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Monólogo da peça ‘Em Transeʼ – por Gabriel Rocha.

07/03/2019 14*16

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GABRIEL ROCHA

agosto 11, 2017

MONÓLOGO DA PEÇA ‘EM TRANSE’ – POR GABRIEL ROCHA.


| | | | | | || E M T R A N S E |\

Éh..., só mais uma dança, em mais uma festa, de mais uma noite, com mais algumas
pessoas. Como vocês ai, não é mesmo?

E eu, essa identidade misteriosa que sou pra vocês.

O estranho calado que ganhou um dia de voz!

Pelo menos hoje. Só hoje...

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Monólogo da peça ‘Em Transeʼ – por Gabriel Rocha. 07/03/2019 14*16

Expressando em altas palavras uma amostra do que penso, por vezes, em secreto.

Apesar de todas essas luzes e filtros, fotos e danças, eu posso ver a agonia que os
pensamentos desorientados vêm causando a eles.

Eu percebo o trágico da realidade individual de cada um deles e como tentam esconder


seus medos e suas dores enquanto esboçam mais um sorriso idiota em público... ao
público, como personagens que são.

Mas será só eles?

“Por trás do brilho da foto tirada; um filme de tristeza.


Em cada lágrima que disfarçam, pelo artifício da beleza.”

Mas eu também não os culpo. Não mesmo. Não quando eles sentem e experimentam a
mesma dor que um dia eu senti, ferido pelo amor que tinha a um mundo que
simplesmente não existe.

Mas que sintam, e sintam sem cessar.

A diferença entre eles e eu? É que eu aceitei. Aceitei a visão fria e cinza desse mundo
logo cedo. E agora, já não é mais um mal pra mim. Só é o que é, assim como eu...

Mal seria tentar me iludir criando esperanças que jamais serão correspondidas – essa
dor sim seria insuportável!

Mas por favor, não pensem que estou aqui cuspindo dramas em vão ou criando um
espetáculo enquanto me vitimizo neste palco...

Ao contrário: eu dou é gargalhada desse show de sarcasmo montado pelo universo.

Sim! É assim! Não há beleza em nada disso, não há honradez, não há algo que possa
justificar nossos orgulhos vazios e estupidos ou qualquer ato que seja digno de algum
mérito..., não há!

Em verdade mesmo... não há nada nesse mundo que analisado radicalmente não passe de
vaidade. Vago!

Tão-somente vago.

Nada.

O nada que cultiva mais nada


Que se semeia na plantação errada.
Nesse lugar não se tira e nem coloca
Quando enfim se põe, duas vezes ainda pior retorna.
Vejam se isso tem algum cabimento

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Monólogo da peça ‘Em Transeʼ – por Gabriel Rocha. 07/03/2019 14*16

Grãos se juntam e se espalham ao vento.


Água de suas mãos estão bebendo
Porém, estando turvas, continuaram sedentos.

É rapido, não é?

O jeito com que eu falo


O jeito com que eu narro
O modo que eu penso
A forma com que eu faço
Talvez seja o excesso de racionalidade e a falta de um abraço.

Mas é assim...

Da mesma forma com que somos submetidos a discernir o mundo a volta; é preciso ser
rápido.

Mas afinal: para quê?

O mundo de nada só se apresenta como nada se não tivermos algo a oferecer a ele. Se não
tivermos algo para definir o que é, ou que pode ser. Se não tiver algo que seja!...

Ou não, né? – Como se essa reles espécie tivesse algo a oferecer, afinal, somos só um grão
vagando no imenso mar do universo.

A combinação já me é previsível
Tanto... que se projeta como tangível.
Cabeças fechadas, e uma boca sempre aberta;
Mentes vazias cheias de vaidade, um vácuo de merda!
Vaidade de tudo aquilo que acham que têm.
Vaidade de tudo aquilo que desejam ter.
Vaidade de tudo aquilo que nunca terão.
Vazio e avidez eterna, é o máximo que em si mesmos encontrarão.

Mas que seja!

Vamos dançar...

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Monólogo da peça ‘Em Transeʼ – por Gabriel Rocha. 07/03/2019 14*16

ES - Vila Velha, Coqueiral de Itaparica.


Texto escrito em 10 de agosto de 2017 por Gabriel Rocha para a apresentação da peça “Em
Transe” um dia antes da mesma ser apresentada na programação do Festival do Dia do Aluno, na
Escola Agenor Roris.

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Marcadores: Gabriel Rocha, monólogo

COMENTÁRIOS

Unknown 30 de dezembro de 2018 06:54

Gostei muito.

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Quando a esperança
está dispersa Só a
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