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Capítulo 3
Capítulo 3
p R p R’
pR pR
Q pQ pQ
Q’
pp pp
P P’
v v
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definida; pontos P’, Q’ e R’, conforme está ilustrado na Fig. III-1. Esta duas curvas
podem ser estendidas para alta pressões e em algum ponto se encontrarão (Fig. III-2).
Este ponto particular é chamado de ponto crítico. No ponto crítico a entalpia de
vaporização é zero. Substâncias que se localizam abaixo deste ponto e dentro das
curvas apresentam duas fases, líquido e vapor seco. Esta mistura é denominada vapor
úmido. O estado para o qual uma mudança de fase pode ocorre sem alterações na
pressão e temperatura é conhecido como estado de saturação. A linha definida pelos
pontos P, Q e R é denominada linha de líquido saturado. De maneira similar, a linha
definida pelos pontos P’, Q’ e R’ é denominada linha de vapor saturado. Usualmente,
o vapor saturado é chamado de vapor seco saturado, uma vez que não contem líquido.
A Figura III-2 mostra as linhas de temperatura constantes, isotérmicas, num diagrama
p – v.
TC
p
R’
T3
Q’
T2
T1 P’
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independentes pois para diversos valores de v, tanto T quanto P são constantes,
portanto, P e T não são propriedades independentes nesta região. Portanto, dado, P ou
T, uma segunda propriedade deve ser fornecida para se definir por completo o estado
termodinâmico da mistura. Conforme se observa na Fig. III-2, o volume específico
pode ser combinado com outra propriedade, P ou T, para se definir um dado estado na
região de vapor úmido. Nesta região, costuma-se identificar o volume específico pelo
título (x), grau de secura, da mistura. Isto é,
massa de vapor
x=
massa da mistura
Desta forma, título igual a 1 significa vapor saturado e título igual a zero, líquido
saturado.
A distinção entre gás e vapor super aquecido não é muito rígida. Em elevado graus de
super aquecimento, uma isotérmica no diagrama p – v tende para uma hipérbole (pv =
constante). Sabemos que a equação dos gases perfeitos é dada por
pv
= constante .
T
Quando uma linha de temperatura constante segue uma lei hiperbólica, a equação
acima é satisfeita. Todas as substâncias tendem a obedecer aquela equação em
elevados graus de super aquecimento. Oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, denominados
gases, são simplesmente vapores altamente super aquecidos em temperaturas
atmosféricas. Substâncias que ocorrem normalmente no estado de vapor precisam ser
aquecidas a altas temperaturas antes de iniciarem comportamento típico de gás
perfeito.
As propriedade de vapor saturado podem ser encontradas em tabelas ou em programa
de computadores. Seguem algumas observações.
Q +W = u2 − u2 = ug − u f
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O trabalho é dado pela área sobre a curva no diagrama p – v. Isto é,
W = −( v g − v f ) p
Portanto,
Q = (u g − u f ) + p(v g − v f )
Q = (u g + pv g ) − (u f + pv f )
Da definição de entalpia,
Q = h g − h f = h fg
Na região de vapor úmido, o volume total da mistura é dado pela soma do volume do
líquido presente mais o volume da vapor seco. O volume específico é dado por,
h = h f (1 − x ) + xhg u = u f (1 − x ) + xu g
h = h f + xh fg u = u f + x(u g − u f )
Exemplo III-1:
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Utilize o programa apropriado e calcule o volume específico, a entalpia específica e a
energia interna de vapor úmido a 18 bar com título igual a 0.9. Determine os valores
da propriedades nas linhas de saturação e verifique os valore obtidos empregando as
equações acima.
Exemplo III-2:
Vapor a 7 bar tem entalpia específica de 2600 kJ / kg. Calcule a temperatura, o
volume específico, a energia interna e o título.
Exemplo III-3:
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Utilizando o programa apropriado, calcule:
a) a entalpia, a temperatura e o volume específico a 1.902 bar, título 0.95;
b) a entalpia o volume específico e o título a 8.57 bar, 60 °C.
Gás Perfeito
pv
= constante = R .
T
De fato, nenhum gás segue rigorosamente esta lei mas nas aplicações práticas é uma
boa aproximação. Um gás imaginário que obedeça tal lei é denominado gás perfeito.
Na equação, R é a constante específica dos gases [N m / kg K ou kJ / kg K] cujo valor
é característico do gás em questão. Desta forma,
pv = RT pV = mRT
~=m
m
n
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Na equação acima, n é a quantidade de substância em moles [kmol] e m é a massa
~ tem a unidade [kg / kmol]. Equação do gás perfeito pode ser escrita
[kg]. Portanto, m
como,
~ RT .
pV = nm
pV ~
= mR .
nT
O termo do lado direito pode ser transformado numa única constante fornecendo,
~
pV = nR T .
~
O termo R é denominado constante universal do gases (molar) e vale
8314.5 N m / kmol K. O valor da constante para um gás específico pode ser achado
simplesmente dividindo-se a constante universal pelo peso molecular do gás.
Exemplo III-4:
Um vaso de volume 0.2 m3 contem nitrogênio a 1.1013 bar e 15 °C. Se 0.2 kg de
nitrogênio é bombeado para o tanque, calcule a nova pressão quando o vaso retornar à
sua temperatura inicial. O massa molecular do nitrogênio é 28 kg / kmol e este pode
ser assumido como gás perfeito.
~
R 8314.5
R= ~ = = 296.95 N m / kg K
m 28
Com as condições iniciais aplicadas à lei dos gases perfeitos de terminamos m1.
p1V1 = m1 RT1
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desta forma,
Nesta condição, aplicamos a lei dos gases perfeitos para determinar a pressão uma vez
que o volume e a temperatura são conhecidos e a massa foi calculada,
p 2V 2 = m 2 RT 2
dQ = mcdT .
⎛ ∂u ⎞ ⎛ ∂h ⎞
cv = ⎜ ⎟ cp = ⎜ ⎟ .
⎝ ∂T ⎠ v ⎝ ∂T ⎠ p
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dQ = mc v dT para um processo reversível a volume constante (sistema).
No caso de gases perfeitos, os calores específicos deveriam ser constantes para todas
as temperaturas e pressões. Contudo, variações nos calores específicos de gases reais
são observadas como conseqüência da mudança na temperatura. Assumindo-se que
não ocorre dependência para pequenas variações de temperatura, podemos integrar as
equações acima obtendo
Q = mc p (T2 − T1 ) Q = mc v (T2 − T1 ) .
dQ = du .
u = cvT + k .
W = − p (V 2 − V1 ) .
W = − mR (T2 − T1 )
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Q +W = U 2 −U1 .
Esta expressão pode ser rescrita com auxílio do calor específico a volume constante
na forma
Q + W = mc v (T2 − T1 ) .
Q − mR(T2 − T1 ) = mc v (T2 − T1 ) .
Desta forma,
Q = m(c v + R)(T2 − T1 )
c p − cv = R .
R γR
cv = e cp =
(γ − 1) (γ − 1)
Exemplo III-5:
(a) quando uma unidade de massa do gás está contida num vaso rígido a 3 bar e 315
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(b) quando um fluxo de massa unitário entre numa tubulação a 280 °C e flui, em
Constante R do gás é
~
R 8314.5
R= ~ = = 319.8 N m / kg K
m 26
R 319.8
cv = = 3 = 1.229 kJ / kg K
(γ − 1) 10 (1.26 − 1)
RT1 RT2
v1 = = v2 =
p1 p2
isolando-se T2
p2 1 .5
T2 = T1 = 588 × = 294 K.
p1 3
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Como a mudança de velocidade é desprezível e o trabalho é nulo, podemos escrever
h = c pT
Portanto,
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