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DIREITO DO TRABALHO
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
DIREITO DO TRABALHO
Aula 02 – Comissões de Conciliação Prévia
Prof. José Gervásio Meirelles
SUMÁRIO
Comissões de Conciliação Prévia....................................................................3
I – Conceito e Constituição...........................................................................3
A Nossa Revisão........................................................................................ 20
Gabarito................................................................................................... 23
Gabarito Comentado.................................................................................. 23
Referências Bibliográficas........................................................................... 25
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AULA 02
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Caro(a) aluno(a),
É realmente muito comum ver nas provas de concurso questões sobre as comis-
particularidades próprias.
I – Conceito e Constituição
Antes de tudo, o que são e para que servem as Comissões de Conciliação Prévia?
O legislador as criou e as regulamentou nos artigos 625-A a 625-H da CLT para buscar desafogar os
Tribunais Trabalhistas da imensa quantidade de processos a que estão submetidos. Além disso, o
legislador permite uma solução muito mais rápida para divergências trabalhistas ao criar a CCP.
Assim, caso o trabalhador ou o empregador prefira resolver seu conflito de forma mais célere, pode buscar
a Comissão de Conciliação Prévia (CCP) para tentar um acordo, ao invés de ir ao Judiciário, onde o processo
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Essa lógica pode ser vista na regra do art. 625-A, caput, da CLT:
Como se vê, a constituição é paritária (conforme prevê o art. 625-A, caput da CLT
já transcrito), ou seja, o mesmo número de representantes dos trabalhadores
e o mesmo número de representantes do empregador. Haverá, ainda, titu-
lares e suplentes (que podem substituir os titulares). O mandato será de um
ano, mas é possível que haja uma recondução (novo mandato de mais um ano).
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tamente muitos atritos com o empregador, já que, muitas vezes, esse concilia-
dor precisa orientar o trabalhador a não fazer o acordo por diversas razões, por
dos empregados poderia desagradar alguns empregadores, o que geraria risco des-
Assim, para garantir que esse conciliador representante dos trabalhadores pos-
De toda forma, lembre-se de que, qualquer que seja o local de criação, a Comis-
e trabalhadores:
Conciliação Prévia:
Outro ponto relevante refere-se ao fato de que essas Comissões de Conciliação Pré-
elaborados para a Resolução, facilitam bem a compreensão do que seria cada meio de
Como se vê, a principal diferença é que, na mediação, o mediador não faz propos-
Os membros da CCP podem atuar tanto como mediadores quanto conciliadores na so-
Claro que o legislador usa a expressão “se… houver sido instituída”, uma vez
empresa e outra CCP no âmbito intersindical, qual será a responsável por essa ten-
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conflito. Esse pedido feito à CCP indicará qual é o conflito (fatos relaciona-
dos), quem são os envolvidos e o que pretende o requerente. Pode ser feito
mente narrar a situação que será transcrita (reduzida a termo) por qualquer
Art. 625-D.
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos
membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro
aos interessados.
A Comissão, uma vez provocada pelo pedido, possui prazo de 10 dias para
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
Prévia 2
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo
empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às
partes.
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no
último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D.
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Art. 5º (…)
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
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lidade no Supremo Tribunal Federal, a ADI 2160 e a ADI 2139. O STF, embora
não tenha ainda julgado o mérito das ações, já proferiu decisão em medida cau-
telar entendendo que não existe essa obrigação de ir antes à CCP. Tanto
trabalhista na Justiça do Trabalho, sem que tenha que passar pela CCP.
visão de Comissão de Conciliação Prévia (CCP) na Constituição, resta claro que não
lhista.
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo
empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às
partes.
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá efi-
cácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Art. 876 – As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso
com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de
conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela
forma estabelecida neste Capítulo.
trabalhista): é iniciada por uma petição que junta o termo, e o juiz já determina
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Isso significa dizer que, uma vez realizado o acordo na CCP, não pode o in-
teressado pleitear mais qualquer parcela, exceto se foi colocada uma res-
que não foram pagas, e faz acordo com o empregador na CCP para receber R$
5.000,00 sem qualquer ressalva, não pode mais pedir qualquer diferença na Justiça
do Trabalho.
3. Gabarito: Errado. Não existe execução trabalhista mediante reclamação trabalhista normal, mas por meio
de execução direta, com citação para o executado pagar em 48 horas ou nomear bens à penhora.
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verbas trabalhistas que não foram pedidas na CCP também serão atingi-
se o trabalhador ainda tivesse direito a adicional noturno e essa verba não tivesse
sido pedida na CCP, o trabalhador não teria como ganhar essa parcela na Justiça,
na CCP.
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Vale lembrar que toda essa lógica apenas se justifica se não há nenhuma
nesse passo, reconhecer a propalada mácula do artigo 625-E da CLT, seria necessário
revolver o conjunto fático-probatório dos autos, atividade refratária ao âmbito de cogni-
ção deste Tribunal, a teor da Súmula n. 126/TST. V – De mais a mais, registre-se que,
em processos envolvendo a mesma controvérsia e a mesma agravante, esta Corte tem
se posicionado no sentido de que a presença de vício de consentimento (fraude) é sufi-
ciente para invalidar o termo de conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação
Prévia. Precedentes. VI – Agravo de instrumento a que se nega provimento. (…) (AIRR –
27100-77.2009.5.01.0060, Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data
de Julgamento: 09/11/2016, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/11/2016).
dos ainda não foram à Justiça do Trabalho. Logo, jamais se poderia pensar que
quele que pode atuar pelo titular) de um direito. Fica o interessado paralisa-
do, sem exigir seu direito. Como a lei estabelece prazos prescricionais, se o prazo
for ultrapassado, o direito se torna inexigível, não podendo mais o devedor ser
condenado a satisfazê-lo.
Assim, se o interessado foi à CCP, é claro que não está inerte, mas sim
buscando o que entende ser seu de direito. Portanto, o prazo de prescrição não
625-G da CLT:
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na sessão ou mesmo após esgotado o prazo de 10 dias sem que haja a re-
alização da sessão.
Por exemplo, suponha-se que Danilo tenha sido dispensado do Gran Cursos On-
line em 07/04/2015 e quisesse receber horas extras que não foram pagas. O prazo
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo pres-
cricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho;
Imagine que no dia 05/04/2017 Danilo resolva submeter suas pretensões à CCP.
Faltavam apenas três dias para o final do prazo (dias 05, 06 e 07/04/2017). Supo-
nhamos que a CCP designou sessão para o dia 10/04/2017, mas não houve acordo.
Nesse caso, volta a correr o prazo faltante de 3 dias, podendo Danilo ajuizar ação
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A NOSSA REVISÃO
Desnecessidade O STF entende que não é obrigatória a submis- Art. 5º, XXXV da CF e
de submissão da são de demanda à CCP. ADI 2139 e 2160
demanda à CCP
observando-se, no mínimo,
tida a recondução.
permitida a recondução.
c) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, sendo que seus membros serão esco-
mitida a recondução.
permitida a recondução.
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Prévia
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GABARITO
1. A
2. C
3. E
4. C
GABARITO COMENTADO
Letra c.
A letra “b” está errada, já que a constituição por grupo de empresas está autoriza-
A letra “c” está correta, uma vez que apresenta o número mínimo previsto no art.
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Letra c.
esclarece que será composta de 2 a 10 membros. Assim, o item “c” está correto e
As letras “a” e “b” estão erradas, já que a composição é paritária entre represen-
cada lado).
A letra “d” está errada, pois apenas há um suplente para cada titular, na forma do
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELGADO, Maurício Godinho Delgado. Curso de direito do trabalho. 16ª ed. São
GIGLIO, WAGNER D. Direito processual do trabalho. 16. ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 12. Ed.
SAAD, Eduardo Gabriel. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo: LTr,
2014.
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