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WELLINGTON FERREIRA MOTA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


KTZ ENGENHARIA

ARACAJU/SE
11/2018
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UNIVERSIDADE TIRADENTES
PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

WELLINGTON FERREIRA MOTA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


KTZ ENGENHARIA

Relatório de estágio supervisionado


apresentado à Universidade Tiradentes
como um dos pré-requisitos para a
obtenção do grau de bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Paulo Eduardo Silva


Martins

ARACAJU/SE
11/2018
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4

RESUMO

Neste relatório, apresentado pelo discente do curso de engenharia civil, Wellington


Ferreira Mota, serão explanadas as atividades desenvolvidas e realizadas por meio
do estágio obrigatório concedido pela empresa KTZ Engenharia, supervisionado
pelo Engenheiro Felipe Kreutz Barroso. O estágio tem como intuito agregar
conhecimentos e adquirir experiência, conciliando o conhecimento desenvolvido em
sala de aula com a prática em casos reais de desenvolvimento de projeto, tanto
arquitetônico, assim como os complementares, buscando a sua otimização. O
presente relatório visa apresentar as atividades praticadas pelo aluno no período de
estágio, tendo em vista que todas foram supervisionadas pelo engenheiro
responsável.

Palavras-chave: estágio, projeto, otimização, complementares.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema de compatibilização de projetos................................................14


Figura 2 – Planta baixa analisada para o projeto elétrico..........................................17
Figura 3 – Projeto elétrico..........................................................................................21
Figura 4 – Planta baixa para projeto hidrossanitário..................................................23
Figura 5 – Vista superior do projeto hidráulico...........................................................24
Figura 6 – Perspectiva isométrica do projeto hidráulico.............................................25
Figura 7 – Projeto sanitário........................................................................................26
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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Benefícios da compatibilização de projetos.............................................15


Tabela 2 – Levantamento quantitativo e potencial dos pontos de iluminação e
tomadas......................................................................................................................18
Tabela 3 – Dimensionamento da área de cada circuito.............................................19
Tabela 4 – Informações gerais dos circuitos..............................................................20
Tabela 5 – Legenda dos símbolos da planta baixa....................................................22
7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8

2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 9

3. OBJETIVO DO ESTÁGIO ......................................................................................... 10

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 11

4.1. PROJETO NA ENGENHARIA ...................................................................... 11

4.2. PROJETO ARQUITETÔNICO ..................................................................... 11

4.3. PROJETO ELÉTRICO ................................................................................. 12

4.4. PROJETO HIDROSSANITÁRIO .................................................................. 13

4.5. COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS ........................................................ 13

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ...................................................... 15

5.1. PROJETO ELÉTRICO ................................................................................. 16

5.2. PROJETO HIDROSSANITÁRIO .................................................................. 22

5.2.1. PROJETO HIDRÁULICO ....................................................................... 24

5.2.2. PROJETO SANITÁRIO ......................................................................... 25

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 27

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 28


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1. INTRODUÇÃO

O estágio é uma etapa de fundamental importância para a complementação


de aprendizado dos estudantes, pois é neste momento que se vê e deve pôr em
exercício os conhecimentos adquiridos em sala de aula, associando a teoria com a
prática, podendo o aluno atuar em diversas áreas da engenharia.
O objetivo do estágio é proporcionar aos alunos um instrumento de preparo
para a inserção do mesmo no mercado de trabalho, através de um ambiente
adequado de aprendizagem e acompanhamento pedagógico supervisionado.
(SANTOS, 2014).
Segundo a Lei 11.788, de 25 de Setembro de 2008, o estágio é um ato
educativo escolar, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação
para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos. Ainda segundo esta mesma lei, o
estágio pode ser obrigatório ou não, a depender das diretrizes curriculares da etapa,
modalidade e área de ensino.
O presente relatório visa descrever e ilustrar as etapas desenvolvidas pelo
acadêmico durante o período de estágio curricular obrigatório na área de engenharia
civil, atuando na área de produção de projetos arquitetônicos e projetos
complementares, buscando a sua otimização.
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2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A KTZ Engenharia Eireli é uma empresa multidisciplinar atuante no ramo de


avaliações, projetos, perícias, consultorias e incorporações, registrada no Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) sob o número 13.376-0 e no Conselho
de Arquitetura e Urbanismo (CAU) sob o número 37786-4.
A empresa presta serviço em todo o território brasileiro com a presença de
engenheiros e arquitetos especializados que oferecem soluções técnicas e
qualificadas em diversas áreas da engenharia e arquitetura, buscando um padrão de
atendimento eficiente e que denote a satisfação do cliente.
A sede da empresa fica localizada na Avenida Lions Club, nº 338, no bairro
Atalaia, no município de Aracaju/SE. Atualmente a empresa conta em sua equipe
com sete estagiários, sendo três atuando na área de engenharia civil e quatro de
arquitetura, sendo orientados e instruídos pelo engenheiro civil responsável Felipe
Kreutz Barroso, diplomado pela Universidade Tiradentes (Unit) no ano de 2016.
Devido a grande diversidade de áreas atuantes, os estagiários tiveram uma
ampla área para aprimoramento e demonstrar a qual o mesmo se desenvolveria
melhor e de uma forma mais capacitada sendo, posteriormente, designado a
desenvolver as atividades deste setor, sempre supervisionado e orientado pelo tutor.
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3. OBJETIVO DO ESTÁGIO

Este relatório tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas pelo


aluno durante o período de estágio supervisionado, demonstrando o que foi
praticado e os aprendizados adquiridos durante este tempo, pondo em prática os
conhecimentos teóricos obtidos ao longo da graduação, evidenciando a sua
importância no desenvolvimento do conhecimento do graduando, ilustrando os
projetos, arquitetônicos e complementares, que foram elaborados durante esse
período.
11

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1. PROJETO NA ENGENHARIA

Segundo Santos (2012), o projeto é um dos elementos fundamentais no


processo de produção da construção, pois é neste momento que a obra será
direcionada, os aspectos construtivos serão definidos e o seu planejamento é
traçado.
Ainda conforme Santos (2012), o projeto prevê e direciona como, quando e
por quem as operações serão realizadas. Com o estudo do projeto, as previsões são
mais precisas, onde o processo pode ser otimizado, havendo uma melhor
perspectiva para a obra ter um melhor resultado. Para que isso ocorra é necessário
que estes sejam bem elaborados, projetados, executados e controlados.
Um projeto bem elaborado é fundamental para a economia de tempo, redução
de custos e garantia de um melhor resultado do trabalho.

4.2. PROJETO ARQUITETÔNICO

De acordo com Rodrigues (2001), o projeto arquitetônico é a concepção do


projeto através da materialização de ideias de acordo com o espaço a ser utilizado.
Para essa realização é necessário ser feito um estudo de modo a atender as
necessidades do proprietário e resolver os problemas que possam a vir acontecer
em sua realização, garantindo que a execução saia da maneira planejada.
Segundo Negri (2017), o projeto arquitetônico é composto por etapas que são
responsáveis pelo recolhimento de informações, desenvolvimento de estudos e
serviços técnicos e produção dos resultados finais. Essas etapas visam avaliar a
compatibilidades do projeto com o programa de necessidades, realizar as
reformulações precisas para atender os objetivos existentes do programa e idealizar
as informações necessárias para o seu desenvolvimento.
Ainda para Negri (2017), o projeto arquitetônico é composto por cinco etapas,
sendo elas: estudo preliminar, anteprojeto, projeto de aprovação, projeto executivo e
acompanhamento a execução da obra. Cada uma dessas etapas é de fundamental
importância que passa desde o momento inicial de formulação da ideia para o
projeto até o momento final de sua execução e entrega ao cliente.
12

Rodrigues (2001) diz que, além de primordial na concepção da obra, é


através do projeto arquitetônico que se é obtido o alvará de construção, que é o
documento que autoriza o início da obra, junto aos órgãos municipais competentes.
Para adquirir a licença, o projeto tem que obedecer ao código de obras municipal.
O projeto arquitetônico é formado por: planta baixa, corte longitudinal e
transversal, fachada, planta de cobertura, planta de situação e planta de detalhes.
(RODRIGUES, 2001).

4.3. PROJETO ELÉTRICO

O projeto elétrico é composto pelo detalhamento da instalação, contendo os


seus detalhamentos, localização de pontos de energia elétrica, comandos, circuitos
e suas divisões, trajeto e seção dos condutores, carga de circuitos e todas as
informações necessárias referentes a instalação elétrica. Em suma, o projeto
consiste na quantificação, determinação dos tipos e localização dos pontos de
energia, dimensionamento, definição do tipo e caminhamento dos condutores, além
da localização dos dispositivos de comando, proteção e medição. (GOMES, 2011).
Conforme Gomes (2011), o projeto é composto por desenhos e documentos
os quais são: ART, carta de solicitação a concessionária, memorial de cálculo e
descritivo, plantas, quadros, detalhes, especificações e lista de materiais.
Ainda segundo Gomes (2011), é necessário conhecer e obedecer às normas
técnicas vigentes para a realização do projeto. A NBR 5410 é responsável por
determinar as normas de instalação elétrica. O projetista também deve se atentar as
normas da concessionária do local de execução, a qual cada concessionária fornece
a sua.
As normas também são vigentes para as plantas e suas simbologias, de
forma a facilitar a identificação dos pontos no projeto, a sua leitura e execução.
Esses símbolos são padronizados pelas normas: NBR 5444, NBR 5446 e NBR
5453. (GOMES, 2011).
Na concepção e elaboração do projeto, o projetista deve observar três
critérios fundamentais para a utilização das instalações elétricas projetadas, sendo
elas: a acessibilidade, flexibilidade e reserva de carga e confiabilidade. A concepção
bem fundamentada e executada desses pontos gera um bom projeto e facilitam a
sua execução, manutenção e mudanças futuras. (GOMES, 2011).
13

4.4. PROJETO HIDROSSANITÁRIO

O projeto hidrossanitário é composto pelo projeto hidráulico e sanitário de


uma construção. Nele será apresentado o conjunto de aparelhos, conexões e
acessórios necessários para o suprimento de água desde a conexão da rede de
distribuição até os pontos de saída da obra e o afastamento da água servida e
pluvial da edificação até a rede de coleta pública ou sistema de coleta existente.
(RODRIGUES, 2001).
O sistema hidrossanitário é composto pelas plantas de instalações de água
fria, água quente, esgoto sanitário, água pluvial e combate a incêndio. Todos esses
devem estar de acordo com a necessidade do projeto e obedecendo as normas
técnicas. (PEREIRA, 2018).
Segundo Pacheco (2017) é de suma importância a existência de um projeto
hidrossanitário em uma obra, pois através dele é possível gerar um método mais
econômico na execução e com uma maior orientação para uma provável
manutenção, além de prever e evitar patologias e inconformidades. A
compatibilização com os demais projetos também é de suma importância, gerando
um maior conforto e segurança ao proprietário.
Silva (2017) diz que para se ter um bom projeto hidrossanitário, o projetista
necessita adotar boas práticas em sua elaboração. Definiu-se essas práticas como
a análise de interferência com o projeto estrutural, escolha correta dos materiais,
dimensionamento da rede hidráulica e sanitária e o conhecimento das normas
vigentes de vigilância sanitária.
Para a realização e execução do projeto é necessário que estes obedeçam
às normas vigentes referenciadas a instalações hidráulicas e sanitárias, são elas:
NBR 5626, NBR 7198, NBR 7229, NBR 8160, NBR 10844, NBR 13969.

4.5. COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

Projeto é a definição gráfica e escrita que determina os atributos técnicos,


legais e econômicos de uma obra, porém muitas vezes estes podem gerar conflitos
e interferências entre eles quando não bem elaborados, gerando a aparência de
problemas e patologias. (MIKALDO JR; SCHEER, 2008).
14

Para evitar que tais problemas ocorram é importante o estudo dos projetos e
realizar a compatibilização deles.
Graziano (2003) relata que a compatibilização é o atributo o qual os
componentes dos sistemas projetados sejam dispostos de modo que não gerem
interferência um ao outro, compartilhando dados com consistência e confiabilidade
até o final de execução do projeto. A compatibilização proporciona soluções
integradas entre as áreas de projeto, possibilitando a execução da obra e garantindo
sua eficácia.
Rodriguez e Heineck (2001) dissertam que a compatibilização deve acontecer
em todas as etapas do projeto, desde os estudos preliminares até o projeto
executivo, viabilizando uma otimização geral de todas as soluções necessárias para
evitar interferências. Para que isso ocorra, é importante que o procedimento já se
inicie na fase de estudos preliminares.
Já Melhado (2005) relata que a compatibilização deve ser realizada após os
projetos já estarem prontos, os quais são sobrepostos e verificados as intercessões
entre eles, destacando os problemas para que possa ser encontrada a melhor
solução.
Segundo Giacomelli (2014), a compatibilização compreende no
gerenciamento e integração de diversos projetos, objetivando minimizar os embates
apresentados entre eles. Dessa forma, faz-se necessário reuniões constantes entre
arquitetos e engenheiros para a sua realização. (Figura 1).

Figura 1: Esquema de compatibilização de projetos.


Fonte: GIACOMELLI (2014).
15

Ainda para Giacomelli (2014), a compatibilização traz bastantes benefícios


para a obra, desde tempo, até custos e manutenções. Ela é essencial para uma
elaboração controlada dos projetos arquitetônicos e complementares, flexibilizqando
o desenvolvimento e beneficiando a execução. (Tabela 1).

Tabela 1: Benefícios da compatibilização de projetos.


Tempo
Material
Otimiza Mão de Obra
Manutenção
Execução
Falhas de Interposições
Constata
Incoerências geométricas entre os sistemas construtivos
Embates entre projetos intrísecos à obra
Diminui
Retrabalho no canteiro de obra
Gerencia e Projeto arquitetônico e projetos complementares
Integra Obtenção de padrões de controle
Fonte: GIACOMELLI (2014).

A sobreposição de projetos e sua visualização espacial são ferramentas para


a detecção de inconformidades dos projetos. O CAD e BIM são softwares que
executam essa função e através deles esses conflitos podem observados e
corrigidos. A ausência de compatibilização pode acarretar em prejuízos,
aumentando custos e podendo afetar a qualidade da edificação.

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

O estágio foi desenvolvido no escritório da KTZ Engenharia, no município de


Aracaju, Sergipe, iniciando no mês de Agosto de 2018 com previsão para término
em Dezembro de 2018.
O ambiente era composto por estagiários do curso de engenharia civil e
arquitetura, onde cada um seria responsável pelo desenvolvimento e realização de
determinada função.
As principais atividades desenvolvidas no estágio foram voltadas a
elaboração de projetos complementares, elétrico, hidráulico e sanitário de plantas já
existentes que nos arquivos da empresa ou de plantas que foram desenvolvidas
16

pelos arquitetos. Nem em todas as plantas foram executados todos os projetos


complementares, foram realizadas as que lhes eram necessárias.
Toda a produção foi acompanhada pelo tutor responsável o qual coordenou e
auxiliou nas elaborações, disponibilizando materiais auxiliares para consulta e
aprimoramento de conhecimento.

5.1. PROJETO ELÉTRICO

Para a realização do projeto elétrico, tomou-se conhecimento da norma


vigente NBR 5410, responsável por normatizar as instalações de baixa tensão,
trabalhando em conjunto com a norma fornecida pela concessionária de energia
local, no caso, Norma de Distribuição Unificada, NDU-001, elaborada pela Energisa.
A NBR 5410 estabelece as condições mínimas a serem tomadas para a
determinação de potências e quantidade aplicável nas habitações. As principais
categorias para cargas são: Iluminação, tomadas de uso geral (PTUG) e tomadas de
uso específicas (PTUE).
Há vários métodos para o cálculo da iluminação de cada ambiente da
construção, porém o mais utilizado é o da carga mínima exigida pela NBR 5410.
Segundo ela, em áreas internas, deve-se utilizar carga mínima de 100VA para
cômodos de área menor de 6 m² e superando essa área, acrescenta-se 40VA a
cada 4 m² inteiros acrescidos.
Tratando-se de pontos de tomadas de uso geral, a NBR 5410 determina que
áreas com área menor de 6 m² possuam no mínimo um ponto. Ultrapassando essa
área, adota-se o seguinte critério, para áreas molhadas deve-se colocar um ponto
para cada 3,5 metros ou fração de perímetro. Nos demais cômodos ela é dividida a
cada 5 metros ou fração do perímetro para cada tomada.
Ainda sobre PTUG, a NBR 5410 também determina que as áreas molhadas
devem possuir, no mínimo, 3 tomadas com carga de 600VA, as demais podem
atribuir 100 VA. Nos demais cômodos devem ser atribuídos, no mínimo, 100VA por
ponto de tomada.
Os pontos de tomadas de uso específico são colocados de acordo com o
número de aparelhos de localização fixa no ambiente e seu valor de carga é
correspondente ao aparelho o qual estará conectado e qual pode ser pré
estabelecido através da NDU-001.
17

A determinação da quantidade de pontos de tomadas, pontos de iluminação e


suas determinadas cargas foram realizados através da análise da planta baixa.
(Figura 2).

Figura 2: Planta baixa analisada para o projeto elétrico.


Fonte: KTZ Engenharia.
18

Realizada a devida análise de área e perímetro de cada ambiente,


determinou-se o valor da potência de cada ponto de iluminação, além do
levantamento quantitativo e potencial dos pontos de tomada de uso geral e de uso
específico. (Tabela 2).

Tabela 2: Levantamento quantitativo e potencial de pontos de iluminação e de tomadas.


Dimensões Potência de PTUG's PTUE'S
Dependência
Área (m²) Perímetro (m) Iluminação (VA) Quantidade Potência (VA) Discriminação Potência (W)
Garagem 10,55 13 160 2 1200 - -
Quarto 1 9,45 12,3 100 3 300 - -
Quarto 2 11,99 13,9 160 3 300 - -
Banheiro 2,4 6,25 100 1 600 1 Chuveiro elétrivo 4500
1 Geladeira 150
Cozinha 7,68 11,3 100 4 1900
1 Microondas 1200
Área de Serviço 5 9 100 1 600 1 Máquina de lavar 1000
Sala 9,62 12,45 100 3 300 - -
Hall 1,89 5,5 100 1 100 - -
Área externa - - 100 - - - -
TOTAL - - 1020 - 5300 - 6850
Fonte: O autor (2018).

A divisão dos circuitos da construção deve ser regida pela NBR 5410 a qual
prevê que os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas
de uso geral. As áreas molhadas devem ser alimentadas por circuitos destinados
exclusivamente a estes locais.
A NBR 5410 recomenda que os circuitos de iluminação e de PTUG devem
limitar a corrente a 10A.
Fez-se a separação dos circuitos, totalizando 11, e realizou-se o cálculo da
área mínima de cada condutor para transmitir sua devida carga seguindo a NBR
5410. (Tabela 3).
19

Tabela 3: Dimensionamento da área de cada circuito


Seção dos condutores
Nº do circuito
(mm²)
1 1,5
2 1,5
3 2,5
4 2,5
5 2,5
6 2,5
7 2,5
8 2,5
9 2,5
10 2,5
11 4
Distribuição 6
Fonte: O autor (2018)

Com a verificação e obtenção dos dados, agruparam-se todas as informações


de cada circuito, vide Tabela 4.
20

Tabela 4: Informações gerais dos circuitos.


Circuito Potência
Seção dos
Nº de circuitos
Tensão (V) Local Quantidade x Corrente (A) condutores
Nº Tipo Total (VA) agrupados
Potência (VA) (mm²)

Sala 1 x 100
Quarto 1 1 x 100
Quarto 2 1 x 160
1 Ilum. Social 127 560 4,4 3 1,5
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
Garagem 1 x 160
Cozinha 1 x 100
2 Ilum. Serviço 127 Área de Serviço 1 x 100 300 2,4 3 1,5
Área Externa 1 x 100
Hall 1 x 100
3 PTUG's 127 Quarto 1 3 x 100 1000 7,9 3 2,5
Banheiro 1 x 600
Sala 3 x 100
4 PTUG's 127 600 4,7 3 2,5
Quarto 2 3 x 100

5 PTUG's 127 Garagem 2 x 600 1200 9,4 3 2,5

6 PTUG's 127 Cozinha 2 x 600 1200 9,4 3 2,5

1 x 600
PTUG's +
7 127 Cozinha 1 x 100 850 6,7 3 2,5
PTUE's
1 x 150
8 PTUG's 127 Área de Serviço 1 x 600 600 4,7 3 2,5

9 PTUE's 127 Microondas 1 x 1200 1200 9,4 3 2,5

10 PTUE's 127 Máquina de Lavar 1 x 1000 1000 7,9 3 2,5

11 PTUE's 220 Chuveiro 1 x 4500 4500 20,5 1 4

Quadro de
distribuição
Distribuição 220 7937,75 36,1 1 6
Quadro de
medidor
Fonte: O autor (2018).

Os condutos por qual vão passar os condutores também são calculados


segundo a NBR 5410, de modo que estes ocupem apenas 40% da área útil dos
condutos, de modo a facilitar a instalação ou retirada dos fios.
Adquiridos todos os dados, o projeto elétrico foi executado de modo a atender
as necessidades encontradas em projeto e fornecendo todas as informações
precisas para um bom entendimento do projeto na execução. (Figura 3).
21

Figura 3: Projeto elétrico.


Fonte: O autor (2018).
22

Para um melhor entendimento e leitura do projeto, uma legenda era


produzida, indicando a representatividade de cada símbolo e componente da planta,
facilitando a execução da obra. (Tabela 5).

Tabela 5: Legenda dos símbolos da planta baixa.

Fonte: O autor (2018).

5.2. PROJETO HIDROSSANITÁRIO

O projeto hidrossanitário foi realizado em conjunto de modo a tentar mostrar


uma opção de abastecimento de água e seu despejo depois de utilizada, apenas
verificando melhores opções e soluções para devida construção e buscando a
compatibilização de projetos.
Os projetos foram executados na plataforma CAD para uma análise inicial de
funcionalidade de modo a atender as necessidades exigidas por ele e,
posteriormente, entregada ao engenheiro responsável que com o auxílio do
programa Hydros, fornecido pela AltoQI, a qual já dispõe em sua plataforma as
normas brasileiras para a realização dos projetos e retorna com o dimensionamento
e quantitativo de materiais utilizados.
23

A planta baixa foi analisada para identificar a melhor solução para realização
dos projetos. (Figura 4).

Figura 4: Planta baixa para projeto hidrossanitário.


Fonte: KTZ Engenharia.
24

5.2.1. PROJETO HIDRÁULICO

A idealização do projeto hidráulico se deu através da análise da planta baixa e


formulação da melhor solução para sua produção. Além do projeto em vista superior,
para uma melhor visualização, a mesma foi elaborada em perspectiva isométrica,
identificando de melhor forma os seus pontos de passagem e saída e seus
componentes de materiais. (Figura 5 e Figura 6).

Figura 5: Vista superior do projeto hidráulico.


Fonte: O Autor (2018).
25

Figura 6: Perspectiva isométrica de projeto hidráulico.


Fonte: O Autor (2018).

5.2.2. PROJETO SANITÁRIO

A parte sanitária deu-se na forma de afastar todos os pontos de saída de


água utilizada e levá-la até o local de despejo. Devido ao local da obra não possuir
esgoto sanitário público, realizou-se a execução de uma fossa séptica e um
sumidouro para despejar e realizar o tratamento da água, atendendo as normas de
saneamento. (Figura 7).
26

Figura 7: Projeto sanitário.


Fonte: O Autor (2018).
27

6. CONCLUSÃO

O estágio obrigatório supervisionado, oferecido pela Universidade Tiradentes,


torna-se de suma importância no aprendizado do estudante, unindo a teoria com a
prática, proporcionando ao graduando a oportunidade de aquisição de experiência e
ingressar gradualmente no mercado de trabalho e entender o seu funcionamento.
O estágio na KTZ Engenharia proporcionou um grande aprendizado na
percepção da produção dos projetos complementares e a sua importância para a
execução de uma obra, além da verificação da compatibilização de projetos que
proporciona um ganho imenso para a construção.
A oportunidade de vivenciar e transferir os conhecimentos adquiridos para
uma situação real, a qual exige ainda mais determinação e empenho do aluno, para
a percepção de eventuais problemas e buscar a sua solução. A interação com
outros colegas de trabalho é um fator positivo para a troca e aquisição de mais
conhecimentos e situações vivenciadas.
A troca de conhecimento com colegas de trabalho e engenheiro responsável
foi bastante gratificante e de grande importância na percepção e solução dos
problemas. A busca de resultados de qualidade foi bastante desafiadora de modo a
atender as expectativas a qual foi solicitada.
A experiência é de suma importância na formação do graduando para que o
mesmo ganhe confiança no seu trabalho e sua capacidade de produção, buscando
sempre uma qualificação e a busca de ser um profissional de renome.
28

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Instalações elétricas de


baixa tensão. NBR 5410, 2004.

GIACOMELLI, Wiliana. Compatibilização de projetos – estudo de caso. Revista


Especialize On-line IPOG, Goiânia, 8ª Edição, nº 009, Vol.01/2014. Dezembro 2014.

GOMES, Flávio Vanderson. Instalações Elétricas I. Minas Gerais: Universidade


Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2011.

GRAZIANO, F. P.. Compatibilização de Projetos. Dissertação (Mestrado


Profissionalizante), Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT, São Paulo, 2003.

MELHADO, S. B. et al.. Coordenação de projetos de edificações. São Paulo. O


Nome da Rosa, 2005.

MIKALDO JR, Jorge; SCHEER, Sergio. Compatibilização de projetos ou


engenharia simultânea: Qual a melhor solução?. Gestão & Tecnologia de
Projetos, Vol. 3, nº 1, Maio 2008.

NEGRI, Vanessa de. Etapas do projeto arquitetônico. 2017. Disponível em:


<https://refarq.com/2017/11/06/etapas-projeto-arquitetonico/>. Acesso em 01 de
Novembro de 2018.

NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA. Fornecimento de energia elétrica em


tensão secundária. Revisão 5.1. Energisa. NDU-001. Dezembro 2017.

PACHECO, Adriano. 5 motivos que tornam o projeto hidráulico indispensável.


2017. Disponível em: <http://maisengenharia.altoqi.com.br/hidrossanitario/5-motivos-
29

que-tornam-o-projeto-hidraulico-indispensavel/>. Acesso em: 11 de Novembro de


2018.

PEREIRA, Caio. Instalações hidráulicas. 2018. Disponível em:


<https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/>. Acesso em: 11 de
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RODRIGUES, Edmundo. Técnicas das Construções. 2001. Disponível em:


<https://slidex.tips/download/tecnica-das-construoes-edmundo-rodrigues-9>. Acesso
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RODRÍGUEZ, M. A. A.; HEINECK, L. F. M. Coordenação de Projetos: Uma


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