Aristóteles interfonou para o apartamento de seu vizinho Paulo reclamando que o
carro de Paulo estava mal estacionado e impedia o estacionamento de seu veículo
na garagem do prédio. Paulo desceu furioso, empurrou Aristóteles e desferiu impropérios contra ele por ter atrapalhado seu descanso. O caso foi parar na Delegacia do bairro e foi encaminhado ao Juizado Especial, tendo a equipe técnica avaliado que seria um caso de aplicação da Justiça Restaurativa. Nesse caso: a) será instaurado um procedimento adversarial entre Aristóteles e Paulo para que cada um assuma sua parcela de responsabilidade no conflito; b) Aristóteles e Paulo serão intimados a participar de reuniões de conciliação com um facilitador para resolver seu conflito; c) Paulo terá a opção da transação penal de doação de cestas básicas a uma entidade beneficente ou de prestação de serviço comunitário; d) Roberto será sensibilizado pela equipe técnica do Juizado Especial para conceder a remissão(perdão) judicial a Sergio como forma de extinção do processo; e) Roberto e Sergio serão convidados a resolver seu conflito com auxílio de um conciliador através do diálogo e a construir um acordo para o futuro.
Acerca das alternativas abaixo, todas são tipos de resolução de disputa, EXCETO:
a) Negociação, conciliação e mediação
b) Negociação e conciliação c) Conciliação e mediação d) Autotutela e) Nenhuma das alternativas anteriores
Trata-se da abordagem de um conflito entre duas partes, que não possuem
relacionamento significativo no passado ou contínuo a futuro, portanto, preferem buscar um acordo de forma imediata para por fim à controvérsia ou ao processo judicial. O terceiro, não tem vínculo com nenhuma das partes e pode atuar com mais liberdade e fazê-las refletir sobre as sugestões apresentadas, que nunca são impositivas ou vinculativas. Este método de resolução de conflitos, que visa tão somente ao acordo, é a: a) conciliação. b) mediação. c) mediação. d) negociação. e) conexão.
Considere as seguintes afirmações:
I- A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do artigo 5º, LXXIV. II- As custas judiciais são dispensadas apenas nos processos em que a parte necessita do benefício da justiça gratuita. III- O crescente prestígio do interesse privado não é considerado um dos problemas de acesso à justiça.
Estão corretas:
a) Todas estão corretas
b) Somente a I c) Somente a II d) Somente a III e) Somente I e II
No que se refere aos métodos cooperativos de solução de conflitos, assinale a opção
correta. a) Assim como o conciliador, o mediador explorara o conflito, a fim de identificar os interesses por trás das queixas imediatas. b) Na mediação, não há interesse em perceber as motivações psíquicas e outras questões pessoais que culminaram no conflito. c) A conciliação concentra-se no aspecto objetivo do conflito, ao passo que a mediação atua para viabilizar a solução do conflito, empenhando-se para que haja compreensão mútua. d) A mediação, entendida como processo ideal na solução de conflitos, resulta no apaziguamento e, consequentemente, na reconciliação, como, por exemplo, nos casos de separações traumáticas e de adoção. e) O objetivo da conciliação é o realinhamento das divergências entre as partes, de forma a finalizar o conflito.
Em relação ao estudo de métodos alternativos de solução de conflitos, é correto
afirmar: a) A importância da conciliação remonta à Constituição do Império, 1824, século XIX, que já dispunha no seguinte sentido: “sem se fazer constar que se tem intentado o meio da reconciliação, não se começará processo algum". Este tema passou a se destacar na década de 70, a partir do movimento da mediação que surgiu como resposta a uma situação de crise nas instituições promotoras de socialização, tais como a família e a escola, na interação delas com outros setores da comunidade, como a igreja, bairro, vizinhança, dentre outros. Assim, a mediação surge como um desses novos modelos pós- modernos, que acredita na interconexão de diferentes linguagens, pautadas pela criatividade e pela aptidão de desenvolver soluções inéditas.
b) São princípios da mediação, segundo a doutrina: liberdade das partes; não-
competividade; poder de decisão das partes; participação de terceiro imparcial; formalidade procedimental; confidencialidade do processo.
c) É vedada a mediação que recaia sobre direitos da personalidade, diante das
características da irrenunciabilidade e da indisponibilidade, protegendo-se o patrimônio jurídico mínimo do ser humano, o que inclui todos os aspectos, inclusive a negociação da questão patrimonial que decorra deles. Por sua vez, na mediação que verse sobre obrigação alimentar referendada pela Defensoria Pública, ainda que não homologada judicialmente, não há limitação à aplicação da execução mediante coação pessoal.
d) A formação acadêmica tradicional é considerada um dos obstáculos para a
implementação de formas alternativas de resolução de conflitos (ADRs − alternative dispute resolutions), já que aquela é voltada para a solução contenciosa e adjudicada dos conflitos de interesses instituindo uma verdadeira cultura da justiça adversarial. Nesse sentido, as ADRs objetivam substituir a atividade jurisdicional clássica, para que se configure um sistema eficiente e adequado − relação de substitutividade entre as formas de composição de conflitos.
e) As técnicas de conciliação e mediação integram a segunda onda renovatória
de acesso à justiça, inseridas enquanto alternativa à morosidade processual agravada a partir da democratização dos tribunais, assim como aos custos do processo e o baixo grau de pacificação social de decisões imperativas, propiciando a restauração de um relacionamento complexo e prolongado.
Há uma cultura do litígio enraizada na sociedade, cuja tendência é resolver os
conflitos de forma adversarial. Nessas circunstâncias, os denominados meios alternativos de resolução de conflitos apresentam especial importância, com destaque para a mediação, na medida em que possuem os seguintes objetivos, exceto:
a) aliviar o congestionamento do judiciário;
b) promover a pacificação social; c) democratizar o acesso à justiça; d) promover a autocomposição da solução de controvérsias; e) garantir a legitimidade dos ritos judiciais.