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CEMAT PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO N.

º GER-04 - INSTRUÇÃO
TAREFA: RETIRADA DE AMOSTRA DE ÓLEO PARA ANÁLISE
RESPONSÁVEL: AGM e DMS/ OEL (OFICINA DE TRANSFORMADORES)

Apresentação :

A presente instrução técnica tem por objetivo, estabelecer procedimentos


para execução no campo, da retirada de amostra de óleo isolante em
transformadores de força para ensaios físico – químico e de cromatografia.

EMITENTE: Alessandro Rezende APROVADO: Benedito Miller REVISÃO 01/99 1/15


CEMAT PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO N.º GER-04 - INSTRUÇÃO
TAREFA: RETIRADA DE AMOSTRA DE ÓLEO PARA ANÁLISE
RESPONSÁVEL: AGM e DMS/ OEL (OFICINA DE TRANSFORMADORES)

Sumário :

1. Objetivo
2. Considerações Preliminares
3. Procedimentos para retirada da amostra
4. Anexos

1. Objetivo :

Esta instrução técnica tem por objetivo estabelecer procedimentos para


execução no campo, da retirada de amostra de óleo isolante em
transformadores de força para ensaios físico – químico e de cromatografia.

2. Considerações preliminares :

Durante a operação de um transformador, o óleo isolante e outros materiais


dielétricos sofrem, sob a ação da temperatura e de tensões elétricas, processos
de decomposição química, que resultam na formação de gases, que se
dissolvem total ou parcialmente no óleo, outros compostos químicos que possam
alterar as características físico – químicas do óleo.
No caso de ocorrência de falhas, como superaquecimento, arco ou descargas
parciais, que tenham uma extensão substancial, resulta uma formação de
quantidades apreciáveis de gases.
Estudos realizados indicaram ser possível relacionar a existência de
determinados gases com a natureza elétrica da falha, e ainda fornecer
informações quanto ao tipo do material isolante envolvido na falha, tipo da
falha elétrica, sua severidade e localização.
A cromatografia é uma moderna técnica de análise de gás, capaz de
processar pequenas amostras com grande sensibilidade e precisão,
constituindo-se um instrumento poderoso para identificação precoce de uma
falha.
A análise físico – químico do óleo isolante permite verificar se as
propriedades físico – químicas do óleo isolante se encontram dentro das
condições ideais para que o mesmo assuma a função de meio isolante e também
de refrigeração dos enrolamentos.

EMITENTE: Alessandro Rezende APROVADO: Benedito Miller REVISÃO 01/99 2/15


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3. Procedimentos para retirada da amostra :

3.1. Para Análise Físico – Química :

a) Dispositivo :

Deve ser usado um dispositivo do tipo sangria, que permita


acoplamento entre, o registro do transformador do qual se extrai a
amostra e a boca do recipiente, de modo a evitar que o óleo retirado
tenha contato com o meio externo ( Vide anexo I ).

b) Recipiente :

A amostra deverá ser recolhida em frascos de vidro transparente


com capacidade mínima de 1 litro, devendo a mesma ser mantida ao
abrigo da luz solar.
Para isto, o recipiente deverá ser acondicionada em caixas de
madeira com tampa ( Ver anexo II ).
O recipiente deverá ser provido de tampa de vidro ou borracha
resistente ao óleo, que possibilite completa vedação ( Vide anexo III ).

c) Cuidados :

A limpeza do recipiente e do dispositivo de acoplamento, registro


de dreno – recipiente, é de máxima importância para assegurar que a
amostra obtida represente realmente o produto a ser ensaiado.
Os cuidados mínimos que devem ser observados são:

 Lavar caso necessário preliminarmente o recipiente com


solvente ( Aguarrás mineral, benzina ), em seguida lavar com
sabão ou detergente e enxaguar com água destilada,
colocando-o para secar na estufa por uma hora ( no mínimo )
na temperatura de 100 ºC. Após secagem, tapar
cuidadosamente o recipiente e armazená-los em lugares secos
sem contaminantes, durante uma semana na máximo. Refazer a
limpeza. Caso não se utilize o referido período;

 A saída do registro do transformador deve ser limpa, deixando-


se escorrer em um coletor uma quantidade de óleo suficiente a
fim de retirar os resíduos depositados na tubulação/registro de
saída do transformador;

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 A limpeza acima exigida deve ser feita pelo responsável da


coleta.

Obs.: Normalmente os recipientes são enviados pelo laboratório, e


o mesmo já vem em condições para retirada de amostra para o
ensaio físico – químico. Caso necessário lavar os mesmos, mas isso
deverá ser feito pelo setor responsável pela coleta.

d) Condições Ambientais :

As amostras de óleo não devem ser retiradas nas seguintes condições


ambientais :

 Em dias chuvosos ou com ventos fortes;

 Com umidade relativa do ar > 70%.

e) Roteiro de retirada da amostra do óleo do transformador :

Após tomado todos os cuidados com o recipiente, dispositivo e condições


ambientais, deve-se seguir o seguinte roteiro:

 Limpar a torneira de amostragem de óleo do transformador


com pano apropriado( morim ), limpo e seco;

 Abrir a torneira/registro do transformador e deixar escoar de 1


a 2 litros de óleo, afim de eliminar as impurezas sólidas
situadas junto á torneira/registro ou pequenas quantidades de
água depositada no registro. Se o registro possuir reduções,
desmontá-las para limpeza;

 Acoplar o dispositivo apropriado à saída da válvula de


amostragem do transformador e deixar escoar um pouco de
óleo para lubrificá-lo;

 Lavar o frasco com o próprio óleo a ser amostrado, antes de


retirar a amostra definitiva;

 Fazer acoplamento dispositivo – recipiente e retirar 1 litro de a


ser ensaiado;

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 Tampar o frasco, cuidando para que o mesmo fique bem


vedado;

 Colar no frasco, devidamente vedado, na caixa de madeira


para transporte.

 Encaminhar a coleta imediatamente ao DMS/OEL.

Obs: A vedação deverá ser feita com fita teflon ou qualquer fita adesiva
afim de evitar que a tampa abra e derrame o óleo.

f) Etiqueta de Identificação :

Na etiqueta de identificação da amostra deverá constar as seguintes


anotações:

 Tipo, marca, tensão, potência, n.º de série, local da instalação,


código do equipamento do qual foi retirada amostra;

 Temperatura ambiente e umidade relativa do ar no instante da


retirada da amostra;

 Temperatura do óleo do transformador, no instante da retirada


da amostra.

3.2. Para Análise Cromatográfica de Gases :

a) Dispositivo:

Deve ser usado um dispositivo que permita o acoplamento entre o


registro do transformador do qual se extrai a amostra e a seringa, de
modo que se evite que o óleo retirado, tenha contato com o meio externo
(Vide anexo I ).

b) Recipiente :

A amostra deverá ser recolhida em seringas hipodérmicas de vidro, 50


ml, com válvulas de 3 vias presa na ponta ( Vide anexo IV ).

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c) Cuidados :

A limpeza da seringa e do dispositivo de acoplamento ao registro é de


máxima importância para assegurar que a amostra obtida represente
realmente o produto a ser ensaiado.
Os cuidados mínimos que devem ser observados são:

 Lavar a seringa com água corrente e detergente, sem tirar a válvula


e sem levar ao aquecimento na estufa. Deixar em pé para secar;

 Lavar com álcool para retirar a umidade e deixar a seringa em pé


para secar.

Obs.: Normalmente as seringas são enviadas pelo laboratório, e a mesma


já vem em condições para a retirada de amostra para o ensaio
cromatográfico. Caso seja necessário lavar as mesmas, isso deverá ser
feito pelo setor responsável pela coleta.

d) Condições Ambientais :

As amostras de óleo não devem ser retiradas nas seguintes condições


ambientais:

 Em dias chuvosos;

 Com umidade relativa do ar > 70 % .

e) Roteiro para Retirada da Amostra de Óleo do Transformador:

 Limpeza da válvula/ registro de amostragem do equipamento


usando pano ( morim ) limpo e seco. Se o registro possuir
reduções, desmontá-lo para limpeza;

 Abrir a válvula/registro de amostragem e deixar escoar cerca de 1


a 2 litros de óleo, afim de eliminar as impurezas situadas na
válvula de amostragem;

 Acoplar o dispositivo apropriado na válvula de amostragem e


deixar escoar um pouco de óleo através do dispositivo para
lubrificar o mesmo;

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 Fechar a válvula/registro de amostragem e adaptar a seringa à


extremidade do dispositivo;

 Posicionar a válvula de 3 vias, de modo que haja fluxo do líquido


entre o equipamento e a abertura lateral dessa torneira, abrindo a
válvula/registro de saída do equipamento ( Vide anexo V );

 Girar vagarosamente o braço da torneira de 3 vias dirigindo o


fluxo do óleo para seringa e controlando a abertura da torneira do
equipamento, de modo que o êmbolo seja vagarosamente
empurrado pela pressão do óleo até a marca ser > 50 ml;

 Interromper imediatamente o fluxo de óleo para a seringa, separar


a seringa do dispositivo e empurrar o êmbolo da seringa de modo a
deixar sair todo o óleo pela lateral, lubrificando assim a seringa
com o próprio óleo a ser amostrado, com isso eliminando
quaisquer bolhas de ar.
Esta lubrificação é muito importante, pois a película de óleo que
permanece sobre o êmbolo e no interior da seringa atue como
elemento de vedação;

 Fechar a torneira de 3 vias e acoplar novamente a seringa no


dispositivo, posicionando a torneira de modo a dirigir o fluxo de
óleo do equipamento para dentro da seringa, deixando que a
pressão do óleo empurre o êmbolo enchendo a seringa até um
volume > 50 ml. Não puxar o êmbolo manualmente, para evitar a
formação de bolhas de ar;

 Fechar a válvula de 3 vias e separar a seringa do dispositivo,


colocando-a na posição vertical;

 Fechar a válvula/registro de amostragem do equipamento e


limpeza da seringa;

 Verificar se há bolhas de ar. Caso haja, sangrar o óleo para


eliminação de bolhas, deixando a seringa com volume que seja >
50 ml;

 Colocar a seringa junto com a etiqueta de identificação da amostra


(devidamente preenchida) na caixa de transporte ( Vide anexo VI ),
enviando imediatamente ao DMS/OEL.

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f) Etiqueta de Identificação :

REDE/CEMAT

A
Local:_____________ Código:_____________
B C
Equip:____________

Tensão[kV]:______
D Potência [MVA]:_____ F
E Ano fabric.:_________

Fabricante:_________________
G H
Série: ______________________

J
Óleo Recondicionado ( I ) Óleo Regenerado ( I ) Data:___/___/___

Óleo Novo: ( I ) Óleo em uso: ( I ) Data: ___/___/___


J

Temp. Amb.: _____


L ºC Temp. Óleo: ______
M ºC

N
Umid. Relat. Ar: ______% O
Ponto de Amostragem:______________

P
Data da Amostragem: ___/___/___ Q
Amostrador: _______________

A etiqueta deve ser preenchida conforme as instruções abaixo:

A- Local da origem da amostra;

B- Código do equipamento de onde a amostra foi coletada;

C- Tipo de equipamento : Transformador, Reator, Regulador , etc.;

D- Tensão superior;

E- Potência;

F- Ano de fabricação do equipamento;

G- Fabricante do equipamento;

H - N.º de série;

I- Identificação da condição do óleo;

J- Data referente a condição do óleo do item “I”;

L- Temperatura ambiente na momento da amostragem;

M - Temperatura do óleo ( coletada no termômetro do equipamento


amostrado );

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N- Umidade relativa do ar no momento da amostragem;

O - Ponto de retirada do óleo ( Registro inferior/superior, relé de gás, CDC,


conservador);

P- Data da amostragem;

Q- Nome do responsável pela coleta.

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Anexo I

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Anexo II

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Anexo III

Etiqueta

Frasco de Amostragem de 1 litro de Vidro e com tampa


de borracha

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Anexo IV

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Anexo V

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Anexo VI

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