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Para o evento convidou toda a nobreza das cidades vizinhas. O cozinheiro fez tudo quanto de mais
fabuloso lhe ocorreu. E nada lhe faltou para isso. Só falhou num pormenor: esqueceu o bolo da sobremesa
no forno, e este acabou carbonizado. O cozinheiro entrou em desespero, pois talvez sua cabeça estivesse em
jogo com tão imprevisível patrão. Essa foi a hora em que surgiu um pobre ajudante de cozinha, do qual só se
conhece o nome de Toni.
Com o pouco que tinha sobrado na despesa, Toni propôs fazer um pão doce de acordo com uma receita
que possuía. Dito e feito, o pão foi servido na mesa dos magnatas, espionados pelo aterrorizado cozinheiro.
O entusiasmo dos potentados não teve igual. O cozinheiro foi chamado no ato para explicar a iguaria. Sem
saber o que dizer ele balbuciou:
– “É o pão de Toni...”.
E assim nasceu o termo “panetone”, era o “pão de Toni”! Sua receita já tem mais de 500 anos e é
apreciada no mundo inteiro.
Esse pão tinha também sua história impregnada de caridade católica. Na época, o pão de farinha
branca era raro e caro, quase exclusivo dos nobres. Porém, no Natal, aristocratas e plebeus ganhavam de
graça o mesmo pão de farinha branca, enriquecido com frutas e outros elementos, oferecido graciosamente
pelos padeiros da região.
Árvore de Natal, árvore de Cristo
Depois do Presépio, a Árvore de Natal é o símbolo mais expressivo da época natalina — sobretudo em
tempos passados, nos quais o aspecto comercial do Natal não era tão protuberante e agressivo. O inventor da
árvore de Natal foi São Bonifácio, o apóstolo e evangelizador da Alemanha.
Aproximadamente no ano 723, São Bonifácio viajou
com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa
Saxônia. O Santo e seus companheiros chegaram à aldeia na
véspera de Natal, bem a tempo para interromper o sacrifício.
Com seu báculo de bispo na mão, São Bonifácio se
aproximou dos pagãos que estavam reunidos na base do
Carvalho do Trovão e lhes disse: “Aqui está o Carvalho do
Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do
Thor, o deus falso”.
O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno
menino que tinha sido entregue para o sacrifício. Mas, São
Bonifácio estendeu seu báculo para impedir o golpe e
milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a vida deste menino.
Esse acontecimento é considerado o início formal
da cristianização da Alemanha. Na queda, o carvalho
destruiu tudo o que ali se encontrava, menos um
pequeno pinheiro. São Bonifácio interpretou esse fato
como um milagre. Era o período do Advento e, como
ele pregava sobre o Natal, declarou: “Doravante, nós
chamaremos esta árvore de árvore do Menino Jesus”.
O costume de plantar pequenos pinheiros para
celebrar o nascimento de Jesus começou e estendeu- se
pela Alemanha. E no século XIX, a Árvore de Natal —
também conhecida em alguns países europeus como a
“Árvore de Cristo” — espalhou-se pelo mundo inteiro
como símbolo da alegria própria ao Natal para se
festejar o nascimento do Divino Infante.
Ao trazer um pinheiro a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar o nascimento do
Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o que hoje conhecemos como a árvore de
Natal.
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