Relatório - Privatizações: a distopia do Capital, 2014
O documentário fala sobre as privatizações na década de 1990. Com o surgimento do neoliberalismo no mundo, essas privatizações chegaram ao Brasil e suas consequências foram analisadas criticamente. A lógica da legalização do estado mínimo é retratada por meio de imagens que ilustram claramente como o governo administra a venda de bens públicos para o setor privado, garantindo assim a desintegração do governo brasileiro. Para convencer o povo brasileiro de que o método de privatização seria uma boa estratégia econômica para o país, foi usado a mídia. Um exemplo das propagandas que foram feitas na época é um comercial de TV do governo federal sob direção de Fernando Collor de Mello no início de 1990, representando o Estado incorporado no elefante - grande, desajeitado e fanfarrão- incapaz de acompanhar o ritmo dinâmico do ambiente da academia. Podendo-se compreender que o Estado está sempre atrapalhando o consumidor de se tornarem modernos. A partir disso, as propagandas se tornaram mais sofisticadas, como a contratação de apresentadores populares da TV e do rádio, que intimamente falavam ao público, numa conversa intimista, sobre um futuro maravilhoso do livre mercado concorrencial que viria com as privatizações. O Estado argumentava que se concentraria em suas atividades sociais, prometendo doar o valor arrecadado para investimentos em saúde, educação, saneamento, habitação e segurança. Mas quando houve privatização das empresas o dinheiro foi destinado ao pagamento de juros e dividas públicas. Uma das principais empresa que se tornou privada foi a Petrobras, com raiz e maior empresa brasileira. Sua forma de privatização foi pela quebra do monopólio. Outra privatização que houve foi a das telecomunicações que é declarado, pelo Professor Marcos Dantas, como um crime contra o Brasil e pouco compreendido. No dia do leilão da Telebrás teve uma grande manifestação, contra a venda, na frente da bolsa de valores, no Rio de Janeiro. Infelizmente os manifestantes não tiveram sucesso, pois, além de 11 presos e 48 feridos a Telebrás foi leiloada a quatro países diferentes. O processo de privatização é apresentado como algo irreversível, porém não é verdade. Há casos de reversão da privatização na Bolívia e Islândia. Logo, ao fim do vídeo Tendler nos diz que No Brasil, o aprofundamento da razão privatização mostra limites, tornando-se um risco sistêmico para toda a sociedade: A privatização de setores econômicos torna-se uma deseconomia geral. Tendler ainda diz que não quer um projeto de desenvolvimento dependente, irresponsável, que vai gerar mais fome para o povo e uma insuportável acumulação de riqueza para poucos. Por fim finaliza dizendo que os jovens das periferias ganharão a carta de alforria atrás da qualidade dos serviços públicos.