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Arede 008
Arede 008
A Rede
Novela de:
Evana Ribeiro
CAPÍTULO 08
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GEYSA (tira o celular da mão dele) – Cara, já chega. (no celular) Ilma,
cê ta aí? (pausa) Acho que ela desligou. Enfim... Eu vou pagar a conta e
vamos embora. (levanta e vai saindo) Essa comemoração já deu o que
tinha que dar...
CORTA PARA
CENA 02
Tomada de Recife. Efeito de transição tarde-noite.
CORTA PARA
CORTA PARA
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ELOÍSE – Oi?
ELOÍSE – Tá perfeita!
CORTA PARA
JOYCE – Normal! Ela deve ter ficado tão fula com ele que tem mais é
que dar um belo gelo. Se eu fosse ela, também dava.
CATARINA – É...
JOYCE – Ainda bem que eu não sou! Vamos comer alguma coisa? Tô
com uma fome danada e o nosso amigo aí não vai acordar tão cedo...
CORTA PARA
WALTER – Oi...
CORTA PARA
RODRIGO – Tá chegando.
JACQUELINE – Oi!
Amanda ri.
ANUSKA – Acabei de achar meu primo! Vou ali falar com ele, com
licença.
Anuska tenta responder, mas Jorge passa direto por ela. Amanda
o aborda.
Amanda fica olhando para Anuska, que também olha para ela,
mas logo desvia o olhar.
CORTA PARA
CENA 08
Tomada do Shopping Tacaruna.
CORTA PARA
HELENA – Eu disse que viesse logo, mas não precisava correr tanto!
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GEYSA – Sim, mas... Que papo viajado é esse de perca? Ela só viajou...
GEYSA (rindo) – Acho que você tá bebendo demais desse treco aí...
HELENA – É sério.
CORTA PARA
CATARINA – Como é que a gente vai contar pra ele? (indica Alexandre
adormecido) Ele vai se sentir tão culpado quando souber...
JOYCE – Cacá, você vai me odiar pelo que eu vou dizer, mas... Eu acho
que o Alexandre tem uma parcela de culpa na história sim.
Em Joyce,
CORTA PARA
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HELENA – Ei, espera aí! Ainda nem falei porque te chamei aqui!
GEYSA – Vai me desculpar, mas tem que ficar pra outra hora.
HELENA – Vai, senta aí, menina. O máximo que você vai poder fazer é ir
pro enterro.
HELENA – Por isso mesmo quero sua ajuda, flor. Não conhece aquele
princípio maquiavélico de que se unir com o inimigo nos deixa mais
fortes? Então...
GEYSA – Tá, tá beleza. Agora me diz no que eu posso ser útil pra
PHdeusa!
HELENA – Posso agilizar muitas coisas pra você dentro do curso. Talvez
até um mestrado mais pra frente...
GEYSA – Tá pouco.
HELENA – Vou pensar no seu caso, bem. Mas o que eu quero que você
faça, pelo menos por agora, é bem simplezinho. Quero que você faça
uma investigação básica sobre a vida do professor Walter Tavares fora
da Universidade.
GEYSA – Tá, mas eu não entendi por que investigar a vida do professor
Walter!
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GEYSA – Mas o cara é casado, pô. Olha a mulher dele ali. (indica Beth,
sentada em uma mesa do outro lado da praça de alimentação)
CORTA PARA
CENA 12
Tomada aérea de Nova York.
CORTA PARA
CORTA PARA
CORTA PARA
AMANDA – Mas beber demais, ainda com o humor que tu tá hoje, não
vai prestar!
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ANUSKA – Oi de novo...
AMANDA – Oi. Eu... Eu devia ter adivinhado que você era a ex-noiva do
Jorge.
AMANDA – Isso.
AMANDA – Naquela hora que vocês se falaram, ele te tratou muito mal?
ANUSKA – Até que não, sabe? Achei que quando me visse pela primeira
vez depois de toda a baixaria, ele fosse me pegar pelos cabelos, me
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AMANDA – E você acha que ele ainda está com ódio de você?
ANUSKA (sorri) – Quem convive melhor com ele hoje é você, devia ter a
resposta pra essa pergunta.
AMANDA – E eu ia...
JORGE – Vai pro teu canto, Amanda, vai pro teu canto. E você, dona
Anuska, volta pro antro de onde tu nunca devia ter saído! Volta pro
cabaré!
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ANUSKA – Me solta!
AMANDA – Vocês querem calar a boca? Eu não devia nem ter vindo, ora
essa...
PEDRO (baixinho, para as filhas) – Acho que essa festa já deu o que
tinha que dar...
JACQUELINE – Ai, ai... A gente se arruma toda, pra quê? Pra ele preferir
a outra, que não tem nem um décimo da minha graça! Certo tava o
sujeito que disse pela primeira vez que o amor é cego...
JACQUELINE – Ah, baby. Eu não estou. Eu sou! E outra; tu não tem uma
namorada do teu tamanho, não? Vai atrás dela...
CORTA PARA
AMANDA – Eu não devia ter insistido pra ele ir! Quer dizer, eu até tinha
parado de pedir, mas...
CORTA PARA
CENA 17
Tomadas de Recife e Nova York. Efeito de transição noite-dia.
CORTA PARA
TERESA – É... Acho que sim. (levanta) Ai, que dor nas costas... Agora
sei como vovó se sentia.
MARIA – A gente preparou uns sanduíches pro café da manhã. Aí fui ver
se você tava no quarto e não tinha ninguém.
TERESA – Mais ou menos. Na verdade a caída aqui sou eu... (ri) É que é
muito difícil ter que se despedir das pessoas que gostamos.
MARIA – Eu sei.
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CORTA PARA
MICK – Pior que não foi. Ontem aquilo lá não teve a menor graça...
MICK – É, sobre ela. Acho que ela desistiu mesmo de mim. Deve ter
arrumado um namorado que mora mais perto...
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AMÉLIA – Mas meu filho, pense no lado bom. Isso nunca ia dar certo!
Você aqui, ela lá em outro país... E se ela for uma pessoa ruim?
AMÉLIA – Tá, mesmo não sendo, isso nunca ia pra frente, concorda?
MICK – Bom, acho que agora vou mesmo me abrir pra novas
possibilidades.
MICK – Valeu, Miranda, mas as tuas amigas não fazem o meu tipo.
MIRANDA – É.
MICK – Então.
MIRANDA – Bom, se mudar de idéia, tá lá. Vou subir pra dormir mais
um pouquinho. (vai saindo)
CORTA PARA
CATARINA – Alexandre...
ALEXANDRE – Muito obrigado pela força, Cacá. Você tem sido mais do
que uma amiga pra mim... Na verdade, sempre foi... Eu é que nunca
tive muito jeito pra dizer o quanto você é importante na minha vida...
CATARINA – Sei.
CORTA PARA
CORTA PARA
CENA 22
Tomada aérea de Nova York.
CORTA PARA
JULIA – Felícia...
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FELÍCIA – Se quiser pode ligar pro meu celular daqui a meia hora, até te
coloco pra falar com o Ed.
CORTA PARA
TERESA – Vou.
TERESA – É.
TERESA – Não vou demorar. Eu ia deixar ela com vocês, mas resolvi
levar. Qualquer coisa, podem chamar no celular.
MARIA – Tá bom.
CORTA PARA
BRADLEY – Sair?