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Universidade do Minho

DOUTORAMENTO
EM
FINANÇAS

-- DOSSIER INTERNO --
Índice

1 Enquadramento e justificação do curso 3

2 Objectivos do curso 6

3 Resultados esperados de aprendizagem 7

4 Estrutura do curso e plano de estudos 8


4.1 Estrutura do Curso 8
4.2 Plano de Estudos 9
4.3 Listagem das unidades curriculares 11
4.3.1 Complementos de Finanças Empresariais...........................................................................................11
4.3.2 Econometria .......................................................................................................................................13
4.3.3 Microeconomia...................................................................................................................................15
4.3.4 Workshop I .........................................................................................................................................17
4.3.5 Investimentos .....................................................................................................................................19
4.3.6 Tópicos Avançados de Finanças..........................................................................................................21
4.3.7 Workshop II ........................................................................................................................................23
4.3.8 Seminários de investigação em Finanças ............................................................................................25

5 Recursos humanos 26

6 Encargos decorrentes com o funcionamento do curso 26

Anexo 1: Minuta da Resolução do Senado Universitário 27

Anexo 2: Plano de estudos de acordo com o ponto 11 do formulário da DGES 31

Anexo 3: Proposta de Regulamento 36

Anexo 4: Condições de Acesso e Critérios de Selecção 48

2
1 Enquadramento e justificação do curso

A proposta que se apresenta neste documento é a criação de um programa de


doutoramento em Finanças. A qualificação e potencial do corpo docente do Departamento
de Gestão na área das Finanças (reconhecido a nível nacional e internacional), quer no que
concerne à sua produção científica quer ao nível do ensino ministrado, criaram, antes de
mais, as condições para o lançamento de um Doutoramento especializado em Finanças.

Por outro lado, o processo de reorganização em curso do sistema de ensino superior


europeu e português tem enfatizado a distinção entre universidades vocacionadas para o
ensino e universidades vocacionadas para a investigação. A avaliação recentemente
realizada pela European University Association conclui que a Universidade do Minho se
assume, e tem condições para se afirmar, como universidade de investigação. Para esta
afirmação é fundamental uma maior cooperação entre instituições de ensino superior. A
recente avaliação do sistema de Ensino Superior português, realizada pela OCDE, conclui
que “the adoption of the ‘research university’ model by most public universities depends,
above all, on the integration of teaching and research activities. This process is known to
have achieved an international scale and relevance through the enhancement of post-
graduate activities, associated with a gradual process of institutional diversity”. É neste 1

contexto que surge a proposta de criação do programa de doutoramento em Finanças


oferecido pela Universidade do Minho, o qual, num futuro próximo, poderá ser alvo de um
acordo de parceria com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE),
com o qual já foram encetados contactos neste sentido, e também com outras
universidades nacionais e estrangeiras.

A existência de um programa de doutoramento em Finanças é fundamental para a dinâmica


de investigação das universidades e de relevância para as organizações e sociedade. Um
programa de doutoramento em Finanças só poderá afirmar-se se assentar em critérios de
elevada qualidade. Outra condição que nos parece essencial para o sucesso do programa
de doutoramento que se propõe é a sua inclusão numa rede de universidades estrangeiras
num futuro muito próximo. O já referido relatório da OCDE sobre o ensino superior
português menciona a este propósito a importância dos estudantes de doutoramento

1
OCDE, 2006, ‘Review of national policies for education: Tertiary education in Portugal. Examiner’s report’, disponível em

3
portugueses terem, mesmo que por períodos curtos, contacto com universidades
estrangeiras de elevada qualidade.

Embora existam actualmente algumas universidades portuguesas cuja oferta inclui um


doutoramento em Finanças, o mais comum é a oferta de um Doutoramento mais genérico
em Ciências Empresariais com diversas especializações, constituindo as Finanças uma
dessas especializações.

Na tabela 1 abaixo apresentam-se os números de doutoramentos atribuídos por


universidades portuguesas, com especialização em Finanças, entre 1995 e 2007.2
Tabela 1 - Número de doutoramentos concluídos atribuídos por universidades portuguesas com
especialização em Finanças entre 1995 e 2007.

Universidade Nº de doutoramentos
ISCTE 16
Universidade do Minho 6
Universidade de Coimbra 7
Universidade Nova de Lisboa 6
Outras 4
Total 39

Como se pode constatar, o número de graus de doutor em Finanças atribuídos pelas


universidades portuguesas no período de 1995-2007 é bastante baixo. Neste total, o peso
dos doutoramentos realizados em universidades estrangeiras é também relativamente
baixo. A análise destes dados permite-nos concluir que é fundamental estabelecer parcerias
para ganhar dimensão em número de alunos e também em massa crítica científica.

A oferta de um programa de doutoramento que se queira afirmar como um projecto de


referência a nível nacional e que ambicione estabelecer parcerias com universidades
estrangeiras deve reger-se por padrões de qualidade internacionais. Entre as formas de
aferir a qualidade da investigação realizada destacam-se as publicações em revistas
internacionais com revisão pelos pares. As publicações internacionais dos investigadores de
Finanças têm registado nos anos mais recentes um acréscimo quer em termos de número
quer em termos de qualidade.

http://www.mctes.pt/docs/ficheiros/OCDE.
2
Informação obtida a partir da base de dados relativa a doutoramentos realizados ou reconhecidos por universidades
portuguesas, disponível em http://www.estatisticas.gpeari.mctes.pt. Incluem-se apenas os doutoramentos na área de
Economia e Gestão com indicação da especialização em Finanças. De referir, no entanto, que em alguns casos a base de dados
é omissa quanto à especialização pelo que estes serão números aproximados.

4
Tabela 2 - Projectos de Investigação Financiados

Referência Título Equipa


FCT: Avalição dinâmica de projectos de Manuel Rocha Armada (Investigador
PTDC/GES/78033/2006 larga escala em infraestruturas Responsável - UM)
Artur Rodrigues (UM)
Paulo Pereira (UM)
FCT: Comportamento de Compra e Manuel Rocha Armada (Investigador
PTDC/GES/73012/2006 Venda de Investidores Individuais Responsável - UM)
Cristiana Cerqueira Leal (UM)
Meir Meir Statman (Consultor - Santa
Clara University/USA)
FCT: Avaliação da performance de Florinda Silva (Investigador
PTDC/GES/72894/2006 carteiras de investimento Responsável - UM)
utilizando o CVaR Manuel Rocha Armada (UM)
Maria do Céu Cortez (UM)
Nelson Areal (UM)
Benilde Oliveira (UM)
Chris Adcock (Consultor – Sheffield
University/UK)
FCT: Avaliação de opções utilizando Artur Rodrigues (Investigador
PTDC/GES/72746/2006 métodos numéricos Responsável - UM)
Nelson Areal (UM)
FCT: O valor da modularidade - a Manuel Rocha Armada (Investigador
POCTI/GES/46947/2002 perspectiva das opções reais Responsável - UM)
Artur Rodrigues (UM)
FCT: Investimentos socialmente Maria do Céu Cortez (Investigador
POCTI/GES/46285/2002 responsáveis e o desempenho de Responsável - UM)
fundos de investimento. Florinda Silva (UM)
Nelson Areal (UM)
FCT: Avaliação de desempenho de Maria do Céu Cortez (Investigador
Projecto GES/32678/99-00 carteiras: Modelos condicionais e Responsável - UM)
persistência de desempemho. Manuel Rocha Armada (UM)
Florinda Silva (UM)

A comprovar a capacidade de investigação e o dinamismo que os docentes da área


disciplinar de Finanças da Universidade do Minho revelam está também o número de
projectos de investigação que obtiveram financiamento por parte da Fundação para a
Ciência e Tecnologia (FCT), que se apresentam na tabela 2, e as conferências e seminários
realizados e a realizar. Em particular são de destacar duas importantes conferências que se
realizarão num futuro próximo na Universidade do Minho: a 13th Annual Real Options
Conference a realizar já em Junho de 2009, e, em Junho 2011, uma das mais importantes
conferencias académicas europeias Finanças. Adicionalmente é de referir a série de
Seminários de Finanças no âmbito do Núcleo de Estudos em Gestão (NEGE). Estes

5
seminários visam a divulgação e discussão dos trabalhos de investigação não só dos
investigadores de Finanças da Universidade do Minho mas também de outros
investigadores de universidades nacionais e internacionais.

2 Objectivos do curso

O plano de estudos proposto promove o desenvolvimento da investigação científica nos


vários domínios das Finanças em Portugal e pretende reforçar a posição da Universidade do
Minho como instituição de referência na área. É seu objectivo contribuir para a formação de
investigadores de elevada qualidade, captando candidatos de diferentes universidades e
institutos politécnicos, nacionais e internacionais, licenciados ou mestres com elevadas
médias e apetência para a investigação.

No contexto das actuais exigências de qualificação dos docentes do ensino superior, este
curso proporciona uma opção de qualidade para a formação dos docentes do ensino
superior universitário e, em especial, do ensino politécnico.

Pretende-se ainda com a oferta deste programa de doutoramento:

a) Oferecer uma formação complementar e actualizada no domínio das Finanças;

b) Aprofundar a formação científica no âmbito das Finanças;

c) Preparar os alunos para desenvolverem investigação científica avançada no domínio das


Finanças, relevante para organizações públicas e privadas;

d) Preparar os alunos para orientação futura de projectos de investigação;

e) Dotar os alunos de ferramentas e conhecimentos que sejam incorporados na actividade


docente e de publicação;

f) Preparar os alunos para a diversidade de responsabilidades das carreiras académicas ou


funções que requeiram capacidades analíticas e de investigação similares.

6
3 Resultados esperados de aprendizagem

A frequência do programa de doutoramento em Finanças deverá proporcionar aos alunos a


exposição, confronto, análise crítica, e verificação da teoria financeira, alicerçando todo o
desenvolvimento de competências numa sólida formação em fundamentos teóricos e em
metodologia de investigação em Finanças. Um doutor em Finanças deverá demonstrar
capacidade de:
1. Integrar novos conhecimentos, lidar com situações complexas e formular
julgamentos, os quais reflectem o seu entendimento da teoria financeira;
2. Dominar as competências, aptidões e métodos de investigação associados às
Finanças;
3. Desenvolver competências de avaliação do rigor, validade e relevância de
trabalhos de investigação científica publicados;
4. Desenvolver competências de aprendizagem e de realização de actividades de
investigação que permitam a condução autónoma de trabalhos científicos em
Finanças;
5. Identificar lacunas, falhas ou outro tipo de fragilidades da teoria financeira que
permitam o desenvolvimento de ideias originais e o seu enriquecimento;
6. Conceber, projectar, adaptar e realizar investigação científica relevante
respeitando as exigências impostas pelos padrões de integridade académica;
7. Realizar uma quantidade significativa de trabalho de investigação original que
contribua para o alargamento das fronteiras do conhecimento, parte da qual
mereça a divulgação nacional ou internacional em publicações sujeitas a processo
de revisão por pares;
8. Comunicar de forma clara as conclusões dos trabalhos científicos desenvolvidos,
conhecimento e racionalidade a elas subjacente, a audiências diversas;
9. Promover, numa sociedade baseada no conhecimento, em contexto académico
e/ou profissional, o progresso tecnológico, social ou cultural.

7
4 Estrutura do curso e plano de estudos

4.1 Estrutura do Curso

O programa de doutoramento em Finanças está estruturado de forma a permitir a um


licenciado com um currículo escolar ou científico especialmente relevante ou a um mestre
em Finanças, Gestão, Economia e áreas afins a obtenção do grau de doutor em seis
semestres, com dois semestres lectivos e quatro semestres destinados à tese de
doutoramento.

Nos dois primeiros semestres, os alunos frequentam unidades curriculares que


proporcionam sólida formação teórica em Finanças, em métodos de investigação, e em
temas actuais dirigidos à elaboração da tese de doutoramento. Nas unidades curriculares
de workshop, o aluno confrontar-se-á com os problemas que surgem quando se efectua a
transição para o trabalho de investigação, quer teórico quer empírico e/ou aplicado, sendo
particularmente útil na formulação e condução dos trabalhos de investigação que
conduzirão à redacção da tese.

No final do 1º ano de frequência do curso, o candidato terá de se submeter a um exame


que incidirá sobre as matérias fundamentais leccionadas durante os dois primeiros
semestres da parte escolar.

A avaliação positiva na parte curricular (incluindo o exame de admissão ao 2º ano e a


defesa do projecto de tese) é condição indispensável para a prossecução do Programa.

Nos primeiros meses do terceiro semestre os alunos elaborarão o seu projecto de tese, no
qual definirão as linhas de investigação a prosseguir na tese de doutoramento. Nos quatro
últimos semestres, os alunos de doutoramento deverão realizar o seu trabalho de
investigação, de acordo com o projecto de investigação proposto, sob a orientação de pelo
menos um doutorado. Deverão ainda participar em seminários de investigação em
Finanças.

Como resultado, o programa de doutoramento em Finanças proporciona uma formação


abrangente que permite desenvolver competências na condução de investigação analítica e
empírica.

8
4.2 Plano de Estudos

O plano de estudos engloba dois tipos de unidades curriculares: obrigatórias e tese. As


unidades curriculares obrigatórias incluem workshops nos dois primeiros semestres,
permitindo uma personalização do plano de estudos, e seminários de investigação nos
quatro semestres seguintes.
Tabela 3 - Distribuição das unidades de crédito ECTS por áreas científicas.

Finanças 168
Economia 12
180

Tabela 4 – Plano de estudos.

Unidade Curricular Área científica ECTS


1º ano: 1º semestre
Complementos de Finanças Empresariais Finanças 10
Econometria Economia 6
Microeconomia Economia 6
Workshop I Finanças 8
30
1º ano: 2º semestre
Investimentos Finanças 10
Tópicos Avançados de Finanças Finanças 10
Workshop II Finanças 10
30
2º ano: 1º semestre
Seminários de Investigação em Finanças Finanças 5
Tese Finanças 25
30
2º ano: 2º semestre
Seminários de Investigação em Finanças Finanças 5
Tese Finanças 25
30
3º ano: 1º semestre
Seminários de Investigação em Finanças Finanças 5
Tese Finanças 25
30
3º ano: 2º semestre
Seminários de Investigação em Finanças Finanças 5
Tese Finanças 25
30
A Tabela 4 apresenta o plano de estudo do programa de doutoramento em Finanças, a
tempo integral, identificando as unidades curriculares obrigatórias e a localização temporal
de todas as unidades na duração definida para o curso. Alunos que frequentem o

9
Doutoramento em Finanças a tempo parcial deverão cumprir entre 25 a 35 ECTS por ano e
deverão ter um plano de estudos aprovado pela comissão directiva, de acordo com o
regulamento da Universidade do Minho que se aplica a estudantes a tempo parcial.

10
4.3 Listagem das unidades curriculares

4.3.1 Complementos de Finanças Empresariais

Programa Resumido:

O papel do gestor financeiro, dos intermediários financeiros e de informação num contexto


de mercados eficientes. A governação empresarial e arquitectura dos títulos financeiros.
“Signaling”, incentivos ao risco e a reputação dos gestores e das empresas. O
financiamento das start-ups e as sociedades de capital de risco. Estrutura de capitais –
tipos de financiamento, assimetria de informação, “signaling”, decisões de “pay-out” e
problemas de agência. Excesso de confiança dos gestores e as decisões de investimento.
Insolvência financeira e falência de empresas. A disputa pelo controlo da empresa –
modelos teóricos e evidência empírica.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar e explicar o papel do gestor financeiro, dos intermediários financeiros e de


informação e relacioná-los com a hipótese da eficiência de mercados.

2) Distinguir e comparar empresas com estruturas de propriedade controlo concentradas


versus dispersas quanto aos incentivos dos gestores, financiadores e à arquitectura dos
títulos financeiros.

3) Descrever e fundamentar as implicações dos modelos de “signaling”, incentivos ao risco


e de reputação dos gestores e empresas nas decisões de financiamento e investimento.

4) Discutir o papel e os incentivos das sociedades de capital de risco no financiamento das


start-ups.

5) Explicar e comparar as principais teorias da estrutura de capitais.

6) Avaliar e estimar os custos de insolvência financeira.

11
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4.3.2 Econometria

Programa Resumido:

Nesta unidade curricular serão leccionados tópicos das seguintes áreas: Método dos
mínimos quadrados ordinários; propriedades dos estimadores OLS; testes de hipóteses;
teste à especificação dos modelos; variáveis instrumentais. Modelos de dados em painel.
Método dos momentos generalizados. Método de estimação por máxima verosimilhança.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar os pressupostos assumidos pelos modelos econométricos, descrever as


consequências da sua violação e propor correcções aos modelos.

2) Identificar os métodos mais adequados a problemas concretos, aplicar esses métodos a


dados empíricos, analisar os resultados.

3) Identificar as limitações dos modelos econométricos utilizados e comparar com


metodologias alternativas.

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4.3.3 Microeconomia

Programa Resumido:

Preferências, funções de utilidade e decisões em contexto de incerteza. Teoria de equilíbrio


parcial. Teoria de equilíbrio geral. Teoria dos jogos. Tópicos em economia de informação:
moral Hazard, signalling and screening. Incentivos e desenho de mecanismos.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar, descrever e discutir a teoria da utilidade e as suas implicações num contexto


de incerteza.

2) Identificar, descrever e comparar as teorias de equilíbrio geral e de equilíbrio parcial.

3) Decrever, discutir e aplicar os conceitos dos modelos de economia de informação: moral


hazard, selecção adversa, signalling e screening.

4) Utilizar adequadamente a teoria dos jogos para resolver problemas estáticos e dinâmicos
de interacção estratégica.

5) Aplicar as técnicas mais recentes para desenvolver modelos que se adaptem a


problemas de investigação concretos.

15
16
4.3.4 Workshop I

Programa Resumido:

Esta unidade curricular consistirá na participação em seminários de investigação em


Finanças, com vista a desenvolver as capacidades de elaboração, apreciação crítica e
apresentação de trabalhos científicos. Para além disso poderão ser apresentados nestes
workshops tópicos avançados de finanças que correspondam às necessidades de formação
dos alunos, por docentes da Universidade do Minho ou por docentes convidados.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar, distinguir, discutir e fundamentar diferentes modelos teóricos de tópicos


avançados de finanças.

2) Desenvolver capacidades de investigação e análise crítica sobre as diferentes temáticas


de Finanças;

3) Identificar e descrever as etapas de elaboração de um artigo científico.

4) Apresentar, interpretar e discutir artigos científicos.

5) Elaborar relatórios de revisão científica de artigos.

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4.3.5 Investimentos

Programa Resumido:

Preferências e aversão ao risco. Fronteira eficiente. Dedução do CAPM e do APT. Avaliação


de activos contingentes. Modelos de avaliação de activos baseados no consumo: a equação
fundamental de avaliação de activos. Pricing kernel. Factores de actualização estocásticos.
Eficiência do mercados de capitais. Testes a modelos de avaliação a activos financeiros
condicionais e não condicionais. Avaliação de opções.

Resultados de Aprendizagem:

1) Modelar preferências dos investidores e aversão ao risco. Deduzir a fronteira eficiente e


os modelos de avaliação de activos financeiros aplicar estes modelos, identificando e
discutindo as suas limitações.

2) Identificar, representar e aplicar modelos de activos baseados no consumo e comparar


com modelos alternativos.

3) Identificar, descrever e testar a eficiência dos mercados de capitais, através da aplicação


de diversas metodologias.

4) Identificar, descrever, discutir e implementar diferentes modelos de avaliação de opções.

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4.3.6 Tópicos Avançados de Finanças

Programa Resumido:

Nesta unidade curricular serão leccionados uma série de tópicos numa ou em várias áreas
de finanças, como por exemplo: dinâmica de séries temporais, finanças comportamentais,
governação empresarial, opções reais, ou finanças internacionais.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar, distinguir, discutir e fundamentar diferentes modelos teóricos de tópicos


avançados de finanças.

2) Comparar e discutir a evidência empírica relevante das temáticas de finanças abordadas


na unidade curricular.

3) Testar e fundamentar a validade das hipóteses de alguns modelos teóricos de finanças.

4) Desenvolver ideias de pesquisa em tópicos específicos de finanças e fundamentar o


contributo dessas ideias.

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4.3.7 Workshop II

Programa Resumido:

Esta unidade curricular consistirá na participação em seminários de investigação em


Finanças e na preparação e apresentação de trabalho de investigação nos mesmos
seminários. Para além disso poderão ser apresentados nestes workshops tópicos
avançados de finanças que correspondam às necessidades de formação dos alunos, por
docentes da Universidade do Minho ou por docentes convidados.

Resultados de Aprendizagem:

1) Identificar, distinguir, discutir e fundamentar diferentes modelos teóricos de tópicos


avançados de finanças.

2) Preparar a apresentação oral e escrita de um relatório e de um documento científico.

3) Apresentar trabalho de investigação em progresso em seminário.

4) Discutir a evolução do trabalho de investigação e os seus resultados.

5) Avaliar as sugestões e análise crítica dos colegas.

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24
4.3.8 Seminários de investigação em Finanças

Consiste na participação na série de seminários em Finanças, com investigadores da Universidade do


Minho e convidados de outras instituições, onde são expostos temas e metodologia de investigação
recente e as metodologias utilizadas para tratar o problema.

No âmbito desta unidade curricular, o estudante poderá e deverá participar nos Cursos de Verão, com
especialistas internacionais, organizados pela instituição proponente ou noutras instituições.

25
5 Recursos humanos

Estão em curso negociações, algumas das quais em estado avançado, com outras universidades,
nacionais e estrangeiras, no sentido de celebrar protocolos que prevejam o intercâmbio de alunos. Dado
o nível de especialização de um programa de doutoramento, será possível oferecer, por esta via, um
leque mais alargado de áreas de investigação do interesse dos alunos. Permite ainda que os alunos
contactem com outros candidatos ao doutoramento em Finanças, bem como a sua imersão noutros
ambientes de investigação em Finanças. Finalmente, facilita economias de escala relativas ao serviço
docente que decorre do programa de Doutoramento em Finanças.

Tal intercâmbio permitirá que os alunos possam frequentar um ou mais semestres de outros programas
de doutoramento em Finanças, sendo as restantes unidades curriculares de Finanças asseguradas pelos
professores do grupo de Finanças do Departamento de Gestão da Universidade do Minho, a saber:

• Manuel José da Rocha Armada (Professor Catedrático), Ph.D - Manchester Business School.

• Maria do Céu Ribeiro Cortez (Professora Associada), Doutora - Universidade do Minho.

• Artur Jorge Pereira Rodrigues (Professor Auxiliar), Doutor - Universidade do Minho.

• Florinda Conceição Campos Cerejeira da Silva (Professora Auxiliar), Doutora - Universidade do


Minho.

• Gilberto Ramos Loureiro (Professor Auxiliar), Ph.D – Ohio State University.

• Nelson Manuel de Pinho Brandão Costa Areal (Professor Auxiliar), Ph.D – University of
Lancaster.

O grupo conta ainda com dois assistentes em fase adiantada do seu programa de doutoramento.

6 Encargos decorrentes com o funcionamento do curso

Não se prevêem encargos adicionais significativos na medida em que os recursos humanos e


equipamentos de apoio são os já existentes na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.

26
Anexo 1: Minuta da Resolução do Senado Universitário

27
Resolução SU-xx/2009

Sob proposta da Escola de Economia e Gestão;

Ouvido o Conselho Académico nos termos da alínea g) do nº 2 do artigo 24º dos Estatutos da Universidade
do Minho;

Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 7º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro, no nº 1 do artigo 1º do


Decreto-Lei nº 155/89, de 11 de Maio; no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro; no Decreto-Lei nº
74/2006, de 24 de Março; e no nº 2 do artigo 20º dos Estatutos da Universidade do Minho;

O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de xxx de xxxxxxx de 2009, determina:


(Criação de curso)

É criado o Doutoramento (3º Ciclo) em Finanças, pela Universidade do Minho, de acordo com a presente
resolução.


(Organização do curso)

O doutoramento em Finanças, adiante simplesmente designado por curso, organiza-se de acordo com o
sistema de unidades de crédito europeus (ECTS).


(Estrutura curricular)

A estrutura curricular do curso é apresentada ao anexo à presente Resolução.


(Plano de estudos)

O plano de estudos será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho Académico, a publicar na II
Série do Diário da República.


(Habilitações de acesso)

Os candidatos ao Doutoramento em Contabilidade deverão satisfazer as condições estabelecidas na


legislação nacional, nos normativos específicos aplicáveis e, em particular, respeitar pelo menos uma das
alternativas expressas nos pontos seguintes: (1) Possuir o grau de Mestre ou um segundo ciclo de formação
superior em Finanças, Economia, Gestão ou áreas afins; (2) Possuir o grau de licenciado (obtido em

28
instituição nacional ou estrangeira) e que seja detentor de um currículo escolar ou científico especialmente
relevante que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pela
Comissão Científica do Programa; (3) Possuir um currículo profissional ou científico reconhecido como
relevante e apropriado pela Comissão Científica do Programa.


(Condições de acesso)

1. A matrícula e a inscrição no Curso estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar anualmente por
despacho do Reitor.

2. O despacho a que se refere o nº1 deste artigo, estabelecerá qual o número mínimo de inscrições
indispensável ao funcionamento do curso.


(Diploma de Estudos)

1. Os alunos que obtenham aprovação das unidades curriculares que integram o plano de estudos do Curso e
na Tese têm direito a uma carta doutoral que certifica o grau de Doutor.

2. Os alunos que terminem com aproveitamento todas as unidades curriculares do primeiro ano da parte
escolar do curso têm direito a um Diploma de Estudos Pós-Graduados em Finanças.


(Início de funcionamento)

O início de funcionamento do curso será fixado por despacho do Reitor sob proposta do Conselho Académico
e verificada a existência de recursos humanos e materiais necessários à sua concretização.

Universidade do Minho, xxx de xxxxxxx de 2009.

O Presidente do Senado Universitário,

A. Guimarães Rodrigues

29
Anexo

Resolução SU-xx/2009

1 Área científica do curso

Finanças

2 Duração normal do curso

6 semestres.

3 Número de unidades de crédito necessários para a obtenção do grau

180 créditos (ECTS)

4 Áreas Científicas e distribuição das unidades de crédito

Áreas científicas obrigatórias

Finanças 168 créditos (ECTS)


Ecomomia 12 créditos (ECTS)

5 Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico, nos termos dos Estatutos da Universidade.

30
Anexo 2: Plano de estudos de acordo com o ponto 11 do formulário da DGES

31
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
1º ano - 1º semestre

QUADRO N.º 1

TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
Complementos de Finanças T (36)
F Semestral 280 10
Empresariais OT (4)
T (24);
Econometria E Semestral 168 6
OT(4,5)
T (24);
Microeconomia E Semestral 168 6
OT(3,5)
Workshop I F Semestral 224 S(24) 8

32
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
1º Ano – 2º Semestre

QUADRO N.º 2
TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
T (36)
Investimentos F Semestral 280 10
OT (4)
Tópicos Avançados de Finanças F Semestral 280 T (36); OT(4) 10
Workshop II F Semestral 280 S (36) 10

Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
2º Ano – 1º Semestre

QUADRO N.º 3
TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
Seminários de Investigação em
F Semestral 140 S (15) 5
Finanças
Tese F Semestral 700 25

33
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
2º Ano – 2º Semestre

QUADRO N.º 4
TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
Seminários de Investigação em
F Semestral 140 S (15) 5
Finanças
Tese F Semestral 700 25

Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
3º Ano – 1º Semestre

QUADRO N.º 5
TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
Seminários de Investigação em
F Semestral 140 S (15) 5
Finanças
Tese F Semestral 700 25

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Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão – Departamento de Gestão
Doutoramento em Finanças
Doutor
Finanças
3º Ano – 2º Semestre

QUADRO N.º 6
TEMPO DE TRABALHO
UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
TOTAL CONTACTO
Seminários de Investigação em
F Semestral 140 S (15) 5
Finanças
Tese F Semestral 700 25

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Anexo 3: Proposta de Regulamento

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Artigo 1.º
(Natureza e âmbito de aplicação)

1. Este regulamento dá cumprimento ao disposto no Regulamento do Ciclo de Estudos


Conducente ao Grau de Doutor pela Universidade do Minho (Despacho RT-01/2007, de 3 de
Janeiro de 2007).

2. As normas contidas neste regulamento destinam-se ao Doutoramento em Finanças,


organizado pela Escola de Economia e Gestão (adiante designada EEG ou Escola) e conducente
à obtenção do grau de Doutor em Finanças.

Artigo 2.º
(Grau de doutor)

A Universidade do Minho, através da EEG, confere o grau de doutor em Finanças.

Artigo 3º
(Habilitações de acesso)

1. Podem candidatar-se ao Doutoramento em Finanças:

a) os titulares do grau de mestre, ou equivalente legal, em Finanças, Economia, Gestão ou áreas


afins;

b) os titulares do grau de licenciado (obtido em instituição nacional ou estrangeira) e que seja


detentor de um currículo escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido
como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pela Comissão Científica do
Programa;

2. Podem também candidatar-se ao Doutoramento os detentores de um currículo escolar,


científico ou profissional reconhecido como relevante e apropriado pela Comissão Directiva do
Doutoramento (adiante designada CDD).

Artigo 4º
(Candidatura)

1. Os candidatos a doutoramento devem requerer ao Conselho Científico da EEG a sua admissão

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ao programa do doutoramento.

2. O requerimento de candidatura, que poderá obedecer a um modelo-tipo a aprovar pela CDD,


deve ser instruído com:

a) documentos comprovativos das habilitações de acesso ao doutoramento, de que o


candidato é titular;

b) curriculum vitae actualizado;

c) domínio a investigar;

d) a indicação do ramo do conhecimento e especialidade ao qual se candidata.

3. Os candidatos que se apresentem a provas de doutoramento sob sua exclusiva


responsabilidade, deverão instruir os respectivos requerimentos com os elementos referidos nas
alíneas a), b), c), d) do número anterior, bem como com documento comprovativo de que
dispõem dos meios necessários à realização dos trabalhos de investigação.

Artigo 5º
(Aceitação da candidatura)

1. A decisão sobre o requerimento de candidatura é da competência do Conselho Científico da


EEG, sob proposta da CDD, e deverá ter lugar nos 30 dias subsequentes à entrega do mesmo.

2. A recusa da candidatura apenas pode ter como fundamento a falta dos pressupostos
legalmente exigidos.

3. O número de candidatos a admitir em cada ano lectivo será fixado por despacho reitoral, sob
proposta da CDD.

Artigo 6.º
(Critérios de selecção)

São considerados os seguintes critérios de selecção dos candidatos:

a) Classificação final de Licenciatura e de Mestrado;

b) Outras formações específicas na área da Finanças;

c) Experiência profissional relevante para a área do Doutoramento;

d) Publicação de trabalhos científicos na área da Finanças;

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f) Comunicações apresentadas em realizações científicas da área da Finanças.

Artigo 7º
(Selecção dos candidatos)

1. A CDD procede à seriação dos candidatos atendendo aos seus graus e classificações
académicas, e aos demais elementos do seu currículo científico e profissional e à entrevista.

2. Finda a aplicação dos critérios de selecção, a CDD procede à classificação e ordenação dos
candidatos e elaborará acta fundamentada da qual constará a lista dos candidatos admitidos
(incluindo os suplentes) e não admitidos.

3. A ponderação dos diversos critérios enunciados no nº 2 é da responsabilidade da CDD e


deverá ser incluída na acta referida no número anterior.

4. A acta está sujeita a homologação do Conselho Científico da EEG.

5. Da decisão não cabe recurso, salvo se arguida de vício de forma.

Artigo 8º
(Matrícula e Propinas)

1. O candidato admitido deverá proceder à matrícula no Programa nos Serviços Académicos, no


prazo indicado no edital de abertura do Programa.

2. São devidas taxa de matrícula e propinas pela inscrição e frequência do Programa.

3. Os valores da taxa de matrícula e das propinas são fixados anualmente pelo Reitor.

Artigo 9.º
(Organização e estrutura curricular)

1. O programa de doutoramento é composto pela:

a) frequência com aproveitamento das unidades curriculares que integram o plano de estudos
do programa de doutoramento;

b) e preparação e elaboração de uma tese orientada de doutoramento.

2. O programa tem a duração máxima de 3 anos lectivos a tempo integral e de seis anos lectivos

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a tempo parcial.

3. Excepcionalmente, estes prazos poderão ser prorrogados por mais um ano, em casos
devidamente fundamentados.

4. A componente curricular do Programa organiza-se em unidades curriculares, distribuídas pela


componente lectiva do plano de estudos em anexo.

5. O Programa rege-se pelo sistema de unidades de crédito (ECTS).

6. A avaliação final em cada unidade curricular é expressa através de uma classificação na


escala numérica inteira de 0 a 20.

7. As unidades curriculares poderão ser leccionadas em português ou em inglês.

8. A aprovação em todas as unidades curriculares do primeiro ano confere um Diploma de


Estudos Avançados em Finanças.

9. A CDD poderá dispensar os candidatos, que o requeiram fundamentadamente, da frequência


de parte ou todas as unidades curriculares do primeiro ano.

Artigo 10º
(Ensino formal)

1. No final do 1º ano de frequência do curso, o candidato terá de se submeter a um exame que


incidirá sobre as matérias fundamentais leccionadas durante os dois primeiros semestres da
parte escolar.

2. No terceiro semestre, o candidato deve elaborar o projecto de tese que consistirá de revisão
aprofundada da literatura, estruturação das hipóteses de trabalho e metodologia a aplicar.

3. O acompanhamento do projecto de tese será da responsabilidade de um professor do grupo


de Finanças da EEG, mediante aprovação da CDD.

4. O projecto de tese terá que ser apresentado até ao final do terceiro semestre.

5. Excepcionalmente, a CDD poderá, a requerimento do interessado, autorizar o adiamento da


entrega do projecto até ao período máximo de três meses, não implicando o aumento do período
da duração do doutoramento.

6. O projecto será defendido perante um júri de Doutorados em Finanças ou áreas afins.

7. O júri poderá aprovar o projecto de tese na íntegra, sugerir alterações ou rejeitá-lo, convidando

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o candidato à sua reformulação.

8. A avaliação positiva na parte curricular (incluindo o exame de admissão ao 2º ano e a defesa


do projecto de tese) é condição indispensável para a prossecução do Programa.

Artigo 11º
(Orientação da tese)

1. A preparação da tese de doutoramento, incluindo os trabalhos de investigação que lhe são


inerentes, é orientada por um professor da Universidade do Minho.

2. Em casos devidamente justificados, pode admitir-se a co-orientação da tese, sendo pelo


menos um dos orientadores um professor ou investigador doutorado da Universidade do Minho.

3. No prazo de 30 dias após decisão favorável referente à avaliação da parte curricular, o


candidato deve requerer ao Conselho Científico a aprovação do seu projecto e homologação do
respectivo orientador, juntando a declaração de aceitação do mesmo, bem como parecer da
CDD, para efeitos de registo, nos termos do disposto no artigo 12.º

Artigo 12º
(Registo do tema e do plano da tese)

1. Uma vez nomeado o orientador, o candidato deve proceder ao registo do tema da tese, bem
como do plano provisório da mesma.

2. O registo é feito na Reitoria da Universidade, no prazo de 90 dias, após comunicação ao


candidato da aprovação do plano da tese.

3. Do registo é passada declaração ao candidato, comprovativa do acto, sendo do mesmo dado


conhecimento ao Conselho Científico.

4. O registo caduca quando, um ano após a data prevista para conclusão do ciclo de estudos,
não tenha tido lugar a entrega da tese.

5. O registo pode ser prorrogado, em casos concretos e fundamentados, mediante parecer


favorável do Conselho Científico.

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Artigo 13º
(Prova de doutoramento)

A prova de doutoramento consiste na discussão pública e defesa de uma tese original.

Artigo 14º
(Requerimento de admissão à prova de doutoramento)

1. O requerimento de admissão à prova de doutoramento, dirigido ao Reitor, deverá ser instruído


com:

a) Certidão comprovativa da frequência com aprovação do programa curricular;

b) 10 exemplares da tese;

c) 10 exemplares do curriculum vitae;

d) pareceres do(s) orientador(es), salvo quando o candidato se apresenta sobre sua exclusiva
responsabilidade;

e) 3 exemplares da tese em suporte digital;

f) 10 exemplares do resumo da tese em Português e Inglês, com a extensão máxima de uma


página.

2. A prova não pode ser requerida antes de decorridos três anos sobre a data de admissão do
candidato.

3. A tese pode ser redigida em Português ou em Inglês. Poderá ainda ser redigida noutra língua
quando o programa de Doutoramento seja leccionado em conjunto em universidades de países
doutra língua e conste de protocolo.

Artigo 15º
(Nomeação do júri)

1. O júri é nomeado pelo Reitor, sob proposta do Conselho Científico, nos 30 dias subsequentes
à entrega da tese.

2. O despacho de nomeação do júri deve, no prazo de cinco dias, ser comunicado por escrito ao
candidato e afixado na respectiva Escola, sendo ainda publicitado no portal de Comunicação da

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Universidade (http://umonline.uminho.pt) e no Boletim da Universidade.

Artigo 16º
(Constituição do júri)

1. O júri de doutoramento é constituído:

a) Pelo Reitor, que preside, ou por quem dele receba delegação para esse fim;

b) Por um mínimo de três vogais doutorados;

c) Pelo orientador ou orientadores, sempre que existam.

2. Dois dos membros do júri referidos no número anterior são designados de entre professores e
investigadores doutorados de outras instituições de ensino superior ou de investigação, nacionais
ou estrangeiras.

3. Podem ainda fazer parte do júri especialistas de reconhecida competência na área científica
em que se insere a tese.

4. O júri deve integrar, pelo menos, três professores ou investigadores do domínio científico em
que se insere a tese.

5. O Reitor pode delegar a presidência do júri num Vice-Reitor, com poderes de subdelegação no
Presidente da Escola, sendo que, nas faltas e impedimentos deste, essa subdelegação é
extensiva aos Vice-Presidentes, desde que, em ambos os casos, sejam professores catedráticos
de nomeação definitiva.

Artigo 17º
(Tramitação do processo)

1. Nos 60 dias subsequentes à publicação da sua nomeação, o júri profere um despacho


liminar, no qual declara aceite ou não a tese ou, em alternativa, recomenda fundamentadamente
ao candidato a sua reformulação.

2. Caso o júri recomende a reformulação da tese, o candidato dispõe de um prazo de 120 dias,
improrrogável, para proceder a essa reformulação ou declarar que pretende manter a tese tal
como a apresentou.

3. Recebida a tese reformulada ou feita a declaração referida no número anterior, procede-se à


marcação das provas públicas de discussão da tese.

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4. Considera-se ter havido desistência do candidato se, esgotado o prazo referido no nº 2, este
não apresentar a tese reformulada ou a declaração aí referida.

5. As provas devem ter lugar no prazo máximo de 60 dias a contar:

a) do despacho de aceitação da tese ou;

b) da data de entrega da tese reformulada ou da declaração de que se prescinde da

reformulação.

Artigo 18º
(Discussão da tese)

1. A discussão pública da tese não pode ter lugar sem a presença do presidente e da maioria
dos restantes membros do júri.

2. A discussão da tese tem a duração máxima de três horas, nela podendo intervir todos os
membros do júri, sem prejuízo de poderem ser designados um ou mais relatores.

3. Previamente à realização das provas, o júri definirá a ordem e forma das intervenções dos
seus membros.

4. Na discussão da tese deve ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos
membros do júri.

5. A discussão da tese deve ocorrer em português, salvo em casos excepcionais, os quais devem
merecer a concordância do júri.

Artigo 19º
(Deliberação do júri)

1. Concluída a discussão referida no artigo anterior, o júri reúne para apreciação da prova e para
deliberação sobre a classificação final do candidato através de votação nominal fundamentada,
não sendo permitidas abstenções.

2. O presidente do júri dispõe de voto de qualidade, podendo também participar na decisão


quando tenha sido designado vogal.

3. O resultado final atribuído pelo júri considera as classificações obtidas nas unidades
curriculares do doutoramento e o mérito da tese apreciado no acto público.

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4. A classificação final do grau de doutor é atribuída na forma de “aprovado” ou “recusado”.

5. Da prova e das reuniões do júri é lavrada acta, da qual constarão os votos de cada um dos
seus membros e respectiva fundamentação.

6. A emissão da carta doutoral, bem como das respectivas certidões, é acompanhada da


emissão de um suplemento ao diploma elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei
n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro.

Artigo 20º
(Suspensão da contagem dos prazos)

1. A contagem dos prazos para a entrega, para reformulação e para a discussão pública da tese
pode ser suspensa pelo Reitor, nos casos previstos na lei, ouvido o Conselho Científico da EEG.

2. Os prazos para as deliberações dos órgãos colegiais previstos neste Regulamento,


suspendem-se durante as férias escolares.

Artigo 21º
(Comissão Directiva do Doutoramento)

1. A CDD é o órgão de direcção e gestão do Programa de Doutoramento.

2. Constituem a CDD:

a) O Presidente, que será um professor catedrático ou associado do grupo de Finanças do


Departamento de Gestão da EEG;

b) Dois doutorados do grupo de Finanças do Departamento de Gestão da EEG.

Artigo 22º
(Competências da Comissão Directiva do Doutoramento)

1. Compete à CDD:

a) Assegurar a gestão corrente do Programa;

b) Acompanhar o desenvolvimento do Programa e propor as modificações que julgar


convenientes para edições futuras;

c) Definir os termos em que será feita a divulgação nacional e internacional do Programa de

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Doutoramento;

d) Estabelecer o calendário escolar de cada edição;

e) Estabelecer o horário da componente curricular;

f) Indicar os professores para a leccionação das disciplinas da parte curricular;

g) Nomear o júri para a discussão do projecto;

h) Fixar o conteúdo do exame de admissão ao 2º ano do programa de doutoramento, sob


proposta dos docentes;

i) Elaborar as propostas de constituição de júris de doutoramento, ouvido o orientador, e


submetê-las superiormente para aprovação e nomeação;

j) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas pelos regulamentos ou delegadas
pelo Conselho Científico da EEG.

Artigo 23º
(Colaboração com outras Instituições)

O programa de Doutoramento em Finanças pode ser realizado em colaboração com outras


universidades nacionais ou estrangeiras, nos termos de protocolo de cooperação a estabelecer
entre essas instituições.

Artigo 24º
(Doutoramento europeu)

1. Aprovado pela Confederação dos Conselhos de Reitores Europeus, o doutoramento europeu


refere-se a um título associado ao grau de doutor atribuído por universidades europeias, no caso
concreto do presente regulamento, pela Universidade do Minho.

2. A atribuição do título de doutoramento europeu coloca as seguintes exigências:

a) o requerente deve estar inscrito em doutoramento na Universidade do Minho;

b) o requerente deve ter realizado um período de estudos ou de investigação referente à


preparação da tese, com duração não inferior a três meses, numa universidade de um outro país
europeu;

c) o júri das provas deve incluir um membro originário de uma universidade de um outro país

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europeu;

d) a existência de dois pareceres positivos relativamente à tese emitidos por outros tantos
professores pertencentes a duas instituições de ensino superior de dois países europeus que não
Portugal; estes pareceres devem ser tomados em consideração na primeira reunião do júri,
fazendo parte integrante da respectiva acta;

e) na prova pública de doutoramento, uma parte da defesa da tese deve ocorrer numa língua
oficial da comunidade europeia que não a portuguesa, circunstância que deve ficar explicitada
na acta.

3 – Para efeitos da alínea b) do ponto anterior, deve ser celebrado protocolo específico entre a
Universidade do Minho e a Universidade de recepção do doutorando, devendo esta emitir uma
certidão comprovativa do trabalho realizado.

Artigo 25º
(Alterações ao Regulamento)

As alterações ao presente regulamento são da competência da Comissão Directiva do


Doutoramento.

Artigo 26º
(Normas aplicáveis)

Em tudo quanto não é específico deste Programa de Doutoramento aplica-se o Regulamento do


Grau de Doutor conferido pela Universidade do Minho (Despacho RT-1/2007).

Artigo 27º
(Entrada em vigor)

O regulamento entra em vigor após a sua homologação pelo Reitor e respectiva publicação.

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Anexo 4: Condições de Acesso e Critérios de Selecção

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Os candidatos ao Doutoramento em Finanças deverão satisfazer as condições estabelecidas
na legislação nacional, nos normativos específicos aplicáveis e, em particular, respeitar pelo
menos uma das alternativas expressas nas alíneas seguintes:

a) Possuir o grau de Mestre ou um segundo ciclo de formação superior em Finanças,


Economia ou Gestão ou áreas afins.

b) Possuir o grau de licenciado (obtido em instituição nacional ou estrangeira) e que seja


detentor de um currículo escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido
como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pela Comissão
Científica do Programa.

c) Possuir um currículo profissional ou científico reconhecido como relevante e apropriado


pela Comissão Científica do Programa.

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