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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO METÁLICA
MEDABIL SISTEMAS CONSTRUTIVOS S.A.

Estudo da aplicabilidade de
Juntas de Dilatação em Estruturas Metálicas

Iegla Mara Copat Westerlund

Nova Bassano
2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP


MEDABIL SISTEMAS CONSTRUTIVOS S.A.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO METÁLICA

Estudo da aplicabilidade
de Juntas de Dilatação em Estruturas Metálicas

Iegla Mara Copat Westerlund

Trabalho apresentado ao Curso de


Especialização em Construção Metálica
da Universidade Federal de Ouro Preto
como parte dos requisitos para obtenção
do título de Especialização em
Construções Metálicas.

Prof. Geraldo Donizetti de Paula – orientador


– co-orientador

Nova Bassano
2010
3

AGRADECIMENTOS
4

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................v
LISTA DE TABELAS...............................................................................................vi
RESUMO.................................................................................................................vii
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................1
2. OBJETIVOS..........................................................................................................1
2.1. OBJETIVO GERAL........................................................................................1
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................1
3. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................1
3.1. JUNTAS DE DILATAÇÃO..............................................................................1
3.1.1. Sistema....................................................................................................1
3.1.2. Sistema....................................................................................................1
4. MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................1
5. RESULTADOS.....................................................................................................2
6. DISCUSSÃO.........................................................................................................3
7. CONCLUSÕES.....................................................................................................3
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................3
ANEXO A..................................................................................................................3
5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. A.................................................................................................................2
6

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. A................................................................................................................2
7

RESUMO

Juntas de dilatação são elementos de construção responsáveis por


acomodar movimentações. Essas movimentações estão presentes em qualquer
edificação. Para as edificações metálicas, ênfase desse trabalho, como galpões,
coberturas industriais e prédios de múltiplos andares em aço, as juntas são detalhes
construtivos com funções muito importantes nas estruturas. Todos os galpões,
quando atingem um determinado comprimento ou largura, devem ter uma junta de
dilatação para permitir a movimentação do prédio devido à variação de temperatura.
A junta de dilatação é uma separação física entre duas partes de uma estrutura para
que estas partes possam se movimentar sem transmissão de esforço entre elas.
Neste trabalho, será apresentado o estudo sobre as considerações em projeto
para juntas de dilatação, com informações de parâmetros, distâncias e fatores
influentes na determinação das mesmas.
Este trabalho apresenta os requisitos básicos para determinar a necessidade,
locação e espaçamento das juntas de dilatação nas estruturas. Primeiramente
serão abordados os requisitos, características e considerações nas estruturas de
concreto e nos revestimentos, estruturas presentes na maioria das obras. Em seguida
será apresentado as especificações para juntas de dilatação para estruturas
metálicas, ênfase desse trabalho, focando o projeto de aço de uma forma única,
uma vez que os laços de comportamento estrutural com o processo de decisão de
análise e projeto se fazem dessa forma.
Com o intuito de compreender a utilização das juntas de dilatação nos
empreendimentos em aço e na construção civil, principalmente suas considerações relativas
no desenvolvimento de projetos, este trabalho vem abordar o tema “Juntas de Dilatação em
Estruturas Metálicas”.

Palavras-chave: Estruturas de aço, junta de dilatação, junta de expansão.


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ABSTRACT

Expansion joints are structural elements responsible for accommodating


movements. These drives are present in any building. For metal buildings, emphasis
of this work, such as warehouses, industrial roofing and buildings with multiple floors
in steel, together with construction details are very important functions in the
structures. All sheds, when they reach a certain length or width, should have an
expansion joint to allow movement of the building due to temperature variation. The
expansion joint is a physical separation between two parts of a structure so that
these parts can move independently of the struggle between them.
This work will be presented the study on the design considerations for
expansion with parameter information, distances and influential factors in determining
the same.
This paper presents the basic requirements to determine the need, location
and spacing of expansion joints in structures. First will consider the requirements,
features and considerations in concrete structures and coatings, structures present in
most of the works. Next will be presented the specifications for expansion joints for
steel structures, emphasis of this work, focusing on the design of steel in a unique
way, since the bonds of structural behavior in the process of decision analysis and
design are made this way.
In order to understand the use of expansion joints in new developments in
steel and construction, especially his remarks on the development of projects, this
work has addressed the theme "Expansion Joints in Structural Steel."

Keywords: Steel structures, expansion joint, expansion joint.


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1. INTRODUÇÃO

As edificações em aço voltam-se em sua maioria para o uso industrial, muitas vezes
com grandes dimensões, onde surge a necessidade da consideração de projeto da separação da
estrutura, denominada junta de dilatação, para que haja a movimentação da estrutura devido
aos grandes planos e o efeito da temperatura.
O projeto de uma obra em aço tem importância fundamental para o seu sucesso e,
portanto, deverá ser desenvolvido de modo a atender aos requisitos necessários em função de
suas características físicas para o bom resultado da obra. Também o projeto em aço demanda
uma lógica projetual própria em que devem ser observadas as exigências do material aço e do
processo construtivo industrializado.
Para isso, os projetistas devem conhecer as vantagens e restrições do processo de
projeto, as linguagens técnicas, ter conhecimentos específicos para os empreendimentos em
aço, além de ter capacidade de planejamento e coordenação, para então usufruir as diversas
possibilidades funcionais e formais que envolvem o uso desta sofisticada tecnologia
construtiva, resultando em projetos bem desenvolvidos, desde os mais arrojados até os mais
tradicionais.
A execução de uma obra estruturada em aço segue as seguintes etapas: projeto,
fabricação, pré-montagem, transporte e montagem. Porém, o objeto desta monografia são os
aspectos intrínsecos ao desenvolvimento do projeto para a tecnologia em aço quando se faz
necessária junta de dilatação, deixando em aberto os demais procedimentos que envolvem a
execução deste modelo de obra.
No desenvolvimento deste trabalho também serão abordados as considerações de
juntas de dilatação em estruturas de concreto e nos fechamentos em alvenaria, pois são
estruturas e elementos presentes em toda e qualquer obra, portanto se faz necessário e
fundamental no contexto dessa apresentação.
Neste, será apresentado a importância e o porquê se faz necessária a junta de
dilatação nas obras. Serão abordados aspectos referentes as características físicas para
identificação da necessidade das juntas, baseados em artigos técnicos publicados e na Norma
Americana do AISC/2005. Por fim, será apresentado exemplos que ajudará a compreensão
para correta consideração de juntas de dilatação quando necessária.

2. ESTRUTURAS EM AÇO
2

O aço é um elemento bastante conhecido por quem projeta edificações industriais.


A tecnologia de construção em aço evoluiu muito em poucas décadas, saindo do simples
galpão de armazenagem, para edifícios complexos e sofisticados. Além da facilidade em
vencer grandes vãos, o aço tornou-se um elemento que possibilita soluções estéticas e
estruturais com grande flexibilidade. Assim, o material acompanha a necessidade das
indústrias em serem cada vez mais competitivas, transmitindo a imagem corporativa de
solidez e inovação, exigida pelo mercado.
Os projetos em aço são sistemas funcionais simples que possuem baixo custo de
manutenção, considerável redução de tempo de construção com fabricação e montagem
eficientes. O volume e custos de fundações são menores, devido ao baixo peso da estrutura
em relação a outros sistemas como o concreto, e possibilitando menor número de pilares com
maior área útil e colunas mais esbeltas.
O material aço nas edificações oferece durabilidade, flexibilidade, com facilidade
de manipulação e modificação futura, como reforços e ampliações. Possibilita grandes vãos
permitindo espaços mais flexíveis, facilidade nos projetos de instalações, equipamentos e
similares. Oferece também confiança na qualidade por ser um material homogêneo; as
ligações e conexões são visíveis, permitindo fácil verificação estrutural.
Uma obra estruturada em aço possui uma enorme performance técnica na
combinação com outros materiais, soluções eficientes para isolamento térmico, acústico e
sistemas de proteção superficial. As vantagens do aço também dar-se-á além de em termos de
resistência também em termos de segurança, pois possui capacidade de absorver ações
excepcionais como terremotos, colisões, vibrações e similares.
Entre as vantagens no uso dessas estruturas, destacam-se a economia de tempo e
custos, o uso racional de materiais e o alívio de carga sobre as  fundações; vale citar as
antecipações de ganho, qualidade, organização no canteiro de obras e segurança no trabalho
que o sistema propicia.
Quanto ao meio-ambiente o aço é um material reciclável e que tem o menor
desperdício de material na obra. Sistemas construtivos industrializados com aço permitem
construir de forma eficiente e sustentável.
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral


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A construção em estrutura metálica é resultado de um sistema


industrializado oferecendo vantagens e soluções para grandes projetos, com a
adoção de juntas de dilatação. Sendo que informações sobre este detalhe
construtivo não se encontram facilmente em normas brasileiras. Assim, busca-se
informações técnicas para recomendações básicas e orientações na elaboração de
juntas de dilatação em projetos estruturados em aço. Com essas informações os
responsáveis pelo projeto podem melhor avaliar e determinar a necessidade de
juntas, mantendo a integridade da estrutura e otimizar o dimensionamento para
grandes vãos. As considerações de juntas estruturais são de extrema importância
para que não ocorram deformações na estrutura e interfere diretamente na vida útil
de qualquer edifício.
Pela literatura técnica, juntas de dilatação não é um assunto totalmente
esclarecido. Informações básicas como o número e a localização das juntas em uma
construção não é determinado em função das muitas variáveis envolvidas. Com
essa falta de informações a respeito de um sistema que sempre se faz necessário
quando as dimensões do plano são grandes, há o interesse em levantar os fatores
que obrigatoriamente devem ser considerados para as juntas de dilatação.

2.2. Objetivos Específicos

O presente trabalho tem como objetivo principal disponibilizar informações


que auxiliem profissionais da construção em aço sobre quando e como considerar
juntas de dilatação em galpões industriais metálicos, de forma prática e objetiva.
Essa consideração, deve-se saber para ter uma adequada concepção estrutural.
Com as informações corretas tem-se em cada obra sua melhor eficiência quando se
faz necessário junta de dilatação. Esse assunto é imprescindível para os
profissionais que precisam reforçar seu entendimento no dimensionamento para
juntas de expansão em aço e este em interface com outros materiais.

3. JUNTA DE DILATAÇÃO – DEFINIÇÃO, CONCEITO E APLICAÇÃO


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3.1. Definição

Uma junta de dilatação pode ser definida como sendo uma separação
entre duas partes de uma estrutura para que estas partes possam movimentar-se,
uma em relação à outra, sem que haja qualquer transmissão de esforço entre elas.
Quando se fala em junta de dilatação, visualiza-se uma separação entre
dois blocos de um prédio ou entre lances de uma ponte. Entretanto, são também
juntas aquelas que separam placas de pavimentação, panos de revestimento de
elementos pré-moldados, etc. As juntas diferenciam-se pela amplitude do
movimento, e o tratamento que recebem para vedá-las em função da ordem de
amplitude desses movimentos.

3.2. Conceitualização

As juntas de dilatação são elementos de construção responsáveis por


acomodar movimentações, e devem receber atenção nos projetos de edificações,
pisos e obras-de-arte em geral.
As juntas é o meio por onde as peças estruturais se movimentam. São
detalhes construtivos, com importantes funções nas estruturas, principalmente
quanto aos esforços de tração, compressão, cisalhamento, impacto, puncionamento,
vibração, abrasão e torção, de maneira que, planejada, não ocorram patologias.
Sempre que for projetadas juntas de expansão nas estruturas quando
necessário, como edifícios em geral, galpões, estradas, pontes, viadutos, barragens,
pisos industriais, as movimentações distribuem-se em segmentos independentes.
Dessa forma, quando previstas em projeto, permitem movimentos de origem
térmica, deformação lenta, retração, frenagem e movimentos mecânicos, entre
outros. Essa previsão evita a ocorrência de empenamentos, trincas e outras
deformações, mantendo assim a integridade da estrutura .
Sendo que para que tenham maior durabilidade, as juntas devem ser
seladas. As juntas que não recebem selantes acabam acumulando detritos como
pedras, metais e outros objetos de dureza elevada que, durante a movimentação da
estrutura, atuarão como concentradores de tensão. Os selantes também evitam a
infiltração de líquidos além do acúmulo de materiais sólidos, tornando as juntas
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impermeáveis, pois a penetração desses agentes podem prejudicar o funcionamento


da junta e até mesmo deteriorar os elementos da estrutura.
Em razão da transmissão de esforços não previstos,
o acúmulo de resíduos sólidos pode comprometer o comportamento estrutural da
obra. Essa tensão concentrada nas bordas internas da junta, como exemplo, em
obras rodoviárias, pode provocar trincas e desprendimento de pedaços do
pavimento, reduzindo sua vida útil. As tensões aplicadas por rodas de equipamentos
de carga também ajudam a quebrar a borda das juntas (esborcinamento). Portanto,
tão importante quanto a vedação das juntas é o tratamento de suas bordas, que
garante a integridade da junta por muito mais tempo.

3.3. Aplicação

Para saber se é necessário considerar juntas de dilatação em uma


edificação, deve-se analisar quais são as conseqüências de não ter essas juntas. A
análise pode ser feita a nível de comportamento dimensional da estrutura, para que
a falta de espaço para a movimentação da mesma não cause danos ao conjunto
estrutural, como também a nível de arquitetura para que esse não perca a função de
boa estética e prejudique as funções e considerações de arquitetura.
Mesmo não sendo possível afirmar requisitos exatos relativos às distâncias
entre a expansão das articulações por causa das muitas variáveis envolvidas, tais
como a variação de temperatura, umidade relativa e outros efeitos da temperatura
durante a construção e a vida de um edifício; sabe-se que as juntas de dilatação são
necessárias quando forem grandes as dimensões da edificação.

4. DILATAÇÃO TÉRMICA
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Os materiais sólidos se dilatam após serem aquecidos, pois aumentam a


agitação de suas moléculas e isso faz com que elas se afastem umas das outras,
aumentando o espaço entre elas. Todos os corpos da natureza estão sujeitos a este
fenômeno, uns mais outros menos, dependendo do coeficiente de dilatação térmica.
Geralmente quando esquentamos algum material este tende a aumentar seu volume
(expansão térmica), e se o esfriarmos este tende a diminuir seu volume (contração
térmica). 
A dilatação dos sólidos são três tipos: dilatação linear (aquela que ocorre em
apenas uma dimensão), dilatação superficial (ocorre em duas dimensões) e dilatação
volumétrica (ocorre em três dimensões).

4.1. Dilatação Linear

É aquela em que predomina a variação em uma única dimensão, ou seja, o


comprimento. Ao estudar a dilatação de um fio, tem-se a ocorrência predominante de
um aumento no comprimento desse fio. Essa é a característica da dilatação linear.
Exemplo, uma barra de comprimento inicial Lo e temperatura inicial to, ao ser
aquecida para uma temperatura t ela passará a ter um novo comprimento L.

A dilatação linear é dada por: ΔL = L – Lo.


A dilatação linear de uma barra depende do:
→ o comprimento inicial;
→ a variação da temperatura; 
→ o tipo do material.

ΔL = Lo x α x Δt
Onde:
Lo: comprimento inicial
α: coeficiente de dilatação linear
Δt: variação da temperatura (t - to)
O coeficiente de dilatação linear é a grandeza que indica o material
utilizado. Cada material possui um “α” diferente. Ele é o fator determinante para
escolhermos um material que não se dilata facilmente ou o contrário.
Em que α é uma constante característica do material que constitui a barra,
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denominada coeficiente de dilatação linear. A unidade de α é 1/ºC = ºC-1.

4.2. Dilatação Superficial

Dilatação superficial é aquela em que predomina a variação em duas dimensões,


ou seja, a variação da área. Um exemplo é ao estudar a dilatação de uma placa de
concreto, teremos a ocorrência predominante de um aumento na área dessa placa. Essa é a
característica da dilatação superficial.
Consideremos uma placa de área inicial Si, à temperatura inicial ti. Aumentado a
temperatura da placa para tf sua área passa para Sf.

ΔS = Si x β x Δt
Onde:
Si: área inicial
β: coeficiente de dilatação superficial
Δt: variação da temperatura (t - to)
* β é o coeficiente de dilatação superficial do material que constitui a placa (β = 2α).

4.3. Dilatação Cúbica

A dilatação cúbica pode ser chamada também de volumétrica ou tridimensional,


ela ocorre quando o volume os corpos sofre um aumento, como por exemplo, se
esquentarmos uma esfera, seu volume irá aumentar. Ao estudar a dilatação de um
paralelepípedo, ocorre um aumento no volume desse corpo. Essa é a característica da
dilatação volumétrica. Imaginemos um paralelepípedo de volume inicial Vo e temperatura
inicial to. Ao aquecer este corpo para uma temperatura t ele passará a ter um novo volume
V.
A dilatação volumétrica de um paralelepípedo depende do:
→ o volume inicial;
→ a variação da temperatura;
→ o tipo do material.

ΔV = Vi x δ x Δt
Onde:
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Vi: volume inicial


δ: coeficiente de dilatação volumétrica
Δt: variação da temperatura (t - to)
 δ é o coeficiente de dilatação superficial do material que constitui a placa (δ = 3α).

Tabelas com os coeficientes de dilatação linear de algumas substâncias 

substância         Coeficiente de dilatação linear     ( ) em ºC-1

aço  1,1 x 10-5


alumínio  2,4 x 10-5
chumbo  2,9 x 10-5
cobre  1,7 x 10-5
ferro 1,2 x 10-5
latão 2,0 x 10-5
ouro 1,4 x 10-5
 prata  1,9 x 10-5
vidro comum 0,9 x 10-5
vidro pirex  0,3 x 10-5
zinco 6,4 x 10-5

4. FATORES INTRÍNSICOS NA CONSIDERAÇAO DAS JUNTAS


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4.1. Vida útil e durabilidade das estruturas

Quando se objetiva a qualidade das estruturas, a adoção de medidas


apropriadas que garantam a sua durabilidade é imprescindível. Essas medidas
constituem critérios a serem observados ainda na fase de projeto da estrutura.
Um projeto bem elaborado deve conferir segurança à estrutura e garantir-
lhe desempenho satisfatório em serviço, além da boa arquitetura. Portanto, devem
ser observadas além das exigências com relação à capacidade resistente, as
condições em uso normal, como também as especificações referentes à
durabilidade.
Para a elaboração de especificações adequadas, torna-se necessário
conhecer o comportamento dos materiais que compõem a estrutura quando
submetidas às várias condições de exposição e uso. A previsão de vida útil implica
no conhecimento estimado desta para os componentes e de critérios adicionais de
projeto como a consideração das juntas de dilatação.
JOHN (2001) afirma, por fim, que a durabilidade, expressa pela distribuição
de vida útil de um conjunto de componentes, desempenha uma função importante
para a obtenção de uma construção sustentável, finalidade importante de qualquer
projeto bem engendrado.

4. JUNTAS DE DILATAÇÃO NAS ESTRUTUTURAS DE CONCRETO


(Como vedar as juntas nas estruturas)

As estruturas de concreto com grandes dimensões e sujeitas a variações


de temperatura também necessitam, como as de aço, de juntas de dilatação para
absorverem os seus movimentos de dilatação e de contração. A separação entre
blocos de edifícios, pontes, viadutos, entre outros, são onde as juntas se fazem
necessárias para acomodar diferenciados movimentos de assentamento de
fundações, e além dos movimentos térmicos de dilatação e de contração.
A localização e a direção das juntas, no sentido vertical ou horizontal, a
amplitude do seu movimento e o uso a que se destina na área que elas atravessam,
são fatores que precisam ser levados em consideração no projeto das juntas de
expansão e muito importante é na especificação dos produtos e sistemas de sua
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vedação.
Ao determinar a colocação e a forma das juntas, deve-se considerar
detalhadamente as diversas influências externas, que podem afetar o concreto e
influenciar no desempenho da junta, tais como:
- movimento térmico;
- movimento devido à umidade;
- contração devido à cura;
- recalque da estrutura;
- forças lineares;
- fixação dos elementos que estarão sobre a estrutura, entre outros.
Sabe-se que os movimentos citados acima, em uma estrutura de concreto,
não atuam da mesma forma.
A dilatação, que ocorre com o aumento de temperatura, opõe-se, às vezes,
a contração, devida à perda de umidade e assim se produzem grandes tensões
internas. As juntas de dilatação nas edificações podem constituir um ponto critico
permanente, principalmente se não forem corretamente projetadas, pela falta de
conhecimentos específicos de desempenho de materiais para vedação das juntas.
Apresenta-se também, neste trabalho, considerações e recomendações
sobre o desempenho que os materiais de enchimento das juntas devem oferecer.
Os sistemas de vedação de juntas, por enchimento com mastiques ou por
transpasse com mantas ou ainda por peças mecânicas deslizantes, devem
acomodar-se à amplitude do movimento da junta. A largura média da junta é a
largura em que a temperatura corresponde à média do local da obra, ou seja, na
faixa entre 15 ºC e 25 ºC. A junta se abre quando a temperatura diminui e se fecha
quando a temperatura aumenta.
Especificações de vários países determinam que os mais sofisticados
materiais de vedação de juntas devem poder absorver um movimento de 25% para
mais ou para menos, da largura média da junta. Por exemplo, um produto que deve
vedar uma junta com 20mm de largura precisa ter condições de suportar uma
dilatação e uma compressão de 5mm, o que corresponde a um movimento total
entre 15mm e 25mm. Um movimento de 5mm para mais ou para menos é,
entretanto, muito pequeno para a maioria das condições de uma estrutura. Vamos
calcular o movimento baseado nos seguintes parâmetros:
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- coeficiente de dilatação de concreto - 0,000014;


- temperatura mínima no inverno = 0 º C
- temperatura máxima no verão = 60 º C
- temperatura por ocasião da execução da junta = 25 º C
- maior dimensão da estrutura = 15m

4.1. Cálculo

O valor a aplicar no cálculo, será o valor médio da temperatura local, numa


faixa de mais ou menos 5º. Neste caso temperatura máxima de 60º e temperatura
mínima de 0º, então o valor médio será 30º.
Para compressão da junta usar-se-á 35º (30º+5º)
Para dilatação da junta usar-se-á 25º (30º-5º)

- movimento de COMPRESSÃO da junta: 0,000014 x 35 º x 15m = 0,00735m.


- movimento de DILATAÇÃO da junta: 0,000014 x 25 º x 15m = 0,00525m.
Adotando um movimento de 7,35mm e a regra de que este movimento não
deve ser maior que 25% da largura da junta, então a largura teria que ser: 7,35x0,25
= 29,4mm
Nesse embasamento, chega-se à conclusão de que é necessário juntas
bem mais largas do que as que são comumente encontradas nas obras, para que o
material de enchimento passe a trabalhar sem ocorrer danos.
Ainda é preciso levar em consideração que a capacidade de absorver uma
amplitude de movimentos de mais de 25% da largura da junta é propriedade de urna
estrita gama de produtos à base de polissulfetos, poliuretanos e silicones, todos de
elevado custo.
São os seguintes os principais sistemas de vedação de juntas:
a)Mastiques de enchimento.
b)Mantas asfálticas.
c) Perfis de borracha ou PVC colocados sob pressão.
d)Perfis de borracha ou PVC chumbados no concreto (Fugenband).
e)Dispositivos mecânicos de desligamento.
Uso dos sistemas:
a) Mastiques de enchimento
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Os mastigues de enchimento devem ser usados para juntas de pequena


amplitude de movimento, no máximo de 2mm a 5mm. São 3 casos de juntas de
separação da pavimentação de pisos plaqueados e peças pré-moldadas, etc.
b) Mantas asfálticas
As mantas asfálticas servem para vedar juntas de dilatação como as
usadas para separar blocos de edifícios, com amplitude de movimento entre 5mm e
15mm.
c) Perfis de borracha ou PVC colocados sob pressão:
As juntas nucleadas (pressurizadas) são adequadas para juntas de grande
amplitude de movimento.De acordo com os fabricantes, servem para absorver
movimentos até 135mm.
d) Os perfis tipo “Fugenband” são geralmente usados em conjunto com
uma outra vedação ao nível da superfície, pois sozinhos não oferecem segurança.
e) Sistemas mecânicos
São usados somente em casos muito especiais e não existem sistemas
prontos para uso.

4.2. A largura das juntas

A largura das juntas de dilatação executadas com mantas asfálticas é


muito importante, pois se as juntas forem estreitas não permitem que se forme um
colo adequado e, ao se fecharem, comprimem demais a manta e o enchimento,
formando uma dobra podendo enfraquecer o material, condições que a longo prazo,
levarão ao rompimento. Se as juntas forem largas e amplas o material de vedação
trabalha menos, a execução torna-se fácil e o enchimento da junta pode contrair-se
ou dilatar-se livremente, absorvendo os movimentos de dilatação e de compressão.
Uma regra para orientar as dimensões de juntas com enchimento em massa
vedante, tipo mastique, segue abaixo:
- dimensão mínima de 6mm x 6mm;
- para largura de 6mm a 12mm, a profundidade deve ser de 6mm;
- para largura de 12mm a 25mm, a profundidade deve ser a metade da largura;
- para larguras maiores, a profundidade deve ser mentida de 12mm.
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4.3. Execução de juntas com mantas asfálticas

A execução das juntas de dilatação com mantas asfálticas é simples e


eficiente. De modo simples, é apenas passar a manta asfáltica por cima da junta,
mas antes disso deve-se:
1º - para apoio, inserir na abertura da junta um material compressível e de
certa elasticidade (espuma rígida de poliuretano ou poliestireno expandido);
2º - transpor a junta com uma faixa de manta aderida à base, formando
uma pequena bolsa para dentro da junta, com a finalidade de diminuir a solicitação,
nesse ponto, sobre o material;
3º - encher a bolsa com mastique que não ofereça resistência ao
movimento da junta;
4º - aplicar outra faixa adicional da manta aderida à base, ultrapassando-a
por cima da anterior;
5º - criar uma forma adequada para fixação do piso que estará sobre a
impermeabilização.
Quando for inviável a inserção do material compressível na junta, por sua
diminuta abertura, antes da passagem da manta principal, deve-se:
1º - cobrir a junta com uma faixa da manta, aderida à base;
2º - aplicar por cima, ultrapassando-a, outra faixa adicional da manta,
também aderida à base.

5. JUNTAS DE DILATAÇÃO NAS ALVENARIAS

Para as edificações em estruturas metálicas as alvenarias tem a função de


vedação, e estabelecem a separação entre ambientes e/ou a separação do
ambiente externo do interno. Sua atuação deverá controlar uma série de ações e
movimentos complexos e quase sempre muito heterogêneos.
Tratando-se de junta de dilatação, as alvenarias como qualquer sistema
construtivo e independente da ligação com outros materiais também deverão prever
juntas de movimentação quando sob ação do efeito térmico e com grandes vãos,
para combater as tensões diferenciais e garantir a integridade das alvenarias. Para o
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dimensionamento destas juntas consideram-se os seguintes aspectos:


• Deformações estruturais;
• Materiais constituintes da alvenaria;
• Módulo de elasticidade da alvenaria;
• Diferencial térmico da região;
• Tipo de fixação da alvenaria;
• Dimensões dos painéis de alvenaria.

Em interface com a estrutura metálica, a análise das deformações da


estrutura e sua influência nas alvenarias e revestimentos devem ser feitas, pois há a
transição entre materiais diferentes, devendo suportar as movimentações
diferenciais a que estão sujeitos. Para essa transição entre perfil metálico e
alvenaria recomenda-se a utilização de PVC ou fibra de vidro, os quais devem ser
colocadas nos pontos de contato alvenaria x estrutura metálica e fixadas com
argamassa colante aditivada com polímero modificado durante o tratamento do perfil
metálico. Mas em alguns, correspondente a transição alvenaria x estruturas, serão
adotadas alternativas com a junta de movimentação nos revestimentos.

5.1. Juntas de movimentação nos revestimentos

As juntas de movimentação ou dilatação têm por finalidade subdividir o


sistema de revestimento aliviando as tensões provocadas pelas movimentações da
base e do próprio sistema de revestimento.
Em se tratando de uma edificação em estrutura metálica, o posicionamento
destas juntas estará preferencialmente associado aos alinhamentos das transições
entre os perfis metálicos e as alvenarias. Nos itens a seguir serão feitas as principais
considerações sobre o seu posicionamento, dimensões e preenchimento.

5.1.1. Juntas de movimentação horizontal


As juntas de movimentação horizontais estão posicionadas no alinhamento
da transição viga metálica/alvenaria, a cada pavimento, interna e externamente,
conforme detalhe genérico a seguir:
A junta de movimentação corresponde a uma interrupção no sistema de
revestimento, sendo feita através de um corte que vai desde à base até o
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revestimento final. A largura desta junta é definida em função das características do


sistemas estrutural e alvenaria, bem como do acabamento final, estando
compreendida entre 10 mm e 20 mm. Ela pode ser executada durante a execução
da argamassa de regularização ou cortada, após a argamassa já estar endurecida
com ferramenta elétrica de corte.
No que diz respeito a juntas de movimentação horizontal, é possível a
ocorrência de algumas situações específicas conforme anotado a seguir:
• Em edificações em que tenha sido adotado o sistema rígido no
dimensionamento da alvenaria, algumas vezes é possível o estudo de reforços
específicos de modo a eliminar a necessidade desta junta. Em sistemas flexíveis,
esta possibilidade não existe.
• Em revestimentos internos, a junta pode ser eliminada em situações em
que seja prevista a utilização de forros ou rodatetos, conforme detalhe genérico
abaixo:

5.1.2. Juntas de movimentação vertical


As juntas de movimentação vertical, de modo geral, estão posicionadas na
transição entre o pilar metálico e a alvenaria, conforme detalhes genéricos a seguir:
Em função dos vãos entre pilares normalmente adotados nas estruturas
metálicas, a definição de juntas de movimentação a cada pilar costuma ser
suficiente (espaçamento entre juntas verticais da ordem de 6 m). A execução e
dimensões deverão ser feitas conforme considerações para a junta horizontal.

5.1.3. Preenchimento das juntas de movimentação


O preenchimento das juntas com argamassas industrializadas para
rejuntamento deve ser feito com a utilização de desempenadeira de neoprene em
movimentos de vai-e-vem diagonais em relação às juntas. O acabamento deve ser
efetuado com mangueira de plástico ou similar, de modo a obter um rejunte íntegro,
sem pontos falhos e com uniformidade de cor.
O preenchimento das juntas de movimentação deve ser executado com
materiais flexíveis capazes de absorver as deformações do sistema de revestimento.
De modo geral é utilizado corpo de apoio de polietileno expandido e um mastique
(silicone ou poliuretano).
16

5.1.4. Outros tipos de juntas de alívio


Juntas Estruturais da Edificação e Juntas entre Pilaretes Duplos: estas
juntas devem ser respeitadas em todas as camadas constituintes do sistema de
revestimento, garantindo-se a mesma dimensão especificada no projeto, devendo
ser preenchidas com selantes estruturais ou perfis pré-fabricados para esta
finalidade.
• Juntas de Dessolidarização: estas juntas são responsáveis pela
desconexão entre revestimentos finais de materiais diferentes e quinas de
revestimentos em placas (cerâmica e rocha).

5. JUNTAS DE DILATAÇÃO NAS ESTRUTUTURAS EM AÇO

5.1. Juntas de Dilatação em Estruturas de Aço

A função das juntas de dilatação é de separar a construção em unidades


de blocos que são livres para sofrer dilatações, contrações e acomodações, não
interferindo um com o outro. Por existir esta independência de movimentos, é .........

As edificações em geral são constituídas de materiais flexíveis, mas


quando as dimensões do plano são grandes se faz necessária a distância para
movimentação das estruturas devido ao efeito térmico. A análise para a adequada
consideração deve ser bem avaliada pelo projetista.

PARTE DA TRADUÇÃO: JAMES M. FISCHER


No sentido mais básico, a necessidade de uma junta de dilatação em
uma estrutura depende das consequências de não ter uma junta de dilatação.
Será que a falta de uma junta de dilatação dificulta ou arruína a função da
edificação, ou causa danos aos componentes estruturais ou arquitetônicos? O
número e locação de juntas de dilatação em uma edificação é um assunto de
dimensionamento não totalmente abordado na literatura técnica. A LRFD
Specification (AISC, 1999) lista a expansão e contração como um item de
manutenção e fornece a afirmação na Seção L2,”o fornecimento adequado
17

deverá ser feito para expansão e contração adequadas para as condições de


trabalho da estrutura.”
ASCE 7-02 Minimum Design Loads for Buildings and Other Structures
(Cargas mínimas de cálculo para prédios e outras estruturas) ASCE, 2002)
"Alterações dimensionais em uma estrutura e seus elementos, devido a
variações de temperatura, umidade relativa, ou outros efeitos não devem
comprometer a manutenção da estrutura."

Para as estruturas de aço o coeficiente de dilatação ou contração térmica é


0,000012/Grau centígrado/unidade de comprimento.
A variação térmica em termos de Brasil é de +- 15C, ou seja 30C.

A característica da separação de uma estrutura devido à junta de dilatação,


devem ser analisadas no dimensionamento das cargas de vento na edificação,
conforme descreve a Norma Brasileira - NBR 06123 - 1988 - Forças devidas ao
vento em edificações, no item 5.3.2:

“5.3.2 Dimensões da edificação


A velocidade do vento varia continuamente, e seu valor médio pode ser
calculado sobre qualquer intervalo de tempo. Foi verificado que o intervalo mais
curto das medidas usuais (3 s) corresponde a rajadas cujas dimensões envolvem
convenientemente obstáculos de até 20 m na direção do vento médio.
Quanto maior o intervalo de tempo usado no cálculo da velocidade média,
tanto maior a distância abrangida pela rajada.
Para a definição das partes da edificação a considerar na determinação
das ações do vento, é necessário considerar características construtivas ou
estruturais que originem pouca ou nenhuma continuidade estrutural ao longo da
edificação, tais como:
- edificações com juntas que separem a estrutura em duas ou mais partes
estruturalmente independentes;
- edificações com pouca rigidez na direção perpendicular à direção do
vento e, por isso, com pouca capacidade de redistribuição de cargas.”

Segundo, JOHN F. BAKOTA, 1977 - Discussion_ Mill Building Design


18

Procedure em “SPACING OF EXPANSION JOINTS AND THERMAL STRESSES”,


assunto discutido por ANAND B. GOGATE, salienta que o efeito das tensões
térmicas tornam-se evidentes quando não é considerado o espaçamento para
expansão térmica, e que quando detalhado e espaçado adequadamente diminuem
as tensões térmicas com conseqüente alívio nas considerações de cálculo para as
mesmas. Salienta que realmente o espaçamento de juntas de dilatação é muito
importante, pois há uma distribuição de tensões em qualquer edificação que esteja
submetida a diferentes gradientes de temperatura e isso é extremamente complexo.
Mr. Gogate’s recomenda do ponto de vista de concepção de projeto um
espaçamento entre juntas de dilatação superior a 200ft, assegurando que para esse
espaçamento as tensões térmicas podem ser desconsideradas. Também relata que
por outro lado juntas de dilatação encarecem a estrutura e deve-se observar para
que em relação ao telhado (cobertura da edificação) x juntas de dilatação pode ser
uma fonte de infiltração de água. E também salienta que no local das juntas de
dilatação certamente afeta a construção para as cargas de vento, e comenta que
tem encontrado em muitos projetos que esse fato como não visto completamente.
TRADUÇÃO: JOHN F. BAKOTA
O efeito das tensões térmicas torna-se evidente quando
expansão térmica é restrita. As juntas de dilatação, quando
detalhadas e espaçadas de forma adequada, minimizam as restrições da
expansão térmica. Consequentemente necessidade, há menos na conta
insignificante para as tensões térmicas. Na verdade isso é muito
importante, já que uma distribuição de tensões precisas em qualquer
three-dimensional recinto submetida à temperatura
gradientes é extremamente complexo. Do ponto de vista de concepção,
portanto, o discusser gostaria de recomendar a
limite superior para o espaçamento das juntas de expansão de 200 ft.
Com essa limitação, o estresse térmico pode ser seguramente
ignorados. Por outro lado, juntas de dilatação são caros e
são uma fonte potencial de fuga de telhado, que deve ser considerado.
Aliás, a localização das juntas de dilatação verdadeira
também afeta o desenho do suporte do vento, e os discusser
tem encontrado em muitos projetos que esse fato não foi completamente e
diafragma órtese no sistema de telhado.
19

Para determinação do comprimento a ser adotado entre juntas de dilatação


devido ao efeito térmico para estruturas de aço, encontra-se no AISC – American
Institute of Steel Construction, AISC LFRD que apresenta uma ótima referência
orelatório que foi definido no “Federal Construction Council’s Tecnical Report n. 65,
Expansion Joints in Bulding”.

Esse relatório estabelece em duas curvas as distâncias entre juntas de


dilatação para uma variação de temperatura acima de 20 C que é a temperatura
considerada normal no Brasil:

a) Para edifícios em aço de forma retangular, construído de vários pórticos


com rigidez simétrica a distância máxima será de 120m;
b) Para edifícios feitos de qualquer material com forma não retangular tipo
L, T, U, etc., a distância máxima será de 60m.

Ainda cinco fatores que poderão ser aplicados e que podem alterar os
valores acima segundo o referido relatório, que são:

1. Se o edifício terá aquecimento interno e tem colunas rotuladas na base,


pode-se usar o máximo especificado;
2. Se o edifício tiver ar-condicionado tanto quando o de aquecimento, e um
sistema de controle contínuo pode-se aumentar o máximo espaçamento em 15%.
3. Se o edifício não tiver aquecimento, a distância deverá ser reduzida em
33%.
4. Se o edifício tiver bases fixas, a distância deverá ser reduzida em 15%.
5. Se o edifício tiver maior rigidez lateral em um dos planos, a distância
deverá ser reduzida em 25%.
Quando mais do que uma destas condições existir o fator percentual será a
soma algébrica dos vários fatores.

Portanto, de forma prática segue abaixo a distância máxima entre juntas,


considerando uma variação de temperatura maior que 20C:

1. L = 120 m;
20

2. L = 120m + 15% = 120 x 1,15 = 138 m;


3. L = 120m - 33% = 120 x 0,67 = 80,4 m;
4. L = 120m - 15% = 120 x 0,85 = 102 m;
5. L = 120m - 25% = 120 x 0,75 = 90 m;

Figura 1 – Gráfico de distância entre juntas de dilatação x temperatura.

A junta de dilatação mais efetiva é quando se prevê uma completa


separação da edificação adotando uma linha dupla de colunas (figura xx). Há
também a adoção de juntas através dos elementos de ligação, e não as das colunas
duplas, sendo que os elementos de ligação devem ter um índice de atrito muito
baixo (figura y-y).
Independente do método a ser utilizado para a movimentação da estrutura,
os sistemas não estarão totalmente livres e com isso há uma pequena restrição ao
movimento.
21

bellei

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Os voluntários...

5. RESULTADOS

Figura 1..

6. DISCUSSÃO

Ao avaliar as informações da literatura, era esperado...

7. CONCLUSÕES
22

Neste trabalho, foi apresentado o estudo sobre as considerações em


projeto para juntas de dilatação, com informações de parâmetros, distâncias e
fatores influentes na determinação das mesmas.
A estrutura deve ser estática e segura, ...................................
A correta avaliação técnico-econômica de todos os fatores influentes e o
conhecimento é que definirá a solução ideal, ...................................

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
23

1. BELLEI, Ildony Hélio. Edifícios Industriais em Aço. 2 ed. São Paulo: Pini,
1994.
2. BELLEI, Ildony Hélio; PINHO, Fernando O., PINHO, Mauro O. Edifícios
Industriais de Múltiplos andares em Aço. 2. ed. São Paulo: Pini, 2008.
3. Federal Construction Council, Technical Report n.65, Expansion Joints in
Buildings
4. American Intercultural Student Exchange - AISE n.13/1991
5. AISC/2005 – American Institute of Steel Construction.
6. Arquitetura & Aço
7. Faça voce mesmo - Casa e Jardim
8. ASCE - Structural Engineering Institute Sociedade Americana de Engenheiros
Civis
9. REVISTA TECNOLOGIA-JUNHO 87

ANEXO A

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