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FUNDAMENTOS DE

ARQUITETUTA

Licenciatura em Computação Mod:3

HARDWARE

RAMÁSIO
MELO
Placa-Mãe
HARDWARE
Neste capítulo, iremos estudar as placas-mãe disponíveis para PCs,
seus formatos, suas características, os modelos existentes.
O principal componente da placa-mãe é o chipset, o conjunto de
circuitos de apoio presentes na placa-mãe. O chipset é que definirá as
principais características da placa-mãe, como o tipo de memória
RAM que a placa aceita, além de influenciar diretamente no
desempenho do micro. Mesmo placas-mãe com características iguais
(por exemplo, com o mesmo chipset) podem apresentar
desempenhos diferentes.
Placa-mãe também tem marca. Abit, Asus, Soyo, FIC, PCChips, MSI,
Gigabyte, Chaintech, A-Trend, ECS, Tomato/Zida
O que é a Placa-mãe?

• Placa principal dos pcs onde outras placas e elementos se ligam

• Existem vários tipos de placas-mães: AT, ATX, BTX, LPX


Controladores
• On-board:, o componente on-board vem diretamente
conectado aos circuitos da placa mãe, funcionando em
sincronia e usando capacidade do processador e memória
RAM quando se trata de vídeo, som, modem e rede.
• Tem como maior objetivo diminuir o preço das placas ou
componentes mas, em caso de defeito o dispositivo não será
recuperável. São exemplos de circuitos on-board: vídeo,
modem, som e rede.
• Off-board: são os componentes ou circuitos que funcionam
independentemente da placa mãe e por isso, são separados,
tendo sua própria forma de trabalhar e não usando o
processador, geralmente, quando vídeo, som, modem ou
rede, o dipositivo é "ligado" a placa-mãe usando os slots de
expansão para isso, têm um preço mais elevado que os
dispositivos on-board.
Item A - processador
• O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado.
Também conhecido como socket. Cada tipo de processador tem
características que o diferenciam de outros modelos como
capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na
tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na
quantidade de terminais (as "perninhas") que o processador tem,
entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para
aceitar determinados processadores.
• Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro
o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são
compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo
lançados, novos sockets vão surgindo.
Item B - Memória RAM
• O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. As placas-
mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido
como SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR
(Double Data Rate), que também recebe a denominação de SDRAM II
(termo pouco usado).
• As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo
quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias
DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz. Em relação à
capacidade, as memórias mais antigas ofereciam 4 MB a 64 MB, etc. Hoje,
já é possível encontrar memórias que vão de 128MB a 4 GB de
capacidade.
Item C - Slots de expansão
• Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao
computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses
conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos.
Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são
conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos
atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item
C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR
(Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E).
As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry
Standard Architecture).
• A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente
por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots
PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A
tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam
substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e
possibilidades.
Item D - Plug de alimentação

• O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que


leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como
a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem,
atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de
linha) A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que
a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as
memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots.
No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler
devem receber conectores individuais de energia.
Item E - Conectores IDE e drive de disquete

• O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive


Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e
unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat
cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias, sendo este último mais
eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de
CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note
também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o
cabo que liga o drive de disquete à motherboard.
SATA (Serial ATA),
• Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas sim
o SATA (Serial ATA), como mostra a figura a seguir.
Item F - BIOS e bateria
 O item F2 aponta para o chip de Memória ROM e o F1, para a bateria
que o alimenta.
Dentro da ROM do micro estão gravados três programas: BIOS, POST e
Setup.
1. BIOS: Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic
Input Output System), que é responsável por controlar o uso do
hardware do computador e manter as informações relativas à hora e
data.
2. O POST (Power On Self Test) é o autoteste que o micro executa
sempre em que é ligado (contagem de memória, etc).
3. O setup é programa de configuração do micro. Através dele, é
possível alterar configurações de hardware, como velocidade do
processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB,
etc.
Os ajustes efetuados através dele são armazenados em
uma memória de configuração, também chamada
memória CMOS. Atualmente, essa memória está
integrada no chipset da placa-mãe e é alimentada por
uma bateria, de modo que os dados nela contidos não
sejam perdidos quando o micro é desligado. .
Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros

• O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as


entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto
PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada
principalmente por impressoras), além de outros que são
disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses
itens ficam posicionados de forma que, quando a
motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas
fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira
deste.
H - Furos de encaixe

Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente


presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H)
que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos.
Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo
padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá
também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a
motherboard também deverá ser, do contrário o
posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes
para a placa-mãe e para o gabinete.
I - Chipset
 O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da
placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Nas placas-
mãe atuais, existem dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte
Norte (I2):
 Ponte Sul (South Bridge): geralmente é responsável pelo controle de
dispositivos de entrada ou saída (I/O) como as interfaces IDE que ligam os
HDs, os drives de CD-ROM, drives de DVD-ROM , os barramentos PCI e ISA.
Controlam também as interfaces Serial ATA. Geralmente cuidam também
do controle de dispositivos on-board como o som. paralela, PS/2, serial,
 Placas-mãe que possuem som onboard, podem incluir o controle desse
dispositivo também na Ponte Sul;
 Ponte Norte (North Bridge): faz a comunicação do processador com as
memórias, através do barramento de comunicação externa do
processador, e com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI Express.
Como ele faz o trabalho mais pesado, geralmente requer um dissipador de
calor devido ao seu aquecimento elevado
• Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe
e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma
exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é
comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de
placa-mãe.
• Seguramente, o chipset é o componente mais importante da placa
mãe, pois é ele quem comanda todo o fluxo de dados entre o
processador, as memórias e os demais componentes. Os
barramentos ISA, PCI e AGP, assim como as interfaces IDE, portas
paralelas e seriais, além da memória e do cache, são todos
controlados pelo chipset.
• O chipset é composto internamente de vários outros pequenos
chips, um para cada função que ele executa. Temos um chip
controlador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc.
Daí o nome Chipset, ou “conjunto de chips”
Arquitetura de pontes
A maioria dos chipsets hoje utiliza a arquitetura mostrada na Figura
• Os chipsets da Intel mais novos, como o Intel 810, Intel
815, Intel 820, Intel 840, Intel 850 e Intel 860 utilizam
uma arquitetura chamada arquitetura hub.
• Nessa arquitetura há dois circuitos: hub controlador de
memória (MCH, Memory Controller Hub) e hub
controlador de I/O (ICH, I/O Controller Hub).
• A grande diferença entre essa nova arquitetura e a
arquitetura de pontes está no fato de que os dois
circuitos não se comunicam através do barramento PCI,
mas sim através de um barramento próprio, o que a
princípio aumenta o desempenho do sistema.
• Ignora barramento ISA
ARQUITETURA HUB, UTILIZADA PELOS NOVOS CHIPSETS INTEL
Entre as diversas características de
um chipset, devemos observar:
• Máximo de memória RAM que o chipset é capaz de acessar.
• Tipos de memória RAM que o chipset é capaz de acessar.
• Tipos de memória cache que o chipset é capaz de reconhecer,
no caso de chipsets para placas-mãe com cache L2 externo.
• Freqüência de operação máxima do chipset.
• Capacidade ou não de multiprocessamento.
• Barramentos que o chipset é capaz de acessar, em especial o
USB, o Firewire e o AGP.
 Quem define as capacidades de uma placa-mãe é o chipset!
Assim, se você quiser saber o quanto de uma memória uma
placa-mãe aceita, os tipos de memória que uma placa-mãe
aceita, em qual modo o barramento AGP trabalha ou quais
novas tecnologias de disco rígido a placa-mãe aceita, basta ler
as especificações técnicas do chipset. Essa dica é muito útil
para descobrir as capacidades de uma placa-mãe que você não
sabe a marca e você não tem a mão nenhum.
 O que nunca podemos nos esquecer é que o fabricante do
chipset normalmente não é o mesmo fabricante da placa-mãe.
Chamar uma placa-mãe de placa-mãe SiS só porque ela usa um
chipset da SIS está errado, porque não foi a SiS que fabricou a
placa-mãe.
Super I/O
 As placas-mãe, em geral, têm um circuito chamado super I/O,
que é responsável por controlar todos os dispositivos lentos
integrados à placa-mãe. Isso inclui:

 Controlador de teclado.
 Controlador de mouse PS/2.
 Portas seriais.
 Porta paralela.
 Controladora da unidade de disquete.

Em alguns chipsets, o circuito super I/O está integrado dentro da


Ponte Sul ou do hub controlador de I/O (ICH).
Placas-mãe são chamadas dual
BIOS
 Algumas placas-mãe mais novas têm dois circuitos de memória ROM.
Essas placas-mãe são chamadas dual BIOS.
 Nesse tipo de placa-mãe, a placa continuará funcionando caso você
faça um upgrade errado de BIOS ou então caso o micro seja atacado
pelo vírus CIH (Chernobyl), que é um vírus que apaga o BIOS do
micro,.
 Assim, se o BIOS primário da máquina for apagado, a placa-mãe
continuará funcionando.
 Normalmente, é necessário alterar um jumper de posição na placa
para que o BIOS de backup seja ativado.
 No caso do apagamento do BIOS principal da máquina, você deverá
dar boot através do BIOS de backup e executar o programa de
atualização de BIOS, de forma a reprogramar a memória ROM que
foi apagada ou programada com conteúdo errado.
Bateria
• Essa bateria pode ser construída com uma das seguintes
tecnologias:
• Níquel-cádmio.
• Lítio.
• NVRAM.
Bateria de Níquel-cádmio
 Essa bateria é recarregável. Toda vez que o micro é ligado, um
circuito existente na placa-mãe verifica o estado de sua carga. Se
estiver abaixo do especificado, é automaticamente recarregada.
Com o tempo, a bateria perde sua carga. Por esse motivo,
micros com bateria de níquel-cádmio devem ser ligados pelo
menos uma vez por mês; caso contrário, o conteúdo da
memória de configuração é perdido, já que a bateria ficará
descarregada.
É muito comum haver problemas de vazamento com essa bateria
principalmente por causa do calor.
Em geral, o ácido da bateria acaba corroendo a placa-mãe,
comprometendo o funcionamento do micro.
A troca da bateria só é viável caso não tenha corroído a placa-mãe.
Caso a corrosão já tenha acontecido, não há outra alternativa a
não ser a troca da placa-mãe.
Bateria de Lítio

 A vantagem da bateria de lítio sobre a bateria de níquel-


cádmio é que a mesma não vaza.
 A bateria de lítio não é recarregável; dura, em média, dois
anos.
 Quando a bateria de lítio acaba, devemos trocá-la. Essa bateria
é facilmente encontrada em relojoarias, já que é o mesmo tipo
utilizado por relógios de pulso.
 Ao trocar esse tipo de bateria, tome muito cuidado: não
levante sua presilha superior, pois isso faz com que o suporte
seja danificado. Para retirar e colocar uma bateria desse tipo,
abaixe (com uma chave de fenda pequena ou com o próprio
dedo) a presilha lateral. A bateria entra e sai do soquete
deslizando lateralmente, como você pode ver na Figura 12.10.
Como trocar a bateria de litium
Soquete com presilha superior. Soquete com Presilha lateral

Soquete com Presilha em pé


Bateria NVRAM
• NVRAM (Non-Volatile RAM) é um pacote que contém uma
bateria de Lítio com vida útil de dez anos e o circuito de
relógio de tempo real (RTC). Quando a bateria acaba, pode ser
trocada facilmente, pois, em geral, é presa à placa-mãe
através de um soquete apropriado.
Conector VRM
• Conector VRM serve para a instalação de um módulo regulador
de voltagem (VRM, Voltage Regulator Module) e é encontrado
em alguns modelos de placa-mãe.
• Módulo VRM serve para alterar a tensão de alimentação do
processador, caso a placa-mãe não seja capaz de fornecer uma
determinada tensão de alimentação.
• Ex. Placas-mãe soquete 7 mais antigas não permitem alimentar
o processador com 2,8 V. Tensão utilizada pelo Pentium MMX e,
nesse caso, este não poderá ser instalado, pois queimará.
• Solução. Instalar um módulo VRM de 2,8 V, caso a placa-mãe
tenha soquete VRM, que alimentará corretamente o
processador com a tensão de 2,8 V.
Módulo VRM
Módulo VRM instalado em uma placa-mãe
com suporte a este recurso.
Jumpers de Configuração
Os jumpers de configuração têm diversas finalidades, mas, em
geral, configuram a tensão de alimentação do processador, a
freqüência do barramento local (freqüência externa do
processador) e a multiplicação de clock.
os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente
metalizadas que servem para criar uma corrente elétrica entre
dois contatos.
Através do posicionamento dos jumpers, informamos à placa mãe
como ela deve operar.Uma configuração errada fará com que o
micro não funcione adequadamente, podendo inclusive
danificar componentes em casos mais extremos.
Os jumpers são uma espécie em extinção atualmente, pois em
praticamente todas as placas mães atuais toda a configuração é
feita através do Setup. Em geral o único jumper encontrado em
uma placa mãe moderna será o jumper para limpar o CMOS,
útil caso você configure algo errado no Setup e a placa fique
travada.
Para uma listagem completa dos jumpers da sua
placa-mãe e a sua finalidade, você deve consultar o manual da
sua placa.
Note que cada jumper recebe um nome, como JP8, JP13, etc
Como exemplo o manual de uma
placa VX-Pro
• Jumpers de configuração retirados do Manual de uma placa-
mãe
Conector da Fonte de
Alimentação
• As placas-mãe com layout ATX utilizam um conector muito
prático, que não tem como ser instalado de maneira incorreta.
Esse conector tem 20 terminais divididos em duas colunas de
dez.
• Possui um sistema de encaixe que impossibilita que o conector
da fonte de alimentação seja encaixado invertido na placa-mãe
Soquete do Processador
• É onde o processador é instalado. Esse soquete só é
encontrado em placas-mãe para processadores a partir do
486.
• O tipo de soquete varia conforme o processador e
classificamos a placa-mãe conforme o tipo de soquete que
esta utiliza.
• O primeiro passo para descobrir quais processadores uma
placa-mãe aceita é ver qual é o tipo do soquete do
processador.
• Até a época do 386, as placas-mãe vinham, em sua grande maioria,
com o processador já soldado na nela.
• Mesmo em casos onde o processador era encaixado na placa-mãe
através de um soquete, a placa-mãe era fabricada baseada em um
único tipo de processador, ou seja, não era possível trocar o
processador da placa-mãe por outro modelo diferente.
• Um soquete de processador era compatível apenas com um tipo de
processador
• Esta história mudou com o lançamento do processador 486 e do
uso do soquete ZIF (Zero Insertion Force),
• O uso de um mesmo padrão de pinagem por mais de um
processador permitiu que o usuário instalasse modelos diferentes
de processadores em uma mesma placa-mãe, levando em conta a
compatibilidade.
• Intel e AMD vêm desenvolvendo uma série de soquetes e slots para
serem utilizados por seus processadores.
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