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ECONOMIA E PSICOPATOLOGIA EM TEMPOS DE SURTO: UMA ANÁLISE


INTRAMUNICIPAL NA CIDADE DE TIBAGI, PARANÁ
Brenda Hellen Betim Prestes1
Luana da Silva Jorge Porto2
RESUMO
O presente artigo expõe como projeto, a análise aos impactos econômicos e
psíquicos, que afetou a cidade de Tibagi, no Paraná, durante o enfrentamento à
pandemia da Covid-19. Nesse sentido, apresenta como objetivo geral mostrar as
consequências da pandemia, através de um estudo intramunicipal. Como objetivo
específico destaca-se apresentar os dados da cidade, tendo em vista que as principais
fontes de renda e emprego são a agricultura e o turismo. Metodologicamente, a
pesquisa constitui como uma análise qualitativa, construída por meio do método
histórico. A pesquisa de campo realizada neste artigo é resultado da junção de
elementos adquiridos pela pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. Quanto
aos resultados e conclusões obtidas, percebe-se que 100% dos comerciantes
alegaram que sofreram impactos de alguma forma, tanto psicologicamente como
financeiramente, visto que a cidade baseia sua economia no turismo local, mas com
o distanciamento social a circulação de pessoas enfraqueceu, assim como a visitação
de turistas e os eventos locais.

PALAVRAS-CHAVE: pandemia, economia, saúde mental.

ABSTRACT
This article have as an project the analysis about the economic psychic impacts that
affected the Tibagi's town, state of Paraná, while lasts the Covid-19 pandemic
confrontation. In this way it has as a general objective show the pandemic
consequences, trough an intramunicity research. The specific objectives is exhibit town
data, considering that the main sources of income and employment are agriculture and
tourism. Methodologically, the research constitutes a qualitative analysis, framed by a
historical method. The field research effected in this article is a combitantion resulting
of elements acquired by exploratory, bibliographic and docmentary research. About
the results and consclusions obtained, it is clear that 100% of the merchants claimed
that they suffered impacts in a psychologically or financially way, seeing that the town
is based its economy on local tourism, but with the social distance the people
circulation has undermine, as well as visiting tourists and local events.

KEYWORDS: pandemic, economy, mental health.

1
Acadêmica do 2º ano do curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa, campus
Telêmaco Borba, brehel.bh01@gmail.com.
2
Acadêmica do 2º ano do curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa, campus
Telêmaco Borba, luanadasilvajorgeporto@gmail.com.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADRO 1 – Setores brasileiros afetados pela Covid-19


GRÁFICO 1 – Comerciantes afetados financeiramente
GRÁFICO 2 – Alterações psicológicas nos comerciantes

SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS; 1. BREVE HISTÓRICO DA EXPANSÃO DA DOENÇA;


2. ECONOMIA PRÉ-PANDEMIA; 2.1 NA ECONOMIA BRASILEIRA; 2.1.1
Reconversão Industrial; 2.1.2 O (des)emprego; 3. AGENTE, CRISE E
PSICOPATOLOGIA; 4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TIBAGI; 4.1 O
PROCESSO DE COLETA DE DADOS; 5. AS NOVAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
EM COMBATE AO COVID-19 E O IMPACTO FINANCEIRO NO COMÉRCIO DE
TIBAGI; 5.1 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
EMPRESARIAL E TURÍSTICA DE TIBAGI (ACETT) REFERENTE AOS REFLEXOS
DA PANDEMIA DO COVID-19 NO COMÉRCIO LOCAL; 6. SAÚDE MENTAL EM
TEMPOS DE PANDEMIA; 6.1 DEMANDA PSICOLÓGICA NO MERCADO DE TIBAGI;
CONSIDERAÇÕES FINAIS; REFERÊNCIAS; APÊNDICE.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Em março de 2020, o SARS-CoV-2 (SARS – Síndrome Respiratória Aguda


Grave), alcançou a categoria de pandemia mundial. Em 7 de fevereiro de 2020, a Lei
nº 13.979, conhecida como Lei de Quarentena foi ratificada, posicionando medidas
para o enfrentamento da Covid-19. Em 28 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde
do Brasil anunciou que esforços como lavar as mãos com água e sabão, usar álcool
em gel 70% e não compartilhar objetos pessoais, diminuiriam a chance do vírus se
propagar. Com o elevado risco de disseminação, o governo deliberou o
funcionamento, apenas, de setores comerciais essenciais. Com o mercado não
essencial vedado, a economia global se enfraqueceu.
Compreendendo o panorama precedente ao vírus, a Covid-19 deixou de ser o
único responsável pelos conflitos econômicos e sociais. O aumento do dólar, o déficit
na política cambial, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e o desemprego, foram
alguns dos inúmeros setores debilitados. A partir disso, reconhecendo o severo
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impacto pela atual pandemia, a sociedade e suas modificações nas relações


interpessoais passaram a afetar a saúde mental da comunidade.
Com intuito de compreender a realidade, desenvolveu-se uma coleta de dados
na cidade de Tibagi, no Paraná, levando em consideração que a cidade é a maior
produtora de trigo do Brasil, destacada por suas belezas naturais. Pelo fato de ser
uma cidade turística, em época de eventos, o comércio atinge seu maior fluxo em
vendas.
Apresentado o objetivo, estabeleceu-se o método qualitativo que permite a
compreensão da realidade, como descreve Chizzotti (1995, p.79) apud Maria Cristina
Piana, a abordagem qualitativa permite uma relação prática entre o mundo real e o
sujeito.
A elaboração deste trabalho, percorreu um levantamento bibliográfico, com o
intuito de analisar a estrutura econômica, psíquica, seus paradigmas e consequências
na cidade de Tibagi/PR, transpondo dados históricos em conjunto com dados atuais
obtidos.
Segundo Gonsalves (2001, p.67) apud Maria Cristina Piana, a pesquisa de
campo permite adquirir informações diretas, pois exige do pesquisador, contato
explícito com a população pesquisada. Sendo assim, a arguição foi realizada através
de uma entrevista com o presidente da Associação Comercial Empresarial e Turística
de Tibagi (ACETT), e questionada aos comerciantes por formulário online.

1. BREVE HISTÓRICO DA EXPANSÃO DA DOENÇA

O ano de 2020, foi marcado por uma crise humanitária sem precedentes,
ocasionada pelo Coronavírus, chamado de SARS-CoV-2 (SARS – Síndrome
Respiratória Aguda Grave), tendo a cidade de Wuhan como epicentro. A Covid-19
alcançou seu status de pandemia mundial em março de 2020, que mais tarde, o
Congresso Nacional reconheceu a ocorrência do estado de calamidade pelo Decreto
Legislativo nº 06/2020, de 20 (vinte) de março.
Segundo a Journal of The Royal Society, quando um vírus salta de um animal
para um humano, ele é chamado de vírus zoonótico, e por décadas esse tipo de vírus
causa cada vez mais surtos.
Em 2019, na cidade de Wuhan, um desconhecido vírus foi identificado em
circulação, de alta capacidade de contágio, a transmissão ocorre entre pessoas,
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principalmente por contato e por via aérea. Em 31 de janeiro, a doença chegou na


Europa, através de dois turistas chineses que testaram positivo para Covid-19 em
Roma, na Itália. No Brasil, o primeiro caso foi reconhecido em 26 de fevereiro de 2020.
Em 7 de fevereiro de 2020, a Lei nº 13.979, chamada de Lei de Quarentena foi
sancionada, dispondo medidas para o enfrentamento da Covid-19. No dia 28 de
fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde do Brasil lançou campanha publicitária à
prevenção do vírus, hábitos como lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em
gel 70% e não compartilhar objetos pessoais.
Com o intuito de desacelerar a transmissão epidêmica, desde o início da
pandemia, houve intervenções não farmacológicas. As intervenções não
farmacológicas são ferramentas que substituem a carência de medicamentos,
tratamentos e vacinas. Diante esse episódio, o governo decretou o não funcionamento
de setores não essenciais, com isso, diversos setores comerciais fecharam e a
economia global foi estreitamente atingida.

2. ECONOMIA PRÉ-PANDEMIA

Desde o início do isolamento social, uma das principais questões


governamentais no Brasil e ao redor do mundo, passou a ser como sanar, ou ao
menos estagnar, a crise econômica ocasionada pela Covid-19. Para compreender o
atual cenário e projetar possíveis soluções, é preciso recuar no tempo para se deparar
com lacunas deixadas na economia mundial, como a crise financeira de 2008 e as
incertezas nos campos econômico e político implantadas a partir das Jornadas de
Junho, em 2013.
Segundo afirma Paulo Guedes apud Demian Castro et al, o vírus não interferiu
na economia brasileira.
Com base nos dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), nas contas nacionais trimestrais, é possível identificar que o
crescimento econômico trimestral da economia brasileira não passou de 1% em 2019,
e entre outubro e dezembro, o crescimento esteve ordinário ao trimestre antecedente.
A economia passou de um quadro de recessão para uma estagnação, apontando
diversos indicadores de instabilidade.
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Levando em conta o cenário precedente, com a presença da Covid-19, a crise


econômica brasileira se agravou ainda mais, deixando de lado a hipótese de que o
vírus é o único incumbido pelos conflitos econômicos e sociais.

2.1 NA ECONOMIA BRASILEIRA

Um marco histórico e principiante, foi o alcance do dólar a R$ 5,90, bem como,


os 70 mil pontos que acumularam uma queda de mais 40% no Índice Bovespa
(indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de
Valores Brasileira). Em março, houve a maior queda da bolsa em mais de 20 anos,
segundo análise feito pela Economatica, 281 companhias perderam R$ 1,187 trilhão.
Por conta do déficit em transações correntes, o país deve financiar-se em
moeda estrangeira, ou seja, em investimento direto externo. O Brasil retratou um
déficit em transações correntes na ordem de US $50,762 bilhões, a pior conclusão
nos últimos quatro anos, registrando alta de 22,2% sobre 2018, segundo o Banco
Central (BACEN) apud Demian Castro et al.
O déficit na balança de pagamentos foi coberto pelo investimento direto no país
(IDP), somando US $78,6 bilhões. Afinal, como supracitado acima, quando o país
apresenta uma conclusão negativa em sua balança de pagamentos (ou saldo em
transações correntes), deve ser financiado em moeda estrangeira (IDP).
Ainda, conforme o Relatório de Mercado Focus, houve a retração de 5,89%
para queda de 6,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Segundo o Fundo
Monetário Internacional (FMI), devido as consequências da pandemia, o PIB do Brasil
terá uma diminuição de 5% no ano de 2020.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os
setores da indústria, comércio e serviços apresentaram em março queda de 9.1%,
2.5% e 6.9%.
QUADRO 1 – Setores brasileiros afetados pela Covid-19
(continua)
AÇÚCAR E ETANOL Devido à uma queda acentuada nos preços das
commodities no exterior, o setor deve ser
prejudicado, principalmente o de etanol, devido à
influência em virtude do preço do petróleo;
SETOR AÉREO Diante de uma menor demanda de voos, tanto
internacional como nacional, e com a
desvalorização do real frente ao dólar, é
esperado que o setor seja altamente impactado;
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QUADRO 1 – Setores brasileiros afetados pela Covid-19


(conclusão)
ALIMENTOS E AGRONEGÓCIO Devido a exposição dos exportadores brasileiros
ao mercado chinês;
PRODUÇÃO INDUSTRIAL Devido ao isolamento social e a paralisação das
atividades industriais, diante medidas de
lockdown em algumas cidades;
ENERGIA ELÉTRICA Diante da falta de insumos no segmento de
geração, visto que há uma alta procura por
painéis solares produzidos na China;
MINERAÇÃO Devido à uma queda no preço do minério de ferro,
no entanto, a queda acentuada no preço do frete
deve equilibrar o valor do minério de ferro, dessa
maneira, amenizando o impacto;

CULTURA Diante medidas de isolamento social e decretos


que limitam a grande circulação de pessoas e
impedem aglomerações, impactaram
diretamente o setor cultural, com shows e
eventos cancelados ou adiados, e o fechamento
de museus e centros culturais;

PETRÓLEO E GÁS Diante da diminuição da atividade industrial, além


da queda acentuada no preço das commodities;
Siderurgia – deve apresentar um baixo impacto,
pois concentram a maioria de suas atividades no
mercado interno, entretanto, uma menor
demanda mundial e a redução no preço dos
produtos devem impactar as operações das
empresas no Brasil;

Fonte: MOURÃO, Tiago de Lima. Os impactos da pandemia de Covid-19 na economia mundial.


Admistradores.com, 2020. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/os-impactos-da-
pandemia-de-covid-19-na-economia-mundial. Acesso em: 20 jul. 2020.

Notas: Dados trabalhados pelas autoras.

Como expõe André Macedo (gerente de pesquisa industrial mensal IBGE) apud
Demian Castro et al, em decorrência da quarentena, a indústria teve aumento de
produção em alguns produtos como papel higiênico, absorventes, fraldas,
desodorantes, sabões, detergentes, xampus, seringas, agulhas, luvas de borracha,
artefatos de proteção e caixões, porém, particularmente esses produtos não
impulsionam o setor ao crescimento.

2.1.1 Reconversão Industrial

A reconversão industrial surgiu como adaptação ou reposicionamento da


indústria, que leva em consideração as necessidades sociais e econômicas de um
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determinado período, alterando o processo ou adaptando suas atividades produtivas


à fabricação de bens básicos. Segundo Kenneth Rogoff, que já atuou como
economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, com a redução da atividade na
maioria dos setores econômicos, a reconversão industrial tem sido utilizada como uma
das alternativas de manutenção das operações industriais. Além de trazer benefícios
para a continuidade dos negócios, essa mudança também traz importantes
características de responsabilidade social que alinham a empresa ao ambiente atual.
Os projetos de reconversão industrial é uma forma das indústrias não serem
impactadas intrinsicamente com a crise econômica, ou seja, é driblar o produto sem
demanda pela confecção de um item essencial.

2.1.2 O (des)emprego

Consequentemente os impactos foram sentidos no mercado de trabalho, as


estatísticas de desemprego aumentaram exponencialmente, sendo 1,1 milhão de
desempregados com carteira assinada, como revela dados oficiais divulgados pelo
Ministério da Economia.
A situação de trabalho já era inconsistente pelo menos desde 2016, seguindo
a tendência mundial da informalização e precarização até os dias atuais, afetando em
massa, a população em situação vulnerável. Segundo Saboia et al apud Demian
Castro et al, a característica dessa comunidade é o desconhecido que desistiu de
buscar emprego por não acreditar que irá encontrá-lo, no Brasil, “era a responsável
pelo lar, mulher, preta/parda, jovem, com ensino fundamental incompleto e vivendo
na região Nordeste.”
O economista Marcelo Neri afirma que além do desemprego avançado, com
seu fardo pré-pandemia, a desigualdade de renda vem crescendo por 17 trimestres
contínuos desdo o último trimestre de 2014, como aponta Demian Castro et al. Sendo
assim, as informações pontuam a falha no ajuste fiscal, que era esperado com a
implantação das reformas trabalhista e previdenciária. Considerando o episódio
preliminar, 83,5% dos trabalhadores se encontram vulneráveis, conforme dispõe a
Agência FAPESP.

3. AGENTE, CRISE E PSICOPATOLOGIA

“Eu estou morrendo de medo de sair de casa, eu não saio para passear,
quando eu vejo gente, eu imediatamente penso que eles estão doentes e
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também querem me deixar doente”, “Eu tenho lavado as minhas mãos


sucessivamente, eu fico desinfetando os interruptores e as maçanetas da
minha casa várias vezes ao dia”, “Eu vejo ameaças por toda parte, em todos
os lugares eu vejo o vírus”. (MASETTI et al, 2020).

Esses são alguns relatos de pessoas desconhecidas perante o atual cenário.


Segundo o psicólogo Ali Mattu, é preciso sentir medo, o medo existe para ajudar a
sobreviver, o medo existe a fim de preparar para o pior e desconhecido.
Nos Estados Unidos, alguns meses após o surto, 33.0% das pessoas estavam
sentindo um intenso transtorno psicológico, na China 50.4% dos médicos e
enfermeiros relataram sentir depressão, e 44.6% relataram sentir ansiedade.
Segundo a News England Journal of Medicine, assistir más notícias durante
eventos mundiais traumáticos, como o de 11 de setembro, foi associada a maiores
taxas de estresse grave. Ainda, quando a pandemia eclodiu, as vendas de bebidas
alcoólicas dispararam ao redor do mundo, o consumo de bebidas alcoólicas passou a
ser uma alternativa para descarregar o estresse.
Dada a situação altamente distorcida causada pela atual pandemia, as
informações de alta frequência são cada vez mais importantes para entender seu
impacto social e econômico. O funcionamento diário da sociedade às modificações
nas relações interpessoais, tem refletido insegurança, esse temor são sequelas de
uma pandemia.
Segundo André Faro et al, durante uma pandemia, em estado de quarentena,
é provável que seja vivenciada uma carga elevada de experiências e sentimentos de
repulsa. A quarentena afeta a saúde mental, e através de estudos realizados em
cenários pandêmicos, concluiu-se que transtornos mentais comuns podem ser
desencadeados, como a depressão, comportamento suicida e transtorno de
ansiedade.
A adesão as medidas preventivas, depende inteiramente de como a sociedade
percebe essa ameaça, conforme destaca André Faro et al, “utiliza-se uma noção de
crise que pode ser dividida, didaticamente, em três momentos: pré-crise, intracrise e
pós-crise.”.
Na pré-crise é o momento de descarregamento das primeiras informações à
existência de vírus e seu desenvolvimento. Na intracrise, ou fase aguda, o vírus se
instala, constatando sua gravidade e vulnerabilidade. Na pós-crise, é uma fase de
reconstrução social.
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O ambiente em que o agente vive, sempre esteve propício em afetar a saúde


mental, mas com o enfretamento da Covid-19, essa comoção se tornou mais intensa.
Segundo o Ministério da Saúde, as ações passaram a implicar disfunções, lesões
biológicas e reações psíquicas.
Outro aspecto importante refere-se à inteligência no trabalho. Ela permite
atingir objetivos e tem suas raízes profundamente. E as pessoas são levadas,
em muitas circunstâncias, para atingir o objetivo e produzir a quantidade
necessária, a sacrificar a qualidade do trabalho; quando elas sacrificam a
qualidade do trabalho, começam um processo de traição de si mesmas que
irá fragilizá-las muito, psicologicamente. (MERLO et al, 2014, p. 19)

A maior porcentagem dos indivíduos afetados, são comerciantes e profissionais


da saúde, como dispõe o Ministério da Saúde. Para isso, no Brasil, o ICT (Índice de
Capacidade para o Trabalho) foi validado e considerado satisfatório na avaliação,
quanto melhor estiver a saúde do trabalhador, melhor será seu desenvolvimento e
capacidade no ambiente de trabalho.

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TIBAGI

A pesquisa exploratória foi realizada no município de Tibagi, localizada nos


Campos Gerais, com o objetivo conhecer as estatísticas referente ao impacto tanto
econômico quanto psicológico que possa ter atingido a comunidade de Tibagi. O
município é o segundo maior do Paraná em extensão territorial. A cidade possui
aproximadamente 20 mil habitantes, sendo a maior parte, aproximadamente 12 mil
habitantes, moradores da zona rural, e 8 mil moradores da sede, na área urbana.
A cidade é a maior produtora de trigo do Brasil, e ainda se destaca por suas
belezas naturais, possuindo o 6 ° maior cânion do mundo. Por tais fatores, suas
principais fontes de renda e emprego são a agricultura e o turismo.
Sua área urbana é pequena, e possui o centro comercial, também pequeno. E
pelo fato de ser uma cidade turística, nas épocas de feriados nacionais, carnaval e fim
de ano ocorrem os ápices das vendas no comércio, pois a cidade recebe muitos
visitantes.
O verão também atrai muitos turistas pelas vastas águas do Rio Tibagi, e
diversas cachoeiras na cidade, onde são realizadas atividades turísticas como rafting,
rapel, trilhas etc.
Portando, é perceptível que a pandemia e as recomendações de saúde para o
distanciamento social trouxeram inúmeros impactos comerciais ao município, pois ele
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não conta com grandes empresas, mas sim com pequenos comércios que se apoiam
no turismo local.

4.1 O PROCESSO DE COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados, 49 estabelecimentos comerciais foram consultados


através de um formulário do Google. As questões foram elaboradas visando
compreender o impacto da Covid-19 no comércio do município de Tibagi, mas também
procurou voltar o olhar aos possíveis impactos psicológicos que os comerciantes
podem apresentar ao passarem por um momento de dificuldade financeira, e de risco
à saúde.
A exposição ao vírus e o medo de ser infectado aliados aos danos financeiros,
os funcionários que foram isolados, a diminuição de circulação da população nos
comércios, a crise no país, os altos impostos, a dificuldade em conseguir mercadoria,
o aumento no preço dos produtos, todos esses fatores recaem sobre os comerciantes
que convivem com a incerteza de um amanhã melhor onde a Covid-19 será controlado
e tudo voltará à normalidade.
O método de coleta de dados foi feito à distância, respeitando o distanciamento
social, para a preservação da saúde de todos que de alguma forma participaram da
pesquisa e respeitando o período de quarentena, buscando o mínimo de contato
possível com outras pessoas.

5. AS NOVAS MEDIDAS DE SEGURANÇA EM COMBATE AO COVID-19 E O


IMPACTO FINANCEIRO NO COMÉRCIO DE TIBAGI

Com os primeiros casos do vírus da Covid-19 em Tibagi o prefeito Rildo


Emanuel Leonardi implantou medidas para combater a transmissão no município.
Mesmo com medidas de segurança, os casos aumentaram significativamente em
pouco tempo, sendo necessária a implantação de medidas mais severas.
No dia 16 de julho de 2020 a Prefeitura Municipal de Tibagi publicou no Diário
Oficial o Decreto n°849/2020. Entre as principais medidas tomadas está o fechamento
total de bares, a redução no horário de funcionamento das lanchonetes e restaurantes,
e a proibição de toda atividade comercial no município durante os dias 25 e 26 de
julho e 1 e 2 de agosto. Também foi adotado o toque de recolher a partir das 23h até
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às 6h, ficando proibida a circulação de em praças e locais públicos e a aplicação de


multa para qualquer tipo de aglomeração nas residências.
Todos os fatores acarretados pela pandemia afetaram diretamente o
comércio da cidade. Alguns setores não sentiram um impacto muito forte, porém,
aqueles que vivem do turismo foram altamente desestabilizados, pois durante o
período de vigência do decreto 849/2020, publicado no Diário Oficial pela Prefeitura
Municipal de Tibagi, todas as modalidades de atividades turísticas e serviços
turísticos foram suspensos, e também o funcionamento de atrativos turísticos públicos
e privados, sendo praticamente impossível os mesmos manterem suas atividades,
como no caso das agências de turismo.
A pandemia é uma questão de saúde pública e é dever de todos, juntamente
com o poder público, procurar amenizar os impactos epidemiológicos na população.
Mesmo com as primeiras medidas de segurança como uso obrigatório de máscara,
álcool em gel, entrada de somente uma pessoa da família em mercados e lojas e
distanciamento social, o município não conseguiu evitar a contágio de cidadãos, e os
primeiros casos sugiram a partir de 4 de julho, e avançaram rapidamente.
Tendo em vista o significativo número de casos em relação ao número de
habitantes no município o poder público sentiu a necessidade de endurecer as
medidas de segurança, e com isso, consequentemente, muitos estabelecimentos
comerciais sentiram forte impacto financeiro.
O município, que conta com o turismo e a agricultura como principais fontes de
renda, já no início da quarentena, em 30 de abril, contou com 41 funcionários
demitidos decorrente da pandemia. Segundo a pesquisa realizada pela Setur -
Secretaria Municipal de Turismo:

“Foram entrevistados 47 empreendimentos que fazem parte do trade turístico,


como meios de hospedagem, operadoras de turismo, restaurantes,
lanchonetes, panificadoras, sorveterias e atrativos turísticos. […] 27
empreendimentos relataram que o impacto da pandemia no faturamento de
sua empresa foi de 100%, nove dizem ser de 75%, três relatam 50% e três
afirmam que foi de 25%. [...]” (Secretaria Municipal de Turismo - SETUR,
2020).

Se no começo da quarentena já houve traços do impacto gerado pela


pandemia, certamente, com as novas medidas e com o aparecimento de casos, esse
impacto tomou novas proporções.
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Para uma melhor compreensão do impacto da pandemia no município, a


presente pesquisa coletou dados a fim de analisar como o período pandêmico refletiu
na vida dos comerciantes, referente aos danos financeiros e psicológicos.
O formulário foi respondido por 49 estabelecimentos comerciais. Sendo,
restaurantes, lojas de roupas, calçados, eletrodomésticos, móveis, mercados,
revendedora de carros, sorveterias e agência de turismo. 100% dos comerciantes
relataram que sofreram o impacto da pandemia de alguma forma.

GRÁFICO 1 – Comerciantes afetados financeiramente

Fonte: Elaborado pelas autoras

Conforme os dados expostos, 39% dos comerciantes relataram terem sido


pouco afetados financeiramente, seguido de 49% que sentiram impacto médio e 12%
muito prejudicados.

5.1 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL


EMPRESARIAL E TURÍSTICA DE TIBAGI (ACETT) REFERENTE AOS REFLEXOS
DA PANDEMIA DO COVID-19 NO COMÉRCIO LOCAL

A ACETT é uma associação comercial com objetivo de unificar o comércio local


em prol de benefícios como fortalecimento do poder de compra, descontos em
mercadorias e divulgações publicitárias. Nela são membros diversos
estabelecimentos do município, e são pensadas medidas para facilitara permanência
de microempresas e pequenos empresários na cidade.
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O empresário Paolo Rogério Nanuzi e Pavesi, atual presidente da associação


comercial tibagiana, e também chefe do Hospital Luíza Borba Carneiro esteve
presente na live realizada pelo prefeito Rildo Leonardi no dia 15 de julho transmitida
na página do Facebook da Prefeitura Municipal de Tibagi, onde foram divulgadas
novas medidas de segurança impostas ao município, através do decreto n°849/2020,
publicado às 00h de 16 de julho, e que decretou lockdown em Tibagi.
Segundo Paolo:
“Uma visão da associação comercial: No primeiro momento, o comércio todo
ficou assustado. Com o primeiro fechamento, o movimento caiu para uma faixa de
30% a 70%. Posteriormente e com os devidos cuidados, aos poucos, foram reabrindo.
Notou-se, então, um crescimento no número de vendas em vários setores devido,
também, ao auxílio emergencial, o qual foi pago pela União em favor de parte da
população. Após aproximadamente três meses, foi determinado um novo fechamento
do comércio, gerando mais uma queda no número de vendas.”
Segundo o Presidente da Associação Comercial de Tibagi, Paolo Pavesi “O que
preocupa é o futuro. Está tudo muito lento! Não conseguimos comprar mercadoria.
Apesar de, para nós, ter afetado pouco, algumas áreas, como a de produção e a de
importação. A preocupação é fazer uma retomada do comércio do município, pois os
reflexos vão começar a aparecer a partir de agora.”
“A visão da saúde pública: No começo, ainda em fase de estudos e um tanto
despreparada, a administração pública do município de Tibagi foi seguindo os
protocolos da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná para, então, se adequar e
poder atender ao público da devida maneira e transferindo os necessitados para os
hospitais de referência. O município teve, até o presente momento, 13 óbitos devido
ao “Novo Corona Vírus”, porém, todos já possuíam alguma doença pré-existente, as
quais agravam os sintomas daquele.
Uma questão sempre levada em consideração pelas autoridades, é a
psicológica. O estado do Paraná vem fornecendo o devido atendimento aos
profissionais da saúde, mas a própria população precisará ir em busca desse
tratamento. O simples fato de as pessoas precisarem ficar isoladas em suas
residências pode ocasionar em doenças psicológicas graves, como a depressão. Além
disso, deve ser levado em consideração, o medo que as pessoas ainda sentem ao
sair de casa.”
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6. SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

6.1 DEMANDA PSICOLÓGICA NO MERCADO DE TIBAGI

Como afirma o diretor do Hospital e presidente da associação comercial, Paolo,


a incerteza de quais serão os prejuízos que surgirão futuramente, sejam financeiros e
de saúde é uma preocupação tanto para comerciantes quanto para o poder público.
Ao mesmo tempo em que se nota muitos comércios indo à falência, levando ao
desemprego de muitas pessoas, o mundo ainda enfrenta um período doloroso, que
pode levar muitos a desenvolver problemas psicológicos.
Certamente o período de quarentena é necessário, pois ao se tratar de um
assunto de saúde pública, é dever do poder público atuar de modo a auxiliar no
combate ao vírus da Covid-19, e buscar reduzir as formas de contágio, implantando
medidas de segurança para que o vírus não se espalhe ainda mais. Reconhecendo à
necessidade dessa implementação de medidas de segurança no município, a saúde
mental também é um assunto muito importante para a saúde pública do mundo inteiro.
Comércios fechados, funcionários isolados, medidas de segurança, turismo
suspenso, distanciamento social, desemprego. Como todos esses fatores influenciam
a vida das pessoas? O quanto a crise financeira, a pobreza e a miséria afetam à saúde
mental de um indivíduo?
É comprovado que problemas financeiros são prejudiciais à saúde mental das
pessoas. No atual momento de pandemia mundial, a situação financeira não é a única
preocupação. Sair de casa e expor-se a um vírus de alto contágio pela necessidade
de trabalhar também está entre algumas das preocupações que a quarentena
despertou nos indivíduos.
A presente pesquisa justifica-se no desejo de relatar uma análise concreta da
realidade do comércio à luz do enfrentamento à pandemia da Covid-19, limitando-se
a conhecer os impactos causados no município de Tibagi e o faz apresentando os
dados recolhidos através de um formulário preenchido online.
O formulário respondido pelos comerciantes, conteve também, questões sobre
como eles sentiram-se ao se deparar com a pandemia, onde, de um lado está a
exposição ao vírus, e de outro, o mantimento de sua fonte de renda, o seu comércio.
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GRÁFICO 2 – Alterações psicológicas nos comerciantes

Fonte: Elaborado pelas autoras

Como evidenciado no gráfico, 33% dos comerciantes sentiram sintomas de


ansiedade, 36% apresentaram sintomas de nervosismo, 19% passaram por irritações
e 12% sentiram cansaço ao se deparar com o atual cenário e comparar o mesmo com
seu estilo e vida.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise nessa ocasião apresentada, expôs que o Brasil já tinha lacunas


sociais e econômicas: queda dos investimentos, desempregado exacerbado,
informalidade e precarização do trabalho e recuo da produção industrial. O vírus e
suas consequências, apenas escancararam a estruturas públicas que já se
encontravam fragilizadas.
Por fim, o artigo teve como objetivo levantar dados a respeito dos prejuízos
sofridos pelos comerciantes no município de Tibagi, sejam eles financeiros e
psicológicos, enquanto enfrenta a pandemia da Covid-19.
Os resultados obtidos demonstraram que 100% dos comerciantes alegaram
que sofreram impactos de alguma forma, tanto psicologicamente como
financeiramente, visto que a cidade baseia sua economia no turismo local, e com o
distanciamento social, a circulação de pessoas enfraqueceu, junto com a visitação de
turistas e os eventos locais.
O período de quarentena tem mobilizado muitas pessoas para reflexões como:
a vida corrida do cotidiano, religião, saúde etc. O artigo procurou trazer uma reflexão
em relação à saúde mental daqueles que passam momentos de fragilidades, em
relação à exposição ao vírus.
Com essa pesquisa foi possível identificar os índices dos danos financeiros e
psicológicos enfrentados pelos comerciantes de Tibagi após um período de em média
7 a 8 meses de quarentena.
Certamente, os comerciantes não são os únicos a sofrerem tais fragilidades,
porém, a pesquisa limitou-se a conhecer a influência do período pandêmico no
município de Tibagi, localizado no interior do Paraná.
A saúde mental de todos importa, e comprovadamente, dificuldades financeiras
estão relacionadas à depressão, ansiedade e estresse. Com isso, a pesquisa
científica pode ser considerada também meio de conscientização, onde a população
pode conhecer os índices da sua localidade e cobrar mais atitudes do poder público.
É importante salientar também a dificuldade em encontrar material bibliográfico
à respeito do impacto financeiro e psicológico da quarentena no Brasil, visto que o
mundo inteiro está passando por um momento totalmente atípico e novo, onde, até o
momento, muito ainda se tem para descobrir sobre o vírus, e pouco se sabe sobre
como e quando isso terá fim.
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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADOS

1. O seu empreendimento sofreu impacto financeiro em relação à pandemia da Covid-


19?
( ) Sim, pouco;

( ) Sim, razoável;

( ) Sim, muito;

( ) Não.

2. Através de estudos realizados em cenários pandêmicos, concluiu-se que


transtornos mentais comuns podem ser desencadeados, como a ansiedade
(preocupação excessiva), o nervosismo (agitação), a irritação (sentimento de raiva) e
o cansaço (esgotamento físico e emocional), a quarentena por sua vez, pode afetar
intrinsicamente a saúde mental do ser humano. Em relação ao seu emocional,
assinale a opção que melhor representa a sua reação perante a Covid-19:
( ) Ansioso(a);

( ) Nervoso(a);

( ) Irritado(a);

( ) Cansado(a);

( ) Não sei.

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