Você está na página 1de 3

Colégio Arautos do Evangelho - Campos

Professor : Valdeci Silva Izabel Junior


Disciplina: História
Data: 05/12/2017 3º Trimestre
Costumes de Natal
 Como nasceu o Panettone: sorriso da alma católica medieval
Panettone, como tantos outros costumes católicos
ligados ao Natal, teve sua origem em plena Idade Média,
na Lombardia, Itália. Tipicamente ele tem uma base
cilíndrica com cerca de 30 cm de altura, a qual termina
numa espécie de cúpula como que extravasando de sua
forma original. Composto de água, farinha, manteiga,
ovos, frutas cristalizadas, cascas de laranja e cedro, além
de uvas passa e muita imaginação, a tradição lhe atribui
diversas origens.

Uma das versões mais respeitadas atribui a origem


da receita aos tempos que governava Milão o turbulento duque Ludovico Maria Sforza, dito o Mouro (1452
– 1508). O belicoso Ludovico, já renascentista em espírito, encomendou um suntuoso jantar de Natal que
devia coroar sua glória como duque da poderosa cidade de Milão.

Para o evento convidou toda a nobreza das cidades vizinhas. O cozinheiro fez tudo quanto de mais
fabuloso lhe ocorreu. E nada lhe faltou para isso. Só falhou num pormenor: esqueceu o bolo da sobremesa
no forno, e este acabou carbonizado. O cozinheiro entrou em desespero, pois talvez sua cabeça estivesse em
jogo com tão imprevisível patrão. Essa foi a hora em que surgiu um pobre ajudante de cozinha, do qual só se
conhece o nome de Toni.

Com o pouco que tinha sobrado na despesa, Toni propôs fazer um pão doce de acordo com uma receita
que possuía. Dito e feito, o pão foi servido na mesa dos magnatas, espionados pelo aterrorizado cozinheiro.
O entusiasmo dos potentados não teve igual. O cozinheiro foi chamado no ato para explicar a iguaria. Sem
saber o que dizer ele balbuciou:

– “É o pão de Toni...”.

E assim nasceu o termo “panetone”, era o “pão de Toni”! Sua receita já tem mais de 500 anos e é
apreciada no mundo inteiro.

Um costume medieval existente já no século IX animava as festas natalinas no território milanês.


Todas as famílias se reuniam em volta da lareira, aguardando que o pater familias – o fundador ou herdeiro
do fundador da família – dividisse “un pane grande” e oferecesse um pedaço a todos os presentes em sinal de
união familiar.

Esse pão tinha também sua história impregnada de caridade católica. Na época, o pão de farinha
branca era raro e caro, quase exclusivo dos nobres. Porém, no Natal, aristocratas e plebeus ganhavam de
graça o mesmo pão de farinha branca, enriquecido com frutas e outros elementos, oferecido graciosamente
pelos padeiros da região.
 Árvore de Natal, árvore de Cristo
Depois do Presépio, a Árvore de Natal é o símbolo mais expressivo da época natalina — sobretudo em
tempos passados, nos quais o aspecto comercial do Natal não era tão protuberante e agressivo. O inventor da
árvore de Natal foi São Bonifácio, o apóstolo e evangelizador da Alemanha.
Aproximadamente no ano 723, São Bonifácio viajou
com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa
Saxônia. O Santo e seus companheiros chegaram à aldeia na
véspera de Natal, bem a tempo para interromper o sacrifício.
Com seu báculo de bispo na mão, São Bonifácio se
aproximou dos pagãos que estavam reunidos na base do
Carvalho do Trovão e lhes disse: “Aqui está o Carvalho do
Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do
Thor, o deus falso”.
O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno
menino que tinha sido entregue para o sacrifício. Mas, São
Bonifácio estendeu seu báculo para impedir o golpe e
milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a vida deste menino.
Esse acontecimento é considerado o início formal
da cristianização da Alemanha. Na queda, o carvalho
destruiu tudo o que ali se encontrava, menos um
pequeno pinheiro. São Bonifácio interpretou esse fato
como um milagre. Era o período do Advento e, como
ele pregava sobre o Natal, declarou: “Doravante, nós
chamaremos esta árvore de árvore do Menino Jesus”.
O costume de plantar pequenos pinheiros para
celebrar o nascimento de Jesus começou e estendeu- se
pela Alemanha. E no século XIX, a Árvore de Natal —
também conhecida em alguns países europeus como a
“Árvore de Cristo” — espalhou-se pelo mundo inteiro
como símbolo da alegria própria ao Natal para se
festejar o nascimento do Divino Infante.
Ao trazer um pinheiro a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar o nascimento do
Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o que hoje conhecemos como a árvore de
Natal.
***

“Repousais Senhor, em vosso misérrimo e


augustíssimo presépio, sob os olhos da Virgem,
vossa Mãe, que vertem sobre Vós os tesouros de
respeito e de carinho. Jamais uma criatura adorou
com tão profunda e respeitosa humildade o seu
Deus. Nunca um coração materno amou mais
ternamente seu filho. Reciprocamente, jamais Deus
amou tanto uma mera criatura.”
Plinio Corrêa de Oliveira
Santo e Feliz Natal!

Você também pode gostar