Você está na página 1de 15

ANHANGUERA – POLO EAD JUAZEIRO

ARQUITETURA E URBANISMO

MONIELY ALVES DA SILVA

WINSTON NAZARÉ BRITO DA SILVA

RAFAEL SANTANA LIMA

MAGNO DA SILVA FONSECA

WERLES MOURA DE ANDRADE

O BEM-ESTAR URBANO

Euclides da Cunha – BA

13 de maio de 2018
MONIELY ALVES DA SILVA

WINSTON NAZARÉ BRITO DA SILVA

RAFAEL SANTANA LIMA

MAGNO DA SILVA FONSECA

WERLES MOURA DE ANDRADE

O BEM-ESTAR URBANO

Trabalho de análise municipal apresentado,

à Anhanguera – Polo EAD Juazeiro, como requisito

para a avaliação do semestral.

Orientadores: Rosimeire Midori, Mariana Silva,


Márcio Saviani, Thaís Regina

Euclides da Cunha – BA

13 de maio de 2018
RESUMO

O processo de formação das cidades ocorre desde os tempos do período neolítico, no


entanto, hodiernamente é necessário pensarmos sobre a forma que nossos assentamentos
urbanos “evoluem”. O presente trabalho visa identificar e analisar os aspectos sociais,
econômicos e ambientais do município de Juazeiro em relação ao tema abordado, o bem-estar
urbano, tendo como base as diretrizes da legislação que está sujeito, assim como estudos e
pesquisas científicas realizados em faculdades nacionais e internacionais sobre os fatos
expostos, despertando o senso crítico diante das necessidades presentes no atual cenário da
cidade, levando em consideração principalmente suas características regionais. Ao aplicar os
conhecimentos inerentes aos questionamentos e desafios, percebeu-se a complexidade e a
importância das mudanças necessárias para alcançar, de maneira plena, qualidade de vida e
sustentabilidade da cidade em estudo acima citada. Os dados analisados apontam para
necessidade do engajamento, por parte do Poder Executivo Municipal, para que seja garantido
aos habitantes e indivíduos que utilizam os mais diversos espaços e equipamentos das
instalações públicas, um fluxo de recursos permanentes, bem como da participação efetiva
da população sendo educada, instruída e alertada sobre a utilização consciente dos serviços
básicos disponíveis e também sobre a separação dos resíduos sólidos pra a realização de uma
coleta eficiente.
SUMÁRIO

Introdução 5
1.0 Processo de Urbanização 6
2.0 Diagnóstico do município 9
3.0 Relatório de soluções 12
Conclusão 14
Referências 15
INTRODUÇÃO

Com o intuito de responder às mudanças decorrentes da crescente urbanização e de


suas consequências para a saúde e qualidade de vida das populações, várias localidades
aderiram a esse programa. “BEM ESTAR URBANO”*.

Uma cidade saudável não é somente aquela com bons índices de saúde, medidos
pelos indicadores que podem ser analisados através de sistemas de informações, mas sim,
cidades comprometidas com os objetivos de saúde de seus cidadãos, trabalhando de forma
intersetorial para alcançar a eficácia das metas e dos objetivos das políticas públicas.

A ideia de cidade saudável está vinculada aos vários outros pensamentos, entre eles a
da construção de uma Urbe, que é um espaço geográfico referente a “city”, que é o centro
financeiro, com suas demais regiões no seu entorno. Uma cidade saudável pensa um
crescimento urbano de maneira sadia, focando em um trabalho interdisciplinar e intersetorial
em prol de um bem-estar da sociedade.

Além disso, observa-se na construção das cidades saudáveis a importância do


fenômeno da formação de redes para apoio, a continuidade, e o alargamento de uma cidade
saudável. Essas redes demonstram a importância do papel que desempenham no apoio aos
projetos de municípios, e isso é uma chave importante do conceito implementado dentro do
âmbito municipal, metropolitano, local e global.

A formação e união da sociedade é um fator determinante para a construção e


implementação do conceito de cidade saudável. Algumas cidades do mundo e, principalmente
da América Latina, já tem experimentado diferentes formas de organização visualizando essa
integração de atividades e descentralização de políticas.

___________________
*O INCT Observatório das Metrópoles lançou, em agosto de 2013, o livro “Índice de Bem-estar
Urbano – IBEU” com o propósito de oferecer a atores governamentais, universidades, movimentos sociais e
sociedade civil em geral o mais novo instrumento para avaliação e formulação de políticas urbanas para o país.
Com o lançamento, o instituto deu início também à campanha “Pelo bem-estar urbano” convidando a
sociedade brasileira a escolher a ótica pela qual a Cidade deve ser tratada. Se pela lógica do mercado ou da
cidadania?

5
1. Processo de urbanização

Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão


territorial. É o processo em que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com a
consequente migração populacional do tipo campo-cidade que, quando ocorre de forma
intensa e acelerada, é chamada de êxodo rural. Em termos de área territorial, no mundo atual,
o espaço rural é bem mais amplo do que o espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige
um maior espaço para as práticas nele desenvolvidas, como a agropecuária, o extrativismo
mineral e vegetal, além da delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral,
no entanto, em termos populacionais e em atividades produtivas no contexto econômico e
capitalista, a cidade, atualmente, vem se sobrepondo ao campo. Sob esse ponto de vista,
percebemos que, pela primeira vez na história, a humanidade está se tornando
majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são apenas estimativas, mas revelam que a
tendência desse processo é se intensificar nas décadas subsequentes. O gráfico mostra também
que a velocidade com que a urbanização acontece é cada vez maior, deixando a curva que
representa a população urbana cada vez mais acentuada. Sob o ponto de vista estrutural, as
cidades sempre estiveram vinculadas ao campo, pois dependiam deste para sobreviver. O que
muda no atual processo de urbanização capitalista, que se intensificou a partir do século
XVIII, é que agora é o campo quem passa a ser dependente da cidade, pois é nela que as
lógicas econômico-sociais que estruturam o meio rural são definidas.

O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se a partir de


dois tipos de causas diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos. Os fatores
atrativos, como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização ocorre devido às
condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a industrialização.
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de urbanização
ocorreu primeiramente. Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não
em função das vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do
campo para os centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do campo
que propiciou a substituição do homem pela máquina e pelo processo de concentração
fundiária, que deixou a maior parte das quantidades de terras nas mãos de poucos
latifundiários. Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela
elevada velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da
6
população nas metrópoles. Tais cidades não conseguem absorver esse quantitativo
populacional, propiciando a formação de favelas e habitações irregulares, geralmente
preconizadas e sem infraestrutura.

Em síntese, o processo de urbanização ocorre em quatro principais etapas, sofrendo


algumas poucas variações nos diferentes pontos do planeta. Vale lembrar que não é só a
atividade industrial em si que gera uma maior atratividade demográfica para as cidades, mas a
dinâmica econômica por ela produzida, que provoca o surgimento de maiores oportunidades
em outros ramos da economia, principalmente no setor terciário. No caso da industrialização e
urbanização do Brasil, podemos perceber que as áreas que historicamente mais se
industrializaram são aquelas que mais concentram um grande contingente populacional e,
assim, encontram-se mais urbanizadas. Com o avanço e desenvolvimento das urbes fez-se
necessário criar condições para as pessoas poderem se locomover entre as diferentes zonas de
uma cidade. Atualmente, os automóveis particulares e os meios de transportes públicos são os
meios de mobilidade urbana mais utilizados. Os carros, no entanto, representam um grande
problema para a qualidade da mobilidade urbana, principalmente nos grandes centros urbanos
e metrópoles. Quando não há um correto planejamento urbano e investimento em alternativas
ao uso das rodovias como meio de locomoção, as cidades sofrem com a superpopulação de
automóveis, que por sua vez são responsáveis pelo congestionamento, prejudicando a
qualidade de vida da sociedade.

O Brasil é um dos países que mais sofre com problemas de mobilidade urbana,
justamente por ter um histórico de planejamento urbano baseado no modelo rodoviário, ou
seja, um grande investimento na expansão e melhoramento das rodovias. Por outro lado, os
transportes públicos da maioria das cidades brasileiras são de má qualidade, fazendo com que
o cidadão busque adquirir um automóvel particular, visto que existem diversas facilidades
para a compra de carros no país nos últimos anos, principalmente graças ao fenômeno da
mobilidade social. As grandes capitais brasileiras são as que mais sofrem com a crise na
mobilidade urbana, como a cidade de São Paulo, por exemplo. Estima-se que o paulistano
passa até 45 dias por ano parado no trânsito, um número absurdo para quem procura
qualidade de vida. A concentração elevada de automóveis também aumenta drasticamente a
poluição ambiental, sendo este mais um motivo para sejam implantadas alternativas
sustentáveis para a mobilidade urbana no país.

Visando uma alternativa para evitar os problemas provocados pelos


congestionamentos devido ao elevado número de automóveis nas estradas, que impedem ou
7
dificultam o fluxo da mobilidade urbana nas grandes cidades, foi desenvolvido o conceito de
mobilidade urbana sustentável. Para isso, as propostas de mobilidade urbana sustentável
envolvem a implantação ou reforço dos sistemas de meios de transporte alternativos e não
poluentes, como as bicicletas, por exemplo. Mas, para que isso seja possível, os governos
precisam investir na construção de ciclofaixas e ciclovias com qualidade. A mobilidade
urbana sustentável também visa a melhoria na locomoção dos pedestres, com o planejamento
de calçadas que sejam seguras e confortáveis (niveladas, sem buracos e demais obstáculos
inoportunos, por exemplo).

Bus Rapid Transit (BRT) é um tipo de sistema de transporte público baseado no uso
de ônibus. Um verdadeiro sistema BRT geralmente tem design, serviços e infraestrutura
especializados para melhorar a qualidade do sistema e remover causas típicas de atrasos. O
BRT visa combinar a capacidade e a velocidade do veículo leve sobre trilhos ou do metrô
com a flexibilidade, baixo custo e simplicidade de um sistema de linhas de ônibus. Para ser
considerado um BRT, o sistema de transporte público de ônibus deve operar por uma faixa de
rodagem exclusiva (corredor de ônibus) para evitar o congestionamento do tráfego. Além
disso, um verdadeiro sistema de BRT deve ter os seguintes elementos: estações com cobrança
de tarifa fora do veículo (para reduzir o atraso do embarque e desembarque relacionado com o
pagamento ao motorista), estações com o nível do piso do ônibus (para reduzir o atraso do
embarque e desembarque causado por escadas), prioridade de ônibus nos cruzamentos (para
evitar a atraso em intersecções rodoviárias).

O primeiro sistema de BRT foi a Rede Integrada de Transporte (RIT), no município


de Curitiba, Paraná, Brasil, que entrou em operação em 1974. Este sistema inspirou muitos
outros semelhantes em todo o Brasil e no mundo e em novembro de 2013, mais de 166
cidades tinham implementado sistemas BRT, respondendo por 4.336 quilômetros de
corredores ônibus. Estima-se que cerca de 27 milhões de passageiros utilizam este sistema de
transporte público em todo o mundo diariamente, dos quais cerca de 17 milhões estão na
América Latina, região que tem a maioria dos sistemas. As muitas diferenças e características
distintas entre os sistemas de BRT existentes fez o Institute for Transportation and
Development Policy (Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento) formar um
comitê técnico para definir padrões para os sistemas BRT em 2011 e em 2013. O comitê criou
uma definição mínima de quais recursos devem ser parte de um sistema para que ele possa ser
qualificado como BRT e criou um padrão BRT para avaliar os sistemas existentes no mundo.

8
Mais uma alternativa são as ciclovias, pois a utilização de bicicletas é enxergada
como uma das soluções para o transporte urbano, sem perder a praticidade no cotidiano. Os
estudos indicam que estas faixas agilizam o trânsito urbano e estimulam o uso de bicicletas
como uma opção de locomoção. O uso de ciclovias tem se tornado uma alternativa cada vez
mais útil à mobilidade urbana, ao bolso, ao tempo, à saúde e ao meio ambiente. Grandes
metrópoles que adotaram o uso das bikes como meio transporte têm colhido excelentes
resultados e ganhado grande número de adeptos. Amsterdã (Holanda), por exemplo, é
considerada a melhor cidade do mundo para se pedalar. Diariamente, cerca de 40% da
população utiliza a bicicleta para trabalhar, 40% o transporte público e só 20% o carro. Um
cenário de sonho para qualquer cidade que sofre com problemas de mobilidade urbana.

2. Diagnóstico do município

O município de Juazeiro localiza-se no norte do estado da Bahia, na região sub-


média da bacia do Rio São Francisco, em sua margem direita, na divisa com o estado de
Pernambuco, possuindo uma extensão territorial de 6.390km². Apresenta um contingente
populacional de 220.253 habitantes. Além da sede, o município de Juazeiro possui oito
distritos, denominados: Abobora, Pinhões, Itamotinga, Massaroca, Maniçoba, Juremal,
Carnaíba do Sertão e Junco. Têm localização privilegiada por ficar às margens do Rio São
Francisco. Através do mesmo foi possível entrar em uma atividade econômica que fez toda a
diferença no cenário econômico da região, a agricultura irrigada, fazendo com que Juazeiro
em conjunto com Petrolina formasse o maior aglomerado urbano do semiárido, e
consequentemente polarizaram o desenvolvimento de várias outras municipalidades ao redor.

Podemos perceber as deficiências na infraestrutura da cidade e suas potencialidades.


Dentre as deficiências, destaca-se a mobilidade urbana. A Política Nacional de Mobilidade
Urbana, instituída pela Lei Nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, é um instrumento da política
de desenvolvimento urbano, que tem por objetivo a integração entre os diferentes modos de
transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do
Município, tornando-se obrigatório para municípios acima de 20.000 habitantes (Art. 24. § 1º).
De acordo com a referida lei são direitos dos usuários do Sistema Nacional de Mobilidade
Urbana, previstos no artigo 14: “I - Receber o serviço adequado; e IV - Ter ambiente seguro e acessível
para a utilização”.

9
Fazendo-se uma análise do município situado no norte da Bahia, com características
peculiares, faz-se evidenciar no contexto de formação, carências de ações que certamente
colaborariam para a sustentabilidade da mobilidade urbana, considerando alguns fatores
geoeconômicos e geofísicos, que certamente contribuem para a implantação plena do sistema.
Juazeiro apresenta um sistema de transporte público, embora não seja o suficiente para suprir
as necessidades dos habitantes. Vale ressaltar que, de acordo com a legislação, os municípios
que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana terão o prazo máximo de 3 (três)
anos de sua vigência para elaborá-lo. Nesse sentido, a referida lei apresenta, no artigo 14, as
seguintes atribuições aos Municípios: “planejar, executar e avaliar a política de mobilidade
urbana, bem como promover a regulamentação dos serviços de transporte urbano”.

Observamos que os usuários no município de Juazeiro, sobretudo dos bairros


periféricos, não têm recebido um serviço adequado. Nos transportes coletivos da referida
cidade falta adequação do sistema de transporte público para atender a demanda de
passageiros onde, muitas vezes passam a maior parte da viagem em pé, salientando que
muitos desses passageiros são idosos, gravidas e mulheres com criança de colo, causando a
ausência de comodidade e conforto e o risco eminente de acidentes, ou seja, a falta de
veículos gera superlotação dos veículos existentes. Não podemos esquecer os pontos de
embarque e desembarque onde os passageiros por vezes sem a mínima condição de oferecer
comodidade e abrigo às intempéries.

Em relação a acessibilidade observamos a inadequação do sistema, onde as pessoas


com deficiência sofrem diariamente com a falta de facilidades nos transportes públicos,
tornando sua locomoção complexa. Assim como, enquanto pedestres, enfrentam as
dificuldades em circular pelas calçadas que apresentam desníveis, ausência de piso tátil e
rampas de acesso. Diante do exposto, buscamos no Plano Diretor Urbano do município de
Juazeiro, instituído pela Lei nº 1.767 de 2003, que objetiva dotar a cidade de políticas
públicas para promover o desenvolvimento urbano planejado de forma integrada,
recuperando o ambiente natural e reestruturando a ocupação urbana no sentido de melhorar
a qualidade de vida de seus habitantes, prevendo, dentre outras ações a ampla participação da
comunidade na definição e condução dessas políticas.

De acordo com a Subsecretaria de Licenciamento e Fiscalização Urbana da


Prefeitura Municipal de São Gonçalo-RJ, o Plano Diretor Urbano é uma lei municipal
elaborada pela prefeitura com a participação da Câmara Municipal e da sociedade civil que
visa estabelecer e organizar o crescimento, o funcionamento, o planejamento territorial da
10
cidade e orientar as prioridades de investimentos, objetivando orientar as ações do poder
público visando compatibilizar os interesses coletivos e garantir, de forma mais justa, os
benefícios da urbanização, garantir os princípios da reforma urbana, direito à cidade e à
cidadania, gestão democrática da cidade. A participação da sociedade deve ser estimulada
para que o Plano Diretor corresponda à realidade e expectativas quanto ao futuro.
Concluindo, é a base para o desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.

Quanto a questão ambiental notamos que Juazeiro tem carência de parques, pois não
existe arborização suficiente para preservação dos leitos dos riachos temporários que se
tornaram enormes canais de esgoto a céu aberto. Lembrando ainda, poluição causada pelas
queimadas dos canaviais que com a arborização adequada melhoraria sensivelmente o ar. Da
mesma forma, a má manutenção e vigilância dessas praças faz com que seus equipamentos
acabem deteriorando-se, como por exemplo: iluminação, pequenos playgrounds, bancos, entre
outros. Algumas pessoas aproveitam-se dessa situação para consumo e venda de drogas,
afetando diretamente na segurança das pessoas que residem e transitam por esses locais.

No que tange ao saneamento básico compreendemos através da Lei 11.445 de 2007


que o saneamento abrange vários serviços que tem como função melhorar a vida do cidadão,
manter a saúde pública bem como proteger o meio ambiente. Podemos citar a situação do
bairro Monte Castelo, onde os habitantes sofrem com esgoto a céu aberto, sem ruas
pavimentadas e situações onde, em épocas chuvosas, muitos moradores ficam ilhados em suas
casas, privados de saírem com seus carros pois há o risco de atolarem na frente de suas casas.
O sistema de drenagem é ineficaz e, em muitos bairros, inexistente. Ademais, o descarte
indevido do lixo residencial e comercial nas ruas e calçadas gera obstrução do sistema de
drenagem, por consequência, obstrução das vias, e deste modo, desconforto para os
habitantes.

Quando falamos de bem-estar urbano é indispensável lembrar da saúde. Todos


necessitam de cuidados ou atendimentos especiais e principalmente da prevenção e este é um
dos princípios fundamentais da nossa constituição. No Brasil existe a Lei Nº 8.080/90, que
regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), que diz em seu artigo 2º: “A saúde é um
direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício”. Em Juazeiro a saúde pública deixa a desejar. Os postos de saúde estão

11
abandonados, faltam profissionais da área, além de alguns deles estarem deteriorados pelo
tempo, faltam materiais para fazer um curativo, remédios, vacinas, entre outros insumos.

Dentre as características positivas da cidade analisada podemos citar a educação. Um


trabalho da Gestão em Alfabetização, desenvolvido em parceria com o Instituto Ayrton
Senna, a Secretaria de Educação e Juventude - SEDUC investiu quase R$ 2 milhões em um
novo material didático. Buscando oferecer aos alunos, alternativas educacionais inovadoras e
eficazes para uma aprendizagem cada vez mais rica e de qualidade.

Conhecida no passado como “Princesinha do Vale”, por conta da beleza de sua


arquitetura, a cidade de Juazeiro foi perdendo boa parte dos prédios históricos dando espaço a
empreendimentos comerciais. Além disso, muitas pessoas ainda não reconhecem a relevância
dessas construções e apesar de haver monumentos que preservam estilos e técnicas antigas,
não é difícil encontrar alguns abandonados e degradados pela ação de vândalos. Para o
jornalista Luís Osete, a preservação de patrimônios é uma preocupação recente. Ele conta que
no período em que esteve na universidade participou de um projeto de pesquisa que resultou
em um vídeo com fotografias antigas e atuais sobre a paisagem urbana da cidade. “A ideia era
retratar as transformações da arquitetura de Juazeiro. Percebemos que para que o “progresso”
fosse instalado foi preciso destruir muita coisa”, frisa. Há atrações e pontos turísticos que
atraem pessoa de todas as regiões, assim impulsionando a encomia do município, como por
exemplo: Orla Fluvial, Museu do São Francisco e Parque da Lagoa do Calu e a Estátua Nego
D’água.

3. Relatório de soluções

Adequadamente, fica evidente as carências e o descumprimento das leis vigentes,


quando falamos de BEM-ESTAR URBANO, é indispensável lembrar de saúde, conforto
ambiental, saneamento básico, a questão do descarte de resíduos sólidos (lixo), todos
necessitam de cuidados ou atendimentos especiais e principalmente da prevenção e este é um
dos princípios fundamentais da nossa constituição, sendo assim o Estado precisa cumprir seu
papel com campanhas preventivas.

Centrados em ações sustentáveis, como o uso de energia limpa (energia solar e


eólica) e a manutenção e reestruturação das áreas públicas, lugares para o compartilhamento

12
de objetos, como bicicletas comunitárias, limpar e criar parques, tratamento eficiente dos
esgotos valendo-se da Bioarquitetura, soluções eco eficientes, para reduzir problemas,
separar o lixo, compostar o lixo orgânico, destinação raciona de afluxos sólidos, reciclagem.

A cidade busca inovação no transporte, limitação do transporte individual e estímulo


ao transporte coletivo, Sistema Integrado de Transporte ônibus articulados circulam em faixas
próprias e com pontos de parada (estações) definidas. O sistema funciona como metrô, o
passageiro paga a passagem na estação, onde é feito o controle de entrada e saída. Não há
necessidade de grandes obras de infraestrutura, exceto alargamento de avenidas.

Valendo-se de uma ação integrada entre a COMUNIDADE e o poder POLÍTICO,


onde a conscientização coletiva, faz-se necessária para o funcionamento dos sistemas,
objetivando o bem maior.

13
CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo principal apontas as caracterizas socioeconômicas


relativas ao desenvolvimento sustentável da cidade de Juazeiro, identificando suas principais
carências sobre o tema O BEM-ESTAR URBANO. Durante a análise municipal realizada
buscou-se apresentar os conceitos relativos à qualidade de vida e sustentabilidade, assim
como os processos envolvidos para que seja garantida o acesso e o uso adequado à todos os
aspectos que uma cidade bem desenvolvida pode oferecer aos seus habitantes e demais
indivíduos da sociedade. Também foram apresentados nessa análise, dados importantes
relacionados aos desafios encontrados no objeto de estudo, como a possibilidade de
implantação de sistemas que se adequem a necessidade de todos. Ficou evidente, através da
pesquisa realizada, a magnitude e a importância que se deve ter ao projetar a expansão e
evolução de uma cidade com o porte e relevância regional que o município de Juazeiro têm.
Consciente da importância, pode-se executar e otimizar, junto à população do município e o
Poder Executivo Municipal, projetos que solucionem as deficiências e potencialidades
presentes.

14
REFERÊNCIAS

http://www.oeco.org.br/noticias/24716-lei-do-lixo-finalmente-e-regulamentada/

http://ibeu.observatoriodasmetropoles.net/ibeu-atendimento-de-servicos-coletivos-urbanos/

https://www6.juazeiro.ba.gov.br

www.pmsg.rj.gov.br/urbanismo/plano_diretor.php

15

Você também pode gostar