicação
verdadeira, dialética, que não mais se prende à simples existência do ser, buscando, ao invés,
tornar visível o seu sentido i ntelectual, a sua organização sistemática e teleológica.” (p. 13)
“Sempre que a visão realista do mundo se contenta em afirmar que determinada natureza
última das coisas representa o fundamento de todo conhecimento, o idealismo incube-se de
transformar esta mesma natureza em uma questão pertinente ao pensamento.” (p. 13)
“aquilo que a ciência designa como sendo o seu ser o seu objeto não aparece mais como um
fato simples e não analisável; o que se verifica é que cada nova maneira de enfocá-lo, cada
nova abordagem revela um aspecto novo. Assim sendo, o rígido conceito do ser parece fluir,
por assim dizer, e diluir-se em um movimento generalizado - e a unidade do ser já não pode
ser concebida como início deste movimento, mas tão somente como meta a ser atingida.” (p.
14)
“Os conceitos fundamentais de toda e qualquer ciência, os meios pelos quais propõe as suas
questões e formula as suas soluções não mais se apresentam como reproduções de um dado
ser, e sim como símbolos intelectuais por ela mesma criados.” (p. 14)
[apud Heinrich Hertz]: “Na realidade, não sabemos, e tampouco dispomos dos meios para
tanto, se as nossas representações das coisas têm algo em comum com as mesmas, além
daquela relação fundamental” (p. 15)
“no lugar da exigência de semelhanças de conteúdo entre imagem e coisa, surgiu agora a
expressão altamente complexa de uma relação lógica, uma condição intelectual geral, que
deverá ser satisfeita pelos conceitos básicos do conhecimento físico. O seu valor não reside
em refletir uma dada existência, e sim no que proporcionam como instrumentos do
conhecimento, na unidade dos fenômenos que estes mesmos produzem a partir de si
próprios.” (p. 15)