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A BIOCENOSE 00 SOLO
NA PRODUÇÃO VEGETAL
por
ARTUR PRIMAVESI
Engenheiro Agrônomo e D outor em Agronomia, P rofessor de A gricultura Geral,
D iretor do In stitu to de Solos e C ulturas, Universidade de
S anta M aria, RGS, B rasil
ao Exmo. Sr. P R O F . D R . R A Y M U N D O M O N I Z DE
A R A G Ã O . Catedrático da Escola Nacional de Química, e
Diretor do Ensino Superior, no Ministério da Educação
e Cultura, C U J A P E R S O N A L I D A D E E M I N E N T E E N
C A R N A O I D E A L DO C I E N T I S T A E DO P R O F E S
S O R , cônscio de suas responsabilidades no processo do
desenvolvimento científico e tecnológico do país.
■ ■
- .
PREFÁCIO
“Ê ste prim eiro volum e da obra do P rofessor A rtur Prim avesi, A M oderna
Agricultura Intensiva, a que o a u to r em prestou o sugestivo título de “Biocenose
do Solo” form ula, discute e aplica p o r m aneira a um tem po lúcida e apaixo
nada o conceito segundo o qual, o solo não é um su porte estático da raiz, m as
a expressão dinâm ica resu ltan te da in teração de m últiplos fatores — raízes,
com ponentes m inerais, m icroorganism os, m etazoários, etc., que não só atuam
ao m esm o tem po, m as se influenciam m utuam ente.
Apaixonado, na intenção em que usam os o têrm o, não indica o ânim o
despropositado ou a intenção de fazer prevalecer a opinião a qualquer preço;
antes, traduz o entusiasm o pelo que, em sadia convicção, representa um a boa
doutrina, conform e a verdade e de ú til aplicação.
É o sentim ento do "hom em ligado à te r r a ”, que se fêz estudioso de seus
problem as, e qúe o leva a fazer éco e su ste n ta r o aforism o m enos prático, m as
m teiram ente verdadeiro, de que a “A gricultura não é um a profissão, é um as
sunto de a m o r”. E que o a rra s ta aos lim ites do exagero, na construção do
símile expressivo, pôsto arriscado: “O solo . . . é um organism o vivo cujo es
queleto é a p a rte m ineral, cujos órgãos são os m icróbios que ali vivem e cujo
sangue é a solução aquosa que ali circula. R espira como qualquer orgam sm o
vivo e possui sua te m p e ra tu ra p ró p ria ”.
E n treta n to , as opiniões são expostas com e strita probidade e cim entadas
em válidas noções científicas, à luz de ab undante a atualizada bibliografia.
Não classificaríam os o volum e com o um livro de texto. Ainda que escrito
em linguagem sim ples e acessível, joga com noções que presupõem conheci
m ento de várias disciplinas, p o r form a que, trabalho de síntese, é antes p a ra
quem arrem ata, integra e com põe conhecim entos, do que p ara principiante das
ciências e a rte s agrícolas.
Mas é livro, pensam os, que nenhum agrônom o, neste país, com responsa
bilidades na utilização ou tra ta m e n to de solos p a ra a agricultura, deveria deixar
de ler. N estes B rasis, em que o solo tem sido tra ta d o como objeto de explora
ção egoísta, irracional e o p o rtu n ista, e sem vistas à preservação de sua perene
fertilidade, êle tem m uito a ensinar. Como seja, é um a clarinada a convocar
p a ra a m udança da p rá tic a da ag ricu ltu ra extensiva, espoliadora e cigana,
p ara a que ch am aríam os agricultura conservadora, aten ta não som ente à p ro
dução e à produtividade, m as à preservação e defesa do elem ento básico para
produzir: o solo fértil.
E com o as ações com eçam quando as idéias im plantam -se no espírito
dos hom ens, fazem os votos p a ra que êste livro, o bra de am or à terra, tenha
incontáveis leitores.
A. VOISIN
M em bre de 1’Académie d ’A griculture de France
D octeur H onoris Causa de 1’U niversité de BONN
(Allemagne).
G ruchet, Jule, 1964.
PREFÁCIO
3 1* P r e f a c e ........................................................................ P réfac e
33 15* s a p r ó f i t a s ................................................................... s a p r o z o o n te s
52 43* T h io b a c illo s th io x id a n s ..................................... T h io b a e illu s th io o x id a n s
m 13* U r o b a c illu s p a s te u r i ........................................... U r o b a c illu s p a ste u r ii
74 13» T h io b a c te r th io x id a n s ....................................... T h io b a c te r th io o x id a n s
81 27* C elu lo m o n a s ............................................................... C e llu lo m o n a s
29* B o tr itis .......................................................................... B o tr y tis
84 G rá fic o t a n to m e lh o r e t a n t o m a is in te n s iv o • t a n to m e lh o r e t a n t o m a is in te n s iv a
A g r e g a to s ................................................................... A g re g a d o s
t a n t o m e lh o r o a b a s te c im e n to d a p la n ta t a n to m e lh o r o a b a s te c im e n to d a p l a n t a
c o m .......................................................................... em
t a n t o m a is e q u ilib r a d o e t a n to m e lh o r .. t a n to m a is e q u ilib r a d o s e t a n to m e lh o re s
96 G rá fic o P o li p é p tid o s .............................................................. P o li p e p tíd i o s
98 13* B a cilu s s u b tilis ...................................................... B a c illu s s u b tilis
30* C lo str id iu m le n tip u tr e sc e n s .......................... C lo str id iu m le n to p u tr e sc e n s
99 8* B u tr itis ........................................................................ B o tr y tis
102 7» c o c o s d e 0,5 a 0,6 ................................................ c o co s de 0,5 a 0.6 m ic ro n
8* fla g e lo d e 30 g .................................................... fla g e lo d e 30 m ic ro n
117 F ó r m u la s H O ( e n tr e c e to -á c id o ú ric o e a la n to ín a ) HO —
N H (N H s u p e r i o r d a f ó r m u la d a a l a n t o í
na) ........................................................................ NH2
119 14* C lo str id iu m le n tip u tr e s c e n s ............................ C lo str id iu m le n to p u tr e sc e n s
122 9* C elulom !»nas ............................................................. C e llu lo m o n a s
10* C elu lo m o n a s ............................................................. C e llu lo m o n a s
11* C elulom íonas ............................................................. C e llu lo m o n a s
34* N H ................................................................................... NH3
131 29» T h io b a c te r th io x id a n s ....................................... T h io b a c te r th iooxidatn s
132 8* T h io b a e illu s th io x id a n s ..................................... T h io b a e illu s th io o x id a n s
173 8* f u n g ó f a g a s ................................................................. m ic ó fa g a s
189 5* C o lu lo m o n a s ............................................................. C ellu lo m o n a s
191 6* Bar. te r m o filu s ....................................................... B a r. th e r m o p h ilu s
O u tr o s la p s o s e in a d v e r tê n c ia s , n o ta d a m e n te e m p o n tu a ç õ e s e a c e n to s , s ã o f a c ilm e n te c o m
p re e n s ív e is .
« . . . E R R O S T IP O G R Á F IC O S . ..»
«A l u t a c o n tr a o ê r r o tip o g r á f ic o te m a lg o d e h o m é ric o . D u r a n te a re v is ã o o s ê r r o s se
e s c o n d e m , fa z e m -s e p o s itiv a m e n te in v is ív e is . M as, a s s im q u e o liv r o s a i, to r n a m - s e v is ib ilís s i-
m o s, v e r d a d e i r o s « sac is» a n o s b o t a r a lín g u a em tô d a s a s p á g in a s . T r a t a - s e de u m v e r d a d e i r o
m is té r io q u e a c iê n c ia a in d a n ã o c o n s e g u iu d e c i f r a r . . .»
M O N T E IR O LOBATO.
INDICE
O C O N C E I T O DE A G R I C U L T U R A M O D E R N A
Êle explica: «Do ponto de vista científico, a fertilidade do solo não po
de ser com preendida como um resultado estatístico de alguns fatores isolados
m as como função de processos dependentes e entrosados, que em sua ação co
ordenada, provocam um efeito definido que cham am os de fertilidade». E êle
CONSIDERAÇÕES IN T R O D U T Ó R IA S 9
A ag ricu ltu ra intensiva não trab alh a o solo com fins explorativos, mas
> com fins conservacionistas. Todos os métodos visam , principalm ente, a conser
vação do estado que cham am os de «fértil», sendo a alta produção agrícola um a
conseqüência lógica e autom ática dêste estado.
BIBLIOGRAFIA
1 — A MICROBIOLOGIA DA T E R R A
Fig. 1 — M. W. BE IJER IN C K
MIC RO BIOLOGIA AGRÍCOLA 11
Fig. 2 — S. N. WINOGRADSKY
12 A M I C R O V I D A E A F E R T I L I D A D E DO SO LO
Fig. 3 — J. G. LIPMAN
Com a visão ecológica abriu-se um a nova era, perm itindo finalm ente a
recom posição dos processos biológicos no solo — a biocenose, — a qual nos
transm ite a noção de todos os processos biológicos, quím icos e físicos, em re
lação coordenada, e nos perm ite com preender a «vida do solo», o índice de sua
fertilidade.
Fig. 4 — S ir J. RUSSELL
quer outro organism o vivo e possui sua tem p eratu ra própria. N ecessita êle tan to
das p lantas, como as p lan tas necessitam d êle. (L Ö H N IS , L IP M A N , W A K S -
M A N ).
T erra inerte é terra infértil. N inguém pretende tira r leite de vaca m orta,
m as m uitos pretendem tira r safras dum a terra m orta. A in fertilid ad e se a trib u i
a tudo, m enos à realidade de ser a terra m orta, sua e stru tu ra decaída e sua
vida acabada.
Poucos ainda consideram que som ente a revitalização do solo, que se
conhece sob a p alav ra «recuperação», é capaz de trazer a fertilid ad e perdida.
Os m icrorganism os, porém , só populam a terra, de nôvo, se existe um a
ótim a relação entre ar, um idade e tem p eratu ra, suficientes sais m inerais e m a
téria orgânica, da qual, a m aioria dêles, retira sua energia v ital (S E K E R A ).
Em terras tropicais, 15 cm são bem entrelaçados por um a tra m a viva
de vida m icrobiana, 20 cm em terras subtropicais e 25 cm em terras de clim a
m oderado. O zêlo desta cam ada «esponjosa» e fôfa, que protege a fertilid ad e do
solo, deve ser a nossa m áxim a aspiração.
Fig. 5 — S. A. WAKSMAN
P ro fessor E m érito
A BIOLOGIA DO SOLO 15
2 — A B I O L O G I A DO S O L O
3 — A SOCIOLOGIA VEGETAL
BIBLIOGRAFIA
B IO C E N O S E DO SO L O
A B I O C E N O S E DO S O L O
O solo, como sistema poroso, abriga tanto bactérias como fungos, pro-
tozoários, vermes e insetos, mas é, também, o espaço vital da raiz vegetal.
H K B F G P A P o
Fig. 6 — Plantas de pradaria, — H ,Hieracium, K ,Koeleria, B,Balsamorrhiza,
F .Festuca, G ,Geranium, P ,Poa secunda, A,Hoorebekia, Po,Potentilla.
Fig. — 8
a b c a b
Desenvolvimento duma raiz de trigo D esenvolvim ento dum a raiz de cebola
a) 650 a 800 mm de precipitações a) em solo fôfo
b) 525 a 600 mm de precipitações b) em solo com pacto.
c) 400 a 475 mm de precipitações.
26 NU TRI ÇÃO VEGETAL E RI ZOS FE RA
N um solo vivo, êste problema não surge, por ter as bactérias tra n sfo r
m ado todos nutrientes disponíveis, em formas orgânicas.
Resumindo, pode-se dizer: Só em solos biologicamente vivos e sadios
podemos alcançar o máximo efeito de adubos comerciais, com altas colheitas, \
de boa qualidade, e um mínimo de incidência em doenças.
E C O L O G IA G E R A L D A PO P U LA Ç Ã O DO SOLO
S U P R I M E N T O DE E N E R G I A
RELAÇÕES S IM B I Ô T I C A S E A N T IB IÓ T IC A S
A ÇÃ O R E C Í P R O C A DE M I C R O F L O R A E M J C R O F A U N A
C O N D I Ç Õ E S D O S O L O EM R E L A Ç Ã O À M I C R O F L O R A
M I C R O F L O R A EM R E L A Ç Ã O Ã L A T IT U D E
A M IC R O V ID A NA R IZ O SFE R A
planta possui a sua rizosfera específica. Assim, por exemplo, criam-se perto da
raiz do tremôço ( Lu pi nus sp.) especialmente Penicillium piscarium, Paecilomy-
ces marquandii, Cylindrocarpon radicole, etc.
W E L T E mostra que com dim inuído pH o fator r/s (rizosfera/solo) d i
minui, enquanto a um entam as bactérias tróficas. Isso significa que a rizosfera
é tanto mais pronunciada, quanto piores forem as condições gerais do solo. Em
solos ricos em minerais e hum us a rizosfera não é mais distinta, devido à in
tensa atividade microbiana geral.
Segundo S C H E F F E R , diversas plantas excretam substâncias tóxicas
quando plantadas em policultura, por exemplo, o Tri foli um lolium, o que n u n
ca fazem em monocultura. Estas substâncias (brenzcatequina e tam bém amino-
ácidos) defendem-nas contra ataques de nematóides de tôda espécie. A tuam co
mo tóxicos contra larvas, mas servem de alimento às bactérias. Por outro lado,
as raízes excretam açúcares (xilose, manose, glicose), vitam inas, especialmente
muitas espécies de vitam ina B (Lisina, Prolina, Colina, Tirosina, etc.) que be
neficiam a vida de muitas bactérias e fungos ( S U L O C H A N A ) . Assim, por
exemplo, o fungo Rhizoctonia solani ( M I L L E R ) , que cresce em solos frescos,
inibe a proliferação de nematóides como, por exemplo, da Pratylen penetrans,
que prejudica muitas árvores de pomares.
450
609,7 1 2258,1
400
350
300
250
200
150 I í
100 iiilniillill
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C 0 2 produzido * colônias de b ac téria s colônias de rod io b acter
ção aum entam na rizosfera as algas. Reconhece êle aqui, tam bém , um a dife
rença nítida entre plantas em solos estercados,e adubados com sais minerais.
Nestes últimos, a rizosfera da p la n ta m a d u ra torna-se rica em bactérias anae-
róbias, (especialmente as que produzem C H 4 ), e decompositoras de celulose, o
que não acontece nos primeiros.
Leguminosas possuem um a rizosfera mais rica, enq uan to que os cereais a
possuem mais pobre. As Radiobacter e Azotobacter ( P O S C H E N R Í E D E R ) for
m am a maioria dos simbiontes tróficos.
L O C H H E A D e T H E X T O N verificaram que as bactérias da rizosfera
são aquelas com escassas exigências alimentícias e são, especialmente, as que
são anim adas pelas excreções de aminoácidos. Bactérias e fungos Com mais com
plexas exigências alimentícias sofrem um a influência desfavorável na rizosfera. j
H A R L E Y e W A I D demonstram que a rizosfera tam bém é rica em fun- j
gos. As plantas ccm poucos fungos tem crescimento m uito lento. Especialmente 1
Fusarium, Trichoderma, Rhizoctonia,, Penicillium, são h a bitantes comuns. É
aqui, im portante observar, que os fungos são n aturais da rizosfera e que justa
mente êstes que aparecem ali, em condições desfavoráveis, podem tornar-se p a r a
sitas. H A R L E Y considera, assim, as Mycorrhizas como um caso de exagerada
atividade rizosférica. Devemos supor que os parasitas são adaptações dos h a
bitantes rizosféricos a outras condições. K L O K E prova que a raiz vegetal, por
sua vez, se aproveita de produtos do metabolismo microrgânico.
A cultura monófita e mais ainda, a m onocultura, provocam distúrbios
neste equilíbrio já abalado pela lavração. O problema m áxim o do lavrador é, j
portanto, tentar restabelecer, novamente, êste equilíbrio, mesmo sendo artificial,
para garantir à cultura êstes benefícios e evitar os ataques de parasitas.
I N F L U Ê N C I A DAS PL A N T A S S Ô B R E O N Ú M E R O D O S
M I C R O R G A N I S M O S E A P R O D U Ç Ã O D E C O , (seg. N E L L E R )
CO Produzido
B actérias p o r 2
Reação do solo p o r kg de solo
P lanta gram a de solo pH
em m ilhões em 24 h a 20° C
em mg
K fZ O S F E K A E M f C O R K f Z A
Fungos B actérias PH
M IC O R R I Z A S
Eles somente desenvolvem bem em terras bem arejadas e fôfas, com ade
quada camada de humo ( R A Y N E R ) . N ão gostam de água estagnada.
SB "
I
de "
M IC R O R G A N ISM O S DO SO L O
CLASSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DOS MICRORGANISMOS ............ 49
IMPORTÂNCIA DA UMIDADE NO SOLO ............................................ 70
ELEM ENTOS NUTRITIVOS ..................................................................... 72
TEMPERATURA ............................................................................................ 73
O PODER-TAMPÃO DA TERRA ............................................................... 74
A REAÇÃO DO SOLO, O pH ................................................................... 75
INTENSIDADE DA VIDA BAC. E O RENDIM ENTO AGRÍCOLA.. 75
DISTRIBUIÇÃO DAS VARIEDADES DE MICRORGANISMOS . . . 76
ATIVIDADE DOS MICRORGANISMOS NO SOLO ........................... 78
FORMAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS ................................................ 78
FORMAÇÃO DE GÁS CARBÔNICO ........................................................ 79
FORMAÇÃO DE METANO ......................................................................... 82
O HUMO ........................................................................................................... 82
A HUMIFICAÇÃO .......................................................................................... 87
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ 88
CLASSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DOS M 1 C R 0 R G A N I S M 0 S DO SOLO 49
A: M I C R O F A U N A E M E S O F A U N A — 20%, D O S M I C R O R G A N I S M O S
D O SO L O seg. K Ü H N E L T .
I — PR O T O Z O Á R IO S
a) predatórios (amebas, flagelados, ciliados)
b) saprozoontes e micófagos (tecamebas)
II — V E R M E S (escoleddas e anelidas)
a) saprozoontes (nematóides, rotatórios, Oligochaela ou minhocas)
b) predatórios (turbelários, rotatórios, nematóides)
c) dtófagos, planositas e parasitas (espec. nematóides)
d) omnívoros (nematóides)
III — M OLUSCOS e A RTRÓ PO D ES
a) predatórios e citófagos (como ácaros, moluscos, pterigotos i. é.
percevejos, cupins, formigas, etc. e apterigotos)
b) coprófilos (especialmente pterigotos)
c) planositas (moluscos, pterigotos)
d) parasitas (ácaros, pterigotos)
B: M I C R O F L O R A — 80 % D O S M I C R O R G A N I S M O S D O SOLO
I — ALGAS (do solo) seg. W A K S M A N
a) Chlorophyceae (verde)
b) Myxophyceae (verde azulada)
c) Bacillariaceae (Diatomaceae) (parda, sem clorofila)
II — F U N G O S (com um «optimum» de pH entre 3,o a 5,5) seg. G A R R E T T
a) «de açúcar»: 1 — que vivem dos glicídios dos detritos
orgânicos,
2 — que vivem das excreções açucaradas das
raízes,
3 — micorrizas,
b) decompositores de celulose (ficomicetos e ascomicetos)
c) decompositores de lignina (basidiomicetos)
d) decompositores de humo (ascomicetos)
e) coprófilos (basidiomicetos)
f) parasitas ocasionais e fungos predatórios (ficomicetos)
g) parasitas obrigatórios (arquimicetos, ficomicetos, ascomicetos
e basidiomicetos, especialmente as espécies de fungos imper
feitos)
I I I — A C T I N O M I C E T O S — microrganismos autóctones (com um «optimum»
de pH entre 6,5 a 9,0) :
a) Estreptomicetos e micromonosporos — praticamente são aind a
fungos.
b) Actinomicetos, propriamente ditos.
c) N ocardias — praticamente são, já, bactérias.
50 C L A SSIFIC A Ç Ã O E C O L Ó G IC A DOS M IC R O R G A N IS M O S
C L A SSIFIC A Ç Ã O E C O L Ó G IC A
xôfre e ferro, como manganês, mas que até hoje foram tomadas por diferentes
bactérias, devido a diferentes processos de cxidação que executam.
O que interessa ao agricultor não é tanto a morfologia da micro e meso-
fauna, porém o seu modo de convivência.
NÚMERO DE MICRORGANISMOS
Dados aproximados de número e pêso de microrganis-
m os nos 15 cm superficiais da terra de cultura
rizópodes .....................
flagelados ..................... 1.500.000.000 370
ciliados .........................
5 — P A R A S IT A S ,
que entram no vegetal onde passam tôda sua vida.
a) Parasitas que vivem em simbiose com o vegetal (V U ILLEM IN e
LEG R A IN ).
b) Parasitas verdadeiros.
MICROFAUNA PREDATÓRIA
SAPROZOONTES
P A R A S IT A S
A M IC R O FL O R A
ALGAS:
FUNGOS:
I
8
fica, figurando aqui, especialmente, espécies que podem tornar-se parasitas ve
getais (vide riz osfe ra ).
C ham ou m uita atenção a descoberta da penicilina do fungo Penicillium
notatum, mas sabemos hoje que todos microrganismos são associativos com al
guns e antagônicos com outros. Os fungos se to rnaram famosos não só pela
produção de antibióticos e pelas análises biológicas do solo (Cunninghamella,
Aspergillus, e tc .) , mas também pelo seu parasitismo em vegetais. V ariam de
forma simples e microscópicas até formas gigantescas, especialmente basidio-
micetos, ou as formas grandes subterrâneas dos ascomicetos, por exemplo, as
trufas, etc. N a microfauna, a família morfológica dos fungos, não compre
ende espécies de mesmos costumes de vida, mas são justamente êstes costu
mes, que podem, às vêzes, esclarecer algo sôbre as razões do parasitismo fun-
giano. Fazem parte também da biocenose do solo sadio e fértil (Aspergillus
niger, Trichodermci lignorum, Fusarium, Rhizoctonia sp-, etc.), mas encontram
sua desenfreada multiplicação somente em solos mal arejados e ácidos, porque
aqui não sofrem o controle da micro e meso-fauna, nem de bactérias
(K Ü H N E L T ).
É, só aqui, que surge o perigo do parasitismo, porque um solo desfa
vorável p ara a maioria dos microrganismos, o será também para a maioria das
plantas de cultura.
Os fungos do solo pertencem quase todos a grupos que formam fila
mentos, com exceção dos mixomicetos cu fungos mucosos e alguns sacaromi-
cetos. A maioria dos fungos do solo são heterótrofos, mas há também espécies
que podem usar ácidos orgânicos, nitratos, amôma, carboidratos simples, celu
lose e lignina.
Existem alguns que necessitam estimulantes de crescimento, e dependem
por isso tanto da outra microflora, como de excreções radiculares. Finalm ente,
há fungos que somente podem viver em raízes ( Mycorrhizas) ou como parasi
tas de outros microrganismos, por exemplo, de nematóides (R U S S E L L ).
Os fungos saprófitas são capazes de sintetizar 30 a 50% de C de sua
alimentação p ara substâncias celulares, ( W A K S M A N ) o que é mais do que as
bactérias podem fazer, mas necessitam por isso, também, muito mais N, que
êles tiram dos minerais, como ortoclásio ou feldspato (M Ü L L E R e F O R S
T E R ) . Sintetizam substâncias húmicas em hum inas e huminoácidos, contri
buindo assim, eficazmente, à humificação da matéria orgânica. Q uase todos
crescem, somente em solos bem arejados, mas podem desenvolver em camadas
mal arejadas de solos decaídos, enormes quantidades de filamentos. ( J E N S E N ) .
O pH do solo baixa na medida que o fungo cresce ( M Ü L L E R ) .
Assim, os fungos são capazes de se desenvolver bem em solos decaídos
onde, por falta de concorrência da microflora e fauna, predominam.
F U N G O S P A R A S IT A S E P R E D A T Ó R I O S
A C T IN O M IC E T O S:
rtifas
ascógenas
v . x Ooponio
j y anterídio
'< T \ Formación Uj
de u/tci" Q
s<F->
T Ascosporas
Cdpufa
x
O/Ws/d* Q
wterotfpica
homeotípica
pode ser conservada em terras de cultura, o que aliás também já foi observado
por W I N O G R A D S K Y q u a nd o criou o têrmo «zimogênico» para os microrga-
nismos de solos cultivados. Èles têm a particularidade de crescer sempre em
flocos ( W A K S M A N ) o que provoca, provavelmente, também a floculação do
solo ( R A N G A S W A M I ) . Êles m ud a m a forma, côr e exigências não sòmeníe
pela modificação do ambiente mas também sob condições muito semelhantes.
Até podem perder a propriedade de formar micélios ( W A K S M A N ) .
B A C T É R IA S :
100 000.000
% d e u m id a d e no solo
50 000 000 40 30°
II IV V VI VII VIII IX X XI XI I
68 G R U P O S D E B A C T É R IA S N O S O L O
T erra de cu ltu ra
fértil ..................... 12.275.000 11.407.000 105.000
T erra de h o rta
bem estru m ad a . 37.000.000 34.300.000 47.700
T erra de m ato
n a tu ra l ................. 452.000 429.000 12.000
TERRA DE 2,5 10 20 30 50 75
10
8 B A C T É R I A S A E R Ó B I A S E M T E R R A DE :
In v e r n a d o ------------------- -------------------------
7 H o rto
6 BACTÉRIAS A N A E R O B IA S EM T E R R A DE
Floresta p o l í f i t o ...........................................................
A I M P O R T Â N C I A D A U M ID A D E DO SOLO
I volume
ELEM ENTOS N U T R IT IV O S
2 2.227.000 2.227.000
6 3.700.000 6.000.000
13 6.540.000 13.600.000
20 6.750.000 11.690.000
28 7.770.000 24.200.000
33 3.630.000 6.330.000
90 3.800.000 7.850.000
A T E M P E R A T U R A 73
TEMPERATURA
D E C O M PO SIÇ Ã O
Tab. 6 -
N um a te m p e ra tu ra
F arin h a de osso Uréia Quelatos azotados
de
O P O D E R -T A M P Ã O DA T E R R A
Depende:
— do teor em humo,
1
A R E A Ç Ã O D O SO L O , O pH
R E N D IM E N T O A G R ÍC O L A
clima clima
planta
raizes
e s t r u t u r a da te rra
pH - n u t r i e n t e s
Microvida
D f S T R I B D f Ç Ã O DAS V A R I E D A D E S D E M I C R O R G A N I S M O S
1 — Os da decomposição de carboidratos:
Ácidos orgânicos
a) desassimilação ............................ Gás carbônico
Gases de H 2 e C H 4
b) humificação
c) decomposição de substâncias húmicas.
Os da transformação de nitrogênio:
nitrificação
a) formação de nitratos
formação de NFÇ
desnitrificação
b) redução de nitratos assimilação de N H 4
desam inação hidrolítica.
A D E C O M P O S I Ç Ã O DE C A R B O ID R A T O S
Desassimilação:
N a assimilação, o vegetal forma carboidratos, de gás carbônico ( C 0 2),
água ( H 2 0 ) , oxigênio e energia solar (luz e c a lo r) . N a desassimilação encon
tramos o inverso dêste processo. Os carboidratos orgânicos são, de nôvo, mi-
neralizados.
a) F O R M A Ç Ã O DE Á C ID O S O R G Â N I C O S
b) F O R M A Ç Ã O D E GÁS C A R B Ô N I C O
I
* > .* 4
- -
Mra.-
.
c) F O R M A Ç Ã O DE M E T A N O E H I D R O G Ê N I O :
H U M O
Q u o n t o m o is f o r te o v e g e ta ç ã o
t o n t o m e lh o r o e n r o iz o m e n t o d o s o lo
t o n t o m e lh o r o n u t r i ç ã o d o s
m ic r o r g o m s m o s d o so lo
M ic r o f lo r o
t a n t o m e lh o r e t o n t o m o is in te n s iv o
t o n t o m o is in te n s iv o o fo r m o ç á o
d e h u m o e t o n t o m a is f o r te o
s o l te a m e n t o d o c h ã o
A R E S P IR A Ç Ã O o c o n s tru ç ã o
d o s o lo v iv o d o s g r â
n u lo s d o so lo
t o n t o m o is in te n s iv o
o m o b iliz a ç ã o o a s s i m i la ç ã o
d e C 0 2 p e lo
v e g e to l
C á lc io c o lo id o l
c o m o N U T R IE N T E S
v e g e ta is
t o n t o m e lh o r o a b a s t e c i m e n t o d a p l a n t o
e s tá v e is o s A G R E G A T O S d o N U T R IE N T E S E G Á S C A R B O N IC O
t o n t o m e lh o r o EOF ICE
d o solo
T o n to m a i s e q u i l i b r a d o e t o n t o m e lh o r
a U M ID A D E e o A R E J A M E N T O d o s o lo
co,
H-dra?v5> de Corbànto
Carbono ............................................................ 58 3%
Nitrogênio .......................................................... 5,9%
Oxigênio ............................................................. 31,2%
Hidrogênio ......................................................... 4 ,5%
H U M IFIC A Ç Ã O
da, podendo sintetizar a luz solar pela clorofila, não tom am parte n a decom
posição húmica, que é realizada, porém, por grande q ua ntida de de micro-
animais, como flagelados, rizópodes, ciliados, rotatórios, moluscos e nematói-
des. Os mais importantes animais nestes processos são as minhocas, que logo
iniciam a m istura da matéria orgânica com o solo, a um e n ta n do e até possibi
litando a atividade da microflora ( K Ü H N E L T ) .
L Y F O R D constatou que a m icrofauna prefere as fôlhas com um teor
em cálcio de 1 ,8 8 %, enquanto as fôlhas pobres em cálcio, pràticamente, não
são tocadas. Em solos ccm água estagnada, especialmente em gleis, existe uma
inibição da decomposição e m istura da fase orgânica com a mineral, pela m i
crofauna ( F O U R M A N ) .
Geralmente, a microfauna não promove somente a m istura da m atéria
orgânica com o solo, mas também cuida da distribuição da microflora, que
carrega em suas tripas, a outros lugares ( W E R N E R ) .
Em terras ácidas, que não permitem um normal desenvolvimento da
micro e mesofauna, o hum o acumula-se, em razão disso, na superfície do solo
dos pastos e florestas, sem ser m isturado com a fase m inerálica ( F R A N Z
G L IN K A ) .
Isso provoca a gradativa gleização dos solos, que finalmente, term ina
na formação de pântanos. G rande parte dos solos do Rio G ran de do Sul en
contram-se em avançado estado de paludização, justamente por falta de micro
fauna nos seus solos decadentes, de pastos permanentes, que, sem métodos es
peciais, não podem ser recuperados.
B IB L IO G R A FIA
F O N T E S D E N IT R O G Ê N IO NO S O L O
!
FONTES DE N I TR O GÊ N IO NO SOLO 95
F O N T E S DE N IT R O G Ê N IO N O SOLO
L
v.
II — por simbiontes,
I I I — pela alga verde-azulada
96 TRANSFORM AÇÃO DE NITROGÊNIO
T R A N S F O R M A Ç Ã O DE N I T R O G Ê N I O
(W A K SM A N ).
.
PROTEÍNA
I
PEPTONA
V
POLIPEPTIDOS
A FO R M A Ç Ã O DE A M O N ÍA C O
I rol eus vuigaris pode m udar a sua forma conforme o ambiente onde se
encontra Não forma esporos, é m uito ágil, bastonetes de
de 1 . 6 a l . / p É o típico bacilo de putrefação
Bactérias anaeróbias
Por outro lado, foi ap urad o que as bactérias que não podem formar es
poros, são bem mais ativas n a decomposição de proteínas do que as que for-
____________________________ N I T R I F I C A Ç ÃO 99
mam esporos. Assim o Bac. cereus é o mais ativo no primeiro grau da hidró-
lise da decomposição das proteínas. T am bém os fungos são vigorosos decom-
positores de proteínas, varian do a sua eficiência segundo a raça.
Fungos:
Aspergillus aericola,
Cephalothecum roscum,
Penicillum ucaulium, («arsen fungi»)
Botritis,
Moniliaceas, (crescendo em círculos)
Micodermes,
Oosporas, etc.
A N IT R IF IC A Ç Ã O
1 — a formação de nitritos
2 — a nitriíicação
(S C H L Ö S I N G . W A R I N G T O N . W I N O G R A D S K Y ) .
F O R M A Ç Ã O DE N I T R I T O S
b
Fig. 35 — H eterocistos
Os microrganismos mais ocupados com o processo da nitrificação são
as Nitrobacter: ( W I N O G R A D S K Y ) .
102 F O R M A Ç A O DE N I T R A T O S
F O R M A Ç Ã O DE N I T R A T O S
R E S Í D U O S DE C O L H E IT A
A D U B A Ç Ã O V ERD E:
F I X A Ç Ã O DE N I T R O G Ê N I O P O R M I C R O R G A N I S M O S NÃ O
S IM B I O N T E S :
A F I X A Ç Ã O DE N I T R O G Ê N I O P O R B A C T É R IA S S I M B I O N T E S
(Bactérias noduladoras)
Unbanded
PR O C ESSO DE NODULAÇÃO
PL A N T A Aumento em % de nitrogênio
em forma de átomos normais
Assim, por exemplo, êles morrem sempre que a planta anual co-
mece a florescer, ou se a planta é ceifada ou pastada; o pastoreio permanente
acaba com tôdas as ervas, que se m ultiplicam por sementes e que são primeiro
as gramíneas de porte alto e depois, também, as leguminosas (K L A P P ) .
Os bacteriófagos atacam sempre um a determ inada raça de bactérias no-
duladoras sòmente, e causam, portanto, em culturas contínuas de leguminosas,
o cansaço da terra para com esta cultura (A L L E N ). No entanto, isso depende]
por sua vez, da robustez da própria plan ta hospedeira que, quando é boa for
necedora de cárboidratos, pode fazer resistir as bactérias noduladoras por m ui
to tempo aos ataques de bacteriófagos.
K L E C Z K O W S K A encontrou, em todos os solos, bacteriófagos para as
Rhizobacter, mas constatou que sòmente em poucos casos êstes as prejudicaram.
Foi possível «curar» um solo do seu «cansaço» para com certa legumi-
nosa, isto é, evitar um ataque prejudicial dos bacteriófagos, mas não foi pos
sível exterminá-los. Isso mostra, claramente, que a existência de um fago de
R hi z ob i um não significa, ainda, prejuízos à cultura.
O prejuízo ocorre, sòmente qu and o as plantas hospedeiras das R h i z o
bacter são enfraquecidas por condições adversas (solos pobres, pouco arejados,
com pouca microvida a e r ó b ia ) , não podendo proteger as suas Rhizobacter do
ataque dos fagos que vivem em m uitas delas. Sabe-se que os fagos só se m u l
tiplicam dentro da bactéria viva ( R U S S E L L ) , sem prejudicar a mesma, e sò
mente lisa a bactéria q uando esta é mal nutrida.
Como K A T Z N E L S O N , tam bém S T A R K E Y mostra, que as R hi zo bi um
tornam-se fàcilmente resistentes a fagos, porém, neste caso, m udam tão com
pletamente que se convertem de raças inefetivas em efetivas (D E M O L O N ).
Sabemos que a insolação, geralmente, aum enta a assimilação de gás car
bônico. Porém, existem também plantas, como, por exemplo, a soja, que pre
ferem dias com pouca intensidade de luz.
P lantas novas de leguminosas m ostram «fome», em terras pobres em
nitrogênio mineral.
Isto, também está ligado à relação C : N, mas n ão está ainda, bem
esclarecido. Sabemos sòmente, que a leg-hemoglobina existente nos nódulos,
tem relação com a fixação de nitrogênio e atua no sistema" redutório.
B IB L IO G R A FIA
■ - .#
;; , ?
CAPÍTULO IV
O U T R A S F O N T E S D E N IT R O G Ê N IO
P A R A O S M IC R O R G A N IS M O S
U R É IA
c 0 + 2 H, 0 — » (N H.), C O,
\ NH
O processo é exotérmico. O carbonato de amônio é pouco resistente e se
cinde quase imediatamente em
( N H J . C O , -----> C 0 2 + 2 N H3 + H 20
Os micróbios que decompõem a uréia, resumimos no grupo de Urobac~
ter. Mas, alguns destes não podem utilizar a uréia como fonte de energia. N e
cessitam ao mesmo tempo um a fonte de carboidratos orgânicos. N a hidrólise,
o carbono é liberado como gás carbônico ( C 0 2 ).
A absorção do carbono como C O , exige, porém, um a grande quantidade,
de energia. (W A K S M A N , Z E I L I N G E R ) .
A D E C O M P O S I Ç Ã O DE Á C I D O Ú R I C O E Á C I D O H I P Ú R I C O
NH - CC
iN H.
CO C - N K
I II CO * o * M, 0 C O , ‘ CO (V -
NH ♦ C - N K
I 1
N h - Ç H - N M
co
ceto-ácido úrico alantoína
D E C O M PO SIÇ Õ E S
/N H , C O H
C = O e
\ N H, C O O H
uréia ácido glioxílico
118 DECOMPOSIÇÃO DA URÉIA
( c* H ; } — C O — NM — C H j - C O O U ♦ —
ácido hipúrico
) C 0 0 H «■ N H j C H . C O O H *
♦ Ha + 20a
-------------- NH, ♦ C H , COOH » ZH. O »zCOi
NH — CO
N Hi “ C C - N H x 2H1 0 / N H l
C A L C I O C I A N A M I D A ( C a C N ,)
C a N C N + 2 EÇO --------> C a ( O H ) , + N H Ç C N
cálcio-cianamida cianam ida
hi
N HaCN + H zO ■— ►C O -r-+ C N h ^ j l C O , — ► CO,* 2 N H , ‘ H , 0
Neste processo de redução dos nitratos podem ser formados tanto com
postos orgânicos Como inorgânicos. O solo não é necessàriamente saturado de
REDUÇÃO DE NITRATOS 121
Aspergillus glaucus
Aspergillus niger
Mucor racemosum
Serralia marcescens
Serratia rosea (Bact. myxoi des)
Flavobacter dif us u m
Flavobacter denitrificans
Escherichia coli
Celulomonas biacotea
Celulomonas rossica
Celulomonas aurogenes
Streptomyces cellulosae
Streptomyces parvus, Str. diastaticus, Str. griseus (que produz
«estreptom icina»), Str. scabies (sa rn a da b a ta tin h a )
Aerobacter aerogenes
Clostridium anaerobium
Actinomyces (Z E IL IN G E R ).
C O M P O S T O S DE A M O N Í A C O E A M ID A S
D E S N IT R IF IC A Ç Ã O
1 — Desnitrificação.
2 — Dissociação de N na decomposição de m atérias orgânicas.
124 A DESNITRIFICAÇÂO DIRETA
B IB L IO G R A F IA
T R A N S F O R M A Ç Ã O DE S U B S T Â N C I A S
M IN E R A IS N O S O L O P O R
M IC R O R G A N IS M O S
N I T R O G Ê N I O , já foi tratado. ,
ENXOFRE
Sabemos hoje, que um a safra absorve muito mais enxofre que antig a
mente imaginávamos, e verificamos um a depleção do solo em enxôfre tendo
influência desfavorável sôbre as colheitas. A perda a n u a l de enxôfre por dre
nagem e safras está na casa dos 44 kg/hectare, sendo maior em terras com ca-
lagens. (W A K S M A N , M A L A V O L T A ).
O teor de enxôfre varia nas plantas entre 0 , 0 1 % na palha de centeio,
até 1 % nas fôlhas de nabo.
A T R A N S F O R M A Ç Ã O DE S U B S T Â N C I A S M I N E R A I S 331
NO SOLO FOR M IC R O R G A N IS M O S
1) 2 H, S + O , ---------> 2 H, O + S,
Êste ocorre, som ente sob condições anaeróbias e em presença de m atéria orgâ
nica. O gás sulfídrico, produzido nesta redução, é característico às terras e n
charcadas ou pan tanosas. N a presença de ferro, produz-se o escuro sulfito de
ferro, d a n d o a côr característica pa rdo-a z ulada às terras pantanosas, ricas em
m atéria orgânica ( W A K S M A N ) .
FÓSFORO
PO TÁ SSIO
Na : É norm alm ente pouco usado pelos microrganismos, sendo somente ne
cessário p a ra as bactérias halófilas, fluorescentes, que existem em terras
salinas. M uitas bactérias, especialmente as que podem formar esporos,
são «halotolerantes», quer dizer, toleiam sal. O sódio não pode ser subs
tituído n a vida das bactérias halófilas.
Ca : Parece não ser necessário como nutriente microbiano, mas sim, como
an tago nista de cutros íons em excesso.
FERRO
O U TRO S N U T R IE N T E S IN O R G Â N IC O S
O X IG Ê N IO
B IB L IO G R A FIA
A M IC R O V ID A E A S A T IV ID A D E S
A G R ÍC O L A S
300 A
56 f o l h a s
-k
c
200 H ft
31 f o l h a s
-sE
100 J
13 f ó l h a s
100
- 200
J3 0 0
Fig. 46 — D esenvolvim ento do girassol: a p a rte vegetal acom panha o
desenvolvim ento radicular.
144 A R A I Z VEGETAL E A FOFICE
'- V ,
A T IV ID A D E S Q U E IN F L U E N C IA M A V ID A M IC R O B IA N A NA T E R R A
IN F L U Ê N C IA S IN D IR E T A S :
1 — aração, gradeação e cultivação,
2 — adubação orgânica,
3 — adubação quím ica e calagem,
4 — uso da terra.
1 — A A R A Ç Ã O provoca tanto um solteamento do solo, como um a modificação
da posição das cam adas da terra. A terra está melhor arejada, a sua ca
pacidade de infiltração aum enta, enq u a n to a da evaporação dim inui. Ao
mesmo tempo, ocorre um a nivelação da tem peratura, porque a água possui
um alto grau de calor específico. Pelo arejam ento do solo incentivam-se
os processos de oxidação, quer dizer, aum e n ta a formação de C 0 2 e N O T
P o r outro lado, dificultam-se os processos anaeróbios no solo, que, via de
regra, têm influência danosa. Assim, impede-se a formação de turfa e a
desnitrificação e redução dos nitratos.
148 OS TRABALHOS NO CAMPO E A FERTILIDADE
TA BELA DE B R IA U X
4 — 0 U S O DA T E R R A
4 — Rotações mistas são aquelas que hoje mais se propagam, porque se re
conheceu a vantagem de recuperar, de vez em quando, a microvida
autóctone, a fim de «descansar» o solo antes de submetê-lo a nôvo regime
rigoroso da microvida zimogênica e de elevada produção.
I N F L U Ê N C I A S D IR E T A S S Ô B R E OS M I C R O R G A N I S M O S
1) fisicamente,
2) quimicamente,
3) biologicamente.
MÉTODOS FÍSIC O S
M ÉTODOS Q U ÍM IC O S
carbono, etc. ( Z E I L I N G E R ) .
BLISS constatou que, por exemplo, dissulfito de carbono m ata muitos *
fungos que se desenvolveram em um solo decaído, mas beneficia de tal m a
neira o Trichoderma viride que se torna, por muitos meses, o microrganismo j
dominante no solo.
M É T O D O S B IO L Ó G IC O S
Estrume:
V inhaça :
B IB L IO G R A FIA
OS PA T Ó G E N O S NO SOLO
CON TA G EM IN D IV ID U A L
% • I
168 CONTAGEM DE BAC TÉRIAS
C O N T A G E M EM C O L Ô N I A S C O N T A G E M EM L IST A S
1 — E N D O G E N AS O U B A C T É R IA S O B R IG A T Ó R IA S
©
Fig. 56 — Streptococcus mesenterioides
Aos rum inantes e também aos outros anim ais falta um a enzi
ma que dissolve a celulose. Por isso os anim ais podem aproveitar so
mente os produtos que as bactérias lhes fornecem.
2 — E C T Ó G E N A S O U B A C T É R IA S F A C U L T A T IV A S
P A T Ó G E N O S E SEUS A N T A G O N I S T A S N O SO L O
P A T Ó G E N O S V E G E T A IS
Antes de tratarm os dos patógenos convém lem brar alguns pontos deci
sivos:
São cada vez mais freqüentes, no entanto, os autores que culpam as de
ficiências minerais por possibilitar os ataques de fungos e microrganismos. 1
Assim, por exemplo, as Pseudomonas, também chamadas Phytornonas (H A N - 1
T S C H K E ) . que atacam o fumo, o feijão, a macieira, etc., estão ligadas a de- J
ficiências minerais, como no «Wild fire desease» do fumo, possibilitado pela
deficiência de potássio (B O R T E L S , W I L L F A R T H , M c M U R T R E Y ) . G E R -
LACH descreve a traqueomiccse de diversas plantas, aparentem ente provocada
por fusários, como a Rhizoctonia solani, coincidindo com os sintomas das «veias !
marrons» da deficiência de cálcio, descritos por BU SSLER.
A infecção de vegetais pela microflora e fauna não ocorre :
1 — Se a terra fôr fértil, quer dizer, se existir um perfeito equilíbrio J
microbiano ( G L A T H E ) .
um s é n o md e “ n o ^ Pr: r S A N e2 r a
P A T Ó G E N O S V E G E T A IS E O SEU C O M B A T E
M É T O D O S E F IC A Z E S DE C O N T R O L E DO S P A R A SIT A S
mm: .
l£ Â 11
CAPÍTULO Víll
A FO R M A Ç Ã O DO E ST R U M E
O estrum e consiste:
a) nos resíduos alim entares transform ados no intestino anim al que são
as fezes,
b) na liteira ou cama do anim al,
c) na urin a, com a q ual a cama foi embebida.
U R IN A :
FEZES:
CA M A O U L IT E IR A :
ESTRUME QUENTE:
ESTRUM E FR IO :
O estrume de vaca tende a ser «frio», mas menos do que o dos porcos,
porque contém, ao lado de bastante água, m uitas substâncias fàcilmente de-
ccmponíveis.
Em muitos sistemas de produção de estrume fermenta-se urina, em se
parado, p ara chorume, porque se quer evitar um a fermentação fria do estrume.
O estrume fresco não está em condições de ser aplicado ao solo, porque
está ainda sujeito a profundas alterações, nas quais se perde até 1/3 de sua
substância.
O D E SEN V O LV IM EN TO DOS M IC R O R G A N IS M O S :
OS P R O C E S S O S DA F O R M A Ç Ã O DE E S T R U M E (seg. Z E I L I N G E R ) :
FO R M A Ç Ã O DE Á C ID O S O R G Â N IC O S PO R M IC R O R G A N IS M O S
N O E S T R U M E E C H O R U M E (pela oxidação, redução e s ín te s e ) .
A F O R M A Ç Ã O DE GASES
O s gases provém de sub stâ nc ia s nitro g e n a d a s e tam bém de compostos
anitrcgênicos. N a s cam a d a s aeróbias d a e stru m e ira forma-se, especialmente,
C O ?, e n q u a n to nas a naeró bias, internas, ocorre a form ação de H , e C H 4. A
form ação de C O (m onó xido de carbono) e H ? S (gás sulfídrico) ocorre, so
mente, em q u a n tid a d e s m ín im a s. De ligações n itro ge na d a s, dissociam -se azôto
ele m e n ta r e óxidos nitrogênicos inferiores. C a so a e s tru m e ira n ã o seja a d e q u a
d a m e n te feita, ocorrem ferm entações p a lú dic a s nas cam a d a s inferiores, for
m a n d o em m aiores q u a n tid a d e s C H e ácido butírico que, finalm ente, tam b ém
se cinde em C H 4 , Hs e C O p.
A fo rm ação de C 0 2 pode acontecer até 75" C. A form ação a n a e ró b ia
de C H j é e xclu sivam en te m o tiv a d a po r m icro rgan ism o s e te rm in a em 55" a
60" C. V ia d e regra, form a-se C H 4 de celulose, pentose, graxas, ácido láctico,
sais, açúcares, a m id a s e proteínas. F o rm a -s e H 2, geralm en te de pectinas,
a m idas, açúcares e p ro te ín a s e, em escala m ín im a , de celulose.
F E R M E N T A Ç Ã O Q U E N T E O U P R O D U Ç Ã O D E «E S T R U M E N O B R E »
(«E D E L M IS T » ) (seg. K R A N T Z )
GAS
CHORUME
7717771777177777777
O H g , norm alm ente, não se volatiliza, mas é absorvido. É utilizado
para a hidrólise biológica, que form a geralm ente m etano. A dissim ilação com
pleta ocorre, porém , som ente por interm édio de m icróbios no solo. Conform e
as condições existentes o estrum e se aquece. Assim, o aum ento de tem p era
tura pode oscilar m uito. O estrum e, soltam ente depositado, aquece m ais rápido
que o estrum e socado. As cam adas superiores aquecem m ais do que as inferio
res. Q u er dizer, o aquecim ento depende do oxigênio disponível ou sim plesm en
te das condições aeróbias.
Segundo pesquisas de D É H É R A IN em 1884, as cam adas inferiores
apresentam som ente um a tem p eratu ra de 55" C, en q u an to as superiores osten
tam 65" a 68" C. A tem p eratu ra torna a b aix ar depois do m áxim o de ferm en
tação. U m estrum e «m aduro» tem ain d a de 28" a 35"C. E sta é pràticam ente
o «optimum » p ara os bacilos butíricos,
FERM EN TA ÇÃO Q U EN TE DE K RA N TZ
D eposita-se o estrum e bem sôlto d u ra n te 4 dias. Isso provoca um a u
m ento de tem p eratu ra de até 60 a 72"C. Após o quarto dia, o estrum e é bem
pisado e socado, m antendo-se assim a tem p eratu ra em volta de 55" a 609 C.
N esta porção de estêrco, que tem m ais ou m enos 40 a 50 centím etros de a ltu
ra, deposita-se agora, sem pre do mesmo modo, m ais estrum e, até a tin g ir a al
tu ra de q u atro m etros (K R A N T Z ).
A m anutenção da tem p eratu ra alta provoca um a hum ificação m aior, re
T R A N S F OR MAÇÕES NO ESTRUME 191
d u zindo assim as perdas. A ferm entação deve ser com pletam ente anaeróbia.
O au to -aq u ecim en to da estru m eira é provocado por oxidação m icrobiana.
T ra ta d o errad am en te, o estrum e não atinge tem p eratu ras m aiores do que 45°C.
Som ente atin g e + 70" C q u a n d o o su b strato de fezes e palha fôr, relati
vam ente, sêco. N estes estercos en contram -se, especialm ente, as bactérias ter-
m ófilas, como Bac. subtilis, Bac. mesentericus e Bac. term ofilus grigoni. O
processo d u ra de 5 a 6 m eses e fornece um p ro d u to neutro, com pletam ente hu-
m ificado e q u ase inodoro.
A T R A N S F O R M A Ç Ã O D E N IT R O G Ê N IO N O E S T R U M E :
CO ch2
I < 25> - CO - C l4 N H —COOH
NH N - C H j ácido hipúrico
c c re a tin in a
II
A N I T R I F IC A Ç Ã O N O E S T R U M E D E P O S IT A D O :
Êste processo é insignificante, porque som ente nas cam adas superficiais
existem condições aeróbias. Porém , nestas cam adas, a nitrificação é im pedida
pela insolação e pela sêca. C aso h aja um aum ento de nitrogênio, êste é provo
cado pela Azoiobacter. P o r outro lado, existem grandes perdas em su b stâ n
cias sêcas e nitrogênio. O am ônio, ou am inoácidos form ados, entram em reação
com o ácido nitro so (H N O ? ), liberando nitrogênio. M esmo o am ônio, ligado
pelos m icrorganism os, pode ser liberado.
Os m icrorganism os são diretam ente responsáveis pelas perdas de n itro
gênio, pela d esnitrificação ou oxidação de am ônio.
D É H É R A IN descobriu que, sob condições aeróbias, ambos os processos
tom am vulto. As perdas de nitrogênio, em condições aeróbias, são de 3 8 % , em
vista dos 19% em condições anaeróbias. Em presença de carboidratos, a des
nitrificação pode cau sar grandes perdas. E specialm ente a bactéria Flavobacte-
rium denitrificans reduz o N O g, m as outras reduzem tam bém o N O j .
N a desnitrificação direta form a-se som ente nitrogênio livre. N a in d i
reta form am -se tam bém gases, como N ? O, C O ,, H , etc. Esta dem ora algum as
sem anas, aquela som ente alguns dias. O «optimum» de tem peratura na d esni
trificação indireta é entre 27° a 40" C S uporta ventilação, enquanto a direta
não a suporta. A oxidação de am ônio é feita em presença de m icrorganism os
que podem liberar nitrogênio elem entar (Z E IL IN G E R ).
V ários m icrorganism os oxidam tam bém N E T , como Proteus vulgaris e
Escherichia coli.
AS P E R D A S S U B S T A N C IA IS N O E S T R U M E DE C U R R A L :
A T R A N S F O R M A Ç Ã O DAS SU B S T Â N C IA S M IN E R A IS N O E S T R U M E :
0 estrum e bem tra ta d o é um adubo com pleto. G eralm ente, porém , não
é bem tratad o , sendo som ente um a fonte de carbono para os m icrorganism os.
O s efeitos pouco benéficos e até prejudiciais que aparecem às vêzes, logo depois
de um a ad u b ação o rgânica, provém dêsse fato. O valor dêsse adubo é som en
te igual ao v alo r da p alh a ou do bagaço que incorporam os, havendo necessida
de de aju n ta rm o s sem pre salitre p a ra c o n trab alan çar a fome das bactérias. É,
po rtan to , da m aior im po rtân cia o tratam en to adeq uado do estêrco, porque um
estrum e m al tra ta d o n ão é som ente pobre em sub stâncias m inerais, m as, tam
bém , rico em sem entes de ervas d an in h a s, que infestam as terras com êle a d u
badas.
RESU M O
Todos os trabalhos no cam po devem ser feitos, especialm ente, com vista
a M A N U T E N Ç Ã O D E U M A M IC R O V ID A R IC A E P O L IF O R M E e só, em
segundo lugar, tendo em vista a p rópria cultura, porque se a m icrovida é fa
vorável, o solo é fértil e a cu ltu ra se aproveita disso. O único serviço feito no
campo, tendo em vista a cultura, é a adubação quím ica. Os dem ais trabalhos de
vem ser feitos em benefício da m icrovida que, por sua vez, beneficia a cultura.
P O D E H A V E R U M A B IO C E N O S E S A D IA SEM C U L T U R A S A G R ÍC O L A S ,
MAS N Ã O HÁ C U L T U R A S A G R ÍC O L A S S A D IA S SEM U M A B IO C E N O
SE E Q U IL IB R A D A .
Z U S A M M E N F A S S U N G :
A uslese d u rch das Vieh, die B ildung einer neuen Pflanzengesellschaft und m it
ihr einer an d eren B odenflora entsteht.
Besondere B eachtung verdienen in diesem R ahm en die Pathogene, deren
erschreckende Z un ah m e die L andw irtschaft im m er risk an ter m acht u n d die
durch chem ische Spritzm ittel n u r kurz oder garn icht bekäm pfbar sind D ie
m eisten Pilze u n d B akterien besitzen die F ähigkeit, nach einer kurzen A npas-
sungszseit, die F ungicide u n d B aktericide als N a h ru n g sg ru n d lag e zu verw enden.
Zwei U rsachen des K rank h eitsb efalles u nserer K u ltu rp flan z en w erden erkenn"
tlich:
D ie sogen an n ten «G elegenheitspathogene», wie Pseudomonas, Rhizoctonia,
usw ., die n u r d a n n die K u ltu re n befallen, w enn die ökologischen V erhältnisse
ihr unbeschränktes W ach stu m erlauben, d . h . w enn alle sie kontrollierenden
M ikroorganism en keine L ebensm öglichkeit m ehr finden, und die Pflanze an
einem bestim m ten N äh rsto ffm an g el leidet. D ie «w ahren Pathogene», wie, zum
Beispiel, Puccinia gram inis tritici, die an W irtsp flan z en gebunden sind, die
aber ihre W^irte auch n u r d a n n befallen, w enn diese an einem bestim m ten
N ährstoffm an g el leiden u n d um ih r Ü berleben zu käm pfen haben.
D arau s d arf geschlossen w erden, dass m eistens bei Befall durch P fla n
ze n k ran k h eiten sow ohl das biologische G leichgew icht im Boden gestört sein, als
auch die P flan ze selbst ein gestörtes N äh rsto ffv erh ältn is besitzen m uss.
D ie grosse B edeutung des S tallm istes in der G esu n d erh altu n g von Boden
u n d K u ltu re n liegt in seiner E igenschaft als B akterienfutter, wobei allerdings
seine kolloidalen E igenschaften n icht vergessen w erden dürfen. A llerdings ist
die zusätzliche M in erald ü n g u n g bei u n seren H o ch leistungskulturen unerlässlich.
Es ist m öglich über die synthetische B etrachtung der Lebensgem einschaft
des Bodens die G ru n d lag e der tatsäch lich en B o d enfruchtbarkeit zu finden und
die m oderne L an d w irtsch aft in tensiv, jedoch m it geringem R isiko zu betreiben,
da die N iedersch lag ssch w an k u n g en w eitgehend d u rch den biologisch equilibrier-
ten Boden abg ep u ffert w erden u n d die H a n d elsd ü n g er nach dem Gesetz : «je
besser die G are, um so grösser die W irk u n g » reagieren.
Eine intensive L an d w irtsch aft ist ohne genaue K en n tn isse der Lebens
gem einschaft des Bodens n icht m öglich.
SUMMARY
m ust be understood all m ethods w hich d istu rb the soil equilibrium , such as a
N P K dressing w ithout consideration of other n u trie n t deficiencies; a pH corec-
tion by lim ing w ithout thinking of soil life and the processes of exchange and
sorption; m echanical tritu ra tio n of big soil clods, caused by biological deca
dence, still forcing to produce the highly decadent and biological sick soil,
provoking thus the com plete break-dow n of its productive strength.
F in ally we m ay include the irrig atio n of soils w ith deficient retention
power, caused by biological decadence. All these m ethods pretend only to
explore the soil, as m uch as possible, w ithout thinking of the consequences
w hich are: erosion, in u n d atio n and draughts.
O n the contrary w ith these m anaging m ethods, are the biological con
siderations w hich tries to take care of the soil w ithout thinking, in the first
line, of p lan t production. An exact ploughing deep, m an u rin g w ith organic
m atter, com m ercial dressing considering all deficient n u trien ts, rotations, which
give the soil a chance to recuperate, a. s. o. are essential to a conservative soil
m anagem ent. All care dispensed to the soil will give, autom atically, high crops.
C rop production is not considered as an isolated factor but as a consequence
of soil sanity.
The basis of soil fertility is, w ithout any doubt, the organic m atter,
which in its hum ic form reaches the highest efficiency as a coloidal com ponent
of soil. N evertheless, the chemical, physical an d biological properties of hum us
change w ith the soil and its different life. H um us is the subsistance of the
Saprophytic m icroflora and fau n a and thus, contributes definitively to the
mellow ness of tilth and CO production, both factors w hich im prove crops.
The inorganic p la n t n u trien ts suffer fundam ental transform ations by the m icro
organism s and, its assim ilability, but chiefly its utilization in the plan t depends
on these transform ations.
SUMMARY 205
The im portance of the m ellow ness of tilth is essential for the develop-
m ent of p la n t roots b u t also for the efficiency of com m ercial fertilizers, w hich
epends on the developm ent of roots as well as on their easy assim ilability.
c o Z e S drestsi0„gCrOP $ " *° indicate ,he resPonse and effid™=y °f
All farm in g technics should be proved relative to its reaction on the
biocenosis soil-p lan t-m icro o rg an ism . T he efficience of all physical or chem ical
m ethods of pest control as b u rn in g , h eating the soil, the use of herbicides
fungicides an d bactericides, never m ay have a prolonged effect w hen allow ed
the co n tin u atio n of the existing ecological conditions, w hich have provoked
and alw ays will provoke again, the ap p earan ce of these u n p lea sa n t p lan ts and
m ici o ues.
E specially the weeds of n a tu ra l p astu res are typical for a desfavourable
eco ogical developm ent. H ere, in consequence cf the exhaustion in nutrien ts,
t e ard en in g of the top soil a n d the negative selection by cattle, a different
p ant society is developping a n d w ith it a d ifferent society of m icroorganism s
ad apted to the new ecological conditions.
In the ecological view, p la n t pathogens gain a new aspect. Its alarm ing
increase an d its rap id a d a p ta tio n to pesticides tu rn farm ing very venturous.
M an y fungi a n d bactérias have the q u a lity of ad ap tatio n , being able, after a
s time, to use m ost of the fungicides an d bactericides as food.
Tw o factors m ay be enum erated as responsible for the diseases,
attacking crops: T he ocasional pathogens, as P seud om o na s, Rhizoctonia, a. s. o.
y ^ í ack croPs ’ w hen ecological conditions allow its uncontrolled m ultip lica-
tlCn"r j 1S OCCUrS.’ w hen a11 other m icroorganism s of the form er biocenosis do
not find its subsistence, a n d w hen the p lan ts suffer, m oreover, the lack of an
exactly definite m in eral deficiency.
T ru e pathogens, as Puccinia gram inis Iritici, a. o. w hich are confined
to host plan ts, only m ay attack them , w hen these p lan ts are struggling for
th eir surviv al, because of adverse conditions, w hich alw ays cause a defficient
n u trie n t absorption.
T his m eans th a t attack s of p la n t pathogens are the very expression of a
d istu rb ed ecological an d n u tritio n a l eq u ilib riu m in the soil.
T he im portance of farm y ard m a n u re consists in its sa n ita ry effect on
•"oils an d crops. As m icrobial food an d p a rt of the colloidal com plex its
presence in th e soil is abso lu tely necessary, but it does not dispense m ineral
fertilizers for o u r high breeded crops.
T he sy n th etic co n sid eratio n of soil biocenosis gives the key to the real
soil fertility a n d an ables m o d ern farm ers to a n intensive but relatively riskless
m anaging. T he biological balan ced soil «buffers» irreg u larities of the pluvial
regim e. C om m ercial fertilizers react according to the law: the better the soil,
the b etter its efficiency.
A high a n d stead y crop p ro d u ctio n is not possible w ithout the know ledge
of soil life an d soil genesis.
■BlllSijkf- I .
209
ÍN D IC E D O S T E M A S
Ácaros, controle, 176 com estrum e, 157, 158
Ácido: efeito, 26
acético, 78, 96, 118, 189 fosfato, 155, 178
benzóico, 87, 118, 189 inorg ân ica, 177
butírico, 78, 96, 189 N P K , 129
carbônico, 100, 132 orgânica, 28, 147, 149, 155, 171,
fórm ico, 78, 96, 189 177
fosfórico, 130 potássio, 129, 155, 179
fúlvico, 85 quím ica, 27, 28, 129, 130, 147,
giberélico, 172 150, 159, 171, 187
glioxílico, 117 verde, 81, 102, 103, 125, 149,
hipúrico, 117, 118, 191 150, 156, 175
húm ioo, 85, 86, 189 Aerobacter, 123, 187, 188
lático, 168, 189 Aer. aerogenes, 122
nítiico , 75, 100 A g ricu ltu ra :
nitroso, 75, 100, 192 m oderna, conceito, 7
propiônico, 78 explo rativa, 8
sulfúrico, 124, 131, 132 extensiva, 8
úrico, 117, 191 in ten siv a, 8, 15
valeriânico , 96 quím ico-técnica, 158
Ácidos : subtropical, 156
am inado s, 23, 34, 36, 96 tropical, 156
an iq u ilação , 79 Agrobacter, 37, 159
decom posição, 96 Agrobacterium radiobacler, 108
diam in ad o s, 96 A lan to ín a, 117
graxos, 7 9 ,9 7 A lelopatias, 7, 24
nucléicos, 134 A lgas, 49, 57, 58, 59, 70, 87, 105
orgânicos, 78, 189 Algae anabaena, 105
Acromobacter : fixação do nitrogênio, 59
A . agile, 125 A lum ínio, 179
A. centroponctatum, 125 A m ebas, 55
A. filefaciens, 125 Amilobacter, 79
A. hartlebii, 125 A m oníaco :
A. nitrovorum , 125 com postos de, 123
A. stutzeri, 125 form ação, 96, 97, 103, 191
A ctinom icetos, 34, 49, 63, 64, 65, 68, oxidação, 101
70, 74, 77, 81, 87, 119 A m ônio, 81, 189, 192
122, 151, 170, 172, A ntibióticos, 31, 32, 62, 65, 131
173, 187, 188 A r : Á gua, relação, 71
A d ubação : A rabinose, 86
com ercial, 178 A ração, 147, 148, 156, 177
210 I ÍNDICE DOS TEMAS
controle, 174, 175 P rotozoários, 23, 29, 33, 49, 52, 54,
m orte, 170 55, 56, 57, 70, 71, 148,
obrigatórios, 179 156, 167, 170, 177, 187
ocasionais, 179 ciliados, 159, 187
seus an tag o n istas, 170 cisto de, 55
Paudorina morum, 59 flagelados, 159, 187
Pectina, 188 Pseudeurotium zonatum , 31
Penicillium, 11, 36, 42, 60, 81, 149, Pseudomonas, 66, 117, 119, 151, 169,
177 170, 174, 179, 187, 191
P. acaulium, 99 Ps. aeruginosa, 31, 33, 124, 125,
P. brevicaule, 137 170
P, italicum, 63 Ps. citri, 63
P. notatum, 31, 61 Ps. fluorescens, 79, 98, 119, 120,
P. piscarium, 34 134
P. v erm iculatum , 149 Ps. fluorescens liquefaciens, 134
pH , 24, 27, 34, 58, 74, 75, 86, 100, Ps. fluorescens putidus, 98, 119,
101, 103, 106, 118, 124, 132, 135, 120
150, 159, 160, 169, 174, 178, Ps. piocianea, 31
179, 193 Pseudonocardia thermophila, 187
alcalino, 65 Puccinia gram inis tritici, 179
redução, 75 P u trefação :
Physalospora cydoniae, 176 processos, 119
P hytom onas, 174 P y th iu m , 39, 43, 62.
Phytophthora, 172, 176 Q uebra-ventos, 153
Phytophthora cactorum, 175 Q ueim ada, 156, 157
Phytophthora infestans, 177 Radiobacter, 34, 36, 37
P lantas, 36 núm ero, 35, 37
alim entação co n tín u a das, 175 R aiz,
decom posição, 37 desenvolvim ento, 25
desenvolvim ento, 37 respiração, 81
exigentes, 37 R elação, ar-água, 71
m odestas, 37 bactérias : fungos, 172
recuperadoras, 37 C : N , 63, 8 2 , 8 3 , 8 6 , 1 0 3
Plectridium, 104 fungos : nem atóides, 56, 57
Poder-tam pão, 27, 74, 75, 86, 87 N : Cu, 175
Podsol, 171 R endim ento agrícola, 76, 178, 193
R espiração,
Polyangium, 77
d o solo, 38, 67, 81
Potássio, 130, 134, 135, 149, 155, ferm ento da, 135
179, 185, 193 vegetal, 70
Pousio, 151 R espirôm etro, 30
Pratylen penetrans, 34 Rhizobacter, 11, 65, 70, 77, 103, 106,
Protascus subuliforme, 56 107, 108, 110, 111, 122, 160
Proteínas, 63, 123, 131, 185, 189, 191 linhagens de, 110
decom posição, 96, 98, 99, 102 R hizobium , 177
Proteus, 118, 119, 120, 123, 151, R h izo b iu m leguminosarum Frank, 106
169, 187 R h izo b iu m radicicola Beijerinck, 106
Proteus vulgaris, 98, 125, 192 Rhizoctonia, 36, 61, 62, 179
ÍN DICE DOS TEMAS 217
R h izoctonia solani, 34, 39, 43, 62 d esequilíbrio e stru tu ra l, 129, 176
171, 174, enxugam ento, 148
Rhizopogon, 41 equilíbrio, 175
R h iz o p u s nigricans, 60 estab ilidade da e stru tu ra , 27
R ibose, 86 estab ilidade dos agregados, 75
R izosfera, 23, 26, 33, 34, 36, 38 39 estéreis, 26
60, 151, 159 esterilização física, 157
m icrovida na, 33 esterilização quím ica, 158
R otações, 7 estru tu ra , 37, 129. 148, 193
m istas, 152 fertilidade, 7, 8, 12, 14 , 56, 129
R otatórios, 159, 187. 130, 135, 148, 149,
152, 177
floculação, 23, 65, 145
Saccharomyces cerevisiae, 77 fofice, 63, 145, 147, 171, 176, 177
Salm onella enteriditis, 171 178
Sa lm onella cairo, 171 fôrça-tam pão, 124
S aprófitas, 33, 65 higiene, 12, 171
Saprolegnia, 131 inativos, 23, 123
Saprozoontes, 33, 56, 57 in flu ên cia das p lan ta s sôbre, 16
S árcinas, 66, 191 inoculação, 157, 158
Selênio, 137 leves, 176
Sem ente, 178 m icrovida do, 12
Serratia marcescens, 119, 122 pantan o sos, 133
Serratia rosea, 122 pastoris, 155
Siderocapsa molisch, 136 patógenos no, 167
Siderom onas, 136 pobres, 176
Silicatos, 134 pobreza em m icroflora, 155
Sim biose, 39, 56 p o der-tam pão, 27, 74, 75, 86, 87
trófica, 23, 34 queim ados, 155
verd ad eira, 107 recuperação, 14, 73 177
Sociedades polífitas, 23 refertilização, 159
Sociologia vegetal, 15, 16, 17, 18 resistência à sêca, 147
Sódio, 135, 150 resp iração de C 0 2 , 38, 67, 81
Solos,
satu ração relativa em água, 70
acidificação, 175 saúde, 67, 178
ácidos, 155, 172
secam ento gradativo, 157
alcalinização, 159 um idade, 70, 135, 155
alcalinos, 155 uso, 147
arejam ento, 147, 153 v alo r cultu ral, 23, 145
ativos, 136 vida, 13, 26
biologia, 15
volum e ativo, 23
cansaço, 151 Spirillum , 66
capacidad e de retenção, 70, 159 Sp irillu m desulfuricans, 133
condições quím icas e físicas, 149 Sporotrichum sp., 187
conservação, 15, 178 Sporovibrio desulfuricans, 133
decadência, 27, 123, 146, 176, 178 Streptococcus, 168, 186, 191
desfloculação dos agregados, 24, 75 Streptococcus bovis, 168
218 ÍNDICE DOS TEMAS