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Conheça os 6 Maiores erros que

levam as empresas à falência


Sebrae lista os 6 maiores erros de quem vai à falência.

Lidar com o fechamento de uma empresa é um momento delicado


para qualquer empresário. Os sentimentos de frustração, tristeza e
arrependimento podem fazer com que ele desista de ter o próprio
negócio e procure alguma atividade como empregado. Por outro lado,
fracasso pode ser uma chance de repensar os erros cometidos e tirar
lições para uma nova empreitada.

As maiores causas que levam uma empresa a fechar as portas estão


ligadas à falta de planejamento e a erros na administração,
principalmente nos primeiros anos de vida, segundo estudos do
Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa.

Segundo pesquisa do Sebrae Nacional, a taxa de mortalidade de


empresas nos primeiros dois anos de atividade é de 26,9% no país. Em
alguns Estados, a situação se agrava. Em Pernambuco, que tem o maior
índice de falências, 42% das empresas fecham as portas antes de
completar dois anos.

Para o economista do Sebrae-SP Pedro Gonçalves, não existe uma


causa única para justificar o fechamento de um negócio, mas sim um
conjunto de fatores. A falta de pesquisa sobre concorrência,
localização, fornecedores e público-alvo é um erro bastante comum
entre os empresários que não conseguem se manter no mercado.
"Quem busca informações sobre o ramo de atividade antecipadamente
tem maior chance de sucesso", afirma.

O economista também aponta como erros frequentes de gestão o


descontrole do fluxo de caixa e o distanciamento da rotina da empresa.
Nos primeiros anos, o empresário deve estar presente na empresa e
acompanhar de perto todos os seus processos.
Depois, ele pode contratar um time para assumir determinadas
funções. "Empreender é uma atividade de risco, é preciso cuidar do
negócio durante todo o tempo em que ele estiver no mercado."

Empresários alegam falta de oportunidade e de clientela

Parte do equívoco está no motivo da abertura da empresa. Muitos não


empreendem porque enxergaram uma oportunidade, mas porque não
têm outra alternativa: 23% dos empresários que iniciam um negócio
afirmam que viraram empresários por necessidade, segundo o estudo
mais recente sobre mortalidade de empresas do Sebrae-SP, divulgado
em 2010 com dados entre os anos de 2003 e 2007.

Na opinião do ecomista da entidade, isso aumenta o risco de fracasso


de um empreendedor. "Nestas condições, a empresa entra no mercado
às pressas e sem planejamento adequado."

O mesmo estudo mostra que 29% dos empresários entrevistados


alegam que a principal dificuldade encontrada no primeiro ano de
atividade é a falta de clientes. Segundo Gonçalves, a baixa nas vendas é
motivada também por erros de gestão e de planejamento. "Se não
houve vendas suficientes é porque a empresa não alcançou seu
mercado consumidor."

Aprendizado com fracasso pode ser trunfo para ter sucesso em


nova empreitada

Não ter sucesso no primeiro empreendimento não significa que as


portas do mercado se fecharam. Refletir sobre os erros cometidos e
tirar lições desta experiência podem se tornar verdadeiros trunfos para
conquistar espaço em uma segunda oportunidade.

Para Marcos Simões, diretor de seleção e serviços a empreendedores


da Endeavor, organização sem fins lucrativos de apoio ao
empreendedorismo, o fracasso de um negócio propicia uma reflexão
profunda sobre a gestão adotada.

É neste momento que o empresário deve compreender suas carências


e buscar supri-las com um time qualificado ou com a própria
capacitação. "Quando a empresa vai bem, não há muita preocupação
com a gestão. A falência escancara os pontos fracos", diz.

Simões afirma que, ao entender as fragilidades do negócio


malsucedido, o empreendedor acumula bagagem e aprendizado para
aplicar em uma nova empresa, principalmente se ela pertencer ao
mesmo ramo de atividade da anterior.

"O fracasso é a hora de o empresário pensar onde errou e de quais


conhecimentos precisava e não teve. Com isso, ele estará mais
preparado para formar uma boa equipe e não tomar a decisão errada
em uma próxima oportunidade."

O diretor recomenda que os empresários não se deixem abater pelo


sentimento de derrota e se inspirem em grandes empreendedores que
já enfrentaram situações semelhantes. "O Steve Jobs, por exemplo, foi
demitido da própria empresa e mesmo assim foi um dos maiores
nomes na área de tecnologia. O segredo é não deixar que o fracasso se
transforme em um trauma", declara.

Os 6 erros mais comuns:

1. Falta de planejamento: Muitos empresários começam a atuar sem


fazer um plano de negócio. Antes de abrir uma empresa, é preciso
estudar todos os aspectos que envolvem o negócio. Deve-se pesquisar
quem será o público-alvo, fornecedores, custos fixos e variáveis,
concorrência e localização adequada. Quanto mais informações o
empreendedor tiver sobre seu ramo de atividade, maiores são as
chances de sucesso.

Neste período, o negócio tem recursos limitados, nome desconhecido


no mercado e pouco dinheiro em caixa. Um erro pode determinar o
fim de suas atividades.

2. Copiar modelos existentes: É um equívoco reproduzir


integralmente um modelo de negócio que já existe no mercado sem
fazer inovações. No curto prazo, a cópia pode até trazer lucro, mas no
médio prazo tende a não funcionar. O ideal é que o empreendedor se
inspire em casos de sucesso para abrir seu negócio, mas saiba adaptá-
lo à sua realidade para criar diferenciais. Para ter sucesso, é necessário
haver alguma inovação em relação ao produto ou serviço oferecido
pela concorrência.

3. Não acompanhar a rotina da empresa: Deixar a empresa só nas


mãos de terceiros é arriscado. A dedicação é uma das principais
qualidades de um empreendedor. Ele deve separar um determinado
período do seu dia para verificar de perto a rotina de cada área da
empresa. Se ele não tiver condições de fazê-lo, uma alternativa é trazer
pessoas qualificadas para supervisionar cada setor. Porém, o
empresário deve estar presente na empresa para fiscalizar o trabalho e
para resolver problemas.

4. Descontrole do fluxo de caixa: Muitos empresários se perdem


quando o assunto é administração. A empresa deve adotar um sistema
de controle da entrada e saída de dinheiro. Em empresas menores,
uma simples planilha consegue resolver o problema. Já empresas
maiores podem optar por aplicativos mais elaborados para fazer este
controle. Além disso, é preciso ter o hábito de checar as contas, de
preferência todos os dias, e saber planejar o pagamento e recebimento
dos recursos.

5. Falta de divulgação da marca: Não se pode esperar que o boca-a-


boca garanta o sucesso da empresa. Para um marketing mais eficiente,
o empresário tem de entender o mercado que quer atingir, saber onde
o público dele está e do que ele gosta. A partir destas informações,
estabelece-se uma estratégia e a propaganda ideal é direcionada para
os clientes.

6. Não se adaptar às necessidades do mercado: Aquele empresário


resistente às mudanças e fechado às novidades tende a ficar para trás.
É importante que o empreendedor sempre se mantenha antenado às
tendências do seu ramo de atividade. Ler matérias em jornais, sites e
revistas ou conversar com clientes e fornecedores é de grande ajuda
para conseguir mais informações sobre o mercado. O consumidor quer
novidade e quem não se adaptar tende a perder espaço.

Fonte: UOL Economia.

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