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2020.3
1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação
Importância
Junto com a pressão, a vazão e o nível, a temperatura é uma das
principais variáveis de processo.
A medição e o controle da temperatura são de fundamental
importância numa vasta gama de aplicações, que abrange desde
processos físicos e químicos até a proteção de equipamentos.
Conceitos
A variação na quantidade de calor é dada por:
∆Q = m.c.∆T , (1)
em que:
∆Q → variação da quantidade de calor;
m → massa da substância envolvida;
c → calor específico (característica da substância);
∆T → variação da temperatura;
Conceitos
As unidades que exprimem a quantidade de calor são:
Caloria (cal): uma caloria é a quantidade de calor necessária para
elevar um grama de água de 14, 5o C a 15, 5o C .;
BTU - (British thermal unit): um BTU é igual a 252cal.
Embora não seja unidade métrica, o Inmetro perimite o emprego da
caloria.
O BTU ainda é empregado na área de refrigeração.
Conceitos
Um conceito fundamental é que o calor, sendo uma forma de energia,
não pode ser criado nem destruído.
A energia só pode ser transformada ou conduzida de um ponto para
outro.
Toda medição de temperatura é indireta, baseada na alteração de uma
propriedade física de um material, como seu comprimento, volume,
resistência elétrica, etc.
Escalas Termométricas
As escalas de medição de temperatura ou escalas termométricas
usualmente empregadas são:
a escala Celcius (o C ), que tende a se torna a escala técnica
internacional.
a escala Fahrenheit (o F ), ainda em uso em Bahamas, Palau, Belize,
Ilhas Cayman, os Estados Federados da Micronésia, as Ilhas Marshall e
os Estados Unidos e seus territórios, como Porto Rico, Ilhas Virgens
Americanas e Guam.
escala Kelvin (K ), também chamada absoluta ou termodinâmica,
empregada nas expressões físicas.
5
T o C = (T o F − 32), (2)
9
Especificação do Sistema
Faixa de temperatura: na prática industrial a medição é efetuada
numa gama muito extensa:
deste de temperaturas criogênicas: abaixo de −200o C ;
até temperaturas de alguns milhares de graus.
Nenhum sensor individual cobre toda esta gama, e o primeiro critério
de escolha será o atendimento atendimento à faixa requerida para
cada aplicação específica.
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Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação
Conceito
Os indicadores não são instrumentos de medição, mas têm usos
importantes na indústria.
Os indicadores de temperatura podem ser:
Indicadores cromáticos;
Indicadores pirométricos.
Indicadores Cromáticos
São aplicáveis somente aos corpos sólidos, compreendem uma família
de produtos químicos que sofrem alterações marcantes na sua
coloração quando atingem uma determinada temperatura.
Usualmente são sais de níquel, cobalto, cromo e cristais líquidos.
São incorporados à tintas que revestem o material ou etiquetas fixadas
no corpo.
Indicadores Cromáticos
Faixa de atuação: estão disponíveis de 50o C a 1300o C .
Erro: aproximadamente ±10o C .
Exemplo de uso: Reatores ou colunas que apresentam periculosidade
no caso de elevação excessiva da temperatura.
Indicadores Cromáticos
Indicadores Pirométricos
São pequenos dispositivos termomecânicos descartáveis, que indicam a
temperatura pela sua deformação.
Indicadores Pirométricos
Indicadores Pirométricos
Indicadores Pirométricos
Faixa de atuação: 600o C a 2000o C .
Erro: aproximadamente ±3o C .
Exemplo de uso: Indústria de cerâmica, em processos de tratamento
térmico.
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Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação
Termômetros Bimetálicos
É formado por duas ligas metálicas com coeficiente de dilatação
diferentes entre si.
São muito usados para medição de temperaturas no campo.
São baratos, no entanto sua interface não permite uma forma fácil
de conversão para um sinal que possa ser transmitido eletricamente.
Faixa de atuação: −50o C a +500o C .
Erro: ±1%
Termômetros Bimetálicos
Termômetros Bimetálicos
Termômetros Bimetálicos
Sistemas de Bulbo-Capilar
Também chamados sistemas de bulbo cheio, constam de um pequeno
reservatório metálico, o bulbo, conectado por meio de um capilar a um
tubo Bourdon similar ao de manômetros.
A indicação resulta da dilatação do fluido contido no bulbo e no
capilar, e do consequente aumento da pressão no tubo Bourdon.
Sistemas de Bulbo-Capilar
Sistemas de Bulbo-Capilar
É empregada a classificação SAMA (Scientific Apparatus Makers
Association - USA), mostradas na tabela abaixo, na qual também são
apresentados os limites de temperatura aplicáveis, a linearidade e a
precisão.
Sistemas de Bulbo-Capilar
A classificação SAMA inclui ainda uma letra que sucede o número
romano e indica de faixa de operação em relação à temperatura
ambiente:
A → Apenas temperaturas acima da faixa ambiente.
B → Apenas temperaturas abaixo da faixa ambiente.
C → Temperaturas acima e abaixo da faixa ambiente.
D → Temperaturas acima e abaixo da faixa ambiente,
incluindo a faixa ambiente.
Sistemas de Bulbo-Capilar
Sistema simples, robusto e de custo baixo, facilmente acoplados a
transmissores eletrônicos ou pneumáticos.
Comprimento máximo do capilar: 30m.
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Termopares
Pirômetros de Radiação
RT = Ro (1 + AT + BT 2 + CT 3 (T − 100)) (4)
De 0o C a 630o C:
RT = Ro (1 + AT + BT 2 ) (5)
O sensor Pt 100
Assim chamado por possuir elemento de platina e resistência
padronizada de 100Ω a 0o C ;
O Pt 100 é o termorresistor mais empregado em todo o mundo, devido
à sua estabilidade, repetibilidade, precisão e ampla faixa de operação.
Seu custo é praticamente igual ou até inferior ao dos sensores de
metais menos nobres graças a quantidade elevada que fabricação.
A curva do sensor Pt 100 e os limites permissíveis de erro são fixados
por normas:
Para sensores classe B: erro máximo de ±(0, 3 + 0, 005T )o C ;
Para sensores classe A: erro máximo de ±(0, 15 + 0, 002T )o C .
Termistores
Os termistores são confeccionados com materiais semicondutores,
usualmente óxidos de níquel, manganês, cobalto e outros, que
apresentam grande variação da resistência elétrica com a temperatura,
numa faixa que se estende aproximadamente de −100o C a +300o C .
Embora empreguem materiais semicondutores, não apresentam
junções P-N e, portanto, não têm polaridade.
A maioria dos termistores são de coeficiente térmico negativo (NTC -
do inglês negative thermal coeficient).
Termistores
Termistores
Aplicações típicas são a indicação e o alarme de temperatura em
veículos, e a proteção de motores e semicondutores de potência em
circuitos eletrônicos.
A relação entre a resistência e a temperatura é obtida das curvas
fornecidas pelos fabricantes e segue aproximadamente a relação:
1
k − T1
R = Ro .e T o , (7)
Termistores
1
k − T1
R = Ro .e T o ,
em que:
R → resistência na temperatura T (K );
Ro → resistência na temperatura de referência T (K );
e → constante de Euler = 2,718;
k → constante do material, muda para faixas de temperatura.
Termistores
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Termopares
Pirômetros de Radiação
Princípios
Apensar da crescente aplicação do Pt 100 nas medições de
temperatura, os temopares continuam sendo os sensores mais
empregados nas aplicações industriais.
Porque:
1 são confiáveis;
2 são de baixo custo;
3 possuem padronização;
4 são precisos o suficiente;
5 são estáveis o suficiente;
6 possuem uma repetibilidade satisfatória;
7 abrangem uma grande faixa de temperatura.
Princípios
Princípios de Funcionamento:
1 efeito Seebeck;
2 efeito Peltier;
3 efeito Thompson.
Efeito Seebeck
T. J. Seebeck descobriu que em um circuito formado por dois fios
condutores de metais diferentes circula corrente se as duas junções J1
e J2 forem mantidas a temperaturas diferentes, T1 e T2 , e que esta
corrente será diretamente proporcional à diferença entre as
temperaturas.
Ao sistema assim formado, damos os nome de par termoelétrico ou
termopar.
Efeito Seebeck
A corrente é provocada por uma diferença de potencial, da ordem de
milivolts, que também pode ser medida.
Se mantivermos uma das junções em uma temperatura constante e
conhecida, através da diferença de potencial podemos conhecer a
temperatura da outra junção.
A junção mantida à temperatura constante é chamada de junção de
referência ou junta fria, e a outra junção é chamada junta quente.
Efeito Peltier
Quando um circuito contendo duas junções, inicialmente à mesma
temperatura, é percorrido por uma corrente, em decorrência da
conexão de uma fonte externa, ocorre o aquecimento de uma junção e
o resfriamento de outra.
Efeito Peltier
O circuito efetivamente bombeia o calor de uma junção para outra.
O efeito Peltier se sobrepõe ao efeito Joule, que está sempre presente.
Quando as junções são de metais comuns, o efeito Peltier é
perceptível apenas em condições de laboratório.
Semicondutores especiais elevam seu rendimento, tornando-o viável
em aplicações de refrigeração de certa sofisticação e de baixa potência.
Efeito Peltier
Efeito Thompson
Ao longo dos dos fios de um termopar, na ausência de corrente, a
condução do calo causa um grande gradiente uniforme de temperatura.
Thompson deduziu que, ao circular corrente pelo termopar, a
temperatura em diferentes pontos dos condutores assume valores não
justificáveis pelo efeito Joule, e estabeleceu as equações que regem o
fenômeno, que é dependente da natureza dos materiais.
Tipos de Termopares
Os termopares usuais são padronizados e designados por meio de um
código alfabético.
Termopar do tipo J
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Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação
Princípios
São instrumentos dedicados à medição da temperatura sem que haja
contato direto com o corpo ou meio cuja temperatura está sendo
medida.
Aplicam-se quando a temperatura ultrapassa o limite de utilização dos
termopares ou quando outros fatores tornam conveniente a medição
remota.
Princípios
Podem ser classificados em:
Pirômetros Ópticos: operam a temperaturas acima de 500/600o C ,
nas quais o material começa a emitir radiação no espectro visível
(incandescência), até temperaturas da ordem de 5000o C .
Pirômetros Infravermelhos: operam de 0o C até 4000o C captando a
energia radiante no espectro do infravermelho.
W = .k.T 4 , (8)
em que:
W → energia irradiada (ou emitida) por unidade de área;
→ emissividade do corpo;
k → constante de Stefan-Boltzman;
T → temperatura em Kelvin
Princípios