Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 6

Forum da Aula: Aula demonstrativa

Prof.:Lauro Escobar

[Enviar Pergunta]

Olá Profº Lauro, suas aulas são excelentes, com elas finalmente o Direito
Civil fico bem mais fácil! Estou com as seguintes dúvidas: 1) Professor, na
pág. 26, há afirmação de que o CC "apesar do nome, trata-se de Lei
Ordinária", mas maioria dos códigos não são LO's mesmo (como o Código
Eleitoral, o CTN, o CPC e tantos outros)? 2) Na pág. 33, dessa aula
demonstrativa, no primeiro parágrafo, onde se lê "Quase todas as leis que
entram em vigor, possuem, também vigência". Não seria eficácia? 3)
Aluno
Professor, nos critérios para a solução de antinomias aparentes, como se
resolve na existência de um conflito simultâneo entre os critérios da
especialidade e o hierárquico? 4) E na questão 42, em seu item II, afirma o
seguinte: "A lei nova, que estabeleça disposições gerais e especiais a par das
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior." Não seria: "disposições
gerais ou especiais" Agradeço antecipadamente suas respostas. Cristiano
Roberto
Cristiano - Muito obrigado, de coração, pelos seus elogios... Espero que não
só esta aula, mas todas deste curso lhe agradem e sejam úteis aos seus
objetivos. Quanto às suas indagações. 01) Você está correto em sua
observação. Apenas fiz aquela afirmação porque alguns alunos já me
perguntaram se um Código (seja ele qual for) deve ser elaborado segundo as
solenidades de uma Lei Ordinária ou de uma Lei Complementar... ou mesmo
se seria uma outra espécie normativa. Na realidade não existe a espécie
normativa "Código". O que ocorre é que ele é uma lei única que geralmente
dispõe de um mesmo ramo do Direito, como o Código Civil, Penal,
Professor
Tributário, etc.. ou sobre um tema específico, como o Código de Defesa do
Consumidor, etc. 02) Correto - boa observação. O certo é constar eficácia (e
não vigência). Vou alterar nos meus originais... 03) Neste caso prevalece o
hierárquico. 04) Correto. Para que o texto da questão fique igual ao da LICC
deve ser utilizado a conjunção coordenativa alternativa ou disjuntiva "ou" e
não a conjunção coordenativa aditiva sindética "e". Isso pode parecer
brincadeira... mas de fato é uma situação que pode fazer muita diferença em
um concurso. Já vi muitas questões em que a diferença entre uma ou outra
alternativa estava exatamente neste fato. Parabéns pela observação. Abraços.
Oi Professor, primeiramente parabenizo pelo excelente curso, e também
Aluno gostaria de saber se vc tambem ministra processo civil? E se há alguma
previsão do Ponto dos concursos promoverem o curso regular dessa matéria?
Rodrigo - Inicialmente, obrigado, de coração, pelos seus elogios. Espero que
você goste de todas as aulas que estão sendo ministradas. Em relação à sua
dúvida: não ministro aulas de Processo Civil aqui no Ponto dos Concursos.
Professor Mas tenho certeza que o curso dispõe de excelentes professores nesta matéria.
Também não sei informar se há cursos regulares desta matéria. Talvez fosse
interessante você entrar em contato direto com a coordenação do curso.
Qualquer dúvida estamos às ordens. Um grande abraço.
Professor, qual bibliografia o Sr recomenda para um concurso a nível de
Aluno
magistratura federal, DPU, PFN, etc.?
Alan - Quando eu me preparei para o concurso da Procuradoria do Estado e
depois para a Magistratura, estudei pela coleção da Maria Helena Diniz
(como você deve saber, passei em ambos os concursos). Muitos alunos a
criticam, dizendo que ela cita muita gente... No entanto penso que é esse o
Professor forte dela. Citando diversos autores sobre um tema, você não precisa ficar
lendo diversos autores. Por outro lado, gosto muito da redação do
Carlos Roberto Gonçalves. Ele é claro, objetivo e não é "rebuscado". Mas, já
tive alunos que passaram estudando apenas com as aulas do Curso Regular,
pois ele é bem completo. Bons estudos.
Olá professor,a coisa julgada prevista na LICC refere-se à imutabilidade da
Aluno decisão judicial adquirida apenas depois de ultrapassado o prazo decadencial
para a propositura da ação rescisória?
Alan - Na realidade, não. A coisa julgada (chamada de material) prevista na
LICC, embora isso não esteja previsto expressamente na lei, se refere apenas
à possibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em
qualquer outro. Terminado o processo, seja porque o mesmo chegou até a
última instância, seja porque a parte não recorreu da sentença, forma-se a
coisa julgada. E depois de formada a coisa julgada, nenhum outro juiz poderá
Professor
concluir sobre aquele matéria de maneira diversa. No entanto a ação
rescisória que você mencionou em sua questão é reputada como uma exceção
(alguns autores chamam de relativização da coisa julgada). Ou seja, no prazo
de dois anos a coisa julgada (que já se concretizou) poderá ser atingida, por
meio da ação rescisória, desde que tenha ocorrido alguma das hipóteses
previstas na lei. Um abraço.
Professor, a ordem jurídica brasileira admite o costume como recurso de
Aluno
integração?
Alan - Sim. São formas de integração da norma jurídica: analogia,
costumes e princípios gerais de direito. E mais! O costume além de ser uma
Professor
forma de integração, é também uma fonte de direito. Veja na aula as três
modalidades de costume. Bons estudos e um abraço.
Aluno Olá professor, no que consiste a lex damni e quais são os seus efeitos?
Alan - O termo "lex damni" é usado no Direito Internacional. Esse ramo do
Direito possui regras muito específicas, que nem sempre se aplicam ao
Direito Interno. Muitas vezes um ato é praticado em um determinado País,
mas as consequências atingem pessoas de outros Países. Um exemplo que me
veio à mente agora (embora não se aplique exatamente à sua questão) é a do
Professor "Wikileaks", que está causando transtornos ao mundo inteiro. Pois bem... Se
um ato foi praticado nos EUA, mas produziu consequência no Brasil, que lei
deve ser aplicada? A dos EUA? ou a do Brasil? O termo "lex damni" indica
que a lei a ser aplicada quando da prática de um ato ilícito e o dever de
indenizar quem tenha sido atingido por ele, deve ser a do local onde se tenha
produzido as consequências deste ato ilícito. Um abraço.
Olá professor, aqui é o Clid Maciel, estou de volta para mais uma aventura
Aluno
pelo mundo do Civil. E vamos nessa!
ProfessorOK Clid.... Aventure-se... Vamos nessa... Abraços e bons estudos.
Aluno Muito obrigada! Todas as dúvidas foram muito bem esclarecidas.
ProfessorOK! Estamos às ordens. Um abraço.
Aluno Olá Professor, Me matriculei no curso agora e estou com algumas dúvidas,
são elas: 1) Na Teoria Tridimensional do Direito, quanto ao valor, posso dizer
que este é o Direito Natural? Já que ele é o elemento moral do Direito. 2) O
Sr. fala que o Direito Privado possui normas dispositivas e supletivas (pág.
14). Em outro momento o Sr. fala que normas dispositivas ou não-cogentes
podem ser permissivas ou supletivas (pág. 24), ou seja, posso dizer que
normas dispositivas são normas permissivas? 3) o Sr. pode fazer uma breve
diferença entre jurisprudência e súmula, me confundi um pouco com o
conceito das duas por achar que são bem parecidos. Posso dizer que súmula é
um conjunto de jurisprudências de determinado Tribunal? 4) Por fim, será que
o sr. pode me esclarecer os termos "de ofício" e "ex ofício". Desde já, muito
obrigada.
Luciana - Não importa quando você se matriculou no curso... estamos aqui
exatamente para tirar suas dúvidas. Tem sempre um aluno novo entrando no
curso... Até o final do curso sei que será assim... Sem problemas... Só peço
que tenha um pouco de paciência comigo nas respostas (em relação ao
tempo), pois costumo abrir as aulas anteriores uma vez por semana. Cada
semana aumenta o número de aulas passadas e devo monitorá-las todas, para
que nenhuma pergunta fique sem resposta. OK? Vamos à suas indagações. Na
primeira a resposta é sim, ou seja, sendo o valor o elemento moral do direito,
é ele parte integrante do Direito Natural. Mas veja (embora pela sua
indagação deu para perceber que você entendeu o que eu quis dizer): para se
entender a teoria devemos integrar os três elementos e não considerá-los de
forma isolada. Na segunda indagação, diria que você está certa. No entanto, o
que foi colocado na pág. 14 é em sentido amplo. Já na pág 24 é uma simples
classificação das normas. Terceira: uma causa é submetida a juizo; decide-se
Professor de uma forma; anos mais tarde temos diversas decisões no mesmo sentido.
Formou-se a jurisprudência... Mas são tantas as decisões iguais que o
Tribunal resolve colocar essa jurisprudência por escrito, de forma
expressa. Temos agora a Súmula. Assim, Súmula é um verbete que registra a
interpretação pacífica adotada por um Tribunal a respeito de determinado
tema. O próximo passo é a súmula vinculante editada pelo Supremo. Veremos
algumas súmulas durante nosso curso. Quarto. De ofício ou "ex officio" são
expressões sinônimas; a segunda é a expressão em latim e a primeira é a sua
tradução. Ambas significam a prática de um ato oficial sem que haja uma
provocação. É o ato praticado por dever do cargo. Quando um funcionário é
removido de ofício, significa que a remoção foi feita sem que ele tenha
solicitado. A remoção foi feita atendendo interesses da administração.
Veremos depois que alguns atos o juiz só pode agir se for provocado; outros
ele pode agir de ofício, sem ser provocado (ex: quando reconhece a nulidade
absoluta de um ato processual). É isso! Um abraço. Bons estudos.
Professor, na questão 33 o Sr. diz que a alternativa correta é a letra c.
Todavia, na explicação daquela o Sr. afirma que está correta a afirmação de
Aluno
que a lei geral posterior somente revoga a lei especial quando expressamente
o declare. Sendo assim,a letra b também não estaria correta?
ProfessorPoliana - O art. 2º, §2º da LICC estabelece que "a lei posterior que revoga a
anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior". Por
isso afirmamos no gabarito que está correta a afirmação de que "a lei geral
posterior somente revoga lei especial quando expressamente o declare". De
fato isso está correto, embora existam outras situações que também causem a
revogação da lei. Observe que a letra "b" a que você se refere afirma que
"somente revoga a lei especial quando expressamente o declare". É a
expressão "somente" que está errada, pois como prevê o dispositivo citado,
existem outras situações. Concluindo: a letra "b" está errada pela colocação
da expressão "somente". OK? Abraços.
Olá professor, queria primeiro lhe parabenizar pelo curso, pois Vossa
Excelência aborda o tema com uma certa profundidade e ao mesmo tempo
com objetividade. Eu não entendi um determinado artigo do LICC e da CF
Aluno que diz que " a sucessão de bens de estrangeiro situados no Brasil será
regulada pela Lei brasileira em benefício do cônjuge e dos filhos brasileiros,
sempre que não seja mais favorável a lei pessoal do de cujus ". Nesse caso
aplica-se a lei mais favorável ou a do Brasil?
Jackson - Muito obrigado pelos elogios. Pessoalmente gosto muito desse
curso, pois podemos, com calma, abordar os temas de forma mais completa,
com certa profundidade (como você afirmou), sem perder a objetividade e
usando terminologias não tão técnicas como nos livros a respeito, para que
qualquer pessoa, mesmo que não ligada a área do direito possa entender. No
tocante à sua dúvida, você tem razão. A sua afirmação está prevista no art. 10,
§1º da LICC. Como vimos, a regra da sucessão por morte obedece à lei do
País em que era domiciliado o de cujus (falecido). Digamos que um holandês
veio para o Brasil, casou com uma brasileira, teve filhos brasileiros, adquiriu
bens e residia aqui. Passado algum tempo ele faleceu, deixando pais vivos na
Professor
Holanda. Como faremos a sucessão?? Ora como essa pessoa era holandesa,
mas residia aqui, a sucessão, no tocante aos bens aqui adquiridos, será feita de
acordo com a lei brasileira. Mas digamos que na Holanda a lei protege mais
a esposa e os filhos. Neste caso, pelo fato da lei favorecer, não à esposa ou os
filhos em si, mas aos brasileiros (que no caso concreto trata-se da esposa e
filhos), aplica-se a lei estrangeira. Assim, respondendo objetivamente sua
indagação: nesta situação aplica-se a lei mais favorável aos brasileiros. Na
prática isso é muito difícil de ocorrer. Mas na teoria pode ocorrer. Por isso os
examinadores gosta desta questão (examinadores adoram as exceções... e as
exceções da exceção...) Um abraço.
Olá professor Lauro. Fiquei com dúvida em duas coisas nesta lição: 1)
quando você disse que a arbitragem é um meio de defesa autônomo. Sempre
pensei que fosse heterônomo, já que um terceiro irá decidir a lide entre as
Aluno partes, diferentemente da conciliação ou mediação. 2) você mencionou que o
espaço físico da embaixada é território ficto de um país, mas a sede de uma
embaixada não é território nacional, ou seja, não é território do pais onde está
localizada? Estou meio confusa. Um abraço, Renata
ProfessorRenata - Quando utilizei o termo conciliação na aula, fiz de forma genérica o
mesmo ocorrendo em relação à arbitragem, pois tal tema será objeto de uma
aula bem mais adiante. Mas você tem razão quanto às diferenças dos
institutos, considerando-se os termos de uma forma técnica. E você tocou em
um ponto interessante, pois poucos autores fazem esta distinção. Ainda são
usadas impropriamente como sinônimas as expressões mediação, conciliação
e arbitragem. No entanto, como você bem ponderou são conceitos diferentes.
Vamos então deixar claro para todos os que leram esta resposta... Na
mediação, o mediador tenta estabelecer um diálogo entre as partes envolvidas
e depois trata do conflito entre eles para solucionar o impasse. Ele apenas
aproxima as partes para que negociem diretamente, reconhecendo e
identificando o conflito, para se chegar depois a uma solução. Na conciliação
já há a identificação clara do problema que deve ser resolvido. E o conciliador
participa, desenvolve esforços, com sugestões e propostas para o consenso
dos interessados diretos em resolver os conflitos. Nestes casos, não se impõe
soluções, por isso, como você mencionou, são meios autônomos. Já a
arbitragem surge no momento em que as partes não resolvem de modo
amigável a questão. Trata-se de um procedimento de natureza contenciosa e
informal. O árbitro substitui a vontade das partes e decide a pendência pela
confiança que foi depositada, daí ser considerado um meio heterônomo. Em
relação ás embaixadas, de fato há uma divergência doutrinária. Parte da
doutrina (especialmente de Direito Internacional) entende que elas fazem
parte do território onde estão. Ex: a embaixada da Grécia localizada em
Brasília paria parte do território brasileiro. Para esta corrente o que existe é
uma convenção que torna a sede da embaixada inviolável. Já para outros
autores, esta convenção faz com que este local seja considerado como
território grego. Isto porque a convenção seria a ficção jurídica, reputando-se
território o que material e geograficamente não o é. Assim as embaixadas
seriam um prolongamento (ficto) da nação. Por isso, em bora situadas em
países estrangeiros, são considerados (fitamente) como território nacional. Em
Direito Civil, praticamente há uma unanimidade: quando um ator deseja
fornecer exemplo de território ficto, menciona a embaixada. Um abraço.
Professor, fiquei em dúvida acerca do afirmado na página 45 (aula 00), no
segundo parágrafo, aonde há o exemplo de duas hipóteses de direito
adquirido, sendo que umas delas é a promessa com uma condição pré-
Aluno estabelecida:" eu lhe darei um carro se você passar no concurso". Entretanto,
ao final da página, no quarto parágrafo, há a menção que a mesma promessa
seja uma mera expectativa de direito, pois ainda não teria se incorporado ao
patrimônio do titular. Qual é o entendimento correto?
ProfessorDaniel - Na realidade você tem razão, pois da forma como o texto foi
redigido, pode dar a impressão de que há um conflito entre os parágrafos...
Ocorre que no exemplo "eu lhe darei um carro, se você passar no concurso",
devemos ter em mente que a pessoa já passou no concurso (e isso não ficou
bem claro na redação do texto). Ou seja, a pessoa já cumpriu com a sua parte
no trato; com isso já adquiriu direito ao carro. Sua observação foi ótima, pois
pesquisei e fui mais adiante, aprofundando o tema. Com isso, confirmei que
realmente há uma grande discussão doutrinária sobre a caracterização do
direito adquirido em relação às condições (no caso suspensivas). Volteremos
a este tema em outra aula. Mas como agora estamos falando sobre direito
adquirido, é interessante esclarecer que há duas correntes sobre a matéria. a)
A primeira recusam à conição suspensiva a natureza de direito adquirido
(Roubier e José Augusto): "... o direito condicional não é um direito
adquirido, uma vez que ele está suspenso e depende de um fato cuja
existência é incerta...". b) A segunda corrente, em lado oposto (Clovis
Bevilacqua) sustenta que "... embora dependente de um acontecimento futuro
e incerto, o direito condicional já é um bem jurídico, tem valor econômico e
social, constitui elemento do patrimônio do titular ...". Resumindo: o exemplo
dado em aula não ia tão longe na discussão... apenas tivemos intenção de
afirmar que cumprida a minha parte no trato, haveria direito adquirido ao
prometido. Mas sua observação foi muito oportuna para, não só clarear mais o
exemplo dado em aula, como para dizer que realmente há uma discussão
doutrinária sobre o tema (e quando o mesmo é polêmico, não se deve elaborar
questões objetivas, sob pena de correr o risco de anular alguma questão).
Obrigado e um grande abraço.

Você também pode gostar