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23 DE FEVEREIRO DE 2019 5

– Condena as declarações de Donald Trump que atentam gravemente contra a Venezuela, a sua ordem
constitucional, a sua soberania e independência nacional e os direitos do povo venezuelano;
– Condena a política de ingerência e promoção de um golpe de Estado, a desestabilização, as sanções e o
bloqueio económico, a confiscação ilegal de bens e recursos financeiros e as ameaças de intervenção militar da
Administração Trump contra o povo venezuelano, denunciando em particular os reais objetivos da falsa
«operação humanitária» anunciada para 23 de fevereiro;
– Insta o Governo português a assumir uma posição de respeito pela soberania e independência da
Venezuela, em conformidade com a Constituição da República Portuguesa e a Carta das Nações Unidas.

Assembleia da República, 20 de fevereiro de 2019.

Os Deputados do PCP: Carla Cruz — João Oliveira — António Filipe — Francisco Lopes — Jerónimo de
Sousa — Paula Santos — Duarte Alves — Rita Rato — Bruno Dias — Ana Mesquita — Diana Ferreira — João
Dias — Ângela Moreira — Jorge Machado.

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VOTO N.º 745/XIII/4.ª


DE SOLIDARIEDADE COM A OPERÁRIA CORTICEIRA CRISTINA TAVARES E TRABALHADORES
ALVO DE REPRESSÃO, ASSÉDIO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS

Em janeiro de 2017, a Corticeira Fernando Couto – Cortiças, SA, decidiu despedir, por extinção do posto de
trabalho, Cristina Tavares. A operária corticeira recorreu, o tribunal condenou a empresa e obrigou à sua
reintegração. Em resposta a essa reintegração no posto de trabalho, foi confrontada com trabalhos forçados e
improdutivos, repressão e assédio, que desde logo denunciou. Pela segunda vez, o tribunal condenou a empresa
por assédio, e no decurso dessa condenação, a Corticeira Fernando Couto – Cortiças, SA, avançou com novo
despedimento, agora por «difamação». Cristina Tavares recorreu novamente. Há duas semanas, a empresa foi
condenada pela ACT em 31 mil euros por assédio e agora 6 mil euros por violação de normas saúde e segurança
no trabalho.
A Corticeira Fernando Couto – Cortiças, SA, foi condenada 2 vezes e corre uma queixa-crime, contudo,
parece não ter sido ainda suficiente para assegurar o cumprimento da lei e dos direitos desta trabalhadora. A
associação patronal do setor corticeiro mantém um silêncio absoluto sobre esta violação de direitos humanos.
Esta trabalhadora tem sido vítima de repressão insidiosa e brutal apenas porque não desiste do posto de
trabalho e de ver cumpridos os seus direitos. Este processo de violência física e psicológica sobre Cristina
Tavares é inaceitável.
Cristina Tavares tem tido a coragem para denunciar situações semelhantes, mas não é infelizmente caso
isolado, práticas de repressão e assédio, violação e desrespeito de direitos marcam o dia-a-dia de muitos locais
de trabalho no país.
Assim, a Assembleia da República reunida em sessão plenária delibera:

1. Manifestar a sua solidariedade com todos os trabalhadores sujeitos à repressão, assédio e violação de
direitos, liberdades e garantias nos locais de trabalho;
2. Condenar as práticas de negação, desrespeito e violação dos direitos dos trabalhadores e promover o
respeito integral pelo cumprimento da Lei e da Constituição.

Assembleia da República, 20 de fevereiro de 2019.


II SÉRIE-B — NÚMERO 32 6

Os Deputados do PCP: Rita Rato — João Oliveira — António Filipe — Paula Santos — Diana Ferreira —
Jerónimo de Sousa — Carla Cruz — Bruno Dias — Duarte Alves — Jorge Machado — Ana Mesquita — Ângela
Moreira — Francisco Lopes — João Dias.

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VOTO N.º 746/XIII/4.ª


DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FILIPE GRACIOSA

Na passada segunda-feira, 18 de fevereiro, morreu o Sr. Dr. João Filipe Giraldes Pereira de Figueiredo
(Graciosa).
Médico veterinário, o Dr. Filipe Graciosa era uma das maiores referências da equitação nacional.
Foi um dos fundadores, em 1979, da Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), que elevou o prestígio e
o reconhecimento do cavalo lusitano e da equitação portuguesa em todo o mundo. Com os cavalos da
Coudelaria de Alter, promoveu o ensino, a prática e a divulgação da Arte Equestre tradicional portuguesa. Esteve
36 anos nesta Escola, de que foi Mestre Picador, Chefe e Diretor.
Criador de cavalos Lusitanos, foi ainda presidente da Sociedade Hípica Portuguesa, tendo sido em 2008
condecorado pelo Governo francês com o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra da
República Francesa.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e amigos de
Filipe Graciosa o mais sentido pesar pelo desaparecimento deste cavaleiro exímio e embaixador da arte
equestre portuguesa.

Palácio de São Bento, a 19 de fevereiro de 2019.

As Deputadas e os Deputados do CDS-PP: Assunção Cristas — Nuno Magalhães — Patrícia Fonseca —


Telmo Correia — Cecília Meireles — Hélder Amaral — João Pinho de Almeida — Pedro Mota Soares — Álvaro
Castello-Branco — Ana Rita Bessa — António Carlos Monteiro — Filipe Anacoreta Correia — Ilda Araújo Novo
— Isabel Galriça Neto — João Gonçalves Pereira — João Rebelo — Teresa Caeiro — Vânia Dias da Silva.

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INTERPELAÇÃO N.º 24/XIII/4.ª


SOBRE «POLÍTICA GERAL CENTRADA NA POLÍTICA DE SAÚDE E NAS MEDIDAS NECESSÁRIAS
PARA VALORIZAR O SNS E GARANTIR O DIREITO DAS POPULAÇÕES À PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
DE SAÚDE ACESSÍVEIS E DE QUALIDADE»

Vem o Grupo Parlamentar do PCP, para os devidos efeitos, informar V. Ex.ª, Sr. Presidente da AR, que o
tema da Interpelação ao Governo no dia 27 de fevereiro será sobre «política geral centrada na política de saúde
e nas medidas necessárias para valorizar o SNS e garantir o direito das populações à prestação de cuidados
de saúde acessíveis e de qualidade».

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