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Aula 02
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 02
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Aos estudos!
Dolo ou
Dolo
culpa
Enriquecimento ilícito Prejuízo ao erário
(art. 9º) (art. 10)
Concessão indevida de
benefício tributário ou
financeiro (art. 10-A)
ABRANGÊNCIA
Mas a lei vai além, e aplica-se, no que couber, ao terceiro que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática de ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indireta.
Assim, não é preciso ser servidor público ou ter algum vínculo jurídico
com o Estado para enquadrar-se nas hipóteses da Lei de Improbidade.
Ademais, o terceiro não precisa necessariamente obter vantagem pessoal
para estar sujeito à Lei: basta que induza ou concorra para a prática de
ato de improbidade. São exemplos as pessoas representantes de empresas
privadas que atuam em conluio com agente público para fraudar licitação.
Importante ressaltar que o terceiro apenas se submete à Lei de
Improbidade se algum agente público também estiver envolvido no ato, vale
dizer, a pessoa sem vínculo com o Poder Público jamais pode praticar um
ato de improbidade isoladamente. Com efeito, a Lei 8.429/92 só prevê as
2Em 2007, na Rcl 2.138, o STF decidiu que a Lei de Improbidade não se aplica aos agentes políticos sujeitos
ao regime de crime de responsabilidade, quais sejam, Presidente da República, Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República, Ministros do STF, Governadores e Secretários de Estado. A Lei se aplicaria
apenas aos agentes políticos não sujeitos a esse regime, a exemplo dos parlamentares de um modo geral e dos
prefeitos. Esse entendimento, contudo, tem sido superado pela jurisprudência mais atual, especialmente do
STJ, que vem admitindo a sujeição de todos os agentes políticos à Lei 8.429/92, conforme veremos adiante.
DECLARAÇÃO DE BENS
6. (Cespe – TCU 2009) Caio, servidor público federal estável há mais de 10 anos,
ocupante do cargo de analista judiciário de determinado tribunal, está sendo acusado
pelo Ministério Público Federal de ter praticado ato de improbidade administrativa, nos
termos da Lei n.º 8.429/1992. O referido tribunal, para apurar a prática de ilícito
administrativo, resolveu instaurar processo disciplinar. Acerca dessa situação
hipotética e do que dispõe a Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte: no caso
narrado, a autoridade instauradora do processo disciplinar, como medida cautelar e a
fim de evitar qualquer influência na apuração da irregularidade, poderá determinar o
afastamento preventivo de Caio do exercício do cargo, pelo prazo improrrogável de
sessenta dias, não recebendo este, nesse período, qualquer remuneração dos cofres
públicos.
Comentário: O item está errado, pois nos termos da Lei 8.429/92 (art. 20,
parágrafo único), a “autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à
instrução processual.” Assim, Caio poderia ser afastado do cargo, mas não
poderia deixar de receber sua remuneração.
Gabarito: Errado
8. (Cespe – MDIC 2014) Se, após uma operação da Polícia Federal, empreendida
para desarticular uma quadrilha que agia em órgãos públicos, o Ministério Público
Federal ajuizar ação de improbidade administrativa contra determinado servidor,
devido a irregularidades cometidas no exercício da sua função, mesmo que esse
servidor colabore com as investigações, será vedado o acordo ou a transação judicial.
Comentário: Nas ações por improbidade administrativa é vedada a
transação, acordo ou conciliação (Lei 8.429/92, art. 17, §1º).
Gabarito: Certo
PRESCRIÇÃO
9. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que um servidor doe para uma biblioteca
comunitária uma série de livros da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse caso,
mesmo sem observar as formalidades legais, o servidor não incorre em improbidade
administrativa uma vez que os livros destinam-se a fins educativos e assistenciais.
Comentário: A assertiva está errada, pois, segundo o art. 10, inciso III da Lei
8.429/92, constitui ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao
erário “doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie”.
Gabarito: Errado
• Praticar ato visando fim proibido em lei ou diverso daquele previsto na regra de
competência;
• Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
• Revelar informação sigilosa de que tem ciência em razão das suas atribuições;
• Negar publicidade aos atos oficiais;
• Frustrar a licitude de concurso público;
• Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
• Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mercadoria, bem ou serviço.
Por óbvio, o inciso I acima se refere apenas aos atos de improbidade que
importam enriquecimento ilícito e aos que atentam contra os princípios da
Administração Pública, vez que os que causam prejuízo ao erário, por definição,
requerem a ocorrência de dano ou lesão ao patrimônio público. Já os dois
primeiros podem se consumar sem que deles resultem qualquer prejuízo
material para o patrimônio público.
Ademais, perceba que a aplicação da pena de ressarcimento é prevista para
as três categorias de atos de improbidade, porém só é aplicável nos casos
concretos em que ocorrer dano efetivo ao erário.
Gabarito: Certo
12. (Cespe – TCDF 2012) De acordo com a referida lei [de improbidade
administrativa], a aplicação da pena de ressarcimento aos cofres públicos independe
Gabarito: Errado
*****
Enfim, chegamos ao final da parte teórica. Para consolidar, vamos
resolver mais algumas questões!
QUESTÕES DE PROVA
13. (FGV – IBGE 2016) Francisco, servidor de fundação pública federal de direito
público, percebeu vantagem econômica direta, consistente na quantia de cem mil reais
em espécie, para facilitar a alienação de bem público da fundação por preço inferior ao
valor de mercado, beneficiando seu cunhado, que é Deputado Federal. Descoberta a
fraude, por meio de investigações levadas a cabo pelo Ministério Público Federal, o
parquet ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face de
todos os envolvidos. O processo deve tramitar perante o:
a) juízo de competência cível da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição;
b) juízo de competência criminal da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição;
c) órgão colegiado de competência cível do respectivo Tribunal Regional Federal;
d) órgão colegiado de competência criminal do respectivo Tribunal Regional Federal;
e) Supremo Tribunal Federal.
Comentários: A ação de improbidade possui natureza civil e, quando
interposta contra agentes administrativos, é processada pelos juízos de primeiro
grau de jurisdição (primeira instância). Como o patrimônio lesado é de uma
fundação pública federal, a ação deve correr junto à Justiça Federal.
Gabarito: alternativa “a”
14. (FGV – MPE/RJ 2016) Marcelo, Secretário Municipal de Transporte, permitiu que
seu irmão Antônio utilizasse, para fins particulares, bens integrantes do acervo
patrimonial do Município, consistente em veículo da Secretaria e combustível, pelo
período de dois anos, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie. O fato foi noticiado ao Promotor de Tutela Coletiva com atribuição
no Município, que, prontamente, instaurou inquérito civil público e reuniu fartas provas
da ilegalidade. Ao final da investigação, deverá o Promotor ajuizar ação:
a) por crime de responsabilidade em face do Secretário Municipal Marcelo e ação
indenizatória em face do particular Antônio;
b) por crime de responsabilidade em face do Secretário Municipal Marcelo e do
particular Antônio;
c) para impeachment do Secretário Municipal Marcelo e ação indenizatória em face do
particular Antônio;
d) civil pública por ato de improbidade administrativa em face do Secretário Municipal
Marcelo e do particular Antônio;
e) civil pública por ato de improbidade administrativa em face Secretário Municipal
Marcelo e ação indenizatória em face do particular Antônio.
Comentário: O ato praticado pelo Secretário Municipal pode ser enquadrado
em qualquer um dos seguintes dispositivos da Lei 8.429/92:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° dest a lei, e
notadamente:
(...)
15. (FGV – ISS Cuiabá 2016) Patrícia, enfermeira sem vínculo estatutário com a
Administração Pública e ocupante de cargo em comissão na Secretaria Municipal de
Saúde, deixa de prestar contas às quais estava, por lei, obrigada.
Com relação à hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Patrícia somente responderá por improbidade administrativa se ocorrer efetivo
prejuízo à Administração Pública, caso em que seus bens poderão ser declarados
indisponíveis para assegurar o integral ressarcimento do dano.
b) Patrícia responde por improbidade administrativa, mesmo na hipótese de não haver
efetivo prejuízo à Administração Pública, sendo certo que a ação de improbidade será
imprescritível e deverá ser proposta pelo Ministério Público, legitimado exclusivo.
c) Patrícia não responde por ato de improbidade administrativa, uma vez que não
possui vínculo estatutário com a Administração Pública, mas poderá ser
responsabilizada civilmente caso tenha causado prejuízo.
d) Patrícia responde por improbidade administrativa, independentemente de haver
dano patrimonial à Administração Pública, sendo certo que seus sucessores
respondem no limite da herança caso o ato também cause lesão ao patrimônio público.
e) Patrícia responde por improbidade administrativa, independentemente do dano
causado, porém, por não ter vínculo estatutário com a Administração pública, não está
sujeita à suspensão de direitos políticos, mas sim à perda de função pública e
pagamento de multa civil.
Comentário: A conduta de Patrícia pode ser enquadrada como um ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração
Pública, nos termos do art. 11, VI da Lei 8.429/92:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
(...)
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
17. (FGV – MPE/RJ 2016) Leandro, Prefeito Municipal, confeccionou e distribuiu pela
cidade, utilizando verba pública, vinte mil panfletos intitulados “boletim informativo”,
contendo sua imagem em diversas fotografias de inauguração de obras públicas com
os seguintes dizeres: “O Prefeito Leandro continua cuidando de seu povo e construindo
postos de saúde e escolas municipais para sua família! Com o seu apoio, darei
continuidade às minhas ações beneficentes no próximo mandato!!!”. No caso em tela,
Leandro:
a) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque, na qualidade de agente
político, não se sujeita ao regime da lei de improbidade, respondendo apenas por crime
de responsabilidade;
b) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque a legislação permite que
seja feita publicidade de caráter institucional, para dar ciência à população das ações
sociais do Município;
c) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque não houve dano ao erário, já
que a publicação veiculou obras públicas que efetivamente existiram, mas cometeu
ilícito de natureza eleitoral por propaganda antecipada;
19. (FGV – ISS Niterói 2015) Fernando, servidor público municipal, no exercício da
função inerente ao seu cargo efetivo de Fiscal de Tributos, agiu negligentemente na
arrecadação de tributo municipal. De acordo com a Lei nº 8.429/92, em tese, Fernando:
a) não praticou ato de improbidade administrativa, para cuja configuração é
imprescindível conduta dolosa;
b) não praticou ato de improbidade administrativa, porque não se beneficiou direta e
economicamente;
c) não praticou ato de improbidade administrativa, devendo apenas ser
responsabilizado em âmbito disciplinar;
d) deve ser condenado, mediante processo administrativo, às sanções previstas na
citada lei, por ter praticado ato de improbidade administrativa;
e) deve ser condenado, mediante processo judicial de natureza cível, às sanções
previstas na citada lei, por ter praticado ato de improbidade administrativa.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
20. (FGV – CM Caruaru 2015) A Lei nº 8.429/92 dispõe sobre os atos que configuram
improbidade administrativa.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Ela determina que os atos de improbidade administrativa somente podem ser
praticados por servidor público.
b) Ela se aplica apenas aos atos de improbidade praticados contra a Administração
Pública direta e indireta, não sendo aplicável aos atos praticados contra o patrimônio
de entidade que receba subvenção de órgão público.
c) Ela dispõe que o ressarcimento integral do dano só poderá ser imposto quando a
lesão ao patrimônio público decorrer de ação ou omissão dolosa.
d) Ela é aplicável, no que couber, àqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, se
beneficiem direta ou indiretamente de ato de improbidade.
21. (FGV – TJ/PI 2015) De acordo com a Lei nº 8.429/92 e com a doutrina de Direito
Administrativo, o ato de improbidade administrativa:
a) é ilícito de natureza criminal que tem como consequências a aplicação de pena
privativa de liberdade e sanções de natureza político-administrativa;
b) somente se configura se houver efetivo dano ao erário, ou seja, se os cofres
públicos tiverem algum tipo de prejuízo econômico-financeiro;
c) enseja a indisponibilidade de bens do agente público que se enriqueceu pela prática
do ato, que pode ser decretada mediante decisão fundamentada da autoridade
administrativa;
d) pode ser cometido também pelo particular que induza ou concorra para a prática do
ato ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta;
e) dá azo à aplicação de sanções como cassação dos direitos políticos, perda da
função pública, ressarcimento dos danos ao erário e pena privativa de liberdade.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
22. (FGV – OAB 2016) O diretor-presidente de uma construtora foi procurado pelo
gerente de licitações de uma empresa pública federal, que propôs a contratação direta
de sua empresa, com dispensa de licitação, mediante o pagamento de uma
“contribuição” de 2% (dois por cento) do valor do contrato, a ser depositado em uma
conta no exterior. Contudo, após consumado o acerto, foi ele descoberto e publicado
em revista de grande circulação. A respeito do caso descrito, assinale a afirmativa
correta.
A) Somente o gerente de licitações da empresa pública, agente público, está sujeito a
eventual ação de improbidade administrativa.
B) Nem o diretor-presidente da construtora e nem o gerente de licitações da empresa
pública, que não são agentes públicos, estão sujeitos a eventual ação de improbidade
administrativa.
23. (FGV – OAB 2013) Após conclusão de licitação do tipo menor preço, conduzida
por uma autarquia federal para a contratação de serviços de limpeza predial, sagrou-se
vencedora a sociedade “LYMPA”, que ofereceu a melhor proposta. O dirigente da
autarquia, entretanto, deixou de adjudicar o objeto à sociedade vencedora e contratou
com outra sociedade, pertencente ao seu genro, para realizar o serviço por um preço
mais baixo do que o oferecido pela sociedade vencedora. O Ministério Público ajuizou
ação de improbidade contra o dirigente da autarquia.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) A improbidade administrativa não está configurada, uma vez que não restou
configurado enriquecimento do agente público.
B) O resultado da ação de improbidade dependerá da apuração financeira de eventual
prejuízo aos cofres do ente público.
C) A propositura da ação de improbidade é admissível, ainda que não haja prejuízo ao
erário e nem enriquecimento do agente público.
24. (FGV – OAB 2014) Caio, chefe de gabinete do prefeito do município X, ocupante
exclusivamente de cargo em comissão, conhecendo os planos concretos da prefeitura
para levar asfaltamento, saneamento e outras intervenções urbanísticas a um bairro
mais distante, revela a alguns construtores tal fato, levando-os a adquirir numerosos
terrenos naquela localidade antes que ocorresse sua valorização imobiliária. Caio
recusa, expressamente, todos os presentes enviados pelos construtores.
Sobre a situação hipotética descrita acima, assinale a opção correta.
A) O ato de improbidade pode estar configurado com a mera comunicação, antes da
divulgação oficial, da medida a ser adotada pela prefeitura, que valorizará
determinados imóveis, ainda que não tenha havido qualquer vantagem para Caio.
B) A configuração da improbidade administrativa depende, sempre, da existência de
enriquecimento ilícito por parte de Caio ou de lesão ao erário, requisitos ausentes no
caso concreto.
C) Caio, caso venha a ser condenado criminalmente pela prática das condutas acima
descritas, não poderá responder por improbidade administrativa, sob pena de haver bis
in idem.
D) Caio não responde por ato de improbidade, por não ser servidor de carreira;
responde, todavia, por crime de responsabilidade, na qualidade de agente político,
ocupante de cargo em comissão.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. A Lei 8.429/92 apresenta como exemplo de ato de improbidade
que atenta contra os princípios da Administração Pública “revelar fato ou
circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo” (art. 11, III). Para a configuração do ato, não é
necessário que o agente infrator tenha recebido alguma vantagem pessoal; basta
que ele tenha violado os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições.
b) ERRADA. A configuração da improbidade administrativa não depende,
sempre, da existência de enriquecimento ilícito por parte do agente ou de lesão
ao erário. Também configura ato de improbidade qualquer ofensa aos princípios
da Administração Pública.
c) ERRADA. Primeiramente, é preciso lembrar que a ação de improbidade
administrativa é uma ação de natureza civil. Em razão da independência das
instâncias, Caio poderá ser julgado na esfera penal e na esfera civil, sem que
isso configure bis in idem.
d) ERRADA. Para os efeitos da Lei 8.429/92, considera-se agente público
passível de ser condenado por ato de improbidade todo aquele que exerce
mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura.
Portanto, Caio, ainda que não seja servidor de carreira, e sim ocupante
exclusivamente de cargo em comissão, poderá sim responder por improbidade
administrativa.
Gabarito: alternativa “a”
B) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que não podem
ser réus de tal demanda aqueles que já não ocupam mandato eletivo e nem cargo,
emprego ou função na Administração.
C) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que já
transcorreram mais de 3 (três) anos desde o término do exercício do mandado eletivo.
D) é imprescritível a ação de improbidade destinada à aplicação das sanções previstas
na Lei nº 8.429/1992, e, por essa razão, o ex-governador pode sofrer as cominações
legais, mesmo após o término do seu mandato.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. As penalidades previstas para os agentes condenados por ato de
improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito estão previstas no
art. 12, inciso I da Lei 8.429/92:
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até
três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público
ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez
anos;
26. (FCC – Procurador São Luís 2016) Diante de uma hipótese de configuração de
ato de improbidade praticado por servidor público, o terceiro beneficiado em razão
daquela atuação,
a) pode responder por ato de improbidade, independentemente da comprovação de
culpa, pois é legalmente considerado agente público para essa prática.
b) não responde por improbidade, salvo se participou, dolosa e ativamente, do ato de
improbidade na modalidade que causa prejuízo ao erário.
c) figura como litisconsorte necessário do servidor público, sofrendo os efeitos do
reconhecimento do ato de improbidade, seja em relação ao ato praticado, seja quanto
às sanções impostas aos responsáveis.
d) não figura como litisconsorte necessário do servidor público, devendo ser analisada
sua conduta para demonstrar sua participação para atingimento do resultado.
e) depende da comprovação de enriquecimento ilícito para também ser considerado
responsável pelo ato de improbidade e poder figurar no pólo passivo da ação judicial
respectiva.
Comentários: O terceiro beneficiado pela prática de ato de improbidade,
mesmo não sendo agente público, também está sujeito às cominações da Lei
8.429/92, nos seguintes termos:
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
modo que ele não figura como litisconsorte necessário do servidor público.
Correta, portanto, a alternativa “d” e errada a alternativa “c”.
Em relação às demais alternativas, na opção “a” o erro é que a
responsabilização do terceiro por ato de improbidade não é “independentemente
da comprovação de culpa”, pois é necessário analisar sua conduta para
demonstrar sua participação para atingimento do resultado. Na opção “b”, o erro
é que o terceiro responde sim por improbidade, desde que se demonstre que ele
induziu ou concorreu para a prática do ato ilegal, além de ter se beneficiado. Por
fim, a opção “e” erra ao afirmar a responsabilização do terceiro depende da
comprovação de enriquecimento ilícito, uma vez que ele pode responder por
qualquer espécie de ato de improbidade, inclusive por ferir princípio ou causar
prejuízo ao erário.
Gabarito: alternativa “d”
Desse modo, a opção “a” está errada, pois diz que o particular responde por
“todas” as sanções previstas na Lei para os agentes públicos, enquanto a opção
“c” está correta, pois reconhece a relativização aplicável aos particulares.
Detalhe é que, das sanções previstas na Lei de Improbidade, a perda da função
pública é a única que não se aplica aos particulares. Todas as demais, inclusive o
ressarcimento ao erário e a suspensão dos direitos políticos, podem ser
imputadas aos terceiros que não sejam agentes públicos.
Gabarito: alternativa “c”
28. (FCC – TRT23 2016) Dentre as condutas prescritas como atos de improbidade na
Lei nº 8.429/1992, aquela que admite conduta apenas culposa, prescindindo de
demonstração de dolo, é a descrita no dispositivo que
a) trata dos atos de improbidade que causam prejuízo ao erário, tal como permitir que
sejam realizadas despesas sem a devida autorização na legislação.
b) elenca as hipóteses de atos que atentam contra os princípios da Administração
pública, dada a gravidade do não atendimento das balizas de atuação das funções
executivas.
c) trata dos atos que importam enriquecimento ilícito, mas que demandam prova do
efetivo prejuízo causado ao erário, cuja gravidade já justifica a sanção.
d) elenca as hipóteses que causam prejuízo ao erário, desde que restem comprovados
os danos causados ao erário e a violação dos princípios básicos que informam a
atuação da Administração.
e) implica recebimento para o autor da conduta de benefícios financeiros, pois fica
presumido o prejuízo ao erário e a violação aos princípios administrativos, incidindo em
todas as modalidades de ato de improbidade.
Comentários: Dentre as condutas prescritas como atos de improbidade na
Lei nº 8.429/1992, aquela que admite conduta apenas culposa, prescindindo de
demonstração de dolo, é a descrita do art. 10, que trata dos atos de improbidade
que causam prejuízo ao erário:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
29. (FCC – TRT23 2016) Maristela, Diretora de órgão público federal, frustrou a
licitude de concurso público e, em outra oportunidade, frustrou a licitude de
procedimento licitatório. Em razão do exposto, foi processada por improbidade
administrativa pelo Ministério Público Federal. A propósito dos fatos narrados e desde
que preenchidos os demais requisitos legais previstos na Lei nº 8.429/1992,
a) o dolo é indispensável para a configuração do ato ímprobo apenas na primeira
conduta.
b) o dolo é indispensável para a configuração do ato administrativo apenas na segunda
conduta.
c) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos atentatórios aos
princípios da Administração pública.
d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que causam
prejuízo ao erário.
e) o dolo é indispensável para a configuração dos atos ímprobos em ambas as
condutas.
Comentário: Frustrar a licitude de concurso público é uma conduta listada
na Lei 8.429/92 como ato de improbidade que atenta contra os princípios da
Administração Pública (art. 11, V). Logo, para a configuração do ato de
improbidade, é necessária a presença de dolo, e não apenas de culpa.
Por outro lado, a Lei 8.429/92 considera que frustrar a licitude de
procedimento licitatório é um ato de improbidade que causa prejuízo ao erário
(art. 10, VIII). Logo, pode ser configurado se houver dolo ou culpa.
Gabarito: alternativa “a”
30. (FCC – TRT1 Juiz 2016) Em relação aos atos de improbidade administrativa
praticados por agentes públicos ou terceiros, bem como os deveres daqueles, na forma
da Lei nº 8.429/1992, é correto afirmar:
a) Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da União serão
sempre responsáveis pelo ressarcimento integral do prejuízo causado.
31. (FCC – Procurador FJPO 2016) Nas palavras de MARIA SYLVIA ZANELLA DI
PIETRO “... também é possível falar em legalidade em sentido amplo, para abranger
não só a obediência à lei, mas também a observância dos princípios e valores que
estão na base do ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28a
edição, p. 971), tanto que a legislação vigente tipifica “... qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições”
como
a) ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública, além
do rol constante da respectiva lei, cabendo a demonstração de dolo para configuração
da conduta.
b) ato de improbidade, em qualquer de suas modalidades, exigida a demonstração de
dolo em todas as condutas, prescindindo, no entanto, da demonstração de prejuízo ao
erário.
c) ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista que não se
trata de conduta específica, mas sim de tipo aberto.
d) ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o enriquecimento ilícito
por parte de seu agente, o que prescinde da configuração de dolo.
e) ato de improbidade, salvo se houver apenamento específico na esfera administrativa
para as mesmas condutas e seu agente for servidor público, pois o vínculo funcional
prefere à responsabilização na esfera civil.
Comentários: A autora se refere especificamente aos atos de improbidade
administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública,
conforme previsto no art. 11 da Lei 8.429/92:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
Lembrando que, para a caracterização desse tipo de ato de improbidade, é
necessária a presença de dolo na conduta do agente, não bastando apenas a
culpa.
Gabarito: alternativa “a”
*****
Bons estudos!
Erick Alves
RESUMÃO DA AULA
▪ Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos.
Sujeitos
▪ Terceiro, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver
ativos
participação de agente público).
➢ Sanções:
• Natureza administrativa, civil e política.
o Administrativa: perda da função pública, proibição de contratar com o Poder Público;
o Civil: indisponibilidade de bens, ressarcimento ao erário, multa civil;
o Política: suspensão dos direitos políticos.
• NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que apresenta denúncia sabidamente infundada).
• Independe da ocorrência de dano ao erário (exceto quanto à pena de ressarcimento) ou da aprovação ou
rejeição das contas pelo Tribunal de Contas.
• Exige comprovação de dolo (enriquecimento ilícito e violação dos princípios) e dolo ou culpa (prejuízo ao
erário).
➢ Declaração de bens: obrigatória para a posse ou exercício. Quem deixar de entregar ou falsificar fica sujeito
à pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
➢ Prescrição:
• Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
• Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
• Cinco anos contados da data da prestação de contas, no caso de entidades privadas beneficiárias de
recursos públicos ou de cujo patrimônio ou receita anual o Poder Público contribua com menos de 50%.
• Ações civis de ressarcimento ao erário, decorrentes de atos de improbidade, são imprescritíveis.
• Que causam prejuízo ao erário: qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres de órgão ou entidade pública. Exemplos:
Atos de o Permitir ou concorrer que se utilize bens ou dinheiro público sem observar a lei;
improbidade aquisição de bens pela Adm. Pública fora das condições de mercado; frustrar a licitude
administrativa de licitação; realizar despesa pública de forma irregular.
• Que atentam contra os princípios da Administração Pública: qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, bem
como outros princípios da Adm. Pública. Exemplos:
o Praticar ato visando fim proibido ou diverso daquele previsto em lei; revelar
informação sigilosa; deixar de prestar contas; frustrar a licitude de concurso público.
Proibição de contratar
com o Poder Público ou
Por 10 anos Por 5 anos - Por 3 anos
receber benefícios
fiscais
JURISPRUDÊNCIA
8.492/92, em seu art. 12, estabelece que "Independentemente das sanções penais,
civis e administrativas, previstas na legislação específica, está o responsável pelo
ato de improbidade sujeito" [...] a penas como suspensão dos direitos políticos,
perda da função pública, indisponibilidade de bens e obrigação de ressarcir o erário
e denota que o ato improbo pode adentrar na seara criminal a resultar reprimenda
dessa natureza. 5. O bis in idem não está configurado, pois a sanção
criminal, subjacente ao art. 1º do Decreto-Lei n. 201/67, não repercute na
órbita das sanções civis e políticas relativas à Lei de Improbidade
Administrativa, de modo que são independentes entre si e demandam o
ajuizamento de ações cuja competência é distinta, seja em decorrência da
matéria (criminal e civil), seja por conta do grau de hierarquia (Tribunal de
Justiça e juízo singular) (...)7. Deveras, o julgado do STF em comento trata da
responsabilidade especial de agentes políticos, definida na Lei n. 1.079/50, mas faz
referência exclusiva aos Ministros de Estado e a competência para processá-los pela
prática de crimes de responsabilidade. Ademais, prefeito não está elencado no
rol das autoridades que o referido diploma designa como agentes políticos.
4. (Cespe – TCU 2008) Sílvio, empresário, concorreu para a prática de ato de improbidade,
enriquecendo ilicitamente. Nesse caso, mesmo não sendo agente público, será atingido pelas
disposições da Lei de Improbidade. Assim, após sua morte, seus sucessores estarão sujeitos
às cominações da Lei de Improbidade até o limite do valor da herança.
6. (Cespe – TCU 2009) Caio, servidor público federal estável há mais de 10 anos, ocupante
do cargo de analista judiciário de determinado tribunal, está sendo acusado pelo Ministério
Público Federal de ter praticado ato de improbidade administrativa, nos termos da Lei n.º
8.429/1990. O referido tribunal, para apurar a prática de ilícito administrativo, resolveu instaurar
processo disciplinar. Acerca dessa situação hipotética e do que dispõe a Lei n.º 8.112/1990,
julgue o item seguinte: no caso narrado, a autoridade instauradora do processo disciplinar,
como medida cautelar e a fim de evitar qualquer influência na apuração da irregularidade,
poderá determinar o afastamento preventivo de Caio do exercício do cargo, pelo prazo
improrrogável de sessenta dias, não recebendo este, nesse período, qualquer remuneração
dos cofres públicos.
8. (Cespe – MDIC 2014) Se, após uma operação da Polícia Federal, empreendida para
desarticular uma quadrilha que agia em órgãos públicos, o Ministério Público Federal ajuizar
ação de improbidade administrativa contra determinado servidor, devido a irregularidades
cometidas no exercício da sua função, mesmo que esse servidor colabore com as
investigações, será vedado o acordo ou a transação judicial.
9. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que um servidor doe para uma biblioteca comunitária
uma série de livros da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse caso, mesmo sem
observar as formalidades legais, o servidor não incorre em improbidade administrativa uma vez
que os livros destinam-se a fins educativos e assistenciais.
10. (Cespe – TCE/BA – Procurador 2010) Atos de improbidade administrativa são os que
geram enriquecimento ilícito ao agente público ou causam prejuízo material à administração
pública. Quem pratica esses atos pode ser punido com sanções de natureza civil e política —
mas não penal — como o ressarcimento ao erário, a indisponibilidade dos bens e a perda da
função pública.
11. (Cespe – TCE/BA – Procurador 2010) A configuração do ato de improbidade que viola
princípios administrativos independe da ocorrência de dano ou lesão ao erário público.
12. (Cespe – TCDF 2012) De acordo com a referida lei [de improbidade administrativa], a
aplicação da pena de ressarcimento aos cofres públicos independe da efetiva ocorrência de
dano ao patrimônio público.
13. (FGV – IBGE 2016) Francisco, servidor de fundação pública federal de direito público,
percebeu vantagem econômica direta, consistente na quantia de cem mil reais em espécie,
para facilitar a alienação de bem público da fundação por preço inferior ao valor de mercado,
beneficiando seu cunhado, que é Deputado Federal. Descoberta a fraude, por meio de
investigações levadas a cabo pelo Ministério Público Federal, o parquet ajuizou ação civil
pública por ato de improbidade administrativa em face de todos os envolvidos. O processo
deve tramitar perante o:
a) juízo de competência cível da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição;
b) juízo de competência criminal da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição;
c) órgão colegiado de competência cível do respectivo Tribunal Regional Federal;
d) órgão colegiado de competência criminal do respectivo Tribunal Regional Federal;
e) Supremo Tribunal Federal.
32. (FGV – MPE/RJ 2016) Marcelo, Secretário Municipal de Transporte, permitiu que seu
irmão Antônio utilizasse, para fins particulares, bens integrantes do acervo patrimonial do
Município, consistente em veículo da Secretaria e combustível, pelo período de dois anos, sem
a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. O fato foi
noticiado ao Promotor de Tutela Coletiva com atribuição no Município, que, prontamente,
instaurou inquérito civil público e reuniu fartas provas da ilegalidade. Ao final da investigação,
deverá o Promotor ajuizar ação:
a) por crime de responsabilidade em face do Secretário Municipal Marcelo e ação indenizatória
em face do particular Antônio;
b) por crime de responsabilidade em face do Secretário Municipal Marcelo e do particular
Antônio;
c) para impeachment do Secretário Municipal Marcelo e ação indenizatória em face do
particular Antônio;
d) civil pública por ato de improbidade administrativa em face do Secretário Municipal Marcelo
e do particular Antônio;
e) civil pública por ato de improbidade administrativa em face Secretário Municipal Marcelo e
ação indenizatória em face do particular Antônio.
33. (FGV – ISS Cuiabá 2016) Patrícia, enfermeira sem vínculo estatutário com a
Administração Pública e ocupante de cargo em comissão na Secretaria Municipal de Saúde,
deixa de prestar contas às quais estava, por lei, obrigada.
Com relação à hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Patrícia somente responderá por improbidade administrativa se ocorrer efetivo prejuízo à
Administração Pública, caso em que seus bens poderão ser declarados indisponíveis para
assegurar o integral ressarcimento do dano.
b) Patrícia responde por improbidade administrativa, mesmo na hipótese de não haver efetivo
prejuízo à Administração Pública, sendo certo que a ação de improbidade será imprescritível e
deverá ser proposta pelo Ministério Público, legitimado exclusivo.
c) Patrícia não responde por ato de improbidade administrativa, uma vez que não possui
vínculo estatutário com a Administração Pública, mas poderá ser responsabilizada civilmente
caso tenha causado prejuízo.
d) Patrícia responde por improbidade administrativa, independentemente de haver dano
patrimonial à Administração Pública, sendo certo que seus sucessores respondem no limite da
herança caso o ato também cause lesão ao patrimônio público.
e) Patrícia responde por improbidade administrativa, independentemente do dano causado,
porém, por não ter vínculo estatutário com a Administração pública, não está sujeita à
suspensão de direitos políticos, mas sim à perda de função pública e pagamento de multa civil.
34. (FGV – MPE/RJ 2016) Rodrigo é servidor público estadual ocupante exclusivamente de
cargo em comissão e está lotado em setor da controladoria do Estado. De forma livre e
consciente e no exercício da função pública, Rodrigo descumpriu normas relativas à
celebração, fiscalização e aprovação de contas de parceria firmada pela administração pública
com determinada entidade privada, que se beneficiou do ato, bem como negou publicidade a
ato oficial, pois impediu a publicação na imprensa oficial do extrato do termo de parceria, tudo
em conluio com o particular beneficiado. De acordo com a Lei nº 8.429/92, em tese:
a) Rodrigo e a entidade privada incorreram na prática de ato de improbidade administrativa,
cuja prescrição é de 5 (cinco) anos contados da data da conduta ímproba;
b) Rodrigo e a entidade privada incorreram na prática de ato de improbidade administrativa,
para cuja configuração é prescindível a existência de dano patrimonial ao erário;
c) Rodrigo e a entidade privada incorreram na prática de ato de improbidade administrativa, e o
Ministério Público deverá decretar, no bojo de inquérito civil público, a indisponibilidade de seus
bens para ressarcimento ao erário;
d) Rodrigo incorreu na prática de ato de improbidade administrativa, desde que fique
comprovado que houve dano patrimonial ao erário, mas a entidade privada responderá apenas
com base na responsabilidade civil;
35. (FGV – MPE/RJ 2016) Leandro, Prefeito Municipal, confeccionou e distribuiu pela cidade,
utilizando verba pública, vinte mil panfletos intitulados “boletim informativo”, contendo sua
imagem em diversas fotografias de inauguração de obras públicas com os seguintes dizeres:
“O Prefeito Leandro continua cuidando de seu povo e construindo postos de saúde e escolas
municipais para sua família! Com o seu apoio, darei continuidade às minhas ações
beneficentes no próximo mandato!!!”. No caso em tela, Leandro:
a) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque, na qualidade de agente político,
não se sujeita ao regime da lei de improbidade, respondendo apenas por crime de
responsabilidade;
==16e28==
b) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque a legislação permite que seja feita
publicidade de caráter institucional, para dar ciência à população das ações sociais do
Município;
c) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque não houve dano ao erário, já que a
publicação veiculou obras públicas que efetivamente existiram, mas cometeu ilícito de natureza
eleitoral por propaganda antecipada;
d) cometeu ato de improbidade administrativa, porque a publicidade não teve caráter educativo,
informativo ou de orientação social, e sim de promoção pessoal, com ofensa aos princípios da
moralidade e impessoalidade;
e) cometeu ato de improbidade administrativa, porque implicitamente solicitou votos para a
próxima eleição e, por isso, está sujeito à cassação de seus direitos políticos e outras sanções
previstas na lei de improbidade.
36. (FGV – IBGE 2016) Em relação ao ato de improbidade administrativa, de acordo com a
doutrina, a jurisprudência e a Lei n.º 8.429/92, é correto afirmar que:
a) o sujeito ativo é o agente público responsável pelo ato ímprobo, excluído o particular
beneficiário do ato;
b) o ato de improbidade administrativa pode ocorrer sem que haja dano ou prejuízo ao erário
público;
c) o dolo é imprescindível para configuração do ato de improbidade, não existindo a
modalidade culposa;
d) a conduta que configura o ato de improbidade é a comissiva, não existindo a modalidade
omissiva, diante do princípio da tipicidade estrita;
e) as sanções previstas na lei de improbidade englobam todas as punições aplicáveis aos
agentes, não podendo haver outras sanções penais, civis ou administrativas pelos mesmos
fatos.
37. (FGV – ISS Niterói 2015) Fernando, servidor público municipal, no exercício da função
inerente ao seu cargo efetivo de Fiscal de Tributos, agiu negligentemente na arrecadação de
tributo municipal. De acordo com a Lei nº 8.429/92, em tese, Fernando:
38. (FGV – CM Caruaru 2015) A Lei nº 8.429/92 dispõe sobre os atos que configuram
improbidade administrativa.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Ela determina que os atos de improbidade administrativa somente podem ser praticados por
servidor público.
b) Ela se aplica apenas aos atos de improbidade praticados contra a Administração Pública
direta e indireta, não sendo aplicável aos atos praticados contra o patrimônio de entidade que
receba subvenção de órgão público.
c) Ela dispõe que o ressarcimento integral do dano só poderá ser imposto quando a lesão ao
patrimônio público decorrer de ação ou omissão dolosa.
d) Ela é aplicável, no que couber, àqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, se
beneficiem direta ou indiretamente de ato de improbidade.
e) Ela estabelece, dentre as possíveis sanções decorrentes da prática de atos de improbidade
administrativa, a perda dos direitos políticos.
39. (FGV – TJ/PI 2015) De acordo com a Lei nº 8.429/92 e com a doutrina de Direito
Administrativo, o ato de improbidade administrativa:
a) é ilícito de natureza criminal que tem como consequências a aplicação de pena privativa de
liberdade e sanções de natureza político-administrativa;
b) somente se configura se houver efetivo dano ao erário, ou seja, se os cofres públicos
tiverem algum tipo de prejuízo econômico-financeiro;
c) enseja a indisponibilidade de bens do agente público que se enriqueceu pela prática do ato,
que pode ser decretada mediante decisão fundamentada da autoridade administrativa;
d) pode ser cometido também pelo particular que induza ou concorra para a prática do ato ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta;
e) dá azo à aplicação de sanções como cassação dos direitos políticos, perda da função
pública, ressarcimento dos danos ao erário e pena privativa de liberdade.
40. (FGV – OAB 2016) O diretor-presidente de uma construtora foi procurado pelo gerente
de licitações de uma empresa pública federal, que propôs a contratação direta de sua empresa,
com dispensa de licitação, mediante o pagamento de uma “contribuição” de 2% (dois por
cento) do valor do contrato, a ser depositado em uma conta no exterior. Contudo, após
consumado o acerto, foi ele descoberto e publicado em revista de grande circulação. A respeito
do caso descrito, assinale a afirmativa correta.
A) Somente o gerente de licitações da empresa pública, agente público, está sujeito a eventual
ação de improbidade administrativa.
B) Nem o diretor-presidente da construtora e nem o gerente de licitações da empresa pública,
que não são agentes públicos, estão sujeitos a eventual ação de improbidade administrativa.
C) O diretor-presidente da construtora, beneficiário do esquema, está sujeito a eventual ação
de improbidade, mas o gerente da empresa pública, por não ser servidor público, não está
sujeito a tal ação.
D) O diretor-presidente da construtora e o gerente de licitações da empresa pública estão
sujeitos a eventual ação de improbidade administrativa.
41. (FGV – OAB 2013) Após conclusão de licitação do tipo menor preço, conduzida por uma
autarquia federal para a contratação de serviços de limpeza predial, sagrou-se vencedora a
sociedade “LYMPA”, que ofereceu a melhor proposta. O dirigente da autarquia, entretanto,
deixou de adjudicar o objeto à sociedade vencedora e contratou com outra sociedade,
pertencente ao seu genro, para realizar o serviço por um preço mais baixo do que o oferecido
pela sociedade vencedora. O Ministério Público ajuizou ação de improbidade contra o dirigente
da autarquia.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) A improbidade administrativa não está configurada, uma vez que não restou configurado
enriquecimento do agente público.
B) O resultado da ação de improbidade dependerá da apuração financeira de eventual prejuízo
aos cofres do ente público.
C) A propositura da ação de improbidade é admissível, ainda que não haja prejuízo ao erário e
nem enriquecimento do agente público.
D) A ação de improbidade somente é aceita em relação aos atos expressamente tipificados na
Lei nº 8.429/1992, o que não atinge a contratação direta sem licitação.
42. (FGV – OAB 2014) Caio, chefe de gabinete do prefeito do município X, ocupante
exclusivamente de cargo em comissão, conhecendo os planos concretos da prefeitura para
levar asfaltamento, saneamento e outras intervenções urbanísticas a um bairro mais distante,
revela a alguns construtores tal fato, levando-os a adquirir numerosos terrenos naquela
localidade antes que ocorresse sua valorização imobiliária. Caio recusa, expressamente, todos
os presentes enviados pelos construtores.
Sobre a situação hipotética descrita acima, assinale a opção correta.
A) O ato de improbidade pode estar configurado com a mera comunicação, antes da
divulgação oficial, da medida a ser adotada pela prefeitura, que valorizará determinados
imóveis, ainda que não tenha havido qualquer vantagem para Caio.
B) A configuração da improbidade administrativa depende, sempre, da existência de
enriquecimento ilícito por parte de Caio ou de lesão ao erário, requisitos ausentes no caso
concreto.
C) Caio, caso venha a ser condenado criminalmente pela prática das condutas acima descritas,
não poderá responder por improbidade administrativa, sob pena de haver bis in idem.
D) Caio não responde por ato de improbidade, por não ser servidor de carreira; responde,
todavia, por crime de responsabilidade, na qualidade de agente político, ocupante de cargo em
comissão.
43. (FGV – OAB 2015) O Ministério Público do Estado W ajuizou ação de improbidade
administrativa contra um ex-governador, com fundamento no Art. 9º da Lei nº 8.429/1992 (ato
de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito), mesmo passados quase 3
(três) anos do término do mandato e 6 (seis) anos desde a suposta prática do ato de
improbidade que lhe é atribuída. Nesse caso,
A) o ex-governador está sujeito, dentre outras sanções, à perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ao ressarcimento integral do dano e à suspensão dos
direitos políticos pelo período de oito a dez anos.
B) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que não podem ser réus
de tal demanda aqueles que já não ocupam mandato eletivo e nem cargo, emprego ou função
na Administração.
C) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que já transcorreram mais
de 3 (três) anos desde o término do exercício do mandado eletivo.
D) é imprescritível a ação de improbidade destinada à aplicação das sanções previstas na Lei
nº 8.429/1992, e, por essa razão, o ex-governador pode sofrer as cominações legais, mesmo
após o término do seu mandato.
44. (FCC – Procurador São Luís 2016) Diante de uma hipótese de configuração de ato de
improbidade praticado por servidor público, o terceiro beneficiado em razão daquela atuação,
a) pode responder por ato de improbidade, independentemente da comprovação de culpa, pois
é legalmente considerado agente público para essa prática.
b) não responde por improbidade, salvo se participou, dolosa e ativamente, do ato de
improbidade na modalidade que causa prejuízo ao erário.
c) figura como litisconsorte necessário do servidor público, sofrendo os efeitos do
reconhecimento do ato de improbidade, seja em relação ao ato praticado, seja quanto às
sanções impostas aos responsáveis.
d) não figura como litisconsorte necessário do servidor público, devendo ser analisada sua
conduta para demonstrar sua participação para atingimento do resultado.
e) depende da comprovação de enriquecimento ilícito para também ser considerado
responsável pelo ato de improbidade e poder figurar no pólo passivo da ação judicial
respectiva.
45. (FCC – TRT14 2016) Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado
Município de Rondônia foi processado por improbidade administrativa juntamente com a
empresa YX e seu responsável Josberto. No curso da ação, restou comprovado que o
procedimento licitatório foi forjado, de modo a ser contratada a empresa YX, gerando prejuízos
aos cofres públicos, além de enriquecimento ilícito aos envolvidos. Em sua defesa, Josberto,
proprietário da empresa, sustentou ser parte ilegítima, por ser particular e não estar sujeito às
disposições da Lei de Improbidade Administrativa. A tese de Josberto está
a) incorreta, pois responde por todas as sanções previstas na Lei para os agentes públicos.
b) correta, pois não está sujeito às disposições da Lei de Improbidade.
c) incorreta, pois responde às sanções previstas na Lei de Improbidade, de acordo com o que é
cabível aplicar aos particulares.
d) incorreta, pois responde por todas as sanções, exceto ressarcimento ao erário que deverá
ser pleiteado através de ação própria.
e) incorreta, pois responderá por uma única sanção prevista na Lei de Improbidade, qual seja,
a suspensão dos direitos políticos.
46. (FCC – TRT23 2016) Dentre as condutas prescritas como atos de improbidade na Lei nº
8.429/1992, aquela que admite conduta apenas culposa, prescindindo de demonstração de
dolo, é a descrita no dispositivo que
a) trata dos atos de improbidade que causam prejuízo ao erário, tal como permitir que sejam
realizadas despesas sem a devida autorização na legislação.
b) elenca as hipóteses de atos que atentam contra os princípios da Administração pública,
dada a gravidade do não atendimento das balizas de atuação das funções executivas.
c) trata dos atos que importam enriquecimento ilícito, mas que demandam prova do efetivo
prejuízo causado ao erário, cuja gravidade já justifica a sanção.
d) elenca as hipóteses que causam prejuízo ao erário, desde que restem comprovados os
danos causados ao erário e a violação dos princípios básicos que informam a atuação da
Administração.
e) implica recebimento para o autor da conduta de benefícios financeiros, pois fica presumido o
prejuízo ao erário e a violação aos princípios administrativos, incidindo em todas as
modalidades de ato de improbidade.
47. (FCC – TRT23 2016) Maristela, Diretora de órgão público federal, frustrou a licitude de
concurso público e, em outra oportunidade, frustrou a licitude de procedimento licitatório. Em
razão do exposto, foi processada por improbidade administrativa pelo Ministério Público
Federal. A propósito dos fatos narrados e desde que preenchidos os demais requisitos legais
previstos na Lei nº 8.429/1992,
a) o dolo é indispensável para a configuração do ato ímprobo apenas na primeira conduta.
b) o dolo é indispensável para a configuração do ato administrativo apenas na segunda
conduta.
c) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos atentatórios aos princípios
da Administração pública.
d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que causam prejuízo ao
erário.
e) o dolo é indispensável para a configuração dos atos ímprobos em ambas as condutas.
48. (FCC – TRT1 Juiz 2016) Em relação aos atos de improbidade administrativa praticados
por agentes públicos ou terceiros, bem como os deveres daqueles, na forma da Lei nº
8.429/1992, é correto afirmar:
a) Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da União serão sempre
responsáveis pelo ressarcimento integral do prejuízo causado.
b) Considera-se ato de improbidade administrativa aquele praticado pelo agente público que,
por qualquer forma, incorpora indevidamente ao seu patrimônio bens pertencentes à Fundação
Pública.
c) O agente público que recebe promessa de vantagem econômica para que tolere a
exploração ou prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando ou de
usura comete ato de improbidade administrativa.
d) Presume-se a prática de ato de improbidade administrativa o agente público que, até 180
dias após o término do exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, adquire, para
si ou para outrem, bens de qualquer natureza que seja desproporcional à evolução de seu
patrimônio ou renda.
e) Ressalvados os objetos e utensílios de uso doméstico, anualmente, o agente público deve
apresentar declaração dos bens e valores que compõem seu patrimônio, de cônjuge ou
companheiro, de ascendentes e descendentes em 1º grau e de outras pessoas que vivam sob
a dependência econômica do agente.
49. (FCC – Procurador FJPO 2016) Nas palavras de MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
“... também é possível falar em legalidade em sentido amplo, para abranger não só a
obediência à lei, mas também a observância dos princípios e valores que estão na base do
ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28a edição, p. 971), tanto que a
legislação vigente tipifica “... qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições” como
a) ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública, além do rol
constante da respectiva lei, cabendo a demonstração de dolo para configuração da conduta.
b) ato de improbidade, em qualquer de suas modalidades, exigida a demonstração de dolo em
todas as condutas, prescindindo, no entanto, da demonstração de prejuízo ao erário.
c) ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista que não se trata de
conduta específica, mas sim de tipo aberto.
d) ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o enriquecimento ilícito por
parte de seu agente, o que prescinde da configuração de dolo.
e) ato de improbidade, salvo se houver apenamento específico na esfera administrativa para as
mesmas condutas e seu agente for servidor público, pois o vínculo funcional prefere à
responsabilização na esfera civil.
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GABARITO
2) E 3) C 4) C 5) E
1) E
7) E 8) C 9) E 10) E
6) E
12) E 13) a 14) d 15) d
11) C
17) d 18) b 19) e 20) d
16) b
22) d 23) c 24) a 25) a
21) d
27) c 28) a 29) a 30) b
26) d
31) a
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 22ª ed. Rio de Janeiro: Método, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
Gajardoni, F. F. Cruz, L. P. F. et al. Comentários à lei de improbidade administrativa. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
Pazzaglini Filho, M. Lei de improbidade administrativa comentada. 2ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2005.