Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso: Psicopedagogia
Plasticidade Cerebral
É a capacidade adaptativa que o cérebro possui em se reorganizar
neuronalmente, modificando tanto em estrutura quanto em funcionamento.
Essa capacidade pode ser adquirida, ou melhor, estimulada diante que
algumas situações:
2
moléculas de memória. Envolvidos também na mediação de importantes funções
dessa neurotransmissão, tais como: cognição e neurotoxicidade.
À medida que exercitamos o nosso cérebro, e novas memórias se tornam
mais consolidadas, alterações estruturais no cérebro ocorrem mudando a sua forma
e até podem aumentar de tamanho. Inclusive, pode acontecer de uma tarefa
desempenhadas por uma sinapse passa a ser desempenhadas por duas.
E quanto mais exercitamos o nosso cérebro mais numeroso e melhor
organizado nossas ligações sinápticas ficam, portanto o cérebro gosta de ser
estimulado intelectualmente.
E é esse tipo de plasticidade (sináptica) que está envolvida a capacidade do
cérebro em recuperar algumas funções muitas vezes tidas como perdidas.
Entendemos assim que qualquer coisa se aprendida com emoção, terá maior
chance de se consolidar, se associarmos a isso uma repetição do ‘objeto’ a ser
aprendido esta consolidação ocorrerá de forma eficiente. Podemos então dizer que
formamos um engrama, ou seja "um traço de memória duradouro numa célula".
Nestes processos estão envolvidas várias áreas do cérebro – os gânglios da
base e o cerebelo são particularmente importantes para a aprendizagem do
desempenho de ações, e a amígdala para a aprendizagem das emoções.
A aprendizagem é resultado de um mix de influências fisiológicas, cognitivas e
ambientais.
Para ilustrar um pouco, da parte fisiologica podemos citar o hormônio cortisol:
Este hormônio é responsável por restaurar o equilíbrio interno do organismo,
após o stress. É observado que os níveis dele no sangue, durante o dia, são
variáveis. Esta variação pode ser consequência de fatores como: stress psicológico,
3
stress fisiológico, como hipoglicemia, febre, trauma, cirurgias, medo, dor, exercícios
físicos e temperaturas extremas.
Se o nível desse hormônio se mantiver alto excesso, o cortisol pode provocar
insónias e elevar ou deprimir, marcadamente, o humor.
A exposição de longo prazo ao cortisol resulta na danificação das células
do hipocampo. Levando a diminuição da capacidade de aprendizagem. Entretanto, a
exposição de curto prazo ao cortisol ajuda no processo de criar memórias.
Um exemplo do aspecto cognitivo que podemos citar é a atenção:
Para falar de atenção é importante saber que as funções executivas estão
relacionadas a área pré-frontal do nosso cérebro, área essa que terminará de se
desenvolver por volta dos 24 anos. Uma das funções desta área é o Controle
inibitório: que possibilita controlar e filtrar pensamentos, e ter o domínio sobre
atenção e comportamento.
Portanto até essa idade a atenção dos alunos é algo a ser constantemente
‘conquistada’ pelo professor.
E quanto ao ambiente, ele fornece os estímulos externos que recebemos,
como e quanto recebemos e como os interpretamos.
Muitas outras coisas influenciam a aprendizagem, como o sono. Uma noite
bem dormida consolida o aprendizado, uma vez que permite a perpetuação e
memorização de todo o conteúdo que foi aprendido durante o dia.
Sendo assim devemos estar conscientes da importância da Neurociência em
sua contribuição não só para o entendimento do processo de ensino e
aprendizagem, unindo-se aos conhecimentos já demonstrados pela Psicologia e
Pedagogia.
4
A sala de aula
Em sala de aula o professor deve ter uma boa noção destes conhecimentos,
entendendo em que momento eles se aplicam, vinculando-os a proposta didática que
ele vai elaborar na apresentação de um novo conteúdo.
A revista Mundo Escolar Online elenca alguns critérios para ajudar o professor a
repensar o processo ensino. São eles:
6
Referências Bibliográficas