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COMPRESSOR

O compressor é um equipamento concebido para aumentar a pressão de um fluido em


estado gasoso (ar, vapor de água, hidrogênio etc.) e armazená-la em reservatórios próprios
para que esta pressão possa ser utilizada para diversos trabalhos. Possui o mesmo princípio
de funcionamento que as bombas e as diferenças entre eles são decorrentes das diferenças
existentes nas propriedades dos líquidos (incompressíveis, mais densos) e dos gases
(compressíveis menos densos).
Em uma visão mais voltada a prática destes equipamentos,
compressores são máquinas operatrizes que transformam trabalho
mecânico em energia comunicada a um gás, preponderantemente
sob forma de energia de pressão.

Graças a essa energia de pressão que adquire, isto é, à pressurização,


o gás pode:
Deslocar-se a longas distancias em tubulações; Ser armazenado em
reservatórios para ser usado quando necessário, isto é, acumulo de
energia;
Realizar trabalho mecânico, atuando sobre dispositivos,
equipamentos e máquinas motrizes (motores a ar comprimido, por
exemplo).
UM BREVE HISTÓRICO

A Primeira aplicação do ar comprimido, certamente, ocorreu na pré-


história, para avivar as brasas de uma fogueira.

E o primeiro compressor, os pulmões humanos, é capaz de fornecer


uma vazão de 100 l/min. a uma pressão de 0,02 a 0,08 bar em valores
médios.
Por volta de 3.0 AC, quando o homem começou a trabalhar com metais
esse compressor, os pulmões humanos, mostraram-se ineficiente e
passou-se a utilizar o vento como fonte de ar.

No Egito, em 1.500 AC, foram introduzidos os foles acionados com os pés


ou com as mãos. Os foles manuais permaneceram em uso por mais de 2.0
anos.
Em 1762 John Smeaton registra a patente de um compressor acionado
por uma roda d’água.

Em 1857 foi feita a primeira experiência de sucesso no transporte de


energia por meio de ar comprimido, na construção do túnel Mont Cenis,
nos Alpes Suíços.
Em Paris, no ano de 1888 entra em operação a primeira planta de
distribuição de ar comprimido. O ar comprimido era usado desde o
acionamento de geradores e relógios até distribuição de cerveja.

Em 1935, a Mannesmann fabrica um compressor de ar alternativo,


resfriado a água, de duplo efeito e duplo estágio.
O escoamento e aumento de pressão de fluidos compressíveis tornou-se possível por
máquinas como os compressores, ejetores, ventiladores, sopradores e bombas de
vácuo e o surgimento de novas técnicas de construção e o desenvolvimento de novos
materiais foram cruciais para o aprimoramento de novos compressores.

• CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO


As características físicas de um compressor podem variar muito de acordo com
atividade que ele desempenhará. Veja as seguintes categorias:

• Compressores de Ar para Serviços Ordinários:


• Os compressores de ar para serviços ordinários são fabricados em série, visando
baixo custo inicial. Destinam-se normalmente a serviços de jateamento, limpeza,
pintura, acionamento de pequenas máquinas pneumáticas, etc.
• Compressores de Ar para Sistemas Industriais:
• Os compressores de ar para sistemas industriais destinam-se às centrais
encarregadas do suprimento de ar em unidades industriais. Embora possam
chegar a serem máquinas de grande porte e custo aquisitivo e operacional
elevados, são oferecidos em padrões básicos pelos fabricantes. Isso é possível
porque as condições de operação dessas máquinas costumam variar pouco de um
sistema para outro, há exceção talvez da vazão.
Compressores de Gás ou de Processo:

Projeto, operação, manutenção, etc Depende fundamentalmente da aplicação.


Os compressores de gás ou de processo podem ser requeridos para as mais variadas
condições de operação, de modo que toda a sua sistemática de especificação,
Incluem-se nessa categoria certos sistemas de compressão de ar com características
anormais. Como exemplo, citamos o soprador de ar do forno de craqueamento
catalítico das refinarias de petróleo ("blower do F.C.C."). Trata-se de uma máquina de
enorme vazão e potência, que exige uma concepção análoga à de um compressor de
gás.f
• Compressores de Refrigeração:

Os compressores de refrigeração são máquinas desenvolvidas por certos fabricantes


com vistas a essa aplicação. Operam com fluidos bastante específicos e em condições
de sucção e descarga pouco variáveis, possibilitando a produção em série e até
mesmo o fornecimento incluindo todos os demais equipamentos do sistema de
refrigeração.

Compressores para Serviço de Vácuo: Os compressores para serviço de vácuo são


máquinas que trabalham em condições bem peculiares. A pressão de sucção é sub-
atmosférica, a pressão de descarga é quase sempre atmosférica e o fluido de trabalho
normalmente é o ar. Face à anormalidade dessas condições de serviço, foi
desenvolvida uma tecnologia toda própria, fazendo com que as máquinas
pertencentes a essa categoria apresentem características bastante específicas.
• CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRINCÍPIO CONSTRUTIVO São dois os princípios em que se
baseiam os compressores de uso industrial:

• volumétrico e dinâmico.

Nos compressores volumétricos ou de deslocamento positivo, a elevação de pressão é


conseguida através da redução do volume ocupado pelo gás. Na operação dessas máquinas
podem ser identificadas diversas fases, que constituem o ciclo de funcionamento: inicialmente,
uma certa quantidade de gás é admitida no interior de uma câmara de compressão, que então é
cerrada e sofre redução de volume. Finalmente, a câmara é aberta e o gás liberado para
consumo. Trata-se, pois, de um processo intermitente, no qual a compressão propriamente dita é
efetuada em sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com a sucção e a descarga. Conforme
iremos constatar logo adiante, pode haver algumas diferenças entre os ciclos de funcionamento
das máquinas dessa espécie, em função das características específicas de cada uma.

Já os compressores dinâmicos ou turbo compressores possuem dois órgãos principais: impelidor


e difusor. O impelidor é um órgão rotativo munido de pás que transfere ao ar a energia recebida
de um acionador. Essa transferência de energia se faz em parte na forma cinética e em outra
parte na forma de entalpia. Posteriormente, o escoamento estabelecido no impelidor é recebido
por um órgão fixo denominado difusor, cuja função é promover a transformação da energia
cinética do ar em entalpia, com consequente ganho de pressão. Os compressores dinâmicos
efetuam o processo de compressão de maneira contínua, e, portanto corresponde exatamente
ao que se denomina, em termodinâmica, um volume de controle.
• Compressores alternativos

Nos compressores alternativos a compressão do gás é feita em uma câmara de volume


variável (cilindro) por um pistão, ligado a um mecanismo biela-manivela similar ao de
um motor alternativo. Quando o pistão no movimento ascendente comprime o gás a
um valor determinado, uma válvula se abre deixando o gás escapar, praticamente com
pressão constante. Ao final do movimento de ascensão, a válvula de exaustão se
fecha, e a de admissão se abre, preenchendo a câmara à medida que o pistão se
move. Os compressores alternativos podem ser de simples ou duplo efeito e de um ou
mais estágios de compressão.
• Compressores alternativos (Pistão ou êmbolo)

Usam sistemas de manivelas e bielas conectadas a pistões nos interior de cilindros. A


disposição desses cilindros poderá ser em “V”, em linha, opostos, em estrela, etc. Este
compressor contém um êmbolo que produz movimento linear. Ele é apropriado para
todos os tipos de pressões, podendo atingir milhares de kpa.

• Alternativos
• Volumétricos
• Palhetas
• Rotativos Parafusos
• Lóbulos Compressores
• Centrífugos ( Trajetória Radial )
• Dinâmicos Axiais ( Trajetória Axial ) Ejetores
Compressores alternativos

É o mais empregado em pequenas e médias


tipo comercial e industrial. São
refrigeração instalaçõe
empregados quando da
se requer
s
pequeno deslocamento volumétrico e grande pressão, comparada a outros
tipos de compressores. São preferidos para o caso de fluidos frigorígenos de
calor de vaporização volumétrico elevado, como NH³, F-12, F-22, CH³Cl,
CO², etc.
Os compressores alternativos de êmbolo (pode-se usar de membrana em
pequeno porte) usados em refrigeração podem ser:

 De simples ou duplo efeito.


 Horizontais, verticais, em V, em W ou radiais.
 De um ou mais cilindros (chegando a um total de
16).
As unidades abertas, possuem um eixo virabrequim que é acoplado ao
motor que o faz girar e transmitir o movimento para os pistões que
comprimem o vapor. Um selo mecânico garante que o óleo do cárter não
escoe para fora.
Já nos compressores hermético ou semi-hermético, estes são acoplados
diretamente no interior do próprio cárter em unidades ditas blindadas. Com
lubrificação forçada (bomba) ou por pescador.
Com resfriamento dos cilindros por meio do fluxo de algum refrigerante
(normalmente água) ou por meio de aletas no caso de ar.
Compressores rotativos/parafuso

Video compressor parafuso


Compressores rotativos/parafuso

O compressor parafuso é classificado em deslocamento positivo tipo


rotativo. Este tipo de compressor, emprega a ação rotativa para compressão e
descarga do gás. O efeito é o mesmo do compressor alternativo. Podem
admitir variação de capacidade de 10 a 100%. A compressão é feita pelo
engrenamento de dois rotores que giram em eixos paralelos no interior de
uma carcaça. Estes rotores são chamados rotor “macho” e rotor “fêmea”. O
rotor macho tem quatro lóbulos convexos que engrenam com os seis lóbulos
côncavos do rotor fêmea.
O processo varia de acordo com o fabricante, porém, basicamente pode-
se dizer que o processo ocorre da seguinte forma:

1. Processo de sucção: O convexo do rotor macho e o côncavo do rotor


fêmea engrenam-se helicoidalmente, e as bordas dos rotores são seladas pela
carcaça. O porto de sucção ganhara gradualmente o espaço longitudinal do
côncavo do rotor através do giro, até o encontro da extremidade do convexo e
côncavo dos rotores, que forma a bolsa de relação volumétrica.
2. Processo de compressão: Assim continuando o giro, convexo
com
côncavo se engrenam helicoidalmente, inicia o deslocamento, redução
da bolsa e gradualmente direcionado para a descarga.
3. Processo de descarga: Como descrição anterior, forma a bolsa
de
relação volumétrica, e o espaço vai se reduzindo até o encontro com o porto
de descarga onde é completamente purgada. Iniciando-se um novo ciclo.
Alguns fabricantes fornecem opção de acoplamento do motor tanto
no
rotor macho quanto no rotor fêmea. Para o caso de acoplamento no rotor
fêmea os rotores devem ser na forma endurecidos.

O sistema de capacidade é regulado através de um sistema deslizante


ajustado abaixo dos rotores. O pistão movimenta o sistema deslizante. Este
pistão é influenciado pela pressão do gás no lado da descarga do compressor
e da pressão do óleo lubrificante controlado por válvulas solenóides (caso do
SAB 163).

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