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Casa Saudável

A a r t e d o b e m s e n t i r e v i v e r

Po r A l l a n L o p e s P i r e s
Índice

1 - Casa Saudável _______________________________________________________________2

2 - Fatores de Risco _____________________________________________________________4


2.1. Qualidade Interna do Ar ____________________________________________________4
2.2. Umidade ________________________________________________________________5
2.3. Temperatura______________________________________________________________5
2.4. Som ____________________________________________________________________5
2.5. Luz - ___________________________________________________________________5
2.6. Radioatividade ____________________________________________________________6
2.7. Campo Magnético _________________________________________________________6
2.8. Campo eletromagnético _____________________________________________________6
2.9. Proporções - _____________________________________________________________6
2.10. Ergonomia ______________________________________________________________6
2.12. Fatores Geobiológicos _____________________________________________________7

3 - A Casa Saudável Passo a Passo __________________________________________________8


3.1 Quarto de Dormir __________________________________________________________9
3.2 Salas de Estar ____________________________________________________________11
3.3 Cozinha _________________________________________________________________12
3.4 Escritórios _______________________________________________________________15
3.5 Banheiros _______________________________________________________________17
3.6 Lavanderia e serviços ______________________________________________________18
3.7 Jardim __________________________________________________________________18
3.8 Decoração Equilibrada _____________________________________________________24
3.9 Casa Limpa ______________________________________________________________25

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1 - Casa Saudável
Habitação Saudável é a concepção da habitação como
um agente da saúde de seus moradores (OMS-OPAS).

É o enfoque positivo da questão. Nos preocupamos em


olhar a casa como fonte de saúde, e não de doenças.
Passamos a ver nossa habitação como uma terceira
pele, das cinco que temos. Nossa primeira pele é a
orgânica, que cobre nosso corpo, a segunda são as
nossas vestimentas, que devem ser tão seletivamente permeáveis quanto a primeira. A
terceira pele a nossa casa, a quarta nossa cidade, vila, lugarejo, ou casa no campo, e a
quinta e mais abrangente a nossa Terra, casa de onde todos habitamos.

Todas estas cinco peles, ou organismos devem trabalhar em conjunto, e são partes de um
único organismo.

Numa metáfora podemos descrever esta terceira pele, em relação ao nosso próprio corpo,
da seguinte maneira:

Toda construção é um ser vivo, composto de uma anatomia e uma fisiologia particular,
que conferem, em sua conjunção, uma característica saudável ou não àquele ambiente.
Observamos paredes, solo, telhado, vigas de sustentação, janelas e portas como estruturas
semelhantes à pele, aos pés, à cabeça, aos ossos, músculos, poros e orifícios.

As vigas de sustentação seriam os ossos da casa; as paredes, seus músculos, fazendo a


conexão entre um osso e outro; e a maneira como é feita esta conexão é papel dos
tendões, pois conferem maior ou menor elasticidade e possibilidades ao ambiente. O
revestimento das paredes, os acabamentos e tintas são vistos como sendo a pele da casa e,
realmente, são: daí a necessidade de encontrarmos materiais saudáveis, que possam
promover a respiração cutânea deste imenso organismo que habitamos e chamamos de lar.
Como todos sabem, se taparmos todos os poros de nosso corpo, morreremos rapidamente
asfixiados, embora continuemos a respirar pelos pulmões. Também pela pele eliminamos
grande parte de nossas toxinas. É interessante o descaso existente com relação a este
assunto entre os engenheiros e arquitetos que, normalmente, apenas buscam uma função
plástica para as paredes e revestimentos, esquecendo-se de sua função fisiológica – muitas
vezes mesmo, desconhecida para o bem-estar do lar.

O solo e o teto da casa também são fundamentais, pois estabelecem a conexão Céu-Terra.
O teto é o ponto de contato com o Céu, há tanto esquecido e continuamente ocultado
pelas luzes urbanas. O piso é o ponto de contato com a Terra. Desse modo, é interessante
pensar no chão como algo que conecte, ou reconecte os habitantes da casa à Terra, em vez
de isolá-los ainda mais do planeta, como se ele fosse sujo e impuro. Nas cidades grandes,
vemos crianças impedidas, por toda a infância, de tocar o solo, por causa de sapatos
sempre presentes, casas extremamente desinfetadas, com pisos isolantes e materiais de
limpeza cada vez mais potentes. Há um distanciamento dos parques e locais onde se pode
ter um contato mais direto com a Terra. Não nos surpreende o fato de que esta geração de
crianças seja portadora de tantas alergias e doenças crônicas, já que não tiveram a
oportunidade de desenvolver seu sistema imunológico...
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As janelas e as portas são as vias de entrada e saída de energia. As portas seriam relativas
à boca e ao ânus, enquanto as janelas corresponderiam aos ouvidos, nariz e olhos. É,
portanto, fundamental que exista uma via expressa de entrada de energia na casa.
Habitações com diversas portas tendem a ter uma energia muito dispersa e indecisa, sem a
coesão necessária e uma definição precisa do objetivo e do fluxo daquele ambiente. Assim,
podemos encontrar muitas casas com conceitos modernos de arquitetura que, ao longo de
um ou dois anos, trazem uma incoerência mental tão grande aos seus moradores que estes,
via de regra, perdem a capacidade de definir e decidir os rumos de suas vidas. Este tipo de
padrão é muito comum, e voltaremos a falar dele no capítulo referente à arquitetura.

As falhas geológicas, os veios de água subterrâneos e as linhas eletromagnéticas compõem


o complexo circulatório, o linfático e o sistema de meridianos, respectivamente. Existe um
intercâmbio muito grande entre as águas e as falhas, podendo uma assumir a função da
outra. Da mesma forma, outra conexão bastante precisa se estabelece entre estas duas e
as linhas do campo de força da Terra, que também assumem a função total de circulação
de energia da edificação na ausência das primeiras. Estas estruturas precisam, portanto,
estar adequadamente situadas e o fluxo de energia, água e nutrientes devidamente
equilibrados, para que a casa receba uma correta medida de forças e tensões, criando,
assim, um ambiente saudável. O bloqueio destas e outras funções ocasiona distúrbios
ambientais que se refletirão nos seres vivos que habitam o local.

Os órgãos da casa são estabelecidos de acordo com a distribuição e a ocupação dos


cômodos pelos seus respectivos moradores, além, é claro, da função que estes exercem
para o conjunto. A cozinha, logicamente, é a parte digestiva; os banheiros se relacionam à
função excretora; o quarto principal é identificado com a função sexual, na dimensão
física, e com a cardíaca, na emocional. Estes são exemplos de atribuições metafóricas das
funções orgânicas de cada cômodo da casa, o que, especificamente, é algo que ainda está
em estudo e merecerá destaque especial no futuro. Este tema, no entanto, foge ao nosso
atual trabalho.

Em seguida, para entender melhor a visão geobiológica, é necessário inserir este organismo
em seu habitat, observar os arredores e suas condições e verificar o grau de harmonia e
troca existente entre um e outro.

Por fim, e aqui reside todo o objetivo da Geobiologia, é analisada a relação existente entre
os seres vivos e o local onde os mesmos habitam. Acreditamos que esta relação é tão
importante quanto a que se estabelece entre os seres e sua alimentação, ou seja, que um
lugar pode fornecer energia biológica de qualidade aos seus moradores, criando, assim,
condições favoráveis para que a vida se expresse da forma mais natural e evolutiva
possível. Da mesma forma, um ambiente pode ser o responsável pela desnutrição
energética dos que nele vivem, caso esteja em desarmonia.

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2 - Fatores de Risco

De uma forma didática e sistemática podemos enumerar


os fatores de risco, ou de interesse, sob os seguintes
tópicos:

2.1 Qualidade Interna do Ar


2 .2 Umidade
2.3 Temperatura
2.4 Som
2.5 Iluminação
2.6 Radioatividade
2.7 Magnetismo natural
2.8 Eletromagnetismo e saúde
2.9 Proporções harmônicas
2.10 Ergonomia
2.11 Materiais de construção
2.12 Perturbações geobiológicas

A seguir um breve comentário sobre cada um deles.

2.1. Qualidade Interna do Ar

Especialmente em ambientes fechados este é um dos temas mais importantes da relação


entre a saúde das pessoas e o local que elas habitam ou trabalham.

Podemos observar as seguintes formas de contaminação do ar: química, física fisico-


química e biológica.

A contaminação química dá-se por meio de toxinas presentes no ar, como benzeno,
tolueno, e uma série de outras substâncias. A origem destas substâncias é variada, podendo
vir dos materiais de construção, como tintas, vernizes; os mobiliários também podem ser
fontes de contaminação química ao liberarem substâncias de colas, vernizes e materiais
sintéticos no ambiente. Estas substâncias presentes em acabamentos e mobiliários
normalmente são chamadas pelo nome genérico de Composto Orgânico Volátil (COV, ou em
inglês VOC, Volatile Organic Compound).

Como contaminantes químicos também encontramos o tabaco, substâncias geradas por


aparelhos de fax, copiadoras e impressoras e por incrível que pareça o próprio ser humano,
uma vez que através de nosso suor liberamos uma série de toxinas que devem ser
eliminadas do organismo.

A atuação destas toxinas em geral no nosso organismo pode ser desde uma simples irritação
de pele, ou nas mucosas (boca, olhos, nariz) até severas complicações respiratórias,
alergias e outros sintomas.

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Em seguida temos os contaminantes físicos do ar. Estes são mais conhecidos com poeira, ou
tecnicamente falando, material particulado.

Normalmente nosso corpo lida bem com a poeira, porém em um nível elevado pode gerar
problemas respiratórios e alérgicos.

Como contaminação Fisico-química temos a chamada ionização do ar. Os átomos que


compõem as moléculas do ar possuem a capacidade de ficarem com mais ou menos
energia, ou elétrons.

Quando estes átomos estão carregados de energia dos


elétrons eles são chamados de íons negativos, que, apesar
do nome, são em sua maioria excelentes para nossa saúde.
Já quando estes átomos perdem seus elétrons e ficam
carregados com partículas positivas, são chamados de
radicais livres, e são deletérios à nossa saúde, retirando
nossa vitalidade e provocando envelhecimento precoce (ou
seja, na prática rugas, cabelos brancos, menos anos de
vida, etc.).

Como contaminação biológicas os fungos, bactérias e pequenos animais, como os famosos


ácaros.

Estes contaminantes biológicos também são bem conhecidos do nosso organismo, porém
alguns deles, ou dependendo da sua quantidade podem trazer sérios danos à nossa saúde e
até mesmo causar a morte. Por isso é muito importante que nossa ar esteja limpo química,
física e biologicamente.

2.2. Umidade - Um segundo fator de interesse é a umidade dentro de um determinado


ambiente. Quanto mais úmido maior a possibilidade de estarmos criando fungos, bactérias
e outros organismos. Quanto mais seco maior a possibilidade de estarmos criando um ar
ionicamente carregado. Uma umidade natural e mediana é o ideal para nosso organismo.

2.3. Temperatura - A temperatura e a umidade andam de mãos dadas. Nem muito


quente, nem muito frio, No calor que a casa esteja fresca, no inverno que esteja cálida,
esta é a regra geral. Nosso organismo necessita que tenhamos uma temperatura agradável
para que gaste sua energia com outros processos que não apenas a manutenção da
temperatura ambiental.

2.4. Som Principalmente nos grandes centros urbanos o som é um grande inimigo dos seres
humanos, ou a poluição sonora, melhor dizendo. Buscar uma casa com sons naturais, de
pássaros e insetos, sons da natureza é muito importante, e evitar grandes áreas de trânsito
terrestre e aéreo, longe das buzinas, freadas e pousos e decolagens de aviões é
fundamental para que nossos sono seja perfeito, que nosso cérebro esteja descansado e
atento e principalmente para que nosso nível de estresse seja baixo, quando isto não é
possível investir em equipamentos anti-ruídos é uma boa idéia!

2.5. Luz - A nossa iluminação deve ser o mais natural possível. A luz solar nos provê os
raios ideais para que possamos produzir uma série de substâncias fundamentais para nosso
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organismo, como a vitamina D, a serotonina e outras substâncias que fazem nosso corpo ser
forte e feliz. A iluminação artificial também deve levar estes parâmetros em conta.

Também é importante termos em conta a falta da iluminação, ou seja, à noite, é


importante que tenhamos um quarto escuro, sem iluminações artificiais, pois nosso corpo
está adaptado para o ciclo da terra, de dias e noites. Romper este ciclo, chamado
circadiano, faz com que o nosso organismo deixe de funcionar da maneira adequada e
assim estamos abrindo o caminho para doenças e mal funcionamento do nosso ser.

2.6. Radioatividade - Alguns materiais de construção podem conter radioatividade,


principalmente os de origem róchea, como concreto e algumas pedras de acabamento.
Porém não há uma regra, e é importante que um profissional experiente no assunto faça as
medições adequadas do concreto ou da pedra específica para saber seu nível de
radioatividade e dizer se é um material saudável ou não.

A radioatividade pode causar danos físicos ao nosso organismo e levar a doenças


degenerativas como o câncer.

2.7. Campo Magnético - Nosso organismo se adaptou à realidade


de que nosso planeta possui um campo magnético relativamente
estável e que tem seu norte apontando sempre na mesma direção.
Quando aplicamos materiais de construção ou mobília metálicos e
que deturpam este campo magnético nossas células também se
desorientam e têm partes de seu metabolismo alterado. É importante
que mantenhamos o campo magnéticos natural da terra sempre
dentro de padrões naturais.

2.8. Campo eletromagnético - Assunto ainda um pouco controverso


a relação entre o campo eletromagnético gerado por linhas de transmissão de alta tensão,
antenas de rádio, televisão e telefonia celular, aparelhos eletro-eletrônicos e disposição
dos fios dentro de uma residência, e nossa saúde ainda vem sendo tema de estudos
controversos. A geobiologia adota o princípio da precaução tentando manter a poluição
eletromagnética dentro de valores mínimos, sem obviamente abdicar dos confortos que a
eletricidade nos traz. Busca-se apenas tecnologias que sejam ao mesmo tempo confortáveis
e saudáveis.

2.9. Proporções - Todo o universo está construído de acordo com normas rígidas, embora
amplas, de proporções e formas. Não é à toa que todos os planetas são esféricos, que a
maioria das sementes são ovaladas e assim por diante. Nossas construções deveriam
expressar formas e proporções em harmonia e ressonância com o universo que a circunda,
de outro modo nossa residência e tudo o que ela abriga seria um ponto dissonante num
todo equilibrado. A arquitetura contemporânea com a valorização do "diferente" muitas
vezes perde estes princípios de vista, e apesar de obras esteticamente interessantes,
produz-se habitações insalubres e desarmoniosas.

2.10. Ergonomia - O mesmo é valido para o mobiliário, embora o termo ergonomia já


venha sendo usado e aplicado mais amiúde, principalmente devido à relação direta entre
mobiliário e problemas do sistema motor, conhecidos com LER (Lesão por Esforço
Repetitivo).
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2.11. Materiais de Construção - Como podemos observar, todos estes fatores acima
descritos estão intimamente relacionados com os materiais que vamos utilizar em nossas
construções, pois eles determinarão o nível de contaminação do ar, maior ou menor
quantidade de ruídos, a intensidade e quantidade de iluminação natural, a integridade do
campo magnético e até mesmo as formas da edificação, dependendo da sua plasticidade.
Portanto uma escolha de materiais tendo em vista a sua salubridade é fundamental quando
queremos viver em uma Casa Saudável.

2.12. Fatores Geobiológicos - Perturbações geobiológicas é o termo genérico pelo qual


se engloba todas as relações diretas entre o planeta e os seres humanos.

A base deste princípio é que a formação geológica de um local não deve ser perturbada.
Águas subterrâneas, falhas geológicas, perturbações na radioatividade basal, fortes
alterações geológicas são exemplos de perturbações geológicas, ou geobiológicas.

A Geobiologia acredita que as águas subterrâneas e as falhas geológicas, que se situam a


diversos metros sob o solo, geram uma influência na superfície que repercute
verticalmente e tem a capacidade de alterar o funcionamento celular de uma ou de outra
maneira, levando a um desequilíbrio metabólico que pode ser expresso, ao longo do tempo,
por diversos sintomas. Evitar situar, sobre esses pontos,
camas e mesas de escritório, macas de terapia ou qualquer
outro móvel que seja utilizado por mais de duas horas
diárias é, portanto, de vital importância.

Dentro deste mesmo aspecto natural, observa-se que o


campo magnético terrestre é composto de linhas de força
que possuem um alto padrão vibracional e que cortam o
planeta nas direções dos pontos cardeais, a uma distância
de aproximadamente 2 metros uma da outra. Os
cruzamentos destas linhas são igualmente danosos para o corpo vivo, principalmente para
as células animais, e devem ser identificados e evitados. O cuidado deve ser redobrado se
os cruzamentos se situam sobre zonas alteradas por águas e falhas geológicas, situação em
que seus efeitos são potencializados.

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3 - A Casa Saudável Passo a Passo
A noção de que os espaços interagem com as pessoas e de que esta interação pode ser
saudável ou insalubre é o fundamento e a base da geobiologia e sobre ela todos os seus
argumentos serão criados.

A habitação, tanto comercial quanto residencial, naturalmente torna-se um espelho de


nosso modo de viver, de nossa personalidade e de nossa alma. E até certo ponto também
podemos dizer o contrário, os lugares onde freqüentamos durante muitos espaços de tempo
nos alteram e nos mudam de maneira que em grande parte também somos um reflexo
deste lugar.

Em primeiro lugar desejamos que uma casa, ou um escritório, nos proteja das intempéries
e das agressões naturais, e em segundo que nos dê um mínimo de conforto. Além disto o
design, as cores, os móveis e todos os demais detalhes serão a expressão do nosso modo de
viver dentro e fora de "quatro paredes".

A busca por habitações saudáveis, que nos tragam qualidade de


vida e que sejam harmoniosas com o meio ambiente vem como
uma resposta de seres humanos mais sensíveis à rápida e
abrupta mudança que nossa espécie tem causado a si própria e
ao planeta.

O ser humano, ao entender que o seu modo de vida atual é


incompatível com a manutenção da vida tem que buscar
conscientemente entender como a vida se processa para
resgatar um equilíbrio, antes natural e quase inconsciente, que
ele perdeu após a Revolução Industrial.

A observação dos desastres ecológicos e a repercussão destes


desequilíbrios em nossa vida, bem como a repercussão dos
desequilíbrios causados à nossa saúde por maus hábitos de vida
nos fizeram buscar algo que chamamos de qualidade de vida.

Dentro desta idéia de qualidade de vida está inserido viver com saúde, com alegria e
felicidade sem machucar ou fazer dano ao próximo e à natureza.

A exteriorização destes conceitos à casa ou escritório, procurando fazer com estes reflitam
esta preocupação pessoal, humanitária e ambiental é o que faz a ciência da geobiologia
ganhar cada vez mais força no mundo todo, juntamente com outros movimentos que
buscam incentivar conceitos como qualidade de vida, sustentabilidade, vida saudável,
ecologia, dentre outros.

Nos textos a seguir você verá algumas práticas saudáveis, através das quais você pode
manter o seu espaço de habitação ou trabalho da melhor maneira possível garantindo
saúde e qualidade de vida juntamente com respeito ao meio ambiente.

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3.1 Quarto de Dormir

O quarto de dormir é sem dúvida alguma o espaço mais importante da casa, pois ele é,
verdadeiramente, um templo de regeneração do nosso corpo.

Entendê-lo de qualquer maneira diferente desta é o princípio para torná-lo enfermo.


Portanto é necessário mudarmos a ótica atual, onde o quarto tenta dar completa
autonomia, independência e privacidade ao indivíduo, provendo-o de toda sorte de
aparelhos e comodidades dentro de um mesmo cômodo, e passarmos a entender o quarto
como um templo regenerativo, um local aonde iremos para curar, recuperar e revigorar
nosso corpo, mente, alma e existência.

A primeira coisa que devemos evitar é justamente o isolamento do indivíduo dentro de sua
habitação, principalmente filhos em idade infantil, adolescente ou jovem. Ao provermos
um quarto que possua televisão vídeo cassete, aparelho de som, mesa para estudo e
trabalho, computador com acesso à Internet, vídeo game, todos os livros de interesse,
telefone, banheiro privativo, etc, etc, etc. Estamos promovendo um distanciamento da
vida do indivíduo da vida familiar e conseqüentemente da vida social. Sem qualquer
constrangimento podemos chamar a isso de enfermidade, não física, mas social e
psicológica.

Claro que não sugerimos que haja uma completa


falta de privacidade, o que seria o mesmo
desequilíbrio, porém em seu extremo oposto. O
que sugerimos é que haja, dentro da dinâmica de
cada casa, funções que possam ser exercidas
apenas socialmente, como assistir televisão por
exemplo, ou o banheiro, ou algo que se adeque à
estrutura da família.

O mesmo princípio pode e deve ser aplicado a


empresas, uma vez que prover ao funcionário
todas as ferramentas que ele necessita para trabalhar, além de mantê-lo afastado da
equipe auxilia para que ele esteja sempre sentado e a partir daí contribuir para o
desenvolvimento de doenças posturais, obesidade, lesão por esforço repetitivo (LER) e etc.
Impressoras e aparelhos de fax podem ser colocados todos em uma área específica,
forçando o indivíduo a levantar da cadeira para pegar o documento impresso, e assim por
diante.

Dentro do quarto, o móvel mais importante, que deve ganhar a maior atenção é a cama de
dormir. Para que ela seja saudável ela deve ser composta de materiais naturais, de
preferência madeira e nunca de metal, e deve sempre possuir uma cabeceira.

Deve estar afastada cerca de 30 a 40 cm do chão, permitindo a passagem de ar e no caso


de apartamentos evitando a proximidade com o chão, que é o teto do vizinho de baixo e
portanto muito próximo de fiação de luz.

O colchão deve ser de elementos naturais, como algodão (futons japoneses), palhas de
milho ou de arroz, crina de cavalo, látex. Em segundo lugar temos a opção de colchões

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ortopédicos, com uma estrutura de madeira seguida por um acolchoamento que pode ser
natural, ou sintético. Colchões de mola ou de água devem ser evitados sempre que
possível, bem como colchões magnetizados.

E devemos utilizar lençóis, fronhas e demais roupas de cama sempre de algodão puro,
diminuindo a quantidade de eletricidade estática gerada pelo nosso atrito ao nos
movimentarmos à noite.

A cama deve ser colocada em um local do quarto que seja arejado, porém sem correntes
de ar, como próximo à janela, ou entre duas janelas paralelas.

Deve estar num local livre de perturbações do subsolo, como águas subterrâneas e
cruzamentos de linhas magnéticas.

Em volta da cama devemos guardar um metro e meio de diâmetro para qualquer aparelho
elétrico ou eletrônico, e mesmo para estes devemos retirá-los da tomada antes de dormir.

Esta informação imediatamente levanta em muitos o questionamento a respeito do


despertador e da televisão com timer.

O despertador, no caso de querer tê-lo ao alcance da mão quando despertar, deve ser
movido a pilhas ou baterias, de preferência recarregáveis para ajudar também o meio
ambiente, pois as mesmas são fortes fontes de contaminação ambiental.

A televisão via de regra não deveria existir dentro do quarto. Mas na impossibilidade de
retirá-la jamais deveríamos utilizar o timer para que ela nos levasse ao sono. O problema é
que antes de dormir entramos num estado de semi-vigilia onde ainda não estamos
dormindo, porém não mais estamos despertos. Neste ponto nossos filtros psicológicos se
desligam e toda informação que recebemos passa diretamente ao nosso subconsciente.
Desta forma um filme de violência chegará a nosso cérebro como algo real, e não como um
filme sendo passado numa televisão, um comercial incentivando a compra de um produto
será como uma ordem, e não uma sugestão de compra. No dia seguinte, quando
acordarmos iremos agir de acordo com aquelas informações assimiladas, sem contar que
todos os sonhos durante a noite serão regidos por estas informações.

Além disto temos a questão da poluição eletromagnética, que serve não só para a televisão
mas também para todos os aparelhos elétrico-eletrônicos, como já dissemos acima.

O chão do quarto deve ser de material natural, como madeira, e esta deve ser envernizada
também com materiais naturais. Carpetes devem ser ao máximo evitados e jamais deve
haver aquecimento do solo. Quando houver a necessidade de aquecimento no quarto este
deve ser feito a partir da parede ou a partir de uma fonte única de calor (lareira,
aquecedor, etc) mas nunca através de serpentinas ou mantas elétricas no solo.

As paredes devem ser pintadas com tintas que não tenham cheiro, sejam ecológicas e não
liberem metais pesados ou compostos orgânicos voláteis (COV). Tintas metálicas, que
servem para quartos infantis ficarem mais interativos, permitindo o uso de mantas
magnetizadas com motivos coreográficos são condenadas pela geobiologia.

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O ideal é que os quartos não possuam banheiro, algo quase impensável na arquitetura
contemporânea. Estes devem portanto serem mantidos com a porta fechada, isolados do
quarto.

Por fim o quarto deve ter uma luminosidade natural durante o dia, permitindo a ação
bactericida da luz e a quantidade suficiente para que nossos olhos consigam ver
adequadamente, e durante a noite o quarto deve ter o mínimo de luz possível para que
substâncias que só funcionam no escuro possam trabalhar e regenerar o nosso organismo,
nos garantindo um sono reparador, descansado e revigorante.

3.2 Salas de Estar

A maioria dos cuidados dispensados ao quarto de dormir servem também aos ambientes de
estar, como salas, salas de jantar, etc., claro que aqui com menos intensidade, pois são
locais que passamos em estado de vigília, e portanto contamos com defesas naturais do
nosso organismo, além do que são espaços que passamos, ou deveríamos passar, menos
tempo do que no quarto de dormir.

O fundamental para estas áreas é que elas sejam transitáveis, ou seja, que a disposição do
mobiliário não atrapalhe a circulação natural das pessoas e da ventilação no ambiente.

Também devemos ter em conta que a ventilação deve ser


natural, e o uso de ar condicionado deve ficar restrito aos dias
realmente imprescindíveis, lembrando sempre de abrir as
janelas e renovar o ar pelo menos uma vez por dia.

A iluminação natural deve ser ampla, devemos deixar que


durante o dia a luz do sol entre em abundância até o limite
que não esquente demasiadamente os cômodos.

Se conseguirmos estas três coisas: circulação, ventilação e


iluminação, teremos um ambiente saudável e agradável.

Adicionalmente também podemos enfatizar a importância de


termos o mínimo de contaminação eletromagnética possível,
desligando todos os aparelhos da parede sempre que não estejam em uso.

Também os cuidados com os materiais que revestiremos nossos espaços de estar são
fundamentais para nossa saúde. Devemos evitar carpetes e tintas tóxicas, substituindo-os
por revestimentos naturais e tintas ecológicas.

O mobiliário igualmente deve ser o mínimo sintético possível, pois além de aumentarem
em muito a carga eletrostática do lugar os materiais sintéticos liberam substâncias tóxicas,
muitas vezes cancerígenas e patógenas, no ar que respiramos.

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Boas companheiras para o interior de espaços comuns são as plantas, que além de
regularem a umidade e temperatura, liberam oxigênio no ar e retiram toxinas geradas
pelos materiais sintéticos e pelos próprios seres humanos.

3.3 Cozinha

A cozinha é o local da casa onde devemos ter um cuidado especial. Apesar de não a
utilizarmos por tanto tempo quanto o quarto de dormir, ela é responsável pela saúde de
nossos alimentos, ou seja daquilo que voluntariamente ingerimos e colocamos dentro de
nosso corpo. Além disto ela é um dos locais onde mais impactamos o meio ambiente
através do uso de aparelhos e materiais diversos.

Portanto a cozinha é um local onde restauramos nossas forças vitais e químicas (e por este
motivo os locais comerciais de comida se chamam "restaurantes") e o local onde mais
podemos trabalhar para criar um planeta mais sustentável.

Assim como os quartos e locais de estr devemos prestar atenção em relação à circulação,
ventilação e luminosidade.

Além destes fatores devemos observar que o mobiliário da cozinha seja saudável, evitando
principalmente as fórmicas e os plásticos, preferindo madeira e pedras como o mármore.
Também devemos evitar granito, ou medir o seu nível de radioatividade antes de adquiri-
lo.

As madeiras certificadas nos dão a certeza de que são madeiras provindas de fontes
renováveis e com um manejo sustentável. Exija do seu fabricante de móveis que apresente
a certificação da madeira antes de comprar.

Os aparelhos da cozinha devem ser vistos também com cuidado. As panelas devem ser de
barro, pedra, aço inoxidável, vidro ou ferro esmaltado. Devemos evitar as panelas de
teflon e de alumínio por liberarem componentes tóxicos na comida.

Devemos igualmente ter um senso prático em relação aos aparelhos modernos. Muitas
invenções que à primeira vista parecem fantásticos e nos auxiliariam em muito na cozinha,
após um tempo viram um utensílio esquecido ocupando lugar precioso na cozinha e sem
uso.

O forno de microondas, talvez uma das novidades mais difundidas da vida moderna
juntamente com o controle remoto não deveria ser utilizado em nossas cozinhas, ou ter seu
uso diminuído ao máximo pois além de causar poluição eletromagnética desvitaliza os
alimentos, apesar de fisicamente os mesmos manterem suas propriedades. Isto sem contar
que dedicar um pouco de tempo à confecção dos alimentos é algo saudável, pois via de
regra os alimentos que preparamos em microondas já são fruto de processos anteriores,
como pré-cozimento e adaptações químicas para serem preparados mais rápidos.

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Devemos abolir o uso de máquinas de lavar louças, por seu impacto ambiental, além do que
grande parte do trabalho deve ser feito antes de se colocar a vasilha na máquina. Em caso
de uso, o ideal é utilizá-la sempre cheia, para melhor aproveitar o seu funcionamento.

As geladeiras devem consumir menos energias. Quando trocamos velhas geladeiras por
novas o valor que economizamos de energia elétrica é tão grande que se paga o
investimento ao longo de um ano ou menos.

Os alimentos devem ser, sempre que possível, frescos e de preferência orgânicos, livres de
contaminantes químicos e de processos preparatórios para que possamos aproveitar não
apenas de seus constituintes químicos como também de sua vitalidade.

A água para consumo e preparação dos alimentos deve ser mineral e não da torneira. E em
casas novas a água proveniente da cozinha deve ser redirecionada e utilizada em vasos
sanitários ou tratada para uso n jardim ou na horta.

É também imprescindível falar dos detergentes que utilizamos para limpar nossas louças.
Via de regra estes detergentes não são biodegradáveis, ou seja poluem o meio ambiente, e
muitas vezes não saem completamente da vasilha quando a enxaguamos. A cada dia mais
encontramos novas marcas de produtos ecológicos, que devem ser bem utilizados. Uma
questão importante a saber sobre estes produtos é que eles podem parecer mais caros do
que os normais, porém eles são mais concentrados, ou seja, para uma mesma quantidade
conseguimos lavar mais vasilhas, e assim o seu preço se justifica.

Por fim é fundamental falarmos do lixo que nossas cozinhas geram e impactam
sobremaneira o meio ambiente.

Podemos começar a diminuí-lo evitando trazê-lo para dentro de casa, pois é mais barato
para o planeta não produzir do que reciclar. A reciclagem é a maneira que encontramos
para lidar com o lixo que não conseguimos deixar de produzir e não um artifício para nos
eximir de qualquer culpa e continuarmos a gerar mais e mais resíduos.

Portanto ao irmos ao supermercado devemos comprar produtos em maior quantidade, pois


assim não utilizamos muitas embalagens. Preferir produtos que disponibilizem refis para
não termos que comprar sempre a embalagem principal. Levar nossa sacola para o
supermercado diminuindo a quantidade de sacolas plásticas trazidas para casa, e utilizando
estas poucas trazidas para receberem o lixo, evitando assim comprar sacos plásticos para
colocar as sacolas plásticas que viram lixo depois de transportar as compras.

Em casa separe o seu lixo para reciclagem: plásticos, vidros e metais, papéis e orgânicos.
Os orgânicos podem ser divididos em compostáveis ou não.

Os que forem compostáveis (cascas de alimentos crus, restos de frutas e verduras) você
pode compostar e transformar em adubo para suas plantas, mesmo morando em
apartamento.

Composteira (http://www.planetaorganico.com.br/composto4.htm )

®
Curso Casa Saudável 13
Composteira: solução para fazer a compostagem
em pequenos espaços.

Embora a compostagem em pilhas apresente a vantagem de não exigir equipamento especial,


apenas algumas ferramentas como pás e enxadas, por exigir amplos espaços e volumes
relativamente grandes de resíduos animais e vegetais, seu uso fica restrito às propriedades
rurais, não podendo ser praticada por quem dispõe de um quintal na cidade, por exemplo.

Contudo, essas limitações de espaço e de quantidade de resíduos não impedem quem deseja
reciclar seus resíduos orgânicos de realizar a compostagem. O uso de composteiras é indicado
para quintais, varandas de apartamentos ou mesmo garagens, pois ocupam uma superfície
pequena quando comparadas à pilha de composto aberta.

A composteira mais conhecida atualmente é uma caixa de madeira sem fundo nem tampa
desenvolvida na década de 1940, na Nova Zelândia. A caixa neozelandesa tem um tamanho
padrão: 1 metro por 1 metro na base e também 1 metro de altura, permitindo a circulação de
ar pelas laterais. Quando cheia, ela pode ser desmontada e montada novamente ao lado da
posição anterior, porque suas paredes laterais são removíveis. Ao transferir a matéria orgânica
de uma posição para outra, a pessoa estará fazendo o revolvimento do material. Pode-se
também construir duas ou três caixas simultaneamente, para que a matéria orgânica seja
transferida de uma caixa para outra. Em hortas domésticas ou jardins, o tempo para o
enchimento da caixa pode ser de um mês ou mais.

Uma outra opção interessante para quem possui um quintal ou espaços de até 1 ha, é a
composteira feita com cesto telado, que nada mais é do que um cilindro formado com tela
plástica ou de galinheiro, dessas que se encontram em casas de material para horticultura e
jardinagem. As vantagens do cesto telado é ser leve, resistente e não enferrujar.

"O mais importante em uma composteira, independentemente do tamanho e forma, é que ela
permita a circulação de ar e comporte cerca de 1 metro cúbico de resíduos"; afirma o professor
Marcelo Jahnel, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São
Paulo. Essas regras limitam as dimensões da composteira de cesto telado:

 Se for muito alta (mais de 1,5 m), o peso do material deixará a base compactada
demais, dificultando o revolvimento e impedindo uma aeração adequada.
 Se tiver menos de 1 metro de altura ou de largura, perderá calor e umidade.
 Se a largura ultrapassar 1,5 metro, o ar não penetrará no interior do composto.

De acordo com as disponibilidades de materiais e a criatividade de cada um, podem ser


construídos outros tipos de recipientes para compostagem, desde que se respeitem as regras
anteriormente citadas. As vantagens de se construir a própria composteira são a economia de
dinheiro e o aproveitamento de materiais disponíveis ou de fácil acesso na região. O
importante é começar, pois uma vez experimentados os benefícios da compostagem, quem a
realiza não deseja mais parar. Mas, não se preocupem, caros leitores: fazer compostagem não
vicia, é apenas uma atividade apaixonante como todo aprendizado com a natureza que a
Agroecologia nos proporciona.

Fontes:

®
Curso Casa Saudável 14
"Manual de Horticultura Ecológica", João Francisco Neto, Ed. Nobel, 1995.
"A Horta Intensiva Familiar", Lourdes Maria Grzybowwski, AS-PTA, 1999.
"Cadernos de Reciclagem 06: Compostagem – A outra metade da reciclagem", Marcelo Jahnel,
Cempre, 1998.
"Adubo no Cesto", Revista Globo Rural, janeiro de 1998.

3.4 Escritórios

Encontramos nos escritórios dentro das casas, e principalmente nos edifícios de


escritórios um local onde quase todos os fatores de risco ambienta à nossa saúde podem
ser encontrados.

A qualidade do ar é empobrecida pelo uso de ar condicionado e falta de ventilação natural


e infelizmente pelo ainda comum, embora proibido, uso do tabaco. Além disto temos as
emissões químicas provenientes das
impressoras, aparelhos de fac-símile,
copiadoras e uma série de outros aparelhos.

Este aparelhos, juntamente com


computadores e lâmpadas alógenas, ainda
sobrecarregam o local com um número sem
fim de irradiações eletromagnéticas.

As lâmpadas alógenas por sua vez deixam de emitir radiação luminosa no espectro amarelo,
fundamental para nosso bem estar, criatividade e produtividade.

Não pouco freqüente mesas de escritórios são colocados sobre pontos telúricamente tensos
devido a veios de água subterrêneas ou cruzamentos de linhas Hartmann.

O foco portanto é transformar a idéia destas máquinas de trabalho, que são os escritórios,
em locais onde possamos existir com saúde, equilíbrio e principalmente criatividade e
produtividade.

Portanto escolheremos sempre que possível a ventilação natural. No caso da


impossibilidade, abriremos as janelas ao sairmos à noite e fecharemo-nas pela manhã,
mantendo assim uma renovação do ar.

O uso de plantas de interior também é fundamental para esta renovação, não apenas
física, mas principalmente química do local.

Procuraremos utilizar um mobiliário isento de aglomerados, colas e com o mínimo de


material sintético possível.

Cores suaves, porém dinâmicas devem estar presentes e a decoração não pode ser nula, ou
homogênea. É necessário que haja um leve movimento de cores no escritório.

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Curso Casa Saudável 15
Sempre que possível vamos optar pela luz natural em troca da luz artificial e no caso desta
procuraremos lâmpadas que, mesmo alógenas, possuam em sua composição de espectro a
faixa de luz amarela (quando comprar lâmpadas "frias" veja as especificações do produto e
procure por "luz amarela").

É importante que tenhamos móveis ergonômicos, que se adaptem à nossa altura e que
sejam flexíveis para mudar de altura e posição quando a ação assim o exigir. Grande parte
dos problemas de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) estão relacionados a móveis
inadequados que por sua vez levam a posturas inadequadas, juntamente com prolongadas
horas de trabalho ou estudo sem descanso e sem movimentação.

A cada hora, ou a cada duas horas no máximo devemos sair da frente do computador ou da
mesa por 10 minutos. Fazer exercícios leves de alongamento e ver outras paisagens.
Embora não pareça esta prática leva a um aumento do bem estar e conseqüentemente da
produtividade. Muitas pessoas conseguem este aumento de produtividade e de ânimo
inconscientemente quando saem para "fumar um cigarrinho". Podemos ter a mesma atitude
de nos afastarmos, movimentarmos e respirarmos um pouco sem destruir nossos corpos e os
das pessoas que passam com a fumaça do tabaco.

Aproveite também para deixar conscientemente, certos objetos, papéis, impressoras longe
do alcance da sua mesa. Isto fará com que você tenha que levantar e assim diminuirá o
nível de estresse, de problemas cardíacos e de obesidade, além de dar um bom exemplo a
seus colegas de trabalho.

Por fim, devemos ter cuidado com os materiais de escritório, algumas canetas e tintas
podem ser tóxicas, o que convém que busquemos materiais mais saudáveis para
manusearmos no dia a dia.

E é sempre bom lembrar: Diminua o uso de papéis. Para cada 40 quilos de papel que
usamos necessitamos de uma árvore como matéria prima. Aproveite o que a tecnologia tem
de bom e transforme os trâmites da sua empresa e os documentos em documentos digitais,
vale a pena e a Terra agradece.

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Curso Casa Saudável 16
3.5 Banheiros

Os banheiros são os locais onde nos limpamos, onde tiramos do corpo aquilo que não mais
nos interessa.

Idealmente o banheiro deveria estar fora do corpo da casa. A construção no campo permite
isso com muita facilidade, e os nossos excrementos podem ser utilizados como adubo, se
tratados da forma correta.

Porém em grandes cidades, e com a mentalidade atual, basicamente temos o contrário, um


banheiro em cada quarto.

Os banheiros nos quartos, ou dentro das casas, retiram a energia vital do ambiente todas
as vezes que puxamos a descarga e ligamos o chuveiro ou a torneira. Para minimizar este
aspecto devemos manter as portas sempre fechadas e manter plantas vivas, de interior
dentro do banheiro.

É importante que o banheiro possua um bom sistema de ventilação, para que o ar seja
renovado mais eficientemente.

A Bioconstrução propõe o uso de sanitários secos, o que se feito fora do corpo da casa é
muito interessante, mas que não deve ser utilizado no corpo da casa, pois diminui a
intensidade vibratória do lugar.

Em relação à limpeza do banheiro devemos procurar usar produtos naturais, e não uma
infinidade de produtos de química pesada hoje disponíveis no mercado. Lembre-se que
cheirinho não quer dizer limpeza.

A cada dia que passa temos novos produtos no mercado que fazem o papel de higienização
e limpeza dos banheiros sem agressão à nossa saúde e ao meio ambiente. Devemos optar
por estes.

Para aqueles mais entusiasmados, colocamos abaixo algumas soluções caseiras, das
milhares que existem, para limpeza de banheiro:

Para limpeza geral utilize 4 colheres de sopa de bicarbonato e sódio em um litro de água
morna.

Se estiver engordurado, acrescente uma colher de vinagre branco ou suco de limão.

Para a limpeza do vaso sanitário siga a receita do bicarbonato com vinagre.

Você também pode adicionar alguma essência aromática, para dar o acostumado cheirinho
de limpeza, embora as sustâncias realmente bactericidas e limpantes são o Bicarbonato de
sódio, o limão e o vinagre.

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Curso Casa Saudável 17
3.6 Lavanderia e serviços

Na lavanderia, não temos riscos muito grandes à nossa saúde de maneira imediata, os
riscos são mais ao planeta.

Por isso devemos reutilizar a água que lavamos nossas roupas para dar descarga e usar em
outros processos menos nobres.

Claro que isso é muito fácil de fazer em uma casa ainda sendo projetada, e bastante
complexo quando o local já está pronto.

Além da questão da água devemos tomar um pouco de cuidado com os produtos químicos
que utilizamos para lavar nossas roupas, primeiro porque depois estes produtos entrarão
em contato conosco através de nossa pele, e segundo porque em sua maioria são muito
nocivos ao planeta.

Podemos trocar troque o sabão em pó por líquido detergente.

Como amaciante de roupas podemos usar; ½ copo de vinagre ou ¼ de copo de bicarbonato


na hora de enxaguar.

3.7 Jardim

O paisagismo é parte integrante da geobiologia, como possível fonte de saúde ou de risco a


ela.

Claro que os geobiólogos não são paisagistas, porém a preocupação que o jardim trás é
primeiramente em relação adubos químicos e inseticidas que podem contaminar a casa e
seus moradores.

Em segundo lugar vê-se no paisagismo um local onde podemos nos reconectar com a
natureza, mesmo que de uma maneira pequena e direta. E isto pode ser feito mesmo em
pequenos jardins em apartamentos.

Em terceiro, mas não menos importante, o paisagismo é fonte de grandes impactos


ambientais. Sobre este aspecto sugerimos a leitura e o estudo do texto abaixo, disponível
no site do paisagista ecológico e essencial Toni Backes, http://www.tonibackes.com.br.

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Curso Casa Saudável 18
"CARTA de PRINCÍPIOS para um PAISAGISMO mais SUSTENTÁVEL”

COORDENAÇÃO TÉCNICA & REDAÇÃO:


Eng. Agr. M.Sc. Marco Antônio (Toni) Backes
Diretor do Núcleo de Paisagismo da AFLORI

Méd.Vet. Eduardo Diehl

COLABORAÇÃO (palestras e/ou textos):


Atelene Kämpf Lair Ferreira
Biól. Doutora em Agronomia Eng. Agr.
Beatriz Fedrizzi Lucianita Silva
Eng. Agr. Doutor em Paisagismo Eng. Agr. Doutor em Fitotecnia
Bruno Irgang Maria Helena Fermino
Biólogo Doutor em Botânica Eng. Agrª
Eduardo Diehl Miguel Sattler
Méd. Veterinário Eng. Agr. Doutor
Ingrid Barros Paulo Renato Backes
Eng. Agr. Doutor em Agronomia Eng. Agr.
João Paulo Carvalho Walter Eichler
Arquiteto Eng. Agr.
João Teixeira E colaboração de mais de 50 participantes
Eng. Agr. M.Sc. do Seminário abaixo

INTRODUÇÃO:

O texto a seguir é resultado de discussão no Seminário: "Pegadas Ecológicas - Paisagismo


Sustentável"
Data: 29 de maio de 2003.
Local: Auditório do Jardim Botânico - Av. Salvador França, 1427 - Porto Alegre (RS).

Foi uma promoção conjunta de:

Toni Backes – Escola de Paisagismo – Nova Petrópolis

Jardim Botânico de Porto Alegre– Fund. Zoobotânica do RS

AFLORI – Associação Rio-Grandense de Floricultura

Este texto/roteiro objetiva dar orientações para pessoas que, de alguma forma, estão
atuando na paisagem, sejam paisagistas ou população em geral, a intervirem de maneira
mais sustentável sem deixar “pegadas” de destruição no ambiente. Muito se fala nos
problemas ambientais, mas nota-se uma grande dificuldade de as pessoas colocarem na
prática de seu dia-dia ações que realmente contribuam a um ambiente melhor. De pouco
adianta se indignar com as degradações feitas pelos outros em locais distantes, se

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Curso Casa Saudável 19
fizermos uma “auditoria pessoal” e descobrirmos que nós mesmos podemos e não estamos
fazendo inúmeras ações de recuperação ambiental.

A idéia não é deixar ninguém com consciência pesadas, mas sim dar subsídios e
conhecimentos para cada um arregaçar suas mangas e dar suas contribuições no universo
do Paisagismo e Jardinagem.

Para facilitar a exposição esta carta de princípios está dividido em 5 grandes temáticas, e
gostaríamos de que sejam acrescentadas novas contribuições.

1. PLANTAS

Conhecer, conhecer e conhecer todos os tipos de plantas, da sua propagação ao uso, com o
mínimo de preconceito.

PLANTE DIVERSIDADE: quanto mais plantas diferentes, mais chance de ter jardim atrativo
para a fauna, plante principalmente espécies nativas.

Maneje também as plantas espontâneas / invasoras (essências nativas/ervas adventícias).


Faça “intervenção sem plantar”, respeite a sucessão natural e aproveite ao máximo as
plantas já existentes. Se quiser agregue algumas plantas ao gosto do cliente.

Faça interação de nossa cultura paisagística com a paisagem natural ou original. Isto visa
reduzir seu custo de implantação e manutenção.

Não repita padrões estéticos somente porque é moda. A moda passa, as plantas ficam.

Conheça as plantas. Evite plantas indesejáveis que vão causar futuramente problemas
ambientais, de saúde humana, do ambiente construído, etc...

Faça um JARDIM ESTÉTICO, MAS PRODUTIVO. Existem inúmeras espécies rústicas de usos
medicinais e alimentares; use PLANTAS DE BAIXA MANUTENÇÃO necessitando menos poda,
irrigação, aplicação de agrotóxicos e adubações; valorize plantas cujo valor ornamental
está nas folhas ou na estrutura dos galhos.

Evite uso excessivo de GRAMADOS e de canteiros com FLORES ANUAIS que só servem para a
contemplação. Em áreas maiores, forme gramados de espécies nativas somente com
manejo de solo. Isso enriquecerá a biodiversidade.

Evite coleta de plantas do ambiente natural; colete apenas propágulos (galhos, sementes,
afilhos, etc.) quando tiver certeza que não afetará o equilíbrio da planta e/ou do
ecossistema.

Somos responsáveis por pressionar e incentivar viveiristas e paisagistas a cultivar e


reproduzir a biodiversidade, dando preferência a espécies ameaçadas, incentivando a
cadeia de produção e consumo das mesmas.

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Curso Casa Saudável 20
2. MANEJO DE ÁGUAS

Tenha LOCAL COM ÁGUA (vertente, açude, laguinho, recolhimento de água da chuva,
etc.); “colocar água no jardim é trazer biodiversidade”.

Recolha água da chuva para usar no jardim. Colete água do telhado. Tire proveito das
curvas de nível em terrenos inclinados. Faça valas de infiltração.

Trate ao máximo as águas residuais da residência nos próprios jardins. (Procure separar as
águas residuais de acordo com a origem de seus “poluentes”). Use tanques de
evapotranspiração.

Não limpe o fundo de laguinhos. Tenha paciência, pois o lodo do fundo se autodepura,
seqüestra excesso de nutrientes e com o tempo deixa a água cristalina.

Irrigue o mínimo necessário e também sem usar água tratada. Evite irrigação por aspersão
que propicia aumento de patógenos.

3. MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS

Tenha no jardim abrigo (ninhos, tocos), água (bebedouros) e alimentação (plantas


floríferas e frutíferas) para ATRAÇÃO DA FAUNA NATIVA. Esta fauna contribui com a
propagação de inúmeras espécies.

Evite grandes canteiros com uma só espécie. Diversidade de plantas significa resistência.

Lembre-se que quando criamos um novo ambiente, criamos desequilíbrio. Precisaremos


tempo para recuperar o ambiente e termos o reequilìbrio solo/planta organismos.

Introduza adubação orgânica pulverizando microrganismos benéficos. Eles vão ajudar a


reequilibrar o solo. Faça adubações de manutenção. A resistência das plantas estará mais
garantida.

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Curso Casa Saudável 21
4. USO DE ELEMENTOS CONSTRUÍDOS

MELHORE MICROCLIMA com uso principal de árvores altas e caducifólias (em clima
subtropical). Reduzindo ventos, altas temperaturas, geadas, reflexão do sol e aumentando
umidade no verão;

Tire proveito da vegetação para reduzir o ofuscamento provocado pela reflexão da luz em
prédios, bem como para melhorar qualidade do ar, ruídos, etc...

Procure usar materiais locais nas edificações e/ou transforme resíduos construtivos em
recursos.

Use materiais de baixa pegada ecológica que não provoquem ou que reduzam o impacto
ambiental na sua produção ou extração da natureza. Analise os materiais “do berço ao
túmulo”.

Reduza o uso de cimento em detrimento dos produtos cerâmicos. Estes têm menor pegada
ecológica.

Procure evitar excessivos parcelamentos de solo. Estes geralmente interferem


negativamente na paisagem original. Procure incentivar a manutenção de terrenos urbanos
maiores e com boa cobertura de vegetação.

Utilize plantas adaptáveis ao clima, ao sol local, água e substrato. Isto por si só já
garantirá boa saúde do jardim. Adquira também plantas sadias.

Evite aplicação de defensivos (agrotóxicos) com toxicidade ao meio ambiente. Utilize


controles culturais, mecânicos (físicos) e biológicos de pragas e doenças. Teste métodos
alternativos.

Teste métodos alternativos (poda de ramo doente, retirada da planta doente, bote
armadilhas, ventile, drene, etc.).

Limpe suas ferramentas e utensílios quando manipular plantas doentes.

Observe a ventilação e a drenagem dos canteiros. Isto pode salvar plantas doentes.

Crie ou utilize elementos que podem substituir aqueles que na natureza não podem ser
repostos ou que podem causar algum tipo de degradação.

Use madeiras de florestas sustentadas manejadas e/ou plantadas.

MIMETIZE EDIFICAÇÕES na Paisagem. Use pisos com SUPERFÍCIES DRENANTES.

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Curso Casa Saudável 22
5. MANEJO DE RELEVO, SOLOS E SUBSTRATOS

Faça RECICLAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS através da compostagem e outras práticas


estabilizam a matéria orgânica.

Transforme resíduos em recursos, você sempre encontrará algo interessante e abundante


por perto.

Reduza e regre as movimentações de terras, principalmente as terraplenagens, na


implantação de projetos de paisagismo. Separe com antecedência, aproveite a primeira
camada de solo em movimentações de terra.

Use sempre vegetação para conter erosão e recuperar áreas degradadas.

Lixo “não é composto”, ele vai ser. Cuidado com esterco fresco.

Evite trazer solos do ambiente natural. Adquira produtos oriundos de fonte idônea, que
tenha ART (assinatura de responsabilidade técnica), sustentabilidade na cadeia produtiva
e de empresa que obedeça a legislação.

Evite uso de adubos químicos e estercos frescos.

Tenha sempre solo coberto, use vegetação ou faça “mulches”, evitando erosão, lavagem
do solo e do substrato, perda de nutrientes.

6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Preservação Ambiental deve ser uma das premissas na elaboração de um projeto


paisagístico.

Tenha consciência de que a jardinagem é uma das melhores práticas de reintegração do


homem com a natureza. Todos elementos da natureza estão representados no paisagismo
(terra, água, fogo e ar).

Utilizar o Paisagismo como ferramenta de Educação Ambiental (Ecoalfabetização), tanto


para clientes particulares como públicos, sejam crianças ou adultos. A educação do
paisagista e do cliente como consumidores é fundamental para o sucesso do jardim. Pensar
na vegetação como algo de estimação, como um animal que não se locomove sozinho.

Incentive o envolvimento das pessoas (empresário, proprietário, funcionários e suas


famílias) quando da implantação e manutenção dos jardins.

NÃO TENHA PRESSA, o jardim não precisa ser feito todo de uma vez, deixe a natureza agir.
Compreenda como funciona a SUCESSÃO NATURAL.

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Observe. Habitue-se a observar, a ter momentos em que olhar para o jardim seja parte da
“manutenção e da colheita” do mesmo.

Somos responsáveis por conhecer e manter a nossa riqueza florística, a biodiversidade


cultural e ecológica.

“Só se ama aquilo que se conhece a fundo” Leonardo da Vinci

3.8 Decoração Equilibrada

Um equilíbrio de cores, formas e posição de objetos e mesas de trabalho é um


prolongamento natural do quesito forma, explicitado acima, porém colocado em separado
devido à sua grande importância na saúde psíquica e no bem estar das relações dentro de
qualquer espaço construído.

Medidas gerais para decoração equilibrada

- Cores polarizadas polarizam um local. Portanto use vermelhos apenas quando quiser
incentivar uma dinâmica maior em algum lugar, e preste atenção para mudar de cor
quando os ânimos naquele local começarem a se exaltar. Do outro lado tons azuis tendem a
acalmar um local. Utilize-os quando assim for necessário, porém esteja atento para mudar
esta cor assim que a inação começar a tomar conta das pessoas.

- Os tons amarelos e terra estimulam a estabilidade, criatividade e a concentração.

- Os tons laranja estimulam o dinamismo. É uma mistura que encontra a vitalidade do


vermelho com o equilíbrio do amarelo. Deve ser utilizado em áreas onde as atividades
exijam muita atenção e respostas rápidas às solicitações externas.

- Os tons verdes favorecem o crescimento equilibrado e a manutenção dos ciclos. Na


dúvida conte sempre com o verde.

- Tons escuros e negros devem sempre ser evitados, a não ser para ambientes específicos
técnicos.

- Branco é um tom neutro, uma vez que provê todas as tonalidades, e o ambiente utilizará
aquela que ele necessita. Na duvida também sempre se pode recorrer ao branco.

- Qualquer coisa em excesso é prejudicial.

- Abuse de plantas na decoração.

- Evite o uso de obras de arte abstratas, principalmente esculturas ou pinturas com formas
pontiagudas, a não ser que explicitamente solicitadas por um consultor de Geobiologia ou
Feng-Shui.

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Curso Casa Saudável 24
- Use a decoração como parte integrante do local, faça com que ela some aos propósitos e
idéia do lugar.

3.9 Casa Limpa

Neste texto disponibilizaremos algumas opções caseiras para a limpeza da casa. A


contaminação química à qual nos expomos em virtude dos atuais produtos de limpeza, que
sim, matam os germes e bactérias, mas que ao mesmo tempo inundam nossas casas de
produtos tóxicos é enorme e preocupante.

Procure comprar produtos ecológicos para limpeza, via de regra eles também são
saudáveis.

Mas se quiser experimentar, faça você mesmo:

Fórmula geral de limpeza: água morna + 4 colheres de bicarbonato de sódio + uma colher
de vinagre branco ou suco de limão. Adicione essências vegetais (eucalipto, lavanda,
canela, etc) para dar cheiro, se quiser.

Vidros: água morna + sabão biodegradável (de coco por exemplo).

Tapetes e carpetes: Pulverizar com bicarbonato e aspirar.

Cozinha:

Desentupir pia: Bicarbonato, sempre ele, algumas colheres de vinagre branco e água
quente.

Prefira sabão no lugar de detergente e use a fórmula geral apra limpar vasilhas.

Insetos: Use essencia de certas plantas diluidas em água e espargidas pelo ambiente, ou as
próprias plantas espalhadas pela casa.

Algumas delas: Citronela, lavanda, louro, eucalipto, majericão, casca de laranja, cravo.

Banheiros: Bicarbonato de sódio e água quente

No vaso sanitário: Acrescente vinagre.

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Curso Casa Saudável 25
Formulário de Medição

Cliente:
Entorno:
Orografia
Urbano
Campo
Antenas
Estradas / trem
Cemitério
Linhas de Alta
Tensão
Transformador
Fábricas
Fontes
Poço
Radar
Ruídos

Terreno:
Árvores sadias
Árvores
Doentes
Plantas
Canais de
Chuva
Felinos
Insetos
Demais
mamíferos
Pássaros
Odores
Poluição

Obs:___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

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Curso Casa Saudável 26
Formulário de medição por Cômodo
Cômodo :
Fator de interesse Instrumento de Média Ideal Valor real Pontuação
Medição
Intensidade Vibratória Pêndulo e gráfico 6500 – 8000
Crescente
Nível Biótico Pêndulo e gráfico 0 – 25
Crescente
Radioatividade Cont. Geiger 50 – 70 mSv/h
Decrescente
Luminosidade Luxometro 600 a 700 Lux
Crescente
Luminosidade Natural Observação Presença
Estável
Umidade Higrômetro 40 – 60 %
Estável
Sonoridade Sonômetro Checar
Ventilação natural Observação Presença
Estável
Ar Condicionado Observação Ausência
Estável
Magnetismo Natural Bússola 0 – 10 graus
Estável
Formas Harmônicas Observação Presença
Estável
Formas Desarmônicas Observação Ausência
estável
Mobiliário ergonômico Observação Presença
Estável
Materiais sintéticos Observação Ausência
Estável
Campos Elétricos Medidor de campo 5 – 50 mV/m
elétrico Decrescente
Campos Magnéticos Gausímetro 20 – 100 nT
Decrescente
Microondas Medidor de 0,1 – 5 mW/m2
Pulsadas Microondas Decrescente
Microondas Medidor de 1 – 50 mW/m2
Não - Pulsadas Microondas Decrescente
Plantas vivas Observação Presença
Estável
Perturbações Pêndulo e Varetas Ausência
Geobiológicas Estável
Ondas de Forma Pêndulo e Varetas Ausência
Estável
outros

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Curso Casa Saudável 27
Biômetro de A. Bovis
por A. Simoneton

Radiações dos seres humanos


Ondas pouco conhecidas
Invisível Espectro Solar Ondas pouco conhecidas

Invisible
Luz visível
Radio, Tório Raios Gama
Uranio Roentgen Raios X
1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10.000
Luz de
Angstrons Wood
Ultra Violeta Infra Vermelho

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Micra Câncer Tuberculose

Doença Saúde
6500 A°
Intensidade Vibratória

7.000

8.000
6.000
5.00

0
9.00
0

0
.00
4.0

10
00

3.0 0
00 1.00
1

2.00 2.000
0 1

1.000 13.000

0 14.000

(140.000)
(1.400.000)
(14.000.000)
NÍVEL BIÓTICO

0
-10 +10

-20
+20

-30 +30

-40 +40

-50 +50
0
Influências

utís
Energias S
BIBLIOGRAFIA SOBRE GEOBIOLOGIA

BACHLER, KAITHE. Radiestesia e Saúde. Pensamento, São Paulo, 2002.


BECKER, ALFREDO ERNESTO. Radiações Maléficas do Subsolo. Publicação
independente, São Paulo, 1935.
BUENO, MARIANO. El Libro Práctico de la Casa Sana. Integral, Barcelona,
2004.
_________. O Grande Livro da Casa Saudável. Roca, São Paulo.
_________. Viver em Casa Saudável. Roca, São Paulo.
CARNIE, L. V. Chi Gung. Llewellyn, Minesota, 2000.
CURRY, DR. MANFRED. A Chave para a Vida.
DEGAUDENZI, JEAN-LOUIS & MOINE, MICHEL. Manual de Experiementos
Geobiológicos. Robin Book, Barcelona, 1993.
EMOTO, MASARU, Messages from the Water. Hado, Tóquio, 1999 (Mensagens
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ENDROS, ENG. A Radiação Telúrica e Seu Efeito Sobre a Vida. Paffrath.
PRIMAULT, YVES. Como situar la cama en el lugar adecuado. Obelisco,
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FARGAS, ALBERT. La Casa Ecológica. Tikal, Barcelona, 1999.
FLEK, GILBERT & GAREL, JEAN-PIERRE. Las Redes Geobiológicas. Obelisco,
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FRANCO, FIDEL. Percepcion de la Energia en la Arquitecttura. Cedel,
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HACH, GEREON. Vastu, El Yoga de la Vivienda. Obelisco, Barcelona, 2003.
HARTMANN, DR. ERNST. A Doença como um problema do local de
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