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Sensores Contínuos: Pressão

José Rodrigues de Oliveira Neto


joserodrigues.oliveiraneto@ufpe.br

Universidade Federal de Pernambuco


Departamento de Engenharia Mecânica
ME565 - Automação Industrial

2020.3

José Neto (DEMEC-UFPE) ME565 - Automação Industrial 2020.3 1 / 76


1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Sensores Discretos

Sensores de Contato
Chaves manipuladas pelo operador do processo;
Chaves-limite ou e Fim de curso;
Chaves de Nível;
Chaves de Fluxo;
Chaves de Pressão;
Chaves de Temperatura.

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Sensores Discretos

Sensores de Presença
Sensores Indutivos;
Sensores Capacitivos;
Sensores Ópticos;
Sensores Ultrassônicos;
Sensores Magnéticos.

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Sensores Contínuos

Definição:
Sensores contínuos usam princípios físicos para medição de alguma
grandeza física.

Principais grandezas a físicas medidas:


Vazão;
Pressão.
Temperatura;
Comprimento (nível, espessura, posição);

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Sensores de Pressão e Força

Definição:
Pressão pode ser definida como a ação de uma força contra uma força
contrária.
Ela tem a natureza de um empuxo distribuído uniformemente sobre
uma superfície plana no interior de um recipiente fechado.

Força (N)
Pressão (Pa) = . (1)
Área (m2 )

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Sensores de Pressão e Força

Usualmente, exprime-se pressão em termos da unidades de força e


área, ou mediante a altura de uma coluna de líquido em cuja base
esteja sendo aplicada a mesma pressão.
Como pressão é força por área, se se consegue medir uma dessas
grandezas, pode-se usar o mesmo princípio físico para medir a outra.

No Sitema Internacional de Unidades (SI)


Kg .m
Força → Newton (N) , s2
;
Área → m2 ;
N
Pressão → Pascal (Pa) , m2
;;

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Digressão: Unidades de Medida
Desde 3 de maio de 1978, pelo Decreto no 81.621, o sistema de
unidades adotado no Brasil é o Sistema Internacional de Unidades (SI).

As sete unidades de base deste sistema são:

Grandeza Unidade Símbolo


Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampére A
Temperatura termodinâmica Kelvin K
Quantidade mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Ângulo plano radiano Rad
Ângulo sólido esterradiano Sr

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Digressão: Unidades de Medida

Na prática, existem vários equipamentos no mercado que utilizam


outros sistemas de medida.
Além da SI, os mais comuns são:
Sistema Métrico Industrial (MK*S) - metro-quilograma-segundo.
Sistema Inglês Industrial (FP*S) - pé-libra-segundo
(foot–pound–second ).
A unidade de pressão usualmente utilizada no sistema métrico
industrial é o kgf /cm2 .
No sistema inglês industrial se utiliza o psig (lbf /in2 ).

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Unidades de Medida de Pressão

São utilizadas diversas outras unidades para expressar medidas de


pressão.

As mais usuais são:


cmH2 O - centímetro de coluna de água a 4o C ;
mmHg ou Torr - milímetro de coluna de mercúrio a 0o C ;
pol.H2 O - polegada de coluna de água a 4o C ;
pol.Hg - polegada de coluna de mercúrio a 0o C ;
bar - corresponde aproximadamente à pressão da água
do mar a 10 metros de profundidade.
atm - atmosfera normal, equivalente à pressão exercida
por uma coluna de 760 mmHg com massa volumé-
trica de 13, 5951 g /cm3

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Unidades de Medida de Pressão

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
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Definições de Pressão

Existem duas referências para medição de pressão:


Pressão absoluta: embora o zero absoluto só existe em um vácuo
perfeito, esta condição é bastante lógica e, por isso, é utilizada como
referência para medição da chamada pressão absoluta.
Pressão atmosférica: a palavra atmosférica designa a camada
gasosa que envolve o globo terrestre. Como esta camada tem a
espessura de cerca de 50 km, a parte inferior desta camada gasosa,
que se encontra na superfície da Terra, suporta todas as camadas
superiores e exerce, ao nível do mar, uma pressão correspondente ao
peso total desta coluna gasosa.

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Definições de Pressão

1 atm:
Ao nível do mar;
Gravidade g = 9, 80665 m/s 2 ;
1 atm é igual a:
14, 69 psia;
1, 033 kgf /cm2 abs.;
760 mmHg abs.;
29, 92 pol.Hg abs.;
1, 0133.105 Pa.

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Definições de Pressão

Pressão maior que 1 atm:


pressão relativa;
pressão monométrica;
guage pressure;
pressão efetiva;
pressão positiva.

Pressão menor que 1 atm:


vácuo;
pressão negativa.

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Definições de Pressão

Pressão Absoluta = Pressão Relativa + Pressão Atmosférica.


Ex:
6 kgf /cm2 abs.;
4 psia;
8 psig ;
9 psi;
12 kgf /cm2 .

NOTA:
Na indústria, quando se omite a referência, fica implícito que a pressão é
atmosférica.

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SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO

NAS UNIDADES!

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SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NAS UNIDADES!

Um satélite para monitorar o clima em Marte:


Um problema de conversão de medidas já levou a NASA a perder uma
sonda espacial.
A Mars Climate Orbiter foi destruída ao tentar entrar na órbita de
Marte em setembro de 1999.
Ao se aproximar do planeta, a sonda recebeu duas informações
conflitantes dos controladores na Terra. Uma, no Sistema Métrico
Decimal (que usa metro e quilograma), e outra, em unidades
britânicas (que usa pé e libra).
O erro fez com que a Mars chegasse 100 km mais perto que o
planejado e 25 km abaixo do nível de segurança.
A NASA perdeu US$ 125 milhões.

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SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NAS UNIDADES!
O planador de Gimli:
Em 1983, um voo da companhia Air Canada ficou sem combustível
quando voava sobre o povoado de Gimli, Manitoba.
O Canadá havia adotado o sistema métrico decimal em 1970, e o
avião havia sido o primeiro da empresa a usar as medidas métricas.
O indicador de combustível a bordo do avião não estava funcionando,
por isso a tripulação usou um tubo para medir quanto combustível
estavam colocando durante o reabastecimento.
O procedimento deu errado quando as medidas de volume foram
convertidas em medidas de peso e houve uma confusão entre libras e
quilos.
O avião acabou decolando com a metade da quantidade de
combustível que deveria ter.
Por sorte, o piloto foi capaz de aterrissar na pista de Gimli.
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SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NAS UNIDADES!

A ponte de Laufenburg

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SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NAS UNIDADES!

A ponte de Laufenburg
A Alemanha mede a altura do nível do mar em relação em relação ao
Mar do Norte, enquanto a Suíça opta pelo Mediterrâneo.
Isso gerou um problema em Laufenburg, um povoado que está na
divisa entre a Alemanha e a Suíça.
Conforme as duas metades de uma ponte se aproximavam uma da
outra durante a construção em 2003, ficou evidente que em vez de
estarem ‘à mesma altura do nível do mar’, um lado estava 54
centímetros acima do outro.
Os construtores sabiam que havia uma diferença de 27 centímetros
entre as duas versões do nível do mar, mas por alguma razão essa
diferença foi duplicada em vez de ser compensada.
O lado alemão teve que ser rebaixado para que a ponte pudesse ser
completada.

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Sempre que um fluido estiver circulando em um duto, devido à ação de um


ventilador, exaustor, compressor, bomba, etc., existirá pressão:
1 pressão estática;
2 pressão dinâmica ou cinética;
3 pressão total;
4 pressão diferencial.

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Estática
É a sobrepressão ou depressão relativa criada pela atuação de um
equipamento (ventilador, compressor, bomba ou exaustor) ou pela
altura da coluna de um líquido.
Caso não haja circulação do fluido, a pressão será a mesma em todos
os pontos do duto.
Caso haja circulação, a pressão estática deverá ser medida, através de
um orifício de pressão, com eixo perpendicular à corrente do fluido, de
forma que a medição não seja influenciada pela componemte dinâmica
da circulação.

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Estática

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Dinâmica
É a pressão devida à velocidade de um fluido em movimento em um
duto. Ela atua sobre a superfície de um orifício de pressão, colocado
no sentido da corrente do fluido, aumentando a pressão estática de um
valor proporcional ao quadrado da velocidade do fluido.
A resultante pode ser calculada pela seguinte fórmula:

Pd = ρ.V 2 /2 (N/m2 ), (2)

ou
Pd = γ.V 2 /2g (kgf /m2 ), (3)

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Dinâmica

Pd = ρ.v 2 /2 (N/m2 ),
ou
Pd = γ.v 2 /2g (kgf /m2 ),

Em que:
Pd = pressão dinâmica;
ρ = massa específica do fluido (kgf /m3 ou g /cm3 );
v = velocidade do fluido (m/s);
γ = peso específico do fluido (kgf /m3 ou g /cm3 );
g = aceleração da gravidade (9, 8 m/s 2 ).

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Pressão Total
É a soma das pressões estática e dinâmica.
O tubo Pitot é um dos instrumentos que conseguem medir pressões
estática, dinâmica e total.

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Diferencial
É diferença de pressão medida em dois pontos de um duto ou
equipamento, também chamado de ∆P.
A existência de um obstáculo à passagem do fluido (placa de orifício,
filtro, válvula, etc.), instalado em um duto, gera uma perda de carga.
Esta perda de carga pode ser medida conectando-se um lado de um
manômetro de tubo em “U” a montante e o outro lado a jusante do
obstáculo, o valor indicado será uma medida da pressão diferencial.

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Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial

Pressão Diferencial
Esta perda de carga pode ser medida conectando-se um lado de um
manômetro de tubo em “U” a montante e o outro lado a jusante do
obstáculo, o valor indicado será uma medida da pressão diferencial.

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Princípios Utilizados para Medição de Pressão

Teorema de Stevin
“A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é
igual ao produto do peso específico do fluido (γ) pela diferença de
altura entre dois pontos (h)”:
P = γ.h. (4)

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Princípios Utilizados para Medição de Pressão

Teorema de Stevin
“A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é
igual ao produto do peso específico do fluido (γ) pela diferença de
altura entre dois pontos (h)”:

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Princípios Utilizados para Medição de Pressão

Princípio de Pascal
“A pressão em qualquer ponto por um líquido em forma estática,
confinado, transmiti-se integralmente em todas as direções e produz a
mesma força em área iguais”.
Este princípio é a base da hidráulica.

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Os elementos ou dispositivos mecânicos para medição de pressão se


dividem em dois grupos básicos:
1 Elementos Mecânicos de Medição Direta de Pressão:
Coluna de Líquido.
2 Elementos Mecânicos Elásticos de Medição de Pressão.
Diafragma;
Fole;
Bourdon.

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Coluna de Líquido
São considerados dispositivos que efetuam uma medição direta de
pressão.
A pressão é medida comparando-se a pressão exercida por uma coluna
de líquido com densidade e alturas conhecidas.
Normalmente é utilizado os seguintes líquidos:
Água γ = 1, 0 gf /cm3 .
Álcool γ = 0, 8 gf /cm3 .
Mercúrio γ = 13, 6 gf /cm3 .

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Manômetro de Tubo em “U”

P = γh.

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Manômetro de Tubo em “U” com Diâmetros Diferentes

d2
 
P = γh 1 + 2 .
D

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Manômetro de Tubo Inclinado

d2
 
P = γh 1 + 2 senα.
D

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Diafragma
Usados para medir pressões relativamente baixas.
A partir da deflexão de um diafragma é medida de pressão.
Os materiais mais utilizados são;
metais;
teflon;
neoprene;
poletileno.

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Diafragma

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Foles
Os foles são elementos elásticos que sofrem expansão e retração
quando submetidos a pressões, sendo o movimento resultante utilizado
para indicar/medir/controlar pressão.
Materiais mais utilizados na construção dos foles:
latão;
bronze-fosforoso;
cobre-berílio;
monel;
aço inoxidável.

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Foles

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Tubos de Bourdon
Os tubos Bourdon geralmente são compostos de um tubo com seção
oval, disposto na forma de arco de circunferência, tendo uma de suas
extremidades fechadas e conectada ao dispositivo de
indicação/transmissão ou controle do instrumento e a outra
extremidade aberta e conectada ao processo cuja a pressão será
medida.
Patente de 1852, depositada pelo francês Eugène Bourdon.

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Tubo Bourdon

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Tubo Bourdon

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Tubo Bourdon

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Tubo Bourdon

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

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Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão

Elementos Primários Elásticos e Faixas de Aplicação

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Sensores Contínuos

1 Introdução

2 Sensores Contínuos

3 Sensores de Pressão e Força


Digressão: Unidades de Medida
Unidades de Medida de Pressão
Definições de Pressão
Pressões Estática, Dinâmica, Total e Diferencial
Princípios Utilizados para Medição de Pressão
Elementos Mecânicos Para Medição de Pressão
Transmissores Eletrônicos de Pressão

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Os transmissores eletrônicos de pressão utilizam um elemento primário


mecânico elástico, combinado com um transdutor elétrico, que gera
um sinal elétrico padronizado, correspondente à pressão medida.
O elemento primário mecânico elástico que pode ser um diafragma,
tubo Bourdon, espiral helicoidal, fole ou combinação destes
elementos, é conectado ao processo e se movimenta/deforma/desloca
em função da pressão do processo aplicada a ele.
Este movimento é enviado ao transdutor elétrico do transmissor,
através de um sistema adequado, que o converte em um sinal
eletrônico padronizado de saída (4 a 20 mA).

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Em função de seu princípio de funcionamento, os transmissores


eletro-eletronicos de pressão podem ser classificados nos seguintes
tipos:
1 equilíbrio de forças;
2 extensométricos;
3 capacitivos;
4 resistivos;
5 magnéticos;
6 piezoelétricos;

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Transmissores Eletrônicos de Pressão
Equilíbrio de Forças

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
1- A pressão do processo é aplicada no elemento metálico elástico (fole),
movimenta/deforma-o;

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
2- Este movimento é transmitido à barra de força ou alavanca
transmissora por intermédio da lâmina de articulação.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
3- A barra de força é acoplada ao diafragma de selagem que também
funciona como seu ponto de apoio (pivô).

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
4- Esta força é transmitida ao disco de rearme, através da alavanca de
deflexão, aproximando o disco de rearme do detector.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
5- Esta aproximação gera um aumento da indutância, com um
consequente aumento no consumo de corrente e um aumento do sinal
de saída do detector.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
6- Paralelamente à aproximação do disco de rearme, acontece o
afastamento da bobina de realimentação do ímã permanente;

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Transmissores Eletrônicos de Pressão
Equilíbrio de Forças
7- Ao mesmo tempo, o sinal de saída do detector é amplificado e
retificado na unidade amplificadora, resultando no sinal de saída do
transmissor (4 a 20 mAcc).

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
8- Este sinal também é aplicado a na bobina de realimentação,
aumentando a força para equilíbrio do sistema.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças
9- Esta força age sobre o braço de rearme, em sentido contrário à
variação do sinal anterior, afastando o disco de rearme do detector;

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Transmissores Eletrônicos de Pressão
Equilíbrio de Forças
10- Desde modo, o sistema atinge um novo equilíbrio, com o sinal de saída
do transmissor ficando proporcional ao valor da pressão medida
naquele momento.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Equilíbrio de Forças

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Extensométricos (Strain Gauge)


Este tipo de instrumento tem o funciomamento de seu transdutor
baseado na variação de comprimento de diâmetro, e, portando, na
variação da resistência, que ocorre quando um fio de resistência sobre
uma deformação elástica proveniente de uma tensão mecânica gerada
por uma pressão.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Extensométricos (Strain Gauge)

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Extensométricos (Strain Gauge)

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Piezoelétricos
Piezoeletricidade é o efeito apresentado por alguns cristais
(normalmente se usa quartzo) que geram um sinal elétrico ao serem
submetidos a uma força e geram uma força quando lhes são aplicados
sinais elétricos. Isto permite a construção de circuitos osciladores que
variam a sua frequência de ressonância natural em função da força
aplicada.
Piezorresistência é a variação da resistência com a tração ou
compressão usada na fita extensiométrica, também conhecida por
strain gage. Ao ser colado a um elemento elástico, permite
transformar a deformação deste elemento num sinal elétrico. É
bastante usada em balanças eletrônicas e também no monitoramento
de estruturas metálicas.

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Transmissores Eletrônicos de Pressão

Capacitivo
Este tipo de instrumento tem seu funcionamento baseado na variação
de capacitância que se introduz em um capacitor quando se desloca
uma de suas placas, em consequência de aplicação de pressão.

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Bibliografia

CAJUEIRO, J. P. C., Apostila de automação industrial, Notas de


Aula, 2018, disponível em:
https://sites.google.com/view/automacaoindustrial.
MORAES, C. C., CASTRUCCI, P. L., Engenharia de Automação
Industrial, 2a Ed., LTC, 2015.
BEGA, E. A. et all, Instrumentação industrial, 3a Ed., Editora
Internciência, 2011.
GEORGINE, M. Automação aplicada, 9a Ed., Érica, 2007.

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