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Alessandra Araujo
Alípio Fernando
Augusto Fornazier
Lenner Santos
RONDONÓPOLIS - MT
Agosto de 2019
Alessandra Araujo
Alípio Fernando
Augusto Fornazier
Lenner Santos
RONDONÓPOLIS - MT
Agosto de 2019
Lista de ilustrações
Lista de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Especificações do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5 Memorial de Cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.1 Condições do Ambiente Externo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.2 Condições de Conforto do Ambiente Interno . . . . . . . . . . . . . . 9
5.3 Climatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.1 Carga térmica de condução . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.2 Carga térmica de insolação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.3.3 Carga térmica devido às pessoas . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.3.4 Cálculo de carga térmica devido à iluminação . . . . . . . . 12
5.3.5 Carga devido aos equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.6 Carga devido à infiltração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3.7 Carga térmica devido à ventilação . . . . . . . . . . . . . . 14
5.3.8 Carga Térmica Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.4 Seleção do Self-Contained . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.5 Seleção dos Difusores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.6 Seleção de Grelha de Retorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.7 Ventilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.8 VLE para cozinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.9 Câmara Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.10 PMOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1 Introdução
O conforto térmico contribui com o desempenho dos funcionários e traz maior
produtividade no ambiente de trabalho, além de deixar as pessoas mais felizes. Para o
desenvolvimento de um projeto executivo que supra as necessidades de um supermercado,
é essencial controlar a umidade e a temperatura em ambientes que podem acumular água
estragando produtos conservados em armazéns e estoques de supermercados.
A climatização reduz as perdas de supermercados e hortifrutis em até 70%, com
o aumento da sobrevida de verduras, legumes e frutas, conservando suas aparências e
qualidades nutritivas. Além disso, os produtos perecíveis podem ficar expostos por um
tempo três vezes maior, sem perda de peso, cor ou alteração no odor. Nos dias de hoje, a
climatização de estabelecimentos, tornando o ambiente agradável, aumenta a satisfação do
cliente que pode permanecer mais tempo e, possivelmente, aumentar seu consumo no local
devido a sensação de bem estar.
Um projeto de climatização de ambientes eficiente, vinculado com um sistema de
refrigeração e ventilação adequado, traz economia de energia e redução de custos com a
melhoria do funcionamento dos aparelhos.
Por este motivo conforto térmico e qualidade do ar, nos ambientes internos, são dois
atributos que vem adquirindo maior relevância ao longo do tempo num cenário mundial,
tendo em vista que, especialmente nos grandes centros, as pessoas passam mais de 90%
do seu tempo neste tipo de ambiente. É comprovado que estes atributos afetam a saúde
e o desempenho humano, por este motivo estes precisam seguir parâmetros das normas
correspondentes, tanto no projeto quanto na fase de operação da edificação, afim de que a
mesma receba e mantenha sua certificação de utilização (Marè, 2010).
As melhores ferramentas responsáveis por proporcionar condições de conforto
térmico e renovação de ar por meio de sistemas filtrantes são os sistemas de ventilação
mecânica. E os sistemas de condicionamento de ar mais utilizados são aqueles em que
o ar é distribuído pelo teto, através de dutos acoplados com difusores, uniformemente
distribuídos e retorno através de grelhas. Este tipo de sistema é dimensionado para uma
carga térmica 5 equivalente, encontrada a partir da soma de diversas parcelas contribuintes
para o aumento da transferência calor no ambiente. Desta forma é possível proporcionar
ao ambiente uma temperatura constante em todo o volume de ar, através da mistura do ar
de insulamento com o ar interior (Marè, 2010). Os sistemas de captação de ar fazem parte
do processo de ventilação e são utilizados com o objetivo de retirar do ambiente os vapores
e gases decorrentes dos processos realizados no ambiente (Marè, 2010).
Motivado pela necessidade do aprendizado dos dimensionamentos dos sistemas
anteriormente apresentados, necessários aos ambientes internos de construção civil, o
presente trabalho visa atender os parâmetros e normas que irão proporcionar qualidade
de ar e conforto térmico a um ambiente constituído de supermercado com praça de
alimentação, banheiro, escritório, área de preparo de carne, depósito área coberta de
manobra de caminhão e câmaras frias. Localizado em São Luis - MA.
2 Objetivo
Proporcionar a um ambiente interno de um supermercado, localizado na capital
do estado de Maranhão, o correto dimensionamento dos equipamentos necessários para
possibilitar uma boa qualidade ar e conforto térmico para os indivíduos que se encontrarem
4
neste meio. Além do dimensionamento do sistema de ventilação das áreas de uso e seleção
de equipamentos para a refrigeração das câmaras frias.
3 Especificações do projeto
Este projeto executivo de climatização, ventilação e refrigeração de um supermer-
cado com praça de alimentação, banheiro, escritório, área de preparo de carne, depósito
área coberta de manobra de caminhão e câmaras frias. Possuindo zonas térmicas dife-
rentes atende aos requisitos de conforto térmicos disponível na norma NBR 16401. Os
equipamentos usados para climatização dos ambientes são ar condicionado do tipo central
selfcontained, que apresenta:
• caixa VAV;
• difusores;
• isolamento térmico.
4 Metodologia
Para a escolha dos exaustores localizados nos banheiros e no ambiente interno:
5
• A vazão de ar necessário foi determinada;
• Energia necessária para movimentar os gases exauridos para dentro dele. O sistema
de condicionamento de ar foi dimensionado a partir do cálculo de carga térmica de
cada ambiente climatizado, com a finalidade de se selecionar posteriormente o self
contained apropriado para o meio analisado. Para a determinação dos valores de
carga térmica foram levado em consideração o calor introduzido no recinto por:
– Ventilação.
– Condução;
– Insolação;
– Infiltração;
– Iluminação;
– Pessoas;
5 Memorial de Cálculo
5.1 Condições do Ambiente Externo
Como requisito do projeto, o mercado está situado na cidade de São Luis, no
Maranhão. De acordo com a norma NBR 16401-1, é possível encontrar as temperaturas de
bulbo seco, temperatura de bulbo úmido coincidente e pressão atmosférica, de acordo com
a Figura 1.
6
Figura 1: Condições climáticas para São Luís - MA.
Fonte:
7
Equação 1 – Cálculo de Pressão de Vapor
Onde:
Φ - Umidade absoluta [
Onde:
Onde:
8
Visto que o processo de condicionamento de ar é composto por uma parcela de
ar seco e outra de vapor de água, é necessário calcular a entalpia dessa mistura, como
é denotado na Equação 4. Os resultados de todas as equações que definem os dados do
ambiente externo são apresentados na Tabela 1.
Onde:
9
da temperatura de bulbo seco e umidade relativa, análogo ao ar externo, pelas tabelas
termodinâmicas (ÇENGEL; GHAJAR, 2012), encontra-se a pressão de saturação, entalpia
do vapor e entalpia de evaporação de cada cômodo. Utilizam-se as equações 1, 2 e 4, para
encontrar os valores de pressão de vapor, umidade absoluta e entalpia da mistura para
o ar do ambiente interno, respectivamente. Os resultados para os dados citados de cada
cômodo estão apresentados na Tabela 2.
5.3 Climatização
A carga térmica total é influenciada pelo valor da carga térmica de condução,
insolação, devido às pessoas, iluminação, aos equipamentos, devido à infiltração e devido à
ventilação. Para desenvolvimento do projeto, todos os cômodos seguiram a mesma sequência
de cálculo para obter a carga térmica total.
Onde:
10
5.3.2 Carga térmica de insolação
Neste cálculo, a carga térmica devido a Insolação (Qi nsolação) é dada através da
radiação solar nas superfícies que estão expostas ao sol. O ∆t encontrado na equação é
o acréscimo ao diferencial de temperatura que se faz necessário ao realizar este cálculo.
Dessa forma a carga térmica por insolação é calculada pela Equação 6. Os dados utilizados
para o cálculo de todos os cômodos estão denotados no Anexo C.
Onde:
Onde:
11
Equação 8 – Cálculo da carga térmica latente devido às pessoas
Onde:
Onde:
Onde:
12
n◦ deequipamentos - Quantidade de equipamento;
Onde:
Onde:
Onde:
13
Qinf iltração,latente - Carga térmica latente devido à infiltração [W];
Onde:
Onde:
ρ - Densidade do ar [kg/m3 ];
14
Equação 16 – Cálculo de carga térmica latente devido à ventilação
Onde:
ρ - Densidade do ar [kg/m3 ];
15
Equação 17 – Cálculo da umidade absoluta no evaporador
Propriedade Valor
Assim, pode dar início à seleção do self-contained. Por possuir unidade condensadora
incorporada, escolheram-se modelos do tipo BX. Em seguida, como o valor para a vazão
volumétrica máxima por unidade de evaporador para o tipo BX é de 12750 m3 /h, muito
menor que o valor da vazão volumétrica do projeto de V̇ = 210079 m3 /h, definiu-se o
número de self-contained necessário para o projeto. Sabendo o valor da carga térmica do
projeto em toneladas de refrigeração, dividiu esse valor pela capacidade de refrigeração do
self-contained da Carrier. E então, definiu-se o self-contained com capacidade de vazão
volumétrica logo acima á vazão volumétrica necessária encontrada por uma unidade de
evaporador. Assim, escolheu-se o self contained de modelo 40BX16, disposto no Anexo K.
Os resultados estão apresentados na Tabela 5. Conforme indicação do catálogo fez-se a
correção do calor sensível, conforme Equação 19, onde os dados do modelo escolhido estão
dispostos na Tabela 6.
16
Tabela 5: Dados para seleção de evaporador.
Propriedade Valor
Onde:
BF – Bypass
Propriedade Valor
17
Equação 20 – Correção da temperatura de ar insuflado
5.7 Ventilação
Para dimensionar o sistema de ventilação, deve-se conhecer o número de troca
de ar por hora. De acordo com a ASHRAE (2018) o número de trocas de ar/hora para
depósitos é de 2 a 15, adotou-se 10. O mesmo se fez para a sala de máquinas, onde o valor
recomendado é de 8 a 12 e adotou-se 10. As referências utilizadas para levantamentos de
dados podem ser vistos no Anexo I. Para encontrar a vazão necessária, deve-se utilizar a
Equação x. Os exaustores selecionados estão dispostos no Anexo J.
18
Equação 21 – Cálculo de vazão necessária para ventilação
Onde:
Onde:
Adotou-se um filtro inercial metálico, ideal para captores de fogões. Este retém a
gordura impregnada no vapor produzido e evita que labaredas passem aos dutos propagando
as chamas. O mesmo é fabricado em aço inoxidável, sendo que a limpeza pode ser feita com
água morna e sabão. Uma representação do filtro do fabricante TroCalor, está apresentada
na figura a seguir, de acordo com o seu catálogo de 2011.
19
Figura 3: Filtro inercial metálico.
As dimensões do filtro são: 400x500x50 mm, adotou-se uma perda de carga locali-
zada de 58,8 Pa para este filtro, de acordo com as recomendações do fabricante. A Tabela
8 apresenta os dados e o dimensionamento, juntamente com os calculos de perda de carga.
A vazão para coifas é expressa pela Equação 23. No Anexo M encontra-se os dados
para os cálculos citados. O dimensionamento foi feito de acordo com a recomendação do
livro do Hélio Creder de 2004. Adotou-se 45◦ , 1 m de distância da fonte poluidora e 0,25
metros para o prolongamento. A velocidade de captura recomendada por (Costa, 2005),
adotando-se 0,5 m/s.
20
Equação 23 – Cálculo da vazão da coifa
Onde:
P – Perímetro [m];
Para a seleção do ventilador foi utilizado o Software Vortex 1.3 da OTAM Ventila-
dores. Os dados de entrada no programa são a vazão do ventilador e a perda de carga total
do sistema, considerou-se a temperatura ambiente de 33,8◦ C e uma pressão atmosférica
de 755 mmHg, característicos da localidade do supermercado. Portanto, selecionou-se o
ventilador AFR AC 560 CLASSE I da OTAM Ventiladores, para funcionar juntamente
com um motor de 4 polos de 1750 rpm. O ventilador selecionado está disposto no Anexo N.
Onde:
21
Tabela 9: Resultados Câmara Fria.
Frutas 47168,02
Carnes Bovinas 15355,27
Carne de Frango 11740,99
Pescado 49692,73
Sala de Preparo de Carne 22386,76
Walk in cooler 1: bebidas 158280,61
Walk in cooler 1: laticínios 82095,36
Verdura 40164,31
Panificadora 28260,99
Laticínios 1 4883,47
Laticínios 2 10719,73
5.10 PMOC
A importância do PMOC resume-se em três grandes contribuições, sendo a mais
importante a de ser a base para a saúde e bem-estar dos ocupantes de ambientes artifi-
cialmente climatizados, pois garante o conforto por meio do funcionamento do sistema
de climatização sem panes e a saúde através da ausência de impurezas de natureza física,
química ou biológica. Além disse, agrega mais tempo a vida útil da máquina, proporciona
o aumento da eficiência do sistema de ar condicionados e consequente redução do gasto
com a energia elétrica. A elaboração do plano de manutenção e controle foi regido de
acordo com a norma NBR 13971:1997 e pela portaria 3.523/GM de 28 de agosto de 1998,
obtendo assim o modelo e a descrição das atividades a serem realizadas de acordo com
os equipamentos contidos no projeto, e também, afim de complementar o material, foram
consultados os catálogos dos fabricantes para se obter os parâmetros de manutenções
preditivas e corretivas. O PMOC construído para o projeto está demonstrado abaixo.
Referências
ASHRAE. Handbook of Refrigeration. Atlanta: [s.n.], 2018. Citado 2 vezes nas páginas 9
e 18.
22
PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE – PMOC
Nº: COMPLEMENTO:
FAX: TELEFONE:
Nº: COMPLEMENTO:
BAIRRO: CIDADE:
FAX: TELEFONE:
FAX: TELEFONE:
REGISTRO NO CONSELHO DE
ART:
CLASSE
4 - RELAÇÃO DOS AMBIENTES CLIMATIZADOS
IDENTIFICAÇÃO DO
ÁREA CARGA
IDENTIFICAÇÃO DO AMBIENTE OU
CLIMATIZADA TÉRMICA
AMBIENTE CONJUNTO DE
TOTAL (m²) (W)
AMBIENTES
FIXOS FLUTUANTES
4 4 ESCRITÓRIO 27,025 5032,97
14 14 SALA DE REUNIÃO 24,86 8933,45
12 12 ESCRITÓRIO 48.68 11582,15
18 18 ESCRITÓRIO 142,579 20559,26
4 4 PANIFICADORA 63,5472 28765,93
COZINHA
8 8 78,32 42409,03
INDUSTRIAL
524 524 SUPERMERCADO 4363,56 735459,95
NOTA: ANEXO I - contém o projeto de instalação do sistema de climatização.
PERÍODOS:
LETRA SIGNIFICADO
S SEMANALMENTE
Q QUINZENALMENTE
M MENSALMENTE
B BIMESTRALMENTE
T TRIMESTRALMENTE
SE SEMESTRALMENTE
A ANUALMENTE
5) SISTEMA DE AR-CONDICIONADO SUPERMERCADO
Observações:
8) ANEXOS
ANEXO I – Projeto do sistema de climatização
ANEXO II - Classificação de filtros de ar
8850
Coifa
8850
Difusor
2625
4425
8208,33
24625
8208,33
3283,33 3283,33
9850
Escritório 12 pessoas
Exaustor de teto
2000
2890
11560
2431,40
3390
2890
2890
1200
Depósito de materiais
de limpeza
6961,40
1480,70
5922,80
1974,27
1480,70
1480,70
1974,27
Exaustor de teto
5492
2746
Depósito e oficina da
equipe de manutenção
4530
9060
3283,33
Difusor
3283,33
9850
14475
6237,40
12474,80
Exaustor de teto
6237,40
6700
2387,50
3700
4775
Exaustor de teto
4925
3850
2462,50
1500
10000
49554,80
70000
24871,32
1763,84
6150
40075
70075
Notas:
1) métodos de ensaio:
2) Classe G: Teste gravimétrico, conforme ASHRAE 52.1 – 1992(arrestance)
3) Classe F: Teste colorimétrico, conforme ASHRAE 52.1 – 1992 (dust spot)
4) Classe A: teste fotométrico “DOP TEST”, conforme U.S. Militar Standart
282
2) Para classificação das áreas de contaminação controlada, referir-se a NBR
13700, de junho de 1996, da ABNT, baseada na US Federal Standart 209E de
1992.
3) SBCC – Sociedade Brasileira de Controle da Contaminação