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DIREITO E CLASSE SOCIAL EM E. P.

THOMPSON:
OS DIREITOS NA EXPERIÊNCIA HISTÓRICA DE LUTA DE CLASSES DOS
TRABALHADORES NA OBRA “SENHORES E CAÇADORES”1

VII Colóquio Internacional Marx e Engels


GT 3- Marxismo e Ciências Humanas
Adailton Pires Costa2

[...] por trás de cada forma de ação popular como esta, pode-se encontrar
alguma noção de direito que a legitime. [THOMPSON, 2011, p. 85.]

Edward Palmer Thompson3 compreende a experiência humana como um


processo histórico dialético entre o ser social e a consciência social. Para ele, a
experiência de classe é “determinada em grande medida pelas relações de produção”,
enquanto que a consciência de classe (que é um subtipo de experiência) é a “forma
como essas experiências são tratadas em termos culturais: encarnadas em tradições,
sistemas de valores, ideias e formas institucionais. Se a experiência aparece como
determinada, o mesmo não ocorre com a consciência de classe” (THOMPSON, [1987] /
2011, p. 10). Assim, Thompson (1981B, p. 405) afirma que “a experiência é o que faz a
junção entre a cultura e a não-cultura, estando metade dentro do ser social, metade
dentro da consciência social”4. Nesse sentido, distingue dois níveis de experiência: a
experiência I (a experiência vivida) e a experiência II (a experiência percebida),

A experiência I está em eterna fricção com a consciência imposta e, quando


ela irrompe, nós, que lutamos com todos os intricados vocabulários e
disciplinas da experiência II, podemos ter momentos de abertura e de
oportunidade, antes do molde da ideologia se impor mais uma vez.
(THOMPSON, 1981B, p. 406)5

1
Este trabalho é oriundo da dissertação A história dos direitos trabalhistas vista a partir de baixo: a luta
por direitos (e leis) dos trabalhadores em hotéis, restaurantes, cafés e bares no Rio de Janeiro da 1ª
República (DF, 1917-18) defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal
de Santa Catarina (PPGD-UFSC) no ano de 2013.
2
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina.
3
Edward Palmer Thompson foi um historiador inglês que compôs, ao lado de Eric Hobsbawm,
Christopher Hill e outros, o grupo de historiadores do partido comunista inglês. Foi um dos precursores
da história social (do trabalho) e estabeleceu a abordagem histórica conhecida como “History from
below” [História vista de baixo].
4
. “For experience is exactly what makes the junction between culture and not-culture, lying half within
social being, half within social consciousness.” (Tradução nossa).
5
“Experience I is in eternal friction with imposed consciousness, and, as it breaks through, we, who fight
in all the intricate vocabularies and disciplines of experience II, are given moments of openness and
opportunity before the mould of ideology is imposed once more.” (Tradução nossa)
Desse modo, a partir da noção de experiência, é possível compreender homens e
mulheres como sujeitos com relativa autonomia e voz na história. Contudo, ressalva
Thompson:

[...] não como sujeitos autônomos, ‘indivíduos livres’, mas como pessoas que
experimentam suas situações e relações produtivas determinadas como
necessidades e interesses e como antagonismos, e em seguida ‘tratam’ essa
experiência em sua consciência e sua cultura [...] e em seguida [...] agem, por
sua vez, sobre sua situação determinada. (THOMPSON, 1981, p. 182)

É a partir dessa relação dialética entre “experiência” e “consciência social”, com


a inserção da ação das pessoas e sua cultura dentro do processo histórico, que
Thompson analisa a classe social. Ao entender que a classe não é um mero produto do
desenvolvimento das forças produtivas, mas, pelo contrário, decorre da experiência dos
homens reais em conflito, o historiador marxista inglês se contrapõe frontalmente ao
determinismo a-histórico e economicista.
Na obra A Formação da Classe Operária Inglesa, a classe social é definida como
uma relação histórica em que “alguns homens, como resultado de experiências comuns
(herdadas ou partilhadas), sentem e articulam a identidade de seus interesses entre si, e
contra outros homens cujos interesses diferem (e geralmente se opõem) dos seus.”
(THOMPSON, 2011, p. 10). Contudo, para Thompson (1979, p. 34), essa definição é
apenas uma aproximação da realidade histórica6, que está longe de representá-la, pois a
classe social é algo que só pode ser analisada adequadamente após a observação, nas
evidências empíricas, da regularidade de comportamentos das relações humanas no
processo histórico-social ao longo do tempo. Portanto, para o historiador marxista
inglês, a teorização conceitual não pode prescindir das evidências históricas das
experiências dos homens em lutas de classes e da consciência dessas experiências pelos
sujeitos que em processo de luta se descobrem como classe. Logo, para o historiador
inglês a classe social como conceito histórico é inseparável da análise do processo de
formação histórica de classe, que abrange as condições e o processo de luta de classes,
uma vez que

Em realidade, luta de classes é um conceito prévio assim como muito mais


universal. Para expressar claramente: as classes não existem como entidades
separadas, que olham ao redor, encontram uma classe inimiga e começam
logo a lutar. Pelo contrário, as pessoas se encontram em sua sociedade
estruturada em modos determinados (crucialmente, porém não
exclusivamente, em relações de produção), experimentam a exploração (ou a

6
Para Thompson, o conceito é uma categoria não-estática e histórica, com generalidade e elasticidade,
mais como expectativa do que como regra. (THOMPSON, 1981, pp. 56-7)
necessidade de se manter o poder sobre os explorados), identificam pontos de
interesse antagônicos, começam a lutar por estas questões e no processo de
luta se descobrem como classe, e chegam a conhecer esse descobrimento
como consciência de classe. A classe e a consciência de classe são sempre as
últimas, não as primeiras, fases do processo histórico real. (THOMPSON,
1979, p. 37).

Assim, para compreender as características da classe trabalhadora, segundo


Thompson, é necessário analisar a relação histórica específica da luta de classes no
processo dialético entre ser social e consciência social. Nesse processo, ele visualiza o
desenvolvimento de uma consciência social de classe (experiência II – percebida e
subjetiva) no momento em que um grupo de pessoas que compartilham experiências
comuns em lutas sociais (experiência I – vivida e objetiva), conformadas no mundo do
trabalho, - em face de outro grupo com interesses opostos - articula concepções
culturais, políticas e de identidade social sobre estas mesmas experiências, expressando-
as de diferentes formas em “tradições, valores, idéias e formas institucionais”. Essas
expressões da consciência de classe, por sua vez, podem romper com a consciência
social hegemônica (ideologia dominante), possibilitando o desenvolvimento de uma
consciência de classe contra-hegemônica sobre a própria experiência de classe, não
determinada pelas condições limitadoras impostas na experiência, e modificando as
próprias condições que conformam a produção da experiência de classe. Dessarte,
segundo Thompson (1981, p. 17),

A experiência entra sem bater à porta e anuncia mortes, crises de


subsistência, guerra de trincheira, desemprego, inflação, genocídio. Pessoas
estão famintas: seus sobreviventes têm novos modos de pensar em relação ao
mercado. Pessoas são presas: na prisão pensam de modo diverso sobre as leis.
Frente a essas experiências gerais, velhos sistemas conceptuais podem
desmoronar e novas problemáticas podem insistir em impor a sua presença.

Essa abordagem permite compreender os elementos do processo histórico da


classe e suas lutas sociais na relação dialética entre experiência e consciência de classe,
sendo dentro desse processo histórico que será possível compreender também o direito
como processo dialético que ocorre dentro da luta de classes..7

7
Influenciado por E. P. Thompson, o professor do “direito achado na rua” Roberto Lyra Filho (1982, p.
56), uma das principais referências da crítica do direito no Brasil, afirmou que “Direito é processo, dentro
do processo histórico: não é uma coisa feita, perfeita e acabada; é aquele vir-a-ser que se enriquece nos
movimentos de libertação das classes e grupos ascendentes e que definha nas explorações e opressões que
o contradizem, mas de cujas próprias contradições brotarão as novas conquistas.
Ao publicar o texto “Miséria da Teoria”, Thompson (1981, p. 110) resume sua
concepção de direito na história ao afirmar que constatou que
[...] o Direito não se mantinha polidamente num “nível”, mas estava em cada
nível: estava imbricado no modo de produção e nas próprias relações de
produção [...] contribuía para as definições da identidade tanto de
governantes como de governados; acima de tudo, fornecia uma arena para a
luta de classes, nas noções alternativas do Direito se digladiavam.

Essa constatação decorreu de sua pesquisa histórica alguns anos antes no livro
“Senhores e Caçadores”, publicada originalmente em 1975, pela qual Thompson (1987,
p. 3598) aprofunda a compreensão das contradições da dimensão jurídica a partir da
análise de uma experiência específica de luta por/contra direitos na Inglaterra do século
XVIII. Thompson analisa o espaço de conflito de classes representado da luta por
direitos costumeiros dos caçadores intitulados de “negros de Waltham” contra o direito
de propriedade e a intensificação da repressão promovida pela classe dominante então
no poder (Whigs), que editou em 1723 a chamada “Lei Negra”.8
No texto Senhores e Caçadores, o historiador inglês verifica o direito nas
relações de produção sob duas dimensões: como lei, por meio de “regras e
procedimento formais”, e como ideologia9, enquanto campo de conflito, mediação,
arena central de luta social. A primeira dimensão (como lei) pode ainda ser dividida em
dois aspectos: a instituição e seus agentes (“os tribunais com seus teatros e
procedimentos classistas” junto com “os juízes, os advogados e os Juízes de Paz”); e
como regras e procedimentos próprios (a lei enquanto lei, exprimindo sua lógica
interna). (THOMPSON, 1987, p. 351).
Normalmente, a história oficial do direito se limita a analisar o direito como lei.
Thompson (1987, 352) vai por outro caminho em sua pesquisa histórica feita acerca do
papel do direito na Inglaterra do século XVIII, momento em que ele verifica a dimensão

8
Miguel Pressburger, outro expoente da crítica do Direito no Brasil, que popularizou a expressão “direito
insurgente”, destaca, sob a influência dessa pesquisa histórica de E. P. Thompson, que o “caldo de
cultura” do surgimento do “direito insurgente” é o “conflito social e se revela nas estratégias dos sujeitos
coletivos de alguma forma organizados. É aquela ‘invenção’ de um direito mais justo e eficiente, que vai
emergindo das lutas sociais, momento histórico e teórico em que os oprimidos se reconhecem como
classe distinta daqueles que os oprimem.” (1995, p. 33)
9
A noção de Ideologia utilizada por Thompson é próxima da utilizada pelo marxista italiano Antonio
Gramsci, visto que este tem grande influência na obra do historiador inglês. Para Gramsci (1978, p. 62-
63), as ideologias são realidades objetivas e atuantes, com força material, “na medida em que são
historicamente necessárias, as ideologias tem uma validade que é uma validade ‘psicológica’: elas
‘organizam’ as massas humanas, formam o terreno sobre o qual os homens se movimentam, adquirem
ciência de sua posição, lutam, etc”. Ideologia aqui é concebida como prática social vivida, como
concepção de mundo que interfere, modifica e conforma as relações sociais. Nesse sentido, Gramsci
(1978, p. 62-63) distingue as ideologias em “[...] ideologias historicamente orgânicas, que são necessárias
a uma certa estrutura, e ideologias arbitrárias, racionalizadas, desejadas".
político-ideológica do direito na história, que não é a dimensão propriamente
econômica, nem a dimensão normativo-legal. Ele questiona, então, tanto a concepção
liberal do direito que vê um “Rule of Law” consensual, quanto a concepção do
marxismo ortodoxo que reduz o direito a um mero instrumento da classe dominante ou
um mero epifenômeno do modo de produção. Em resumo, não aceita nem a versão
liberal oficial de um “Rule of Law” imparcial nem a versão marxista ortodoxa de “Rule
of Class” tout court.
Para além do direito como lei e do direito como instrumento de classe,
Thompson (1987, p. 352) resgata, pela análise histórica, a existência de uma dimensão
ideológica costumeira (não consensual) do direito. Em primeiro lugar, ressalta que essa
ideologia não se restringe à ideologia da classe dominante.10 Logo, nega a dimensão do
direito como simples mediação ideológica legitimadora das relações de classe (1987, p.
354) e afirma que o direito tem “suas características próprias, sua própria história e
lógica de desenvolvimento independente.” (1987, p. 353).
Ao apontar essa dimensão histórica do direito para além das determinações da
classe dominante, Thompson (1987, p. 352) visualiza a existência de “normas
alternativas [...] dos habitantes das florestas” como um espaço de conflito que, ao invés
de simples mecanismo de consenso, constitui-se no próprio campo social onde o
conflito se desenvolve. (1987, p. 358). Assim, concebe uma dimensão ideológica do
direito em que as pessoas confrontam o direito legal oficial com um direito de práticas
costumeiras desde tempo imemoriais (vinculado a noções de justiça). Essas práticas
tornam-se insurgentes num momento de crise, quando há uma pressão para a abertura
dos campos de confronto entre as classes. Assim, Thompson (1987, p. 359) verifica na
obra “Senhores e Caçadores” que “o Direito costumeiro não-codificado inglês”,
ofereceu uma notação alternativa de direito no séc. XVIII inglês.11
Nesse sentido, Thompson (1987, p. 361) destaca a complexidade paradoxal do
direito como campo de conflito, pois, de forma contraditória, no processo histórico-
dialético, pode gerar tanto um acúmulo de conquistas sociais no âmbito do “Rule of

10
. Thompson concorda que o Direito pode ser visto “[...] instrumentalmente como mediação e reforço das
relações de classe existentes e, ideologicamente, como sua legitimadora.” Entretanto, ressalta que “[...]
devemos avançar um pouco mais em nossas definições”. (THOMPSON, 1987, p. 353).
11
Segundo Alexandre Fortes, “[...] o aspecto central em que a temática da lei e dos direitos está presente
em A formação..., e que, passando por Senhores e caçadores será objeto da reflexão de Thompson até
Customs in common, é o da constituição e desenvolvimento das noções de justiça entre os dominados, o
papel por elas desempenhados na sua vida, na luta por velhos e novos direitos e a relação de tensão e
reapropriação a partir daí desencadeada com a ordem jurídico-político estabelecida.” (FORTES, 1995, p.
95).
Law” (1987, pp. 355, 356, 358), quanto relegitimar o poder desse próprio sistema,
reproduzindo o “Rule of Class”. (, 1987, p. 356). Ademais, salienta que as “formas e a
retórica da lei adquirem uma identidade distinta que, às vezes, inibem o poder e
oferecem alguma proteção aos destituídos de poder”. (1987, p. 358).
Em suma, o ponto em destaque na análise de Thompson é o entendimento de que
o direito - além de simples lei estatal ou instrumento da classe dominante - é
espaço/campo/arena no qual também ocorre a luta de classe; em outros termos, a luta
por direitos é um momento da luta político-social entre as classes. Desse modo, para o
historiador marxista, nessa arena de lutas sociais são confrontadas noções divergentes
de direito e de justiça (oficiais X alternativas; estatais X populares) que resultam em
avanços ou retrocessos para as classes trabalhadoras.
Thompson resgata a dimensão social e política do direito na voz dos
trabalhadores, o que possibilita o confronto com a divisão na pesquisa jurídica oficial
entre relações sociais e normas jurídicas (lei, doutrina, jurisprudência), indo na
contracorrente da versão oficial do direito e sua história que elimina as classes sociais e
naturaliza o método histórico ao separar história social e história das normas e exclui o
conflito de classes da pesquisa jurídica.
Portanto, a perspectiva crítica da análise histórica de Thompson sobre o direito
no processo de lutas de classes dos trabalhadores vai frontalmente de encontro à
pesquisa tradicional no Brasil, que vê o surgimento do direito a partir de cima,
analisando apenas o aspecto oficial do jurídico, com destaque para a legislação
trabalhista promulgada pelo Estado.
Essa abordagem das contradições do direito no processo histórico indica
caminhos para a realização de uma pesquisa social e crítica dos direitos trabalhistas
imbricada nas relações sociais, não limitada apenas ao conhecimento normativista da
legislação, dos tribunais e dos juristas, nem reproduzindo estereótipos economicistas a
partir de esquemas conceituais abstratos, mas revelando também noções e práticas
históricas de juridicidades alternativas e insurgentes, como, por exemplo, as lutas por
direitos trabalhistas dos operários (anarquistas, socialistas e comunistas) no Brasil da
Primeira República.
Desse modo, em contraponto às pesquisas tradicionais de legitimação da ordem
instituída que desconsideram a dimensão de classes do direito e seus conflitos no
processo de lutas sociais e às pesquisas de crítica do direito que reproduzem a visão do
direito como mero instrumento da classe dominante ou epifenômeno do econômico; a
análise de Thompson permite compreender, pelo ponto de vista dos de baixo, as
diferentes e contraditórias facetas do direito dentro do processo histórico de luta de
classes dos trabalhadores nos momentos de reivindicação, conquista e crítica do(s)
direito(s), como os campos de conflito entre as classes que permitem o surgimento de
formas alternativas de organização social, noções de justiça e de normatividade
decorrentes do processo global de luta de classes dentro das condições sociais de cada
modo de produção na história.12

REFERÊNCIAS

FORTES, Alexandre. O Direito na obra de E. P. Thompson. História Social. Campinas


– SP. nº 2, p 89-111, 1995.

GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o Estado moderno. Tradução de Luiz


Mário Gazzaneo. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

LYRA FILHO. O que é direito. São Paulo: Nova Cultural/ Brasiliense, 1982.

PAOLI, M; SADER, E. Sobre “Classes Populares” no pensamento sociológico


brasileiro (notas de leitura sobre acontecimentos recentes). In: CARDOSO, Ruth C. L.
A Aventura Antropológica: teoria e prática. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986.

PRESSBURGER, Miguel. Direito, a alternativa. Ordem dos Advogados do Brasil – RJ.


Perspectivas sociológicas do direito: 10 anos de pesquisa. Rio de janeiro: Thex/ OAB-
RJ/ Univ. Estácio de Sá, 1995.

THOMPSON, Edward Palmer. A formação da classe operaria inglesa. Vol. I: a árvore


da liberdade. 1ª edição [1987]. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

12
“[...] esses novos significados não são pura criação dos intérpretes e nem tampouco atributos de uma
realidade que já estivessem nela à espera de serem decifrados. Eles resultam de todo um movimento
social, que é também um movimento cultural – onde se cruzam intelectuais e militantes, políticos,
jornalistas e pesquisadores, sindicalistas e simples trabalhadores em seus espaços cotidianos – de
produção de novos significados que acompanham necessariamente as mudanças na prática social”.
(PAOLI; SADER, 1986, p. 53)
_____. A Miséria da Teoria ou um Planetário de Erros: uma crítica ao pensamento de
Althusser. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.

_____. Senhores & caçadores: a origem da lei negra. RJ: Paz e Terra, 1987.

_____. The politics of theory. In: SAMUEL, Raphael. (ed.) People’s history and
socialist theory. London: Routledge. 1981B.

_____. Tradición, revuelta y consciencia de clase: estúdios sobre la crisis de la sociedad


preindustrial. Barcelona: Crítica, 1979.

___. Whigs and Hunters: the origin of the black act. New York: Pantheon Books, 1975.

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