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Sensores Contínuos: Temperatura

José Rodrigues de Oliveira Neto


joserodrigues.oliveiraneto@ufpe.br

Universidade Federal de Pernambuco


Departamento de Engenharia Mecânica
ME565 - Automação Industrial

2020.3

José Neto (DEMEC-UFPE) ME565 - Automação Industrial 2020.3 1 / 63


Sumário

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

José Neto (DEMEC-UFPE) ME565 - Automação Industrial 2020.3 2 / 63


Introdução

Importância
Junto com a pressão, a vazão e o nível, a temperatura é uma das
principais variáveis de processo.
A medição e o controle da temperatura são de fundamental
importância numa vasta gama de aplicações, que abrange desde
processos físicos e químicos até a proteção de equipamentos.

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Introdução

Conceitos
A variação na quantidade de calor é dada por:

∆Q = m.c.∆T , (1)

em que:
∆Q → variação da quantidade de calor;
m → massa da substância envolvida;
c → calor específico (característica da substância);
∆T → variação da temperatura;

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Introdução

Conceitos
As unidades que exprimem a quantidade de calor são:
Caloria (cal): uma caloria é a quantidade de calor necessária para
elevar um grama de água de 14, 5o C a 15, 5o C .;
BTU - (British thermal unit): um BTU é igual a 252cal.
Embora não seja unidade métrica, o Inmetro perimite o emprego da
caloria.
O BTU ainda é empregado na área de refrigeração.

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Introdução

Conceitos
Um conceito fundamental é que o calor, sendo uma forma de energia,
não pode ser criado nem destruído.
A energia só pode ser transformada ou conduzida de um ponto para
outro.
Toda medição de temperatura é indireta, baseada na alteração de uma
propriedade física de um material, como seu comprimento, volume,
resistência elétrica, etc.

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Introdução

Escalas Termométricas
As escalas de medição de temperatura ou escalas termométricas
usualmente empregadas são:
a escala Celcius (o C ), que tende a se torna a escala técnica
internacional.
a escala Fahrenheit (o F ), ainda em uso em Bahamas, Palau, Belize,
Ilhas Cayman, os Estados Federados da Micronésia, as Ilhas Marshall e
os Estados Unidos e seus territórios, como Porto Rico, Ilhas Virgens
Americanas e Guam.
escala Kelvin (K ), também chamada absoluta ou termodinâmica,
empregada nas expressões físicas.

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Introdução
Conversão de Escalas

5
T o C = (T o F − 32), (2)
9

T o C = TK − 273, 16. (3)

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Introdução

Especificação do Sistema
Faixa de temperatura: na prática industrial a medição é efetuada
numa gama muito extensa:
deste de temperaturas criogênicas: abaixo de −200o C ;
até temperaturas de alguns milhares de graus.
Nenhum sensor individual cobre toda esta gama, e o primeiro critério
de escolha será o atendimento atendimento à faixa requerida para
cada aplicação específica.

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Sensores de Temperatura

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

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Indicadores de Temperatura

Conceito
Os indicadores não são instrumentos de medição, mas têm usos
importantes na indústria.
Os indicadores de temperatura podem ser:
Indicadores cromáticos;
Indicadores pirométricos.

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Cromáticos
São aplicáveis somente aos corpos sólidos, compreendem uma família
de produtos químicos que sofrem alterações marcantes na sua
coloração quando atingem uma determinada temperatura.
Usualmente são sais de níquel, cobalto, cromo e cristais líquidos.
São incorporados à tintas que revestem o material ou etiquetas fixadas
no corpo.

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Cromáticos
Faixa de atuação: estão disponíveis de 50o C a 1300o C .
Erro: aproximadamente ±10o C .
Exemplo de uso: Reatores ou colunas que apresentam periculosidade
no caso de elevação excessiva da temperatura.

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Cromáticos

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Pirométricos
São pequenos dispositivos termomecânicos descartáveis, que indicam a
temperatura pela sua deformação.

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Pirométricos

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Pirométricos

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Indicadores de Temperatura

Indicadores Pirométricos
Faixa de atuação: 600o C a 2000o C .
Erro: aproximadamente ±3o C .
Exemplo de uso: Indústria de cerâmica, em processos de tratamento
térmico.

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Sensores de Temperatura

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

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Medidores Tradicionais

Termômetros Bimetálicos
É formado por duas ligas metálicas com coeficiente de dilatação
diferentes entre si.
São muito usados para medição de temperaturas no campo.
São baratos, no entanto sua interface não permite uma forma fácil
de conversão para um sinal que possa ser transmitido eletricamente.
Faixa de atuação: −50o C a +500o C .
Erro: ±1%

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Medidores Tradicionais

Termômetros Bimetálicos

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Medidores Tradicionais

Termômetros Bimetálicos

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Medidores Tradicionais

Termômetros Bimetálicos

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Medidores Tradicionais

Termômetros de Haste de Vidro


São bem conhecidos como os termômetros clínicos e de laboratório,
nos quais o líquido contido no bulbo, ao se dilatar como o calor sobe
em um tubo capilar graduado.
Faixa de atuação: −150o C a +350o C .
Erro: ±0, 5%.
Exemplo de uso: É usado como elemento indicador no chão de
fábrica.

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Medidores Tradicionais

Termômetros de Haste de Vidro

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Medidores Tradicionais

Sistemas de Bulbo-Capilar
Também chamados sistemas de bulbo cheio, constam de um pequeno
reservatório metálico, o bulbo, conectado por meio de um capilar a um
tubo Bourdon similar ao de manômetros.
A indicação resulta da dilatação do fluido contido no bulbo e no
capilar, e do consequente aumento da pressão no tubo Bourdon.

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Medidores Tradicionais
Sistemas de Bulbo-Capilar

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Medidores Tradicionais

Sistemas de Bulbo-Capilar

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Medidores Tradicionais

Sistemas de Bulbo-Capilar
É empregada a classificação SAMA (Scientific Apparatus Makers
Association - USA), mostradas na tabela abaixo, na qual também são
apresentados os limites de temperatura aplicáveis, a linearidade e a
precisão.

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Medidores Tradicionais

Sistemas de Bulbo-Capilar
A classificação SAMA inclui ainda uma letra que sucede o número
romano e indica de faixa de operação em relação à temperatura
ambiente:
A → Apenas temperaturas acima da faixa ambiente.
B → Apenas temperaturas abaixo da faixa ambiente.
C → Temperaturas acima e abaixo da faixa ambiente.
D → Temperaturas acima e abaixo da faixa ambiente,
incluindo a faixa ambiente.

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Medidores Tradicionais

Sistemas de Bulbo-Capilar
Sistema simples, robusto e de custo baixo, facilmente acoplados a
transmissores eletrônicos ou pneumáticos.
Comprimento máximo do capilar: 30m.

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Sensores de Temperatura

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

José Neto (DEMEC-UFPE) ME565 - Automação Industrial 2020.3 32 / 63


Termômetros de Resistência

Bulbos de Resistência de Fio Metálico


Quase todos os materiais condutores apresentam uma dependência
entre a resistência e a temperatura.
Os termômetros a bulbo de resistência de fio metálico são conhecidos
por RTD:
Resistance Temperature Detectors: detectores de temperatura à
resistência.
Na indústria, usam fios de platina (Pt), níquel (Ni), cobre (Cu), liga
Balco (70%Ni-30%Fe).
Eventualmente, em lugar do fio pode ser usada uma fita ou um filme
metálico depositado num substrato isolante.

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Termômetros de Resistência

Bulbos de Resistência de Fio Metálico


A variação da resistência com a temperatura é regida pelas equações
de Callendar e VanDusen:
De −200o C a 0o C:

RT = Ro (1 + AT + BT 2 + CT 3 (T − 100)) (4)

De 0o C a 630o C:
RT = Ro (1 + AT + BT 2 ) (5)

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Termômetros de Resistência

Bulbos de Resistência de Fio Metálico


em que:

RT → resistência em ohms (Ω) na temperatura T (o C );


Ro → resistência em ohms (Ω) na temperatura de referência;
A, B e C → contantes que dependem do material;

O coeficiente de variação da resistência com a temperatura é dado


pela expressão:
RT − Ro
β= .T . (6)
Ro

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Bulbos de Resistência de Fio Metálico

O sensor Pt 100
Assim chamado por possuir elemento de platina e resistência
padronizada de 100Ω a 0o C ;
O Pt 100 é o termorresistor mais empregado em todo o mundo, devido
à sua estabilidade, repetibilidade, precisão e ampla faixa de operação.
Seu custo é praticamente igual ou até inferior ao dos sensores de
metais menos nobres graças a quantidade elevada que fabricação.
A curva do sensor Pt 100 e os limites permissíveis de erro são fixados
por normas:
Para sensores classe B: erro máximo de ±(0, 3 + 0, 005T )o C ;
Para sensores classe A: erro máximo de ±(0, 15 + 0, 002T )o C .

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Bulbos de Resistência de Fio Metálico
O sensor Pt 100
Encontram-se sensores pt 100 para operar na faixa de −250o C até uns
850o C .
Para aplicações acima de 600o C , deve ser consultado o fabricante com
relação ao erro e a possível redução da vida útil.

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Termômetros de Resistência

Termistores
Os termistores são confeccionados com materiais semicondutores,
usualmente óxidos de níquel, manganês, cobalto e outros, que
apresentam grande variação da resistência elétrica com a temperatura,
numa faixa que se estende aproximadamente de −100o C a +300o C .
Embora empreguem materiais semicondutores, não apresentam
junções P-N e, portanto, não têm polaridade.
A maioria dos termistores são de coeficiente térmico negativo (NTC -
do inglês negative thermal coeficient).

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Termômetros de Resistência

Termistores

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Termômetros de Resistência

Termistores
Aplicações típicas são a indicação e o alarme de temperatura em
veículos, e a proteção de motores e semicondutores de potência em
circuitos eletrônicos.
A relação entre a resistência e a temperatura é obtida das curvas
fornecidas pelos fabricantes e segue aproximadamente a relação:
 
1
k − T1
R = Ro .e T o , (7)

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Termômetros de Resistência

Termistores
 
1
k − T1
R = Ro .e T o ,

em que:
R → resistência na temperatura T (K );
Ro → resistência na temperatura de referência T (K );
e → constante de Euler = 2,718;
k → constante do material, muda para faixas de temperatura.

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Termômetros de Resistência

Termistores

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Sensores de Temperatura

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

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Termopares

Princípios
Apensar da crescente aplicação do Pt 100 nas medições de
temperatura, os temopares continuam sendo os sensores mais
empregados nas aplicações industriais.
Porque:
1 são confiáveis;
2 são de baixo custo;
3 possuem padronização;
4 são precisos o suficiente;
5 são estáveis o suficiente;
6 possuem uma repetibilidade satisfatória;
7 abrangem uma grande faixa de temperatura.

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Termopares

Princípios
Princípios de Funcionamento:
1 efeito Seebeck;
2 efeito Peltier;
3 efeito Thompson.

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Termopares

Efeito Seebeck
T. J. Seebeck descobriu que em um circuito formado por dois fios
condutores de metais diferentes circula corrente se as duas junções J1
e J2 forem mantidas a temperaturas diferentes, T1 e T2 , e que esta
corrente será diretamente proporcional à diferença entre as
temperaturas.
Ao sistema assim formado, damos os nome de par termoelétrico ou
termopar.

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Termopares

Efeito Seebeck
A corrente é provocada por uma diferença de potencial, da ordem de
milivolts, que também pode ser medida.
Se mantivermos uma das junções em uma temperatura constante e
conhecida, através da diferença de potencial podemos conhecer a
temperatura da outra junção.
A junção mantida à temperatura constante é chamada de junção de
referência ou junta fria, e a outra junção é chamada junta quente.

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Termopares

Efeito Peltier
Quando um circuito contendo duas junções, inicialmente à mesma
temperatura, é percorrido por uma corrente, em decorrência da
conexão de uma fonte externa, ocorre o aquecimento de uma junção e
o resfriamento de outra.

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Termopares

Efeito Peltier
O circuito efetivamente bombeia o calor de uma junção para outra.
O efeito Peltier se sobrepõe ao efeito Joule, que está sempre presente.
Quando as junções são de metais comuns, o efeito Peltier é
perceptível apenas em condições de laboratório.
Semicondutores especiais elevam seu rendimento, tornando-o viável
em aplicações de refrigeração de certa sofisticação e de baixa potência.

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Termopares
Efeito Peltier

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Termopares

Efeito Peltier

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Termopares

Efeito Thompson
Ao longo dos dos fios de um termopar, na ausência de corrente, a
condução do calo causa um grande gradiente uniforme de temperatura.
Thompson deduziu que, ao circular corrente pelo termopar, a
temperatura em diferentes pontos dos condutores assume valores não
justificáveis pelo efeito Joule, e estabeleceu as equações que regem o
fenômeno, que é dependente da natureza dos materiais.

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Termopares

Tipos de Termopares
Os termopares usuais são padronizados e designados por meio de um
código alfabético.

Termopar Material Faixa (o C ) Erro (%)


B Pt-Rh30/Pt-Rh6(-) 800 a 1700 ±0, 5
E Cromel(Ni-Cr10)/Constantan(Cu-Ni42)(-) -200 a 0 ±1
E Cromel(Ni-Cr10)/Constantan(Cu-Ni42)(-) 0 a 900 ±0, 5
J Fe/Constantan(Cu-Ni42)(-) 0 a 750 ±0, 75
K Cromel(Ni-Cr10)/Alumel(*)(-) -200 a 0 ±2
K Cromel(Ni-Cr10)/Alumel(*)(-) 0 a 1250 ±0, 75
R Pt-Rh13/Pt(-) 0 a 1450 ±0, 25
S Pt-Rh10/Pt(-) 0 a 1450 ±0, 25
T Cu/Constantan(Cu-Ni42)(-) -200 a 0 ±1, 5
T Cu/Constantan(Cu-Ni42)(-) 0 a 350 ±1, 75
* Alumel(Ni95,4-Mn1,8-Si1,6-Al1,2)

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Termopares

Termopar do tipo J

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Sensores de Temperatura

1 Sensores de Temperatura
Introdução
Indicadores de Temperatura
Medidores Tradicionais
Termômetros de Resistência
Termopares
Pirômetros de Radiação

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Pirômetros de Radiação

Princípios
São instrumentos dedicados à medição da temperatura sem que haja
contato direto com o corpo ou meio cuja temperatura está sendo
medida.
Aplicam-se quando a temperatura ultrapassa o limite de utilização dos
termopares ou quando outros fatores tornam conveniente a medição
remota.

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Pirômetros de Radiação

Princípios
Podem ser classificados em:
Pirômetros Ópticos: operam a temperaturas acima de 500/600o C ,
nas quais o material começa a emitir radiação no espectro visível
(incandescência), até temperaturas da ordem de 5000o C .
Pirômetros Infravermelhos: operam de 0o C até 4000o C captando a
energia radiante no espectro do infravermelho.

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Pirômetros de Radiação

A lei de Stefan-Boltzman e o Corpo Negro


Esta lei resulta dos experimentos de Josef Setefan e das deduções de
Ludwig Boltzman, e estabelece a relação entre a temperatura de um
corpo e a energia térmica irradiada:

W = .k.T 4 , (8)

em que:
W → energia irradiada (ou emitida) por unidade de área;
 → emissividade do corpo;
k → constante de Stefan-Boltzman;
T → temperatura em Kelvin

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Pirômetros de Radiação

A lei de Stefan-Boltzman e o Corpo Negro


A emissividade  é definida como a relação entre a energia irradiada
pelo corpo, num determinado comprimento de onda, e a energia que
seria irradiada por um corpo negro neste comprimento de onda, à
mesma temperatura
0≤≤1
O corpo negro é aquele que apresenta  = 1, e é considerado padrão
de emissão.
O refletor ideal é aquele que apresente  = 0.

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Pirômetros de Radiação

Princípios

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Pirômetros de Radiação

Pirômetro Infravermelho −50o C a 380o C

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Pirômetros de Radiação

Pirômetro Infravermelho −50o C a 2200o C

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Bibliografia

CAJUEIRO, J. P. C., Apostila de automação industrial, Notas de


Aula, 2018, disponível em:
https://sites.google.com/view/automacaoindustrial.
MORAES, C. C., CASTRUCCI, P. L., Engenharia de Automação
Industrial, 2a Ed., LTC, 2015.
BEGA, E. A. et all, Instrumentação industrial, 3a Ed., Editora
Internciência, 2011.
GEORGINE, M. Automação aplicada, 9a Ed., Érica, 2007.

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