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Elaboração, distribuição e informações:

FEBRACT
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Equipe FEBRACT

Presidente
Luis Roberto Chaim Sdoia

Presidente Executivo
Ricardo Valente de Souza

Gestor Geral
Pablo Kurlander

Coordenador de Operações
Kátia Isicawa de Souza Barreto

Colaboração neste projeto


André Negrão
Bruno Rasmussem
Célia Moraes
Pablo Kurlander
Sumário

Breve histórico sobre a ibogaína no mundo .............................. 3

A ibogaína no Brasil ................................................................. 5

Um alerta: os falsos tratamentos com ibogaína no Brasil .......... 7

Como evitar os falsos tratamentos com ibogaína? .................... 9

Os autores ............................................................................. 11

2
IBOGAÍNA PARA TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Por André Negrão, Bruno Rasmussem, Célia Moraes, Pablo Kurlander

Breve histórico sobre a ibogaína no mundo

A ibogaína é um alcaloide psicoativo extraído da casca da raiz da planta


Tabernanthe iboga, originária do Gabão. Trata-se de uma planta sagrada utilizada nos
rituais da comunidade Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história.1 Em
1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de
ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos 2 3. A partir daí
surgiu uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o
mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 50.000
pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, bons. A
forma mais usada da ibogaína para tratamento da dependência química é o sal cloridrato
de ibogaína (HCl).
De acordo com o estudo realizado por Kenneth Alper 4 a Thabernante iboga foi
introduzida pela primeira vez no mundo ocidental em 1864 5, quando amostras da planta
foram trazidas do Gabão para a França e seu uso ritual foi descrito pela primeira vez na
imprensa em 1885. A ibogaína foi cristalizada a partir de extratos da casca da raiz do
arbusto em 19016 e suas propriedades farmacodinâmicas foram exploradas pela primeira
vez na primeira década do século XX. Durante esse mesmo tempo foi recomendada como
tratamento para “astenia”. De 1939 a 1970, a ibogaína foi comercializada na França como
“Lambarene” 7, um "estimulante neuromuscular”, na forma de comprimidos de 8 mg,
para condições como fadiga, depressão e doença infecciosa.

1
Fernandez JW. Bwiti: an ethnography of the religious imagination in Africa. Princeton, New Jersey:
Princeton University Press 1982.
2
H.S. Lotsof, U.S. Patent 4,499,096; Chem. Abstr. 1985. 102,160426w.
3
H.S. Lotsof, U.S. Patent 4,587,243; Chem. Abstr. 1986 106,12967r.
4
Alper KR. Ibogaine: a review. Alkaloids Chem Biol 2001; 56: 1-38.
5
R. Goutarel, O. Gollnhofer, and R. Sillans, Psyched. Mono.1992. Essays 6, 70.
6
Goutarel R, Gollnhoffer O, Sillans R. Pharmacodynamics and therapeutic applications of iboga and
ibogaine. Psychedelic Monographs and Essays 1993; 6: 71-111.
7
R. Goutarel, O. Gollnhofer, and R. Sillans, Psyched. Mono. 1993 Essays 6, 70.

3
Em 1957, antes do uso da ibogaína no tratamento de dependência de drogas, o
laboratório Ciba Pharmaceutical patenteou seu uso com o objetivo de aumentar os efeitos
analgésicos dos opiáceos.
No final dos anos 1950 e 1960, a ibogaína foi utilizada como um adjunto ao
tratamento psiquiátrico pelo psiquiatra chileno Claudio Naranjo, que relatou a tendência
da ibogaína na recuperação de memórias pessoais subjetivas por parte de seus pacientes
e que facilitou o encerramento de conflitos.
Em 1969, Naranjo recebeu uma patente francesa para o uso psicoterapêutico da
ibogaína na dosagem de 4 a 5 mg / kg.8
No ano 1970, a Food and Drug Administration dos EUA classificou a ibogaína
como uma droga Schedule I. Hoje, a ibogaína não é regulamentada na maioria das nações,
mas é ilegal nos EUA, Austrália, Bélgica, Dinamarca, França, Suécia e Suíça.9
A partir de 1989, os tratamentos com ibogaína ocorreram em ambientes não
médicos e com base em evidências pré-clínicas precoces e relatos de casos sugerindo
possível eficácia da ibogaína, o NIDA dos EUA começou a apoiar pesquisas
toxicológicas pré-clínicas com ibogaína e o desenvolvimento de ensaios clínicos em
humanos.
No ano de 1993, o Painel Consultivo para Abuso de Drogas do FDA dos EUA
concedeu apoio à equipe de Deborah Mash, da Universidade de Miami, para um estudo
farmacocinético e de segurança de fase I da ibogaína em homens e em 1995 a FDA
aprovou um protocolo para estudo com indivíduos dependentes de cocaína.
Durante o mesmo período (1993-1994), o NIDA desenvolveu protocolos de fases
I / II envolvendo dosagens fixas de 150 mg e 300 mg de ibogaína HCl versus placebo
para dependência de cocaína.
Esses promissores estudos foram interrompidos em 1993 devido à morte de uma
paciente da Holanda, inibindo os financiamentos para pesquisas com ibogaína.
Informações disponibilizadas sobre esse caso mostraram que a paciente fez uso de heroína
concomitantemente à ibogaína, o que é contra indicado por sabidamente aumentar a
toxicidade da heroína 10.

8
D.P. Bocher and C. Naranjo, French Special Drug Patent No. 138.081;081713m, Inst. Class 1969, A61k
9
R. Goutarel, O. Gollnhofer, and R. Sillans, Psyched. Mono. 1993. Essays 6, 70.
10
Alper, RK. Fatalities Temporally Associated with the Ingestion of Ibogaine. J Forensic Sci, March 2012,
Vol. 57, No. 2 doi: 10.1111/j.1556-4029.2011.02008.x .Available online at: onlinelibrary.wiley.com.

4
A falta de apoio oficial para estudo da ibogaína na Europa e nos Estados Unidos,
fez com que a ibogaína se tornasse cada vez mais disponível em ambientes alternativos
em diversos países. Também devido ao status da ibogaína como substância Schedule I
nos EUA, o desenvolvimento do uso da ibogaína no tratamento da dependência de drogas
ocorreu fora dos ambientes clínicos e médicos convencionais. Assim, as preocupações
com a segurança do uso da ibogaína, bem como a escassez de dados sólidos de estudos
em humanos, dificultaram o progresso de seu desenvolvimento como medicamento.

A ibogaína no Brasil

O Brasil foi um dos países pioneiros no tratamento da dependência química com


ibogaína. Estudos brasileiros recentes demonstraram que o uso da ibogaína associado à
psicoterapia induz períodos prolongados de abstinência em usuários de múltiplas drogas,
incluindo psicoestimulantes, melhoria na qualidade de vida, nas relações pessoais,
autoeficácia e diminuição do desejo de consumo 11.
Há críticas relacionadas ao uso da ibogaína em decorrências de mortes ocorridas
durante o tratamento. No entanto, nos casos relatados, detectou-se o uso imprudente e
contra-indicado concomitante de heroína ou cocaína, o que sugere que nesses casos que
não houve fatalidades relacionadas puramente à ibogaína e sim à heroína e à cocaína
associadas à ibogaína. Outro ponto importante é que se garanta que a pessoa que vai
receber o tratamento não tenha problemas cardíacos, especialmente alguns tipos de
arritmias, já que elas elevam o risco do uso da ibogaína.
Em um estudo retrospectivo brasileiro, a taxa de eficácia da ibogaína para
tratamento da dependência de crack foi de 70 a 80%12, o que são resultados muito
promissores, mas que precisam ser confirmados em estudos prospectivos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através das suas Resoluções
Colegiadas, permite a importação e uso da ibogaína.

11
Schemberg, E. et al. Treating drug dependence with the aid of ibogaine: A qualitative study.Journal of
Psychedelic Studies DOI: 10.1556/2054.01.2016.002.
12
Schemberg, EE. et al. Treating drug dependence with the aid of ibogaine: A retrospective study. Journal
of Psychopharmacology 2014, Vol. 28(11) 993–1000.

5
Conforme Resolução RDC nº 28, de 28 de junho de 2011, a importação de
interesse à saúde por pessoa física, para uso próprio, está dispensada de autorização pela
Anvisa. Ressalte-se que a dispensa de autorização não representa dispensa da fiscalização
tanto da Anvisa quanto dos demais órgãos anuentes.
Conforme artigo 1º, Capítulo XII, item 1.2 da referida Resolução, para caracterizar
uso individual deverá constar em cada receita médica a quantidade e a frequência de uso
do produto, compatíveis com a duração e a finalidade de tratamento.
O mesmo entendimento foi mantido com a publicação do Decreto 8.077/2013 que
diz:
Artigo 10º - Paragrafo 2º - Independe de autorização a importação, por
pessoas físicas, dos produtos abrangidos por este Decreto não submetidos a
regime especial de controle e em quantidade para uso individual, que não se
destinem à revenda ou ao comércio, desde que atendida a regulamentação
específica da Anvisa.

O Decreto nº. 8.077/2013 complementa que o produto importado não deve possuir
controle especial no Brasil (produtos que contenham substâncias listadas na Portaria
Anvisa nº. 344/98 ) e deve estar de acordo com a quantidade para uso individual e não ser
entregue à revenda ou ao comércio.
Qualquer que seja a modalidade escolhida para importação, a única documentação
solicitada pela Anvisa é a prescrição por profissional habilitado, ou seja, receita médica
no caso dos medicamentos. Essa documentação é requerida somente para comprovar o
uso próprio do produto pelo importador.
Finalmente, acompanhando a demanda aumentada pelo uso da ibogaína por
usuários de drogas e seus familiares no país e as manifestações acima da ANVISA,
pesquisadores da Universidade de São Paulo obtiveram aprovação recente para a
realização de ensaios clínicos para avaliar a segurança e a eficácia da ibogaína no
tratamento de dependentes químicos em ambientes hospitalares.

6
Um alerta: os falsos tratamentos com ibogaína no Brasil

Lamentavelmente, assim como aconteceu com outras formas de tratamento para


a dependência química no Brasil, visando exclusivamente fins econômicos e
aproveitando a ausência de fiscalização contundente, nos últimos anos proliferaram locais
“especializados” em tratamentos milagrosos com suposta ibogaína, aplicados por
indivíduos que se autodenominam “terapeutas”, porém que não possuem nenhuma
formação específica para isto, inclusive muitas vezes oferecendo aplicações de ibogaína
à domicílio (tipo delivery), ou seja, sem nenhuma retaguarda médica nem controle
profissional algum.
Em uma rápida busca no Google com as palavras “ibogaína”, “tratamento” e
“dependência química”, poderá ser visualizado um grande número de anúncios pagos
seguido de uma longa lista de “clínicas especializadas” que prometem uma cura milagrosa
da dependência química em poucos dias, apenas através da aplicação dessa miraculosa
panaceia, por uma soma que varia entre R$ 1.000,00 e R$ 20.000,00.
É claro que o desespero das famílias dos dependentes químicos, somado à falta de
informação e de fiscalização, criaram um cenário totalmente favorável para o
aparecimento de oportunistas, que vislumbraram um mercado muito promissor.
Afinal de contas, qual família desesperada não desembolsaria qualquer quantia,
mesmo tendo que se endividar, para ver seu familiar finalmente livre das drogas e, a
melhor parte, em apenas poucos dias e com o resultado garantido?
Lamentavelmente, o que mais tem repercutido são as denúncias por todo tipo de
prática inadequada, inclusive por mortes depois da ingestão daquilo que tinha sido
vendido como ibogaína.

7
Um caso emblemático é o relatado por J. P., que inclusive foi veiculado num jornal
televisivo da região de Campinas, SP. Ela entrou em contato com a FEBRACT para
relatar a sua história:

Estava tendo um problema com meu marido com drogas, então o internamos.
Ele ficou 4 meses e saiu e ficou 15 dias bem, porém depois disso teve um surto
e sumiu por 3 dias com meu carro, coisa que até então nunca havia acontecido.
Ele sumia mais sempre voltava. Fui em todas as delegacias de Campinas,
hospital e até mesmo IML e nada. Então, grávida de 8 meses, fui para as ruas
e biqueiras procura-lo, e o encontrei em uma Cracolândia aqui de Campinas
do jeito que já imagina. Bom, a partir daí comecei a procurar uma clínica pra
interna-lo novamente, e foi quando em pesquisa na internet achei a tal clínica
(nome da clínica). Eu sendo evangélica e procurando por uma clínica
evangélica, imaginei que essa tal seria (o nome da clínica tinha conotação
religiosa), foi quando clicando no ícone do WhatsApp que tem na página da
clínica nos retornou um (nome da pessoa que respondeu). Falando com a minha
sogra a induziu a uma tal de ibogaína até o momento desconhecida. Como já
estávamos cansados e sem mais saber o que fazer, aceitamos tentar esse
tratamento. O tal (nome da pessoa que respondeu) veio a minha casa, deu
cápsulas para meu marido que tinha acabado de acordar, e saiu dizendo que já
voltava. Mandou meu marido ficar em um quarto escuro, após menos de duas
horas fui ver meu marido e ele já havia falecido.

Lamentavelmente o caso de J. P. não foi o único. Mas mesmo que não levam à
morte, a ineficácia desses supostos tratamentos causa o aumento do estigma para com o
dependente químico, ao aumento do desespero da família, e ao aumento da desesperança
em relação à possibilidade de melhora por parte do dependente químico.
Também precisa ser lembrado que esse tipo de prática é ilegal e passível de
processo criminal.

8
Como evitar os falsos tratamentos com ibogaína?

Como visto acima, a ibogaína não pode ser vendida no Brasil, porém pode ser
importada para uso pessoal. Portanto, se alguma instituição ou pessoa promete aplicação
imediata de ibogaína, sem passar pelo processo de importação, ou esse produto é falso
ou é ilegal.

O tratamento com ibogaína é um tratamento médico, que deve ser realizado por
profissionais da saúde, em hospitais ou clínicas com estrutura e equipe hospitalar,
para garantir a segurança do paciente. Não existe tratamento com ibogaína feito em casa
ou em locais que erroneamente se autodenominem Comunidades Terapêuticas ou
Clínicas.

A ingestão de ibogaína faz parte de um tratamento mais amplo, que deve ser
precedido por uma triagem minuciosa, realização de exames médicos de acordo com a
triagem, e acompanhamento profissional anterior e posterior à ingestão da substância. O
tratamento com ibogaína nunca se resume unicamente à ingestão da substância.

Enquanto a verdadeira ibogaína HCl é um


cristal branco (sal), muitos dos tratamentos
apregoados como sendo ibogaína pura
oferecem erroneamente cápsulas esverdeadas,
como as da imagem ao lado.

9
Conclusões

O tratamento da dependência química com ibogaína, quando realizado de forma


adequada, vem apresentando resultados muito alentadores, o que faz com que seja muito
importante a continuidade das pesquisas.
É um tratamento de saúde, que precisa ser realizado por médicos e outros
profissionais de saúde, em ambiente apropriado, com estrutura hospitalar, para garantir a
segurança do paciente.
É um tratamento complexo e completo, composto por várias intervenções, dentre
as quais a ingestão de ibogaína é uma delas, mas não a única.
Nos últimos anos proliferaram no Brasil inúmeros locais e indivíduos que ofertam
falsos tratamentos que oferecem todo tipo de risco para o indivíduo e exploram a
fragilidade das famílias desesperadas pela gravidade da dependência química.
Por isso a FEBRACT exorta as famílias a que tenham o máximo de cuidado ao
procurar qualquer tipo de tratamento, buscando sempre indicações de pessoas que
conheçam previamente o serviço, não se deixando enganar por sites bonitos e promessas
milagrosas.
Na dúvida, entre em contato conosco!

Campinas, 04 de agosto de 2020

10
Os autores

André Brooking Negrão

É médico e terminou a residência em psiquiatria em 1994 pelo Instituto de Psiquiatria da


FMUSP. Foi pesquisador clínico associado do Clinical Neurondocrinology Branch, do
Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH, NIH) em Bethesda (1995 a 2000) onde
coordenou como investigador principal projetos de pesquisa clínica em transtornos do
humor. Publicou 34 artigos em periódicos especializados, 27 trabalhos em anais de
eventos e 9 capítulos de livros. Dentre os projetos mais relevantes no NIMH estão a
pesquisa da regulação hormonal do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal na depressão
melancólica e atípica e a utilização de estressores naturais (teste da esteira) para eliciar
respostas neuroendócrinas em indivíduos normais e pacientes com transtornos
psiquiátricos. Doutor em Ciências, área de Psiquiatria, pela Faculdade de Medicina da
USP em 2012 com o tema marcadores genéticos e a dependência ao crack/cocaína.
Atualmente, é pesquisador colaborador no Laboratório de Genética e Cardiologia
Molecular do InCor-HC com ênfase em marcadores genéticos e influência ambiental em
traços neuropsiquiátricos s na população geral. Médico assistente do Programa
Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA),Instituto e Departamento de
Psiquiatria, Hospital das Clínicas da FMUSP onde exerce as funções de supervisor de
residentes médicos e da coordenação do Ambulatório Noturno de Álcool e Drogas
(ANCAD).

Bruno Daniel Rasmussen Chaves

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo(1984), mestrado


em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo(1991), residencia-
medicapela Universidade Federal de São Paulo(1988) e residencia-medicapela
Universidade Federal de São Paulo(1986). Tem experiência na área de Medicina, com
ênfase em Clínica Médica.

Célia Moraes

Graduada em ciências biológicas pela Universidade Metodiasta de São Paulo. Iniciou


suas atividades científicas no Instituto Butantã de São Paulo. Mestrado na área de
neurociência no Departamento de Psicobiologia da UNIFESP. Pós-graduada em
aconselhamento familiar pela Faculdade Unida do Espírito Santo. Especialização pela
UNIFESP em “Intervenções Breves, Reinserção Social e Acompanhamento de
Dependentes Químicos em Tratamento e suas famílias” e em atendimento a pessoas que
fazem “Uso Nocivo de Substâncias – Álcool” pela UFMA – Universidade Federal do
Maranhão. É certificada pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina em
“Prevenção ao Uso Indevido de Drogas” e pelo Centro de Estudos Paulista de Psiquiatria
UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas em “Tratamento do Usuário de
Crack”. Em 1989 iniciou seu trabalho com dependentes químicos. Gestora e responsável

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técnica da Comunidade Terapêutica Desafio Jovem de Brasília. Conselheira da
FEBRACT – Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, Conselheira do
CONEN – Conselho de Políticas Sobre Drogas do Distrito Federal e Vice-Presidente da
FECOMTE – Federação das Comunidades Terapêuticas do Centro-Oeste. Palestrante em
escolas, seminários e congressos, com a abordagem familiar para prevenção ao uso de
drogas e para tratamento do dependente químico. Faz pesquisas clínicas na área da
neurociência em dependência de substâncias psicoativas. Tem projetos em andamento na
UFU – Universidade Federal de Uberlândia e na USP – Universidade de São Paulo –
Capital.

Pablo Kurlander

Psicólogo, Gestor Geral da FEBRACT - Federação Brasileira de Comunidades


Terapêuticas, Vice Presidente da FLACT - Federação Latinoamericana de Comunidades
Terapêuticas, Conselheiro da WFTC - Federação Mundial de Comunidades Terapêuticas,
Vice-Presidente do CONED-SP - Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, membro
do Conselho Consultivo Editorial do International Journal of Therapeutic Communities,
representante da FEBRACT no Comité de ONGs sobre Drogas de Viena - VNGOC. Mais
de 20 anos de gestão de Comunidades Terapêuticas. Mestre e Doutor em Saúde Coletiva
na Faculdade de Medicina de Botucatu-SP, UNESP, com a primeira pesquisa brasileira
com foco na eficácia do tratamento da Comunidade Terapêutica.

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