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Prof.

: Drielle Caroline

CAPÍTULO 3 – CLASSIFICAÇÃO DA MATÉRIA

 O QUE VOCÊ JÁ SABE?


Antes de iniciar o conteúdo referente a classificação da matéria cujo conceito
você estudou anteriormente, pense nas seguintes questões:

• A água é uma substância?


• Porque a água e a areia não se misturam?
• Como será que é feita a separação da água do mar?
• O café que preparo em casa pode ser considerado como um processo de
filtragem?
• Separar o lixo orgânico do reciclável é importante para o meio ambiente.
Porquê?

Conceito de substâncias
Como vimos, um conjunto de átomos com as mesmas propriedades
químicas constitui um elemento químico, e cada substância é caracterizada por
uma proporção constante desses elementos.
Uma substância é uma porção de matéria que tem propriedades bem
definidas e que lhe são características.
Dentre essas propriedades, estão o ponto de fusão, o ponto de ebulição,
a densidade, o fato de ser inflamável ou não, a cor, o odor etc. Duas substâncias
diferentes podem, eventualmente, possuir algumas propriedades iguais, mas
nunca todas elas. Caso aconteça de todas as propriedades de duas substâncias
serem iguais, então elas são, na verdade, a mesma substância. Veja alguns
exemplos de substâncias na figura abaixo:

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Fonte: Química no cotidiano – volume 1
A classificação das diferentes substâncias é feita de acordo com sua
composição.

Substância pura
Tipo de matéria formada por unidades químicas iguais, sejam átomos,
sejam moléculas, e por esse motivo apresentando propriedades químicas e
físicas próprias. As substâncias puras podem ser classificadas como simples ou
compostas.

Substâncias simples
A substância formada por um ou mais átomos de um mesmo elemento
químico é classificada como substância pura simples ou, simplesmente,
substância simples.

Fonte: Química – volume único

Substâncias compostas
Quando as moléculas de determinada substância são formadas por dois
ou mais elementos químicos, ela é classificada como substância pura
composta ou, simplesmente, substância composta.

Fonte: Química – volume único

Misturas
Mistura: é formada por duas ou mais substâncias, cada uma delas sendo
denominada componente.

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Como as misturas apresentam composição variável, têm propriedades —
como ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade — diferentes daquelas
apresentadas pelas substâncias quando estudadas separadamente.
A maioria dos materiais que nos cercam são misturas. O ar que
respiramos, por exemplo, é formado por uma mistura de três tipos principais de
gases:
• gás nitrogênio (N2) = 78%;
• gás oxigênio (O2) = 21%;
• gás argônio (Ar) = 1%;
• gás carbônico (CO2) = 0,03%.

Observação:
Estamos considerando o ar seco, na ausência de poluentes.
Veja alguns exemplos:

Fonte: Química – volume único

Tipos de misturas
De acordo com o aspecto visual de uma mistura, podemos classificá-la
em função do seu número de fases:

Fase: cada uma das porções que apresenta aspecto visual homogêneo
(uniforme), o qual pode ser contínuo ou não, mesmo quando observado ao
microscópio comum.

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Considere as seguintes misturas:

Fonte: Química – volume único

Dessa maneira, as misturas são classificadas em função de seu número


de fases:

Mistura homogênea: toda mistura que apresenta uma única fase.


As misturas homogêneas são chamadas soluções. Alguns exemplos:
água de torneira, vinagre, ar, álcool hidratado, pinga, gasolina, soro caseiro, soro
fisiológico e algumas ligas metálicas. Além dessas, todas as misturas de
quaisquer gases são sempre misturas homogêneas.

Mistura heterogênea: toda mistura que apresenta pelo menos duas fases.
Alguns exemplos de misturas heterogêneas: água e óleo, areia, granito,
madeira, sangue, leite, água com gás. As misturas formadas por n sólidos
apresentam n fases, desde que estes sólidos não formem uma liga ou um cristal
misto.
Independentemente de uma amostra de qualquer material ser uma
substância ou uma mistura, ela será denominada um sistema — tudo que é
objeto da observação humana — e também poderá ser classificada em função
do seu aspecto visual.

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Fonte: Química – volume único

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Em resumo:
Uma substância pura, como o próprio nome diz, está pura, ou seja,
não está misturada com outra substância ou com outras substâncias. Em geral,
quando um químico refere-se, por exemplo, à substância água ele está
deixando subentendido que se refere à substância pura água.
Já uma mistura é uma porção de matéria que corresponde à adição
de duas ou mais substâncias puras. A partir do momento em que elas são
adicionadas, deixam obviamente de ser consideradas substâncias puras. Elas
passam a ser as substâncias componentes da mistura.

Conceituação de sistema
Sistema é uma porção de matéria escolhida para ser estudada.
Consideremos, como sistemas a serem estudados, o conteúdo dos frascos
esquematizados abaixo, que denominaremos de A a H.

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Fonte: Química no cotidiano – volume 1

A investigação experimental desses sistemas permite determinar


que A, B, C e D apresenta m propriedades uniformes em todos os seus pontos,
ou seja, possuem uma única fase. Tais sistemas são denominados
homogêneos.
Os sistemas E, F, G e H, por sua vez, apresentam mais de uma fase
e são, por isso, denominados heterogêneos.

Veja outro exemplo:

Fonte: Química – volume único

Reforçando conceitos fundamentais:


Elemento químico: é formado por átomos que apresentam propriedades
químicas iguais. Exemplos:

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Substância: é formada geralmente pela união de dois ou mais átomos.


1. Nível atômico ou "microscópico":

Fonte: Química – volume único

Mistura: é formada por mais de uma substância, as quais não podem ser
representadas por uma única fórmula. Algumas vezes sua composição pode ser
indicada pelas fórmulas de suas várias substâncias constituintes.
1. Nível microscópico:

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2. Nível macroscópico:

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Processos de separação (fracionamento) de misturas


Decantação
Em uma mistura heterogênea sólido/líquido, como areia/água, a fase
mais densa tende a ocupar a posição inferior, enquanto a menos densa tende a
ocupar a posição superior.
Uma maneira de separar uma mistura de água e areia é esperar que a
areia, mais densa que a água, se deposite no fundo do recipiente. (Essa
deposição de sólido no fundo é chamada por alguns de sedimentação).
Após a deposição da areia no fundo, pode-se transferir a água para
outro recipiente, inclinando-se lentamente o frasco em que está a mistura. A
técnica é denominada decantação.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Centrifugação (acelerando a decantação)

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Caso a separação das fases de uma mistura heterogênea sob ação da
gravidade seja muito lenta, ela pode ser apressada submetendo a mistura a uma
intensa rotação, técnica conhecida como centrifugação, realizada em aparelhos
denominados centrífugas.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Na indústria de laticínios, por exemplo, a nata é separada do leite com


o uso de grandes centrífugas. Girando a grande velocidade, o leite, mais denso,
deposita-se no fundo do recipiente, enquanto a nata, menos densa, concentra-
se na parte superior.

Filtração simples
Para separar misturas heterogêneas sólido/líquido, existe outro
processo, um pouco mais trabalhoso, porém de maior eficiência que a
decantação, é a filtração, técnica que consiste em despejar a mistura sobre uma
superfície porosa apropriada, o filtro. Este permite que a fase líquida o atravesse,
mas retém a fase sólida, propiciando uma separação de ambas.
O papel de filtro, bastante empregado em laboratórios, é elaborado
com fibras de papel entrelaçadas de modo que os orifícios entre elas (invisíveis
a olho nu) atuem como os orifícios de uma peneira. As partículas formadoras da
água —moléculas de água — são tão pequenas que passam por dentro desses
orifícios. Já as partículas de areia, maiores que eles, são retidas pelo papel.

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Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Filtração a vácuo (acelerando a filtração)


Num laboratório é comum haver misturas heterogêneas
sólido/líquido cuja filtração é muito demorada. (Um exemplo caseiro é o da
mistura de farinha e água, que demora muito mais para ser filtrada que uma
mistura de água e areia).
Para acelerar a filtração foi desenvolvido o processo da filtração a
vácuo, que é ilustrado nas imagens abaixo. Nesse processo, o papel de filtro é
ajustado à superfície de um funil apropriado, o funil de Büchner, que é conectado
à boca de um frasco especial, o kitassato.
O dispositivo denominado trompa d’água (ou trompa de vácuo) é
ligado ao kitassato. Dentro da trompa passa água corrente, que “arrasta” ar
consigo. Esse fluxo remove um pouco de ar de dentro do kitassato e faz a
pressão interna ficar menor que a pressão atmosférica. Consequentemente, a
pressão atmosférica força a fase líquida da mistura a passar mais rapidamente
pelo papel de filtro.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Funil de separação
Para separar misturas heterogêneas líquido/líquido, como
óleo/água, os químicos utilizam um aparelho de vidro, o funil de separação
(também chamado de funil de decantação ou funil de bromo), mostrado na
imagem abaixo.
Para efetuar a separação, a mistura é colocada dentro do funil. A
torneira é ligeiramente aberta, permitindo o escoamento gradual da fase inferior,

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que é recolhida em outro frasco. Fechando-se a torneira no exato momento em
que a fase inferior acabou de escoar, consegue-se a separação de ambas as
fases.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Dissolução fracionada
Dos muitos métodos que existem para separar misturas heterogêneas
de dois ou mais sólidos, vamos analisar um em particular: a dissolução
fracionada.
Essa técnica de separação está baseada na diferente tendência de os
sólidos componentes de uma mistura se dissolverem em determinado solvente.
Para ocorrer a separação, um dos sólidos deve se dissolver no solvente e o outro
não.
Como exemplo, consideremos a mistura heterogênea sal e areia. Como
separá-los?
Inicialmente, adicionamos água à mistura. A água dissolve o sal, mas
não dissolve a areia. Após mexer bem, obtemos um sistema heterogêneo
constituído por duas fases: uma delas é a solução de sal em água, e a outra é a
areia, que não se dissolveu na água.
Em seguida a mistura é filtrada. A areia fica retida no filtro, enquanto a
solução de sal em água passa por ele. A água pode ser eliminada por
evaporação ou ebulição, restando o sal.

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Evaporação e destilação simples
Evaporação
Um meio de fazer a separação da mistura água/sal é simplesmente
esperar pela evaporação completa da água, por exemplo, sob a ação do calor
solar. Assim que a evaporação acabar, restará o sal.
A evaporação é uma técnica barata, usada para se obter o componente
sólido que está dissolvido no líquido (o sal, no caso). O componente líquido (a
água, no caso) é perdido no processo. A evaporação é usada, portanto, quando
só há interesse na fase sólida; a líquida, então, é desprezada.
Esse processo tem larga utilização nas salinas, instalações nas
quais a água do mar é colocada em tanques largos e rasos, para que vá
evaporando gradualmente. Com a evaporação da água, obtém-se o sal sólido.
Este, em seguida, passa por um processo de purificação, ou refino, durante o
qual são eliminadas as impurezas presentes. Principalmente duas dessas
impurezas, o cloreto de magnésio e o sulfato de magnésio, se não forem
eliminadas, darão ao produto um sabor amargo indesejável.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Destilação simples
Como proceder se o interesse for obter água pura a partir da água do
mar?
Para separar a mistura de água e sal, e também recuperar a água,
emprega-se a destilação simples, ilustrada a seguir.
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A mistura é aquecida em um balão de vidro e a água entra em


ebulição, mas o sal não. O vapor de água passa pelo interior do condensador,
que é resfriado por água corrente. Com esse resfriamento, esse vapor condensa-
se. A água líquida, isenta de sal, é recolhida no recipiente da direita (erlenmeyer)
e, ao final, restará sal sólido no balão de vidro.
O líquido purificado que é recolhido no processo de destilação recebe
o nome de destilado (nesse caso, trata-se de água destilada). A destilação
simples é utiliza da quando há interesse nas duas fases ou apenas na líquida.

Destilação fracionada
As misturas homogêneas formadas por dois ou mais líquidos oferecem
uma razoável dificuldade para sua separação. A técnica da destilação
fracionada, esquematizada a seguir, pode ser usada com sucesso para separar
algumas misturas desse tipo. É uma técnica complexa, e sobre ela vamos
apresentar apenas uma breve noção.
A destilação fracionada é um aprimoramento da destilação simples, na
qual uma coluna de vidro cheia de obstáculos (bolinhas ou cacos de vidro) é
colocada entre o condensador e o balão no qual a mistura é aquecida. O vapor
do componente de menor ponto de ebulição é o que passa pelos obstáculos com
mais facilidade, e por isso ele chega ao condensador antes dos demais
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componentes e destila primeiro. Assim que ele destilar totalmente, destilará o
próximo componente líquido da mistura (em ordem crescente de pontos de
ebulição), que é recolhido em outro frasco. E assim por diante.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Exercício resolvido
(Unicamp-SP) Têm-se as seguintes misturas:
I. areia e água
II. álcool (etanol) e água
III. sal de cozinha (NaCl,) e água, nesse caso uma mistura homogênea
Cada uma dessas misturas foi submetida a uma filtração em funil com papel e,
em seguida, o líquido resultante (filtrado) foi aquecido até sua total evaporação.
Pergunta-se:
a) Qual mistura deixou um resíduo sólido no papel após a filtração? O que era
esse resíduo?
b) Em qual caso apareceu um resíduo sólido após a evaporação do líquido? O
que era esse resíduo?

Resolução
a) Apenas na mistura I há um sólido presente que pode ser retido pelo filtro. Esse
resíduo é a areia.
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b) No caso III, o filtrado é a própria solução de sal de cozinha em água. Dessa
solução apenas a água evapora, deixando um resíduo branco de sal de cozinha.

Em foco...
Reutilizar e reciclar: Retornando o material ao ciclo útil
Quando o problema é o lixo, uma questão é ponto chave! O tempo
necessário para que os materiais se decomponham quando são descartados no
ambiente. De modo geral, analisando a composição química dos resíduos de lixo
da nossa sociedade, esse tempo é relativamente grande demais. Então, o que
fazer?

Fonte: site da Sanepar

O lixo da sociedade atual é cheio de materiais cuja decomposição pe


muito lenta. Resta, então, encontrar alternativas que minimizem esse efeito e
as consequências para o ambiente.

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Um caminho para a solução desse problema é apontado pelo princípio
dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Fonte: site da Internet

Os princípios acima são alicerçados em um novo conceito sobre o que


vem a ser lixo. Em geral, entende-se por lixo restos de tudo aquilo que fazemos,
no dia-a-dia, e que consideramos inútil, indesejável ou descartável. Ocorre que
boa parte do lixo na verdade não é lixo, pois muitos materiais que estão no lixo
são materiais que ainda podiam ser utilizados ou reciclados e estão ali, no local
errado.
Assim, um dos objetivos do gerenciamento dos refugos urbanos é a
REUTILIZAÇÃO de alguns produtos descartáveis. Frascos de vidro foram
usados para acondicionar produtos alimentícios podem ser reaproveitados na
própria cozinha, ou servir de potes para guardar miudezas. Um sapato furado,
uma roupa que ficou larga ou rádio que quebrou também não precisariam ser
descartados: toda cidade tem pessoas especializadas no reparo desses objetos.
Pneus velhos de carros podem ser reutilizados de várias formas: recauchutados
ganham nova vida útil, recortados podem virar sola de sapatos e outros artefatos,
triturados podem ser utilizados para fabricar tapetes ou misturados ao asfalto
para pavimentação de estradas.
É claro que o reaproveitamento nem sempre é viável. Existem materiais
que se reaproveitados podem oferecer riscos à saúde. Frascos de produtos de
limpeza ou de agrotóxicos, por exemplo, devem ser descartados. Basta usar o

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bom-senso e seguir a orientação do fabricante, assim temos que nos preocupar
se a reutilização do material é devidamente higiênica e respeitar as
características dos materiais.

Fonte: site da Internet

Outra opção para a diminuição do refugo urbano é RECICLAR. O material


pode ser aproveitado como matéria-prima na produção de novos bens. Com isso,
economizam-se energia e matéria-prima original. A reciclagem consiste na
recuperação de materiais, modificando-os em suas propriedades físicas e
químicas em processos de obtenção de novos materiais. Muitos desses
processos são conduzidos por meio da fusão dos materiais com posterior
solidificação em um processo de moldagem para obtenção de novos objetos,
como na reciclagem de matais, plásticos e vidros. Nesses processos, são
adicionados outros materiais para conferir novas propriedades aos novos
materiais que se deseja. Outros processos são caracterizados pelo
desenvolvimento de reações químicas, como a reciclagem de papéis.
O quadro abaixo apresenta informações básicas para a compreensão da
importância da reciclagem.

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Fonte: site da Internet

Um bom e conhecido exemplo de reciclagem é o de alumínio. O impacto


ambiental de sua reciclagem equivale a 10% do impacto causado pela produção
a partir do minério, matéria-prima original. Por isso, o seu sucesso. No processo
de extração do alumínio do minério, consome-se grande quantidade de energia
para se obter um nível de pureza desejado. Medem-se assim os benefícios da
reciclagem, considerando os diferentes impactos ambientais que vão da
produção até a reciclagem.
A reciclagem resulta de inúmeras atividades, como coleta, separação e
processamento. Os materiais que antes achávamos descartáveis podem tornar-
se matéria-prima na manufatura de bens evitando a utilização de matéria virgem.
Mas antes se deve analisar se a recuperação do resíduo é viável técnica e
economicamente. Por exemplo, na atualidade existem poucas empresas
especializadas na reciclagem do isopor; por isso esse material acaba virando
lixo. O fato de o material ser potencialmente reciclável, não quer dizer que a
reciclagem ocorrerá. Nesse sentido, um ponto fundamental é evitar o consumo
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de materiais que tenham pouca possibilidade de ser reciclado. Abolir o uso de
isopor em trabalhos escolares é uma importante medida ambiental, a menos que
seja para reutilizar isopor de embalagens.
Devemos ainda tomar cuidado em campanhas de materiais recicláveis que
induzem ao consumo de materiais “sem o sentimento de culpa”. Lembre-se: o
mesmo processo de reciclagem consome energia e quanto maior for o consumo
do material, maior será a quantidade de matéria-prima a ser consumida. Esse é
o problema de campanhas de coleta de garrafas PET e de latas de refrigerante:
o resultado sempre contribui para o aumento desnecessário do consumo. Ao
participar dessas campanhas ou de oficinas de material de sucata, lembre-se de
que o foco deve ser a coleta de materiais que já foram descartados. Comprar
materiais para reaproveitar as embalagens não é uma medida ambientalmente
sustentável.

Fonte: Química Cidadã – volume 1

Todo material que não puder ser reutilizado nem reciclado deverá ter um
destino adequado. O destino dos resíduos que sobram vai depender muito da
natureza dos materiais, por isso o lixo recebe classificações que são muito úteis
em termos de planejamento de disposição final.

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Fonte: site da Internet

A classificação do lixo visa a separar diferentes tipos de resíduos para que


cada um tenha tratamento adequado à sua natureza. No lixo domiciliar, por
exemplo, encontramos diversos materiais que podem ser reciclados. Já o lixo
industrial precisa passar por processos especiais de tratamento para isolar os
agentes poluentes. Já o lixo industrial precisa passar por processos especiais de
tratamento para isolar os agentes poluentes. Já o lixo radioativo, perigosíssimos,
tem de ser armazenado em locais muito bem isolados e protegidos.
O lixo orgânico se refere a restos de animais e vegetais, principalmente
sobras de alimentos. Esses materiais se decompõem em curto prazo e, por isso,
podem ser transformados em algum tipo de adubo.
Os materiais do lixo seco apresentam grande potencial para
reaproveitamento ou reciclagem, mas que pode ser prejudicado quando em
contato com o lixo úmido. E geral, o lixo úmido tem origem em seres vivos (lixo
orgânico). Por isso, recipientes de plásticos e latas devem ser secos antes de
colocados no lixo. Conclusão – regra básica para separação do lixo domiciliar:
nunca misture o lixo úmido com o lixo seco.

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Os diferentes tipos de lixo têm propriedades físicas e químicas diferentes.
O conhecimento das propriedades permite o desenvolvimento de tecnologias
adequadas para tratamento. Esse estudo implica a necessidade do
conhecimento da composição dos materiais.

 O QUE VOCÊ APRENDEU?

• Substância é um material de aspecto uniforme que apresenta um conjunto


de propriedades características, ou seja, propriedades que permitem
identifica-las e distingui-la de outra. Essas propriedades dependem
somente do tipo de substância e não da quantidade da amostra estudada.
• Uma mistura é um sistema com mais de uma substância. Pode ser
homogênea ou heterogênea. No primeiro caso, apresenta uma única fase;
no segundo, mais de uma fase. Fase é a porção de um sistema que
apresenta as mesmas propriedades e composição.
• As misturas podem ser separadas por diferentes métodos. Ao se escolher
o método, deve-se considerar o estado físico da mistura, o número de
fases e, principalmente, as propriedades das substancias que compõem
a mistura.
• A reciclagem, reutilização e redução do lixo produzido é importante para
a conservação ambiental, bem como a devida separação do mesmo.

Referências Bibliográficas
NÓBREGA, Olívio Salgado; SILVA, Eduardo Roberto; SILVA, Ruth Hashimoto.
Química - Volume único. Ed. Ética, São Paulo, 2007.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem
do cotidiano. Ed. Moderna, v.2, São Paulo, 2010.
SANTOS, Wildson; MOL, Gerson. Química Cidadã. Ed. Nova Geração, v.1, São
Paulo, 2010.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química – Volume único. Ed. Saraiva,
São Paulo, 2013.

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