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: Drielle Caroline
Conceito de substâncias
Como vimos, um conjunto de átomos com as mesmas propriedades
químicas constitui um elemento químico, e cada substância é caracterizada por
uma proporção constante desses elementos.
Uma substância é uma porção de matéria que tem propriedades bem
definidas e que lhe são características.
Dentre essas propriedades, estão o ponto de fusão, o ponto de ebulição,
a densidade, o fato de ser inflamável ou não, a cor, o odor etc. Duas substâncias
diferentes podem, eventualmente, possuir algumas propriedades iguais, mas
nunca todas elas. Caso aconteça de todas as propriedades de duas substâncias
serem iguais, então elas são, na verdade, a mesma substância. Veja alguns
exemplos de substâncias na figura abaixo:
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Fonte: Química no cotidiano – volume 1
A classificação das diferentes substâncias é feita de acordo com sua
composição.
Substância pura
Tipo de matéria formada por unidades químicas iguais, sejam átomos,
sejam moléculas, e por esse motivo apresentando propriedades químicas e
físicas próprias. As substâncias puras podem ser classificadas como simples ou
compostas.
Substâncias simples
A substância formada por um ou mais átomos de um mesmo elemento
químico é classificada como substância pura simples ou, simplesmente,
substância simples.
Substâncias compostas
Quando as moléculas de determinada substância são formadas por dois
ou mais elementos químicos, ela é classificada como substância pura
composta ou, simplesmente, substância composta.
Misturas
Mistura: é formada por duas ou mais substâncias, cada uma delas sendo
denominada componente.
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Como as misturas apresentam composição variável, têm propriedades —
como ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade — diferentes daquelas
apresentadas pelas substâncias quando estudadas separadamente.
A maioria dos materiais que nos cercam são misturas. O ar que
respiramos, por exemplo, é formado por uma mistura de três tipos principais de
gases:
• gás nitrogênio (N2) = 78%;
• gás oxigênio (O2) = 21%;
• gás argônio (Ar) = 1%;
• gás carbônico (CO2) = 0,03%.
Observação:
Estamos considerando o ar seco, na ausência de poluentes.
Veja alguns exemplos:
Tipos de misturas
De acordo com o aspecto visual de uma mistura, podemos classificá-la
em função do seu número de fases:
Fase: cada uma das porções que apresenta aspecto visual homogêneo
(uniforme), o qual pode ser contínuo ou não, mesmo quando observado ao
microscópio comum.
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Considere as seguintes misturas:
Mistura heterogênea: toda mistura que apresenta pelo menos duas fases.
Alguns exemplos de misturas heterogêneas: água e óleo, areia, granito,
madeira, sangue, leite, água com gás. As misturas formadas por n sólidos
apresentam n fases, desde que estes sólidos não formem uma liga ou um cristal
misto.
Independentemente de uma amostra de qualquer material ser uma
substância ou uma mistura, ela será denominada um sistema — tudo que é
objeto da observação humana — e também poderá ser classificada em função
do seu aspecto visual.
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Em resumo:
Uma substância pura, como o próprio nome diz, está pura, ou seja,
não está misturada com outra substância ou com outras substâncias. Em geral,
quando um químico refere-se, por exemplo, à substância água ele está
deixando subentendido que se refere à substância pura água.
Já uma mistura é uma porção de matéria que corresponde à adição
de duas ou mais substâncias puras. A partir do momento em que elas são
adicionadas, deixam obviamente de ser consideradas substâncias puras. Elas
passam a ser as substâncias componentes da mistura.
Conceituação de sistema
Sistema é uma porção de matéria escolhida para ser estudada.
Consideremos, como sistemas a serem estudados, o conteúdo dos frascos
esquematizados abaixo, que denominaremos de A a H.
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Mistura: é formada por mais de uma substância, as quais não podem ser
representadas por uma única fórmula. Algumas vezes sua composição pode ser
indicada pelas fórmulas de suas várias substâncias constituintes.
1. Nível microscópico:
2. Nível macroscópico:
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Caso a separação das fases de uma mistura heterogênea sob ação da
gravidade seja muito lenta, ela pode ser apressada submetendo a mistura a uma
intensa rotação, técnica conhecida como centrifugação, realizada em aparelhos
denominados centrífugas.
Filtração simples
Para separar misturas heterogêneas sólido/líquido, existe outro
processo, um pouco mais trabalhoso, porém de maior eficiência que a
decantação, é a filtração, técnica que consiste em despejar a mistura sobre uma
superfície porosa apropriada, o filtro. Este permite que a fase líquida o atravesse,
mas retém a fase sólida, propiciando uma separação de ambas.
O papel de filtro, bastante empregado em laboratórios, é elaborado
com fibras de papel entrelaçadas de modo que os orifícios entre elas (invisíveis
a olho nu) atuem como os orifícios de uma peneira. As partículas formadoras da
água —moléculas de água — são tão pequenas que passam por dentro desses
orifícios. Já as partículas de areia, maiores que eles, são retidas pelo papel.
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Funil de separação
Para separar misturas heterogêneas líquido/líquido, como
óleo/água, os químicos utilizam um aparelho de vidro, o funil de separação
(também chamado de funil de decantação ou funil de bromo), mostrado na
imagem abaixo.
Para efetuar a separação, a mistura é colocada dentro do funil. A
torneira é ligeiramente aberta, permitindo o escoamento gradual da fase inferior,
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que é recolhida em outro frasco. Fechando-se a torneira no exato momento em
que a fase inferior acabou de escoar, consegue-se a separação de ambas as
fases.
Dissolução fracionada
Dos muitos métodos que existem para separar misturas heterogêneas
de dois ou mais sólidos, vamos analisar um em particular: a dissolução
fracionada.
Essa técnica de separação está baseada na diferente tendência de os
sólidos componentes de uma mistura se dissolverem em determinado solvente.
Para ocorrer a separação, um dos sólidos deve se dissolver no solvente e o outro
não.
Como exemplo, consideremos a mistura heterogênea sal e areia. Como
separá-los?
Inicialmente, adicionamos água à mistura. A água dissolve o sal, mas
não dissolve a areia. Após mexer bem, obtemos um sistema heterogêneo
constituído por duas fases: uma delas é a solução de sal em água, e a outra é a
areia, que não se dissolveu na água.
Em seguida a mistura é filtrada. A areia fica retida no filtro, enquanto a
solução de sal em água passa por ele. A água pode ser eliminada por
evaporação ou ebulição, restando o sal.
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Evaporação e destilação simples
Evaporação
Um meio de fazer a separação da mistura água/sal é simplesmente
esperar pela evaporação completa da água, por exemplo, sob a ação do calor
solar. Assim que a evaporação acabar, restará o sal.
A evaporação é uma técnica barata, usada para se obter o componente
sólido que está dissolvido no líquido (o sal, no caso). O componente líquido (a
água, no caso) é perdido no processo. A evaporação é usada, portanto, quando
só há interesse na fase sólida; a líquida, então, é desprezada.
Esse processo tem larga utilização nas salinas, instalações nas
quais a água do mar é colocada em tanques largos e rasos, para que vá
evaporando gradualmente. Com a evaporação da água, obtém-se o sal sólido.
Este, em seguida, passa por um processo de purificação, ou refino, durante o
qual são eliminadas as impurezas presentes. Principalmente duas dessas
impurezas, o cloreto de magnésio e o sulfato de magnésio, se não forem
eliminadas, darão ao produto um sabor amargo indesejável.
Destilação simples
Como proceder se o interesse for obter água pura a partir da água do
mar?
Para separar a mistura de água e sal, e também recuperar a água,
emprega-se a destilação simples, ilustrada a seguir.
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Destilação fracionada
As misturas homogêneas formadas por dois ou mais líquidos oferecem
uma razoável dificuldade para sua separação. A técnica da destilação
fracionada, esquematizada a seguir, pode ser usada com sucesso para separar
algumas misturas desse tipo. É uma técnica complexa, e sobre ela vamos
apresentar apenas uma breve noção.
A destilação fracionada é um aprimoramento da destilação simples, na
qual uma coluna de vidro cheia de obstáculos (bolinhas ou cacos de vidro) é
colocada entre o condensador e o balão no qual a mistura é aquecida. O vapor
do componente de menor ponto de ebulição é o que passa pelos obstáculos com
mais facilidade, e por isso ele chega ao condensador antes dos demais
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componentes e destila primeiro. Assim que ele destilar totalmente, destilará o
próximo componente líquido da mistura (em ordem crescente de pontos de
ebulição), que é recolhido em outro frasco. E assim por diante.
Exercício resolvido
(Unicamp-SP) Têm-se as seguintes misturas:
I. areia e água
II. álcool (etanol) e água
III. sal de cozinha (NaCl,) e água, nesse caso uma mistura homogênea
Cada uma dessas misturas foi submetida a uma filtração em funil com papel e,
em seguida, o líquido resultante (filtrado) foi aquecido até sua total evaporação.
Pergunta-se:
a) Qual mistura deixou um resíduo sólido no papel após a filtração? O que era
esse resíduo?
b) Em qual caso apareceu um resíduo sólido após a evaporação do líquido? O
que era esse resíduo?
Resolução
a) Apenas na mistura I há um sólido presente que pode ser retido pelo filtro. Esse
resíduo é a areia.
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b) No caso III, o filtrado é a própria solução de sal de cozinha em água. Dessa
solução apenas a água evapora, deixando um resíduo branco de sal de cozinha.
Em foco...
Reutilizar e reciclar: Retornando o material ao ciclo útil
Quando o problema é o lixo, uma questão é ponto chave! O tempo
necessário para que os materiais se decomponham quando são descartados no
ambiente. De modo geral, analisando a composição química dos resíduos de lixo
da nossa sociedade, esse tempo é relativamente grande demais. Então, o que
fazer?
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Um caminho para a solução desse problema é apontado pelo princípio
dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
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bom-senso e seguir a orientação do fabricante, assim temos que nos preocupar
se a reutilização do material é devidamente higiênica e respeitar as
características dos materiais.
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Todo material que não puder ser reutilizado nem reciclado deverá ter um
destino adequado. O destino dos resíduos que sobram vai depender muito da
natureza dos materiais, por isso o lixo recebe classificações que são muito úteis
em termos de planejamento de disposição final.
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Os diferentes tipos de lixo têm propriedades físicas e químicas diferentes.
O conhecimento das propriedades permite o desenvolvimento de tecnologias
adequadas para tratamento. Esse estudo implica a necessidade do
conhecimento da composição dos materiais.
Referências Bibliográficas
NÓBREGA, Olívio Salgado; SILVA, Eduardo Roberto; SILVA, Ruth Hashimoto.
Química - Volume único. Ed. Ética, São Paulo, 2007.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem
do cotidiano. Ed. Moderna, v.2, São Paulo, 2010.
SANTOS, Wildson; MOL, Gerson. Química Cidadã. Ed. Nova Geração, v.1, São
Paulo, 2010.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química – Volume único. Ed. Saraiva,
São Paulo, 2013.
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