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Regulamenta a Lei n° 9.725/09, que contém o Código de Edificações do Município de Belo
Horizonte.

 
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Art. 1º - A aplicação da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que institui o Código de
Edificações do Município de Belo Horizonte, observará o disposto neste Decreto. 

 
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Art. 2º - Para fins da aplicação deste Decreto, e nos termos do art. 3º da Lei nº 9.725/09, fica
estabelecido o que segue:

I ± profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia ± CREA, nos termos da legislação específica. 
II ± pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações, companhias,
cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na
forma da lei, com registro no CRE A. 
§ 1º - O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou coletivamente, como
responsável técnico pela elaboração do projeto de edificação ou pela direção técnica da obra, assumindo
sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licença ou do início da obra.
§ 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - responsável técnico pelo projeto de edificação o responsável pelo conteúdo das peças gráficas,
descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho;
II - responsável técnico da obra o profissional encarregado pela direção técnica das obras, desde
seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego dos
materiais, conforme a legislação municipal, sem prejuízo da responsabilidade prevista no Código Civil. 
§ 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais, nos
termos da Anotação de Responsabilidade Técnica ± ART. 

Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica das obras
declarará sua responsabilidade em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste
Decreto. 
Parágrafo único - A declaração do responsável técnico pela direção da obra, se não anexada no
ato da solicitação de aprovação do projeto de edificação, deverá ser apresentada na SMARU em até 10
(dez) dias antes do início efetivo da obra, sob pena de embargo, nos termos do inciso III, do art. 77 da Lei
n° 9.725/09.

Art. 4º - A substituição ou a transferência de responsabilidade técnica deverá ser comunicada em
formulário próprio, segundo os procedimentos estabelecidos neste Regulamento. 

§ 1º- Tratando-se de comunicação efetivada pelo proprietário, a mesma deverá:
I - indicar o nome do novo responsável técnico;
II - estar acompanhada do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto.
§ 2º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a SMARU deverá
notificar o proprietário para apresentação de novo responsável técnico, nos seguintes termos: 

I - tratando-se de responsável pelo projeto de edificação, o proprietário deverá apresentar novo
RT no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento do processo de licenciamento;
II - tratando-se de responsável pela direção técnica de obra, o proprietário deverá apresentar
novo responsável técnico no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de embargo da obra, conforme
previsto no inciso III do art. 77 da Lei n° 9.725/09. 

Art. 5º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica da obra poderá
designar, mediante formulário próprio e justificativa escrita, outro responsável técnico para acompanhar a
tramitação do processo na SMARU, nos casos previstos neste Decreto.

Art. 6º - Deverá ser mantida na obra:
I ± cópia do Alvará de Construção e das demais Licenças previstas no § 1º do art. 12 da Lei n°
9.725/09, quando pertinentes, todas dentro do prazo de validade;
II- cópia do projeto arquitetônico aprovado pela SMARU. 

Art. 7º - O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel deverá ser
elaborado por profissional com habilitação expedida pelo CREA. 
Parágrafo único - O laudo mencionado no caput deste artigo deverá ser acompanhado da
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. 

Art. 8º - As informações, declarações e Termos de Compromissos prestados e firmados pelos
Responsáveis Técnicos, pelos proprietários e por terceiros envolvidos no processo de licenciamento
sujeitam os mesmos a responsabilização por sinistros, acidentes, danos causados a terceiros, falsidade
ideológica e falsificação de documento público.


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Art. 9º ± A aprovação de projeto por parte do Executivo contemplará: 

I ± o atendimento à legislação e às normas técnicas vigentes; 
II - as declarações do responsável técnico e do proprietário, conforme disposto neste Decreto.

§ 1º - Não compete ao Executivo verificar o atendimento das exigências decorrentes do exercício
legal da profissão.
§ 2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs. 

 
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Art. 10 - Para efeito do disposto no caput do art. 10 da Lei n° 9.725/09, entende-se por lote ou
terreno:

I - roçado: aquele que apresenta desgaste da vegetação herbácea, mesmo sem a remoção de tocos
ou de raízes, sendo vedada a utilização de fogo; 
II - limpo: aquele livre de lixo ou entulho de qualquer natureza; 
III ± drenado: aquele que apresenta:
a) condições adequadas de escoamento de águas pluviais;
b) sistema de drenagem, preservadas as eventuais nascentes e cursos d¶água existentes e suas
condições naturais de escoamento.

Art. 11 - Fica proibida a utilização de arame farpado, chapiscos e vegetação com espinhos, bem
como outras formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos transeuntes. 

Art. 12 - A exigência constante do § 5° do art. 10 da Lei n° 9.725/09 será considerada atendida
caso haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00 m² (um metro quadrado) da extensão do fechamento,
pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou terreno. 

Art. 13 ± O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um
metro e oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos construtivos que garantam
permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura. 
Parágrafo único ± Poderão ser dispensadas da exigência do caput deste artigo as edificações
regularizadas nos termos da Lei n° 9.074, de 18 de janeiro de 2005 e da Lei n° 9.725/09.

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Art. 14 ± Para efeito da aplicação do disposto no § 2º do art. 5º da Lei n° 9.725/09, caberá ao
Executivo apenas o licenciamento do projeto arquitetônico. 

Parágrafo único - O Executivo não procederá à aprovação de projetos complementares,
entendidos como aqueles não necessários à constatação de conformidade da edificação perante a Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e ao Código de Edificações, em especial: 

I ± projeto hidráulico-sanitário; 
II ± projeto elétrico e luminotécnico; 
III - projeto de instalações de comunicação;
IV ± projeto de instalação de ar condicionado;
V ± projeto de prevenção e combate a incêndio;
VI ± projeto estrutural;
VII ± projeto de impermeabilização.

Art. 15 - A SMARU definirá, por meio de Portaria, o padrão de representação gráfica dos
projetos de aprovação de edificação e de licenciamento.

Art. 16 ± Os formulários previstos neste Decreto serão definidos pela SMARU e estarão
disponíveis no sítio ööö.pbh.gov.br. 

Art. 17 ± O licenciamento de obras de construção e reconstrução é de competência exclusiva da
SMARU, que providenciará, quando for o caso, a manifestação dos órgãos da Administração Direta e
Indireta do Município acerca da aprovação dos projetos ou do acompanhamento das obras.

Art. 18 ± As licenças para demolição e para movimentação de terra, bem como para a construção
de marquises e muros de arrimo, deverão ser efetuados: 

I - na SMARU, quando o proprietário fizer a opção por concessão de Alvará de Construção
consolidado;
II - na Secretaria Municipal de Administração Regional competente, quando não for feita a
opção pelo Alvará de Construção consolidado ou quando a intervenção não estiver vinculada à
implantação de edificação.

§ 1º- O licenciamento para construção de marquise e de muros de arrimo a que se refere o inciso
II do caput deste artigo será realizado na Secretaria Municipal de Administração Regional competente. 
§ 2° - A solicitação dos licenciamentos previstos neste artigo deverá ser feita em formulário
próprio, observado o disposto neste Decreto, e deverá estar acompanhada de comprovante do pagamento
do preço público correspondente. 

Art. 19 - A supressão de vegetação será licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente
± SMMA, observado o disposto no § 3º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.
Parágrafo único ± Na hipótese de opção pelo Alvará de Construção consolidado, previsto no §2º
do art. 18 da Lei nº 9.725/09, a SMARU deverá providenciar, no processo de aprovação de projeto, a
manifestação da SMMA para subsidiar o licenciamento da supressão de vegetação.

Art. 20 - A dispensa de aprovação de projeto e licenciamento, quando for o caso, não desobriga o
proprietário e o responsável técnico do cumprimento do disposto nas normas pertinentes, bem como da
responsabilidade penal e civil perante terceiros. 

Art. 21 - O estande de vendas previsto no inciso II do art. 12 da Lei n° 9.725/09 não poderá
invadir logradouro público.

§ 1º - É permitida a instalação do estande de vendas a partir do início do período de validade do
Alvará de Construção. 
§ 2º - A demolição do estande de vendas deverá ser efetuada anteriormente à solicitação de
vistoria para concessão da Certidão de Baixa de Construção. 

Art. 22 ± Qualquer intervenção em edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos
imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, estará sujeita aos procedimentos e
normas estabelecidos pela Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura, conforme
disposto no § 1º do art. 12 da Lei n° 9.725/09.

Art. 23 - As residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao
logradouro público, sem área comum, equiparam-se às edificações residenciais unifamiliares para efeito
do disposto neste Decreto. 


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Art. 24 ± A abertura de processos de aprovação projetos de edificações destinadas ao uso
residencial unifamiliar com área máxima de 70,00 m² (setenta metros quadrados) e de EHIS obedecerá
aos procedimentos previstos neste Regulamento. 

§ 1º- Acatada pela SMARU a documentação necessária para o licenciamento da obra, será aberto
o processo administrativo e concedido Alvará de Construção no prazo de 20 (vinte) dias, caso não seja
constatada irregularidade no projeto. 
§ 2º- O exame do projeto das edificações de que trata esta seção poderá ser parcial, dispensando-
se, neste caso, a análise dos compartimentos internos das edificações unifamiliares e dos compartimentos
internos das unidades autônomas de EHIS. 
§ 3º - Constatada irregularidade no projeto, os prazos de correção e de emissão de parecer
conclusivo com deferimento ou indeferimento do processo passam a ser, respectivamente, os dispostos
nos §§ 5° e 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.
§ 4º - Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o Alvará de Construção será concedido no prazo
previsto no § 1º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, observadas as condições previstas neste Decreto. 
§ 5º - Caso haja alteração no projeto que implique prejuízo a seu enquadramento no disposto no
art. 13 da Lei n° 9.725/09, serão cobrados os valores devidos por todo o processo de aprovação da
edificação antes da concessão da Certidão de Baixa de Construção. 
§ 6º - O licenciamento simplificado de que trata esta Seção não desobriga o interessado do
cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros. 

Art. 25 ± Para fins da aplicação do disposto no § 4º do art. 13 da Lei n° 9.725/09, o interessado
deverá solicitar o projeto arquitetônico à SMARU por meio de formulário próprio. 

§ 1º- O Executivo terá o prazo de 20 (vinte) dias para fornecer o projeto arquitetônico
compatibilizado com a situação topográfica do terreno em questão, acompanhado do respectivo Alvará de
Construção. 
§ 2º- Na hipótese contida no § 4° do art. 13 da Lei nº 9.725/09, o responsável técnico pelo
projeto será o próprio Poder Executivo. 


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Art. 26 ± A aplicação do art. 14 da Lei n° 9.725/09 observará o disposto nesta Seção. 

Art. 27 ± A solicitação para exame e aprovação de projetos de edificações ocorrerá junto à
Central de Atendimento da SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e
comprovado o recolhimento prévio do preço público correspondente. 

§ 1º - Os valores previstos para exame de projeto de edificação serão calculados considerando a
área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico. 
§ 2º - Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o recebimento
do Alvará de Construção fica condicionado à quitação do valor complementar. 

Art. 28 ± O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros que afetam
a paisagem urbana e a qualidade de vida da coletividade, em especial:

I ± coeficiente de aproveitamento;
II ± quota de terreno por unidade habitacional;
III ± taxa de ocupação e de permeabilização;
IV ± afastamento lateral, frontal e de fundos; 
V ± altura na divisa e da edificação; 
VI ± fosso de iluminação e ventilação; 
VII ± área de estacionamento;
VIII ± circulação vertical e horizontal coletivas;
IX ± pé-direito;
X ± acessibilidade.

§ 1º - É responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e dirigentes
técnicos de obras a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas
nas legislações federal, estadual e municipal.
§ 2º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos que os
interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo profissional responsável pelo
projeto, perante o Poder Público e terceiros, pelo cumprimento da legislação vigente e das demais normas
complementares, mediante assinatura do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste
Decreto. 
§ 3º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados atendem à
legislação vigente. 
§ 4º - Caso o Poder Público constate divergência entre a legislação vigente, as responsabilidades
assumidas e as informações prestadas pelo responsável técnico, a administração deverá: 

I - promover a revogação do Alvará de Construção;
II ± indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal;
III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de Construção; 
IV ± encaminhar denúncia ao CREA e à Procuradoria Geral do Município, se constatada a
possível prática de crime nos termos da legislação penal. 

Art. 29 ± O andamento do processo de aprovação de projeto deverá ser acompanhado pelo
responsável técnico e pelo proprietário pela Internet. 
Parágrafo único ± Será fornecido protocolo eletrônico no momento do recebimento da
documentação, que indicará o endereço eletrônico para o seu acompanhamento.

Art. 30 ± A abertura de processo administrativo de análise de projeto de edificação é precedida
do exame do protocolo de documentação a ser efetuado no prazo máximo de 07 (sete) dias.

§ 1º - O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previsto no caput do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é
contado a partir da data do protocolo da documentação acatada.
§ 2º - O prazo de 45 dias, previsto no §1º deste artigo, poderá ser prorrogado por meio de
Portaria ou de despacho fundamentado do Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, quando
ocorrer superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação e impossibilitem seu cumprimento. 

Art. 31 ± O processo de obtenção de licença para a execução de obras públicas ou privadas de
edificações deverá ser instruído com a seguinte documentação: 

I ± projeto arquitetônico, nos termos do art. 14 deste Decreto; 
II ± documentos que atendam ao disposto na informação básica;
III ± formulário de caracterização da edificação; 
IV ± termo unificado de compromisso; 
V ± levantamento planialtimétrico, quando se tratar de aprovação inicial; 
VI ± termo de compromisso prestado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo Único deste
Decreto. 

Art. 32 ± Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31 deste Decreto, o protocolo será
indeferido e instruído com o respectivo relatório das pendências. 

§ 1º - O proprietário e o responsável técnico deverão ser comunicados do indeferimento por meio
do protocolo eletrônico de que trata o parágrafo único do art. 29 deste Decreto. 
§ 2º - A documentação ficará disponível na Central de Atendimento por 10 (dez) dias, sendo
eliminada após o decurso deste prazo.

Art. 33 ± Qualquer manifestação dos órgãos e unidades da Administração Direta e Indireta do
Município quanto a definições que interfiram na aprovação do projeto, conforme previsto no § 3° do art.
15 da Lei n° 9.725/09, será realizada sob coordenação da SMARU. 

§ 1º - A análise citada no caput deste artigo não poderá ser realizada isoladamente por cada
órgão da Administração Direta e Indireta. 
§ 2º - A análise conjunta do projeto de edificação e a definição de diretrizes com os demais
órgãos municipais deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data do
protocolo da documentação acatada.
§ 3º- A SMARU convocará reuniões para deliberações dos órgãos competentes para o
licenciamento de cada projeto de edificação. 
§ 4º - A não manifestação dos órgãos competentes no prazo previsto no § 2º deste artigo
implicará anuência destes em relação ao projeto de edificação apresentado, nos limites das competências
legais de cada órgão.
§ 5º - Configurada a hipótese do parágrafo anterior, a SMARU notificará o órgão sobre a
aprovação do projeto de edificação.
§ 6º - Fica vedado o envio do processo de licenciamento a órgãos da Administração Pública,
quando não houver previsão expressa na legislação municipal.
§ 7º - O disposto nos §§ 1º a 5º deste artigo não se aplica aos projetos para os quais haja previsão
legal de manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no § 12 do art. 15 da Lei n° 9.725/09. 

Art. 34 - O prazo de 30 (trinta) dias previsto no § 5º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é
improrrogável e será contado a partir do recebimento pelo responsável técnico de comunicação por
escrito relativa às normas infringidas e aos erros técnicos cometidos na elaboração do projeto. 
Parágrafo único ± O responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua
intimação, para corrigir o projeto, sendo que o não atendimento desse prazo implica o indeferimento do
projeto. 

Art. 35 - O prazo de 25 (vinte e cinco) dias previsto no § 6º do art. 15 da Lei n° 9. 725/09 será
contado a partir da data de apresentação do projeto corrigido na Central de Atendimento. 

§ 1º - A apresentação de projeto diverso do anteriormente examinado implicará o indeferimento
do processo.
§ 2º ± Entende-se por diverso o projeto que apresenta alterações que descaracterizem o projeto
analisado, implicando nova análise e não apenas a verificação das correções anteriormente exigidas.
§ 3º - Após o segundo exame do projeto de edificação, o responsável técnico e o proprietário
receberão a comunicação de aprovação do projeto de edificação ou de indeferimento do processo de
licenciamento. 

Art. 36 ± O prazo para interposição de recurso contra o indeferimento de processo de
licenciamento será de 10 (dez) dias improrrogáveis contados da intimação do responsável técnico. 

Art. 37 - Na hipótese prevista no § 7º do art. 15 da Lei n° 9.725/09, a notificação deverá ser feita
ao Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana. 

§ 1º - O requerente deverá protocolar a notificação na SMARU, recebendo documento
comprobatório de sua entrega.
§ 2º - Na hipótese do decurso do prazo previsto no §7º do art. 15 da Lei nº 9.725/09 sem que haja
manifestação do Secretário, a obra referente ao projeto de edificação em análise poderá ser iniciada, desde
que atendidas, cumulativamente, às seguintes condições:

I ± observância ao disposto no § 9º do art. 15 da Lei nº 9.725/09;
II - manutenção de cópia do protocolo da notificação de que trata o §1º deste artigo na obra, para
fins de comprovação do direito ao início da mesma sem a aprovação do projeto;
III ± assinatura do Termo de Compromisso a que se refere o Anexo Único deste Decreto. 

Art. 38 ± A apuração da responsabilidade pelo descumprimento dos prazos previstos no art. 15
da Lei n° 9.725/09 deverá seguir os seguintes procedimentos:
I ± elaboração de relatório que considere o andamento do processo desde o protocolo de
documentos e justifique, quando for o caso, o descumprimento do prazo, devidamente assinado pelo
servidor responsável pelo exame do projeto;
II ± manifestação do superior imediato em relação à inadimplência do técnico. 

Parágrafo único - O referido relatório poderá subsidiar a decisão do Secretário Municipal
Adjunto de Regulação Urbana quanto à prorrogação do prazo prevista no § 2º do art. 15 da Lei n°
9.725/09, desde que, cumulativamente:

I - se comprove a superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação do prazo e pelos quais
fique caracterizada a impossibilidade de cumprimento dos prazos legais pelo servidor responsável pelo
exame do projeto de edificação;
II - o descumprimento dos prazos não tenha ocorrido em função de faltas cometidas pelo
proprietário ou pelo responsável técnico, hipótese em que a prorrogação deverá ser negada. 

Art. 39 ± Não havendo pendências, o projeto de edificação será aprovado e o Alvará de
Construção será emitido. 
Art. 40 ± A SMARU deverá garantir o cumprimento dos prazos para resposta ao munícipe em
relação ao exame do projeto, independentemente da omissão do servidor responsável pelo exame do
mesmo. 

Art. 41 ± O Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, mediante despacho
fundamentado, poderá determinar a substituição do servidor responsável pelo exame do projeto, conforme
previsto no § 11 do art. 15 da Lei n° 9.725/09. 

Art. 42 ± Constatada, a qualquer tempo, a necessidade de manifestação dos conselhos
municipais, em processo de licenciamento em curso na SMARU, os prazos ficarão suspensos durante a
análise dos conselhos.

Art. 43 ± A manifestação dos conselhos municipais deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogáveis, justificadamente, por igual prazo. 

Art. 44 ± A aplicação do art. 16 da Lei n° 9.725/09 observará, para o cálculo do coeficiente de
aproveitamento e da taxa de permeabilidade, a área do terreno constante na planta de parcelamento
aprovada, conforme indicada nas Informações Básicas.

Art. 45 - Para efeito do disposto no § 3º do art. 16 da Lei n° 9.725/09, entende-se por divisa
consolidada aquela delimitadora de lote ocupado e aprovado por CP.

Art. 46 ± A responsabilidade do Município restringe-se à avaliação da regularidade técnica e
urbanística do lote ou conjunto de lotes face às normas legais aplicáveis, não cabendo o exame da
regularidade dominial ou possessória dos mesmos. 

§ 1º- O Município de Belo Horizonte não responderá a questionamentos de munícipes relativos à
regularidade dos direitos de posse, domínio ou quaisquer outros sobre lotes ou conjunto de lotes. 
§ 2º- O responsável técnico e o proprietário são responsáveis pelas dimensões dos lotes no qual
se situa o projeto de edificação a ser aprovado, cabendo aos mesmos responder por invasão do logradouro
público ou à propriedade de terceiros. 

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Art. 47 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar por escrito, na Central de
Atendimento, a Certidão de Aprovação de Projeto de Edificação, que será emitida no prazo máximo de 05
(cinco) dias, nos termos do § 1º art. 18 da Lei n° 9.725/09. 

Art. 48- A entrega do Alvará de Construção fica condicionada:

I - ao recolhimento dos valores referentes à fiscalização de obras; 
II - à quitação do preço público complementar relativo ao exame de projeto de edificação, na
hipótese de a edificação possuir área superior àquela declarada quando da apresentação do projeto de
edificação para aprovação;
III ± à emissão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, caso tenha sido
feita a opção pelo Alvará de Construção Consolidado, conforme a legislação em vigor. 

Art. 49 ± O proprietário poderá optar pela inclusão das autorizações previstas no § 2º do art. 18
da Lei n° 9.725/09, no Alvará de Construção. 

§ 1º- A opção pela inclusão ou não das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n°
9.725/09 deverá ser feita no formulário próprio para abertura do processo de aprovação de projeto.
§ 2º- Na hipótese de se optar pela inclusão das autorizações no Alvará de Construção, a SMARU
será responsável por proceder aos licenciamentos solicitados junto aos órgãos municipais competentes.
§ 3º ± Na hipótese de não inclusão das autorizações no Alvará de Construção, essas deverão ser
solicitadas à respectiva Secretaria Municipal de Administração Regional. 
§ 4º- Na hipótese contida no § 3° deste artigo, os valores serão cobrados no momento da
solicitação de cada autorização pelo órgão municipal competente. 
§ 5º - Nos casos previstos no § 3° deste artigo, os órgãos municipais competentes deverão
comunicar à SMARU as autorizações concedidas.

Art. 50 ± A cassação das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09 não
implicará a cassação do Alvará de Construção, salvo quando houver previsão legal.
Art. 51 ± O impedimento de que trata o §1º do art. 19 da Lei nº 9.725/09 deverá ser
imediatamente comunicado à SMARU, que avaliará a suspensão do prazo de validade do Alvará de
Construção.

Art. 52 - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09
será realizada mediante requerimento e após verificação do estágio da obra pela SMARU. 

§ 1º- A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09
deverá ser solicitada à SMARU até a data de vencimento do mesmo, mediante requerimento próprio. 
§ 2º- O requerente receberá cópia do protocolo da solicitação de revalidação do Alvará de
Construção, que deverá ser mantida na obra. 
§ 3º- O Executivo terá 15 (quinze) dias para efetuar a vistoria da obra e se manifestar sobre a
revalidação do Alvará de Construção. 
§ 4º - Decorrido o prazo de validade do Alvará de Construção, sem solicitação de sua
revalidação, a referida licença caducará, cabendo ao proprietário da obra solicitar nova aprovação do
projeto conforme a legislação vigente.

Art. 53 - Na hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, a renovação do Alvará de
Construção fica condicionada:

I - à análise do projeto, nos termos da legislação vigente;
II ± ao relatório da vistoria, com descrição detalhada da fase da obra, especialmente no que diz
respeito à estrutura da edificação. 

§ 1º- No caso de obra em que a estrutura não esteja totalmente concluída e não atenda a
legislação vigente, a solicitação de renovação de alvará será indeferida e o proprietário deverá ser
notificado a solicitar aprovação de projeto de modificação de edificação, nos termos da legislação
vigente. 
§ 2º- A solicitação de aprovação de modificação de projeto deverá ser efetuada na SMARU e
deverá ser analisada e aprovada segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n°
9.725/09 e neste Regulamento. 
§ 3º- A não apresentação do projeto de modificação da edificação para aprovação no prazo
máximo de 30 (trinta) dias contado da notificação implicará o encaminhamento do processo para ação
fiscal e imediato embargo da obra até sua regularização. 

Art. 54 - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação expressa do
proprietário feita à SMARU. 
Parágrafo único - Cancelado o Alvará de Construção, a Secretaria Municipal de Administração
Regional deverá ser comunicada pela SMARU para início da ação fiscal. 

Art. 55 ± Para fins do disposto no art. 20 da Lei n° 9.725/09, entende-se por substituição a
aprovação de novo projeto de edificação que apresente alteração relativa aos parâmetros urbanísticos
incluídos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 
Parágrafo único ± Ocorrendo a hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, deverá
ser aberto novo processo a ser analisado pela legislação vigente, sendo vedada, nesse caso, a substituição
de projeto de edificação. 

Art. 56 ± A aprovação de modificação de projeto referente a obra cujo Alvará de Construção
esteja em vigor, não alterará o prazo de validade do mesmo. 
Parágrafo único - Não se configura como modificação de projeto de edificação as alterações que
abranjam somente a modificação da disposição dos compartimentos relativos à área interna da unidade
autônoma tipo, desde que não haja alteração dos seguintes parâmetros constantes do projeto de edificação
aprovado:

I ± área total da unidade autônoma tipo; 
II - disposição e dimensões dos vãos de ventilação e iluminação;
III ± pé-direito. 

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Art. 57 - A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá na SMARU,
mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço
público previsto para exame de projetos de edificações, vistoria e multa pela construção sem o devido
licenciamento. 

§ 1º- O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da documentação para
exame, o enquadramento da edificação para exame nas diretrizes da legislação vigente, nos termos do
caput do art. 21 da Lei n° 9.725/09, ou nos critérios da Lei n° 9.074/05, nos termos do § 1° do mesmo
artigo. 
§ 2º- A abertura do processo de regularização de edificação obedece aos procedimentos
estabelecidos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. 
§ 3º- Acatada a documentação, será aberto o processo administrativo e será agendada vistoria
com comunicação ao responsável técnico por meio eletrônico, em até 05 (cinco) dias. 
§ 4º - A vistoria deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados a partir da data de
protocolo.
§ 5º - Os valores previstos no caput serão calculados considerando a área da edificação a ser
licenciada informada pelo responsável técnico.
§ 6º- Após a vistoria, comprovado o enquadramento da edificação nos critérios da Lei n°
9.074/05, o processo de regularização seguirá as definições contidas na referida lei.
§ 7º - Constatado que a edificação possui área superior à declarada, a concessão da Certidão de
Baixa de Construção fica condicionada à quitação do preço público correspondente.

Art. 58 ± Na hipótese prevista no caput do art. 21 da Lei nº 9.725/09, constatadas divergências
entre o levantamento da edificação apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico
será comunicado por meio do protocolo eletrônico disponibilizado via Internet, no sítio www.pbh.gov.br. 

§ 1º - No caso de divergências entre o levantamento apresentado e a edificação implantada no
local, o responsável técnico terá o prazo de 10 (dez) dias para correção do mesmo, sob pena de
indeferimento da respectiva solicitação de regularização.
§ 2º - Caso as divergências descritas no caput deste artigo persistam, o processo será indeferido. 
§ 3º- Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei n° 9.074/05,
o responsável técnico será notificado a apresentar à SMARU projeto de adequação da edificação à
legislação vigente, em até 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do processo. 
§ 4º- A aprovação do projeto de adequação das irregularidades ocorrerá segundo procedimentos
fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento. 
§ 5º- O Alvará de Construção será concedido conforme a Seção III do Capítulo IV da Lei n°
9.725/09 e o disposto neste Regulamento. 
§ 6º- O responsável técnico pela direção da obra deverá declarar sua responsabilidade conforme
previsto no art. 2° deste Decreto. 
§ 7º- A concessão da Certidão de Baixa de Construção seguirá os procedimentos fixados na
Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. 

Art. 59 ± Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado e o
processo será imediatamente encaminhado para ação fiscal. 

Art. 60 ± Poderá ser regularizada a unidade autônoma, independentemente da regularidade da
edificação ou de suas demais unidades.
Parágrafo único ± A SMARU notificará o condomínio a promover a regularização da edificação
ou de suas unidades. 

Art. 61 ± Para regularização das edificações destinadas a abrigar as atividades que se seguem,
destinadas a serviços de uso coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, serão
exigidas as condições de acessibilidade contidas na legislação e nas normas técnicas vigentes:

I - estabelecimentos de ensino de qualquer nível;
II ± teatros; 
III ± cinemas;
IV ± auditórios;
V ± estádios;
VI - ginásios de esporte;
VII - casas de espetáculos;
VIII - salas de conferência e similares. 

§ 1º- Para regularização de edificação destinada aos demais usos, comprovadamente construída
antes de 8 de novembro de 2000, será dispensado o atendimento às exigências das normas de
acessibilidade previstas na Lei Federal n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
§ 2º - Para fins de regularização, comprovada a impossibilidade de garantia de vagas para
estacionamento de veículos adaptados para uso de pessoas portadoras de deficiência, poderá o órgão
responsável pela gestão do trânsito autorizar a disposição das mesmas no logradouro público. 

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Art. 62 ± A demolição total ou parcial de edificação deverá ser solicitada à SMARU ou à
Secretaria de Administração Regional, conforme a localização do imóvel. 

§ 1º - A licença de demolição será concedida juntamente com a licença para movimentação de
terra e entulho, conforme disposto na Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. 
§ 2º- A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão
da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da solicitação do
requerente. 

Art. 63 - O licenciamento tratado no art. 22 da Lei n° 9.725/09 fica condicionado:

I - à obediência dos critérios estabelecidos pelo Código de Posturas e sua regulamentação; 
II - ao disposto no Regulamento de Limpeza Urbana;
III - à legislação ou deliberações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural,
quando for o caso;
IV - à legislação ambiental. 

Art. 64- A demolição parcial de edificação fica condicionada à aprovação de projeto e obtenção
de Alvará de Construção, nos termos da legislação vigente e deste Decreto. 

Art. 65 ± A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte definirá o valor da multa prevista
no §2º do art. 22 da Lei n° 9.725/09, considerando-se:

I ± a relevância histórica e cultural do imóvel; 
II ± o dano causado aos direitos difusos;
III ± a irreversibilidade do dano causado;
IV ± a área demolida;
V ± o risco que a demolição acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público. 

§ 1º ± É vedada a regularização de demolição de imóvel tombado ou de interesse de proteção.
§ 2º - Na hipótese prevista no §1º deste artigo, a solicitação de Certidão de Demolição deverá ser
indeferida e o processo encaminhado para ação fiscal, para aplicação das penalidades cabíveis, conforme
disposto no §2° do art. 22 da Lei n° 9.725/09 e demais legislações pertinentes. 

Art. 66 ± Nas hipóteses de conclusão da demolição licenciada ou de regularização de demolição
não licenciada, o requerente deverá solicitar à Secretaria Municipal de Administração Regional pertinente
a emissão da Certidão de Demolição.

§1º - Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipóteses nas quais, estando o Alvará de
Construção válido, a licença de demolição tenha sido concedida juntamente com o mesmo. 
§ 2 º - A emissão da Certidão de Demolição fica condicionada:
I - à constatação, por meio de vistoria, da efetiva demolição; 
II - ao recolhimento do preço público correspondente.

§ 3º - A Certidão de Demolição deverá ser emitida pela Secretaria Municipal de Administração
Regional competente, no prazo máximo de 10 (dez) dias após sua solicitação. 
§ 4º - No caso de regularização de demolição efetuada sem o devido licenciamento, a emissão da
Certidão de Demolição fica condicionada ao pagamento da multa e do preço público correspondentes.

Art. 67 - Em qualquer demolição e retirada de entulho, o responsável técnico e o proprietário
serão os responsáveis por todas as medidas de segurança de terceiros, do logradouro público e de
propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas necessárias à garantia de limpeza e circulação dos
transeuntes, nos termos da legislação em vigor. 


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Art. 68 - A edificação irregular não poderá ser reconstruída.

Art. 69 ± A licença de reconstrução total ou parcial de edificação, nos termos do art. 23 da Lei n°
9.725/09, deverá ser solicitada à SMARU, por meio de formulário próprio. 

§ 1º- A abertura do processo de licenciamento de reconstrução obedecerá aos procedimentos
dispostos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. 
§ 2º- Na hipótese de o projeto a ser reconstruído não obedecer à legislação e às normas técnicas
relativas à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, será exigida a incorporação de adaptações
necessárias ao atendimento das mesmas. 
§ 3º- Não será admitida nenhuma modificação no projeto que não tenha como objetivo cumprir
normas e leis fixadas posteriormente à concessão da Baixa de Construção da edificação que tenha sofrido
o sinistro. 
§ 4º- Nos casos previstos no §2° deste artigo, o responsável técnico deverá apresentar solicitação
de exame à SMARU, que deverá realizá-lo no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 5º- Caso seja constatada irregularidade no projeto, a tramitação passa a observar o rito previsto
na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. 
§ 6º- Em qualquer hipótese, após a aprovação do projeto de reconstrução total ou parcial da
edificação, a obra será licenciada mediante emissão de Alvará de Construção, nos termos da Seção III do
Capítulo IV da Lei n° 9.725/09. 
§ 7º- Soluções emergenciais com vistas a abrandar situações de risco podem ser efetivadas antes
da obtenção do Alvará de Construção ou de outras licenças, nas seguintes condições:

I ± depois de efetuado aviso à Secretaria de Administração Regional competente; 
II - garantido o acompanhamento por responsável técnico. 

§ 8º - Após o término da obra, o responsável técnico deverá comunicá-la ao Executivo para que
sejam aplicados os procedimentos de concessão da Certidão de Baixa de Construção contidos na Seção III
do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento. 

Art. 70 - A solicitação de licença de reconstrução fica condicionada ao recolhimento dos valores
referentes à emissão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de Construção, bem como às vistorias
e exame de projeto, quando for o caso. 

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Art. 71 ± A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme disposto no art. 24
da Lei n° 9.725/09, deverá conter as seguintes informações:

I - número do processo de licenciamento e do respectivo Alvará de Construção;
II - uso a que se destina a edificação segundo a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo
em vigor; 
III - número de pavimentos;
IV - número de unidades autônomas;
V - área total da edificação; 
VI - nome e número do registro do CREA do Responsável Técnico pela execução da obra; 
VII - nome e número do CNPJ da empresa responsável pela direção da obra, se for o caso; 
VIII - número e descrição de autorizações complementares, quando for o caso;
IX - autorizações dos conselhos temáticos, quando houver;
X ± o zoneamento em que está inserido o imóvel, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação
e Uso do Solo. 

§ 1º- A placa de identificação não poderá ter nenhuma mensagem publicitária.
§ 2º- A placa de identificação deve obedecer aos seguintes critérios:
I - ter no máximo 1,00 m² (um metro quadrado); 
II - não possuir dispositivo de iluminação ou animação;
III - não possuir estrutura própria de sustentação. 

Art. 72- As licenças expedidas pelas Secretarias de Administração Regional, nos casos previstos
na Lei n° 9.725/09 e neste decreto, devem ser mantidas no canteiro de obras. 


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Art. 73 - A movimentação de terra, entulho e material orgânico deverá ser solicitada à SMARU
ou à Secretaria de Administração Regional competente, conforme disposto nos incisos I e II do art. 18
deste Decreto. 

§ 1º- Caso haja necessidade de deslocamento e transporte de material fora do terreno, o
responsável técnico deverá comunicar à Secretaria responsável pelo licenciamento a placa do veículo que
irá realizar o transporte da carga, no momento da solicitação de licença de movimentação de terr a,
entulho e material orgânico. 
§ 2º - A licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico incluirá a autorização de
tráfego de terra, entulho e material orgânico. 
§ 3º - No caso previsto no §1° deste artigo, serão emitidas autorizações correspondentes ao
número de veículos utilizados, os quais devem trafegar com as mesmas. 
§ 4º - No caso de concessão de Alvará de Construção consolidado, a Secretaria Municipal de
Administração Regional competente poderá rever a localização do ³bota-fora´, promovendo a emissão de
nova licença sem ônus ao proprietário. 

Art. 74 - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a
concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da solicitação
do requerente. 

§ 1º - Caso a documentação apresentada seja insuficiente para a abertura do processo, o mesmo
será imediatamente indeferido, devendo o responsável técnico e o proprietário ser comunicados do fato
pela Secretaria Municipal de Administração Regional.
§ 2º - Nos casos previstos no parágrafo único do art. 30 da Lei nº 9.725/09, ficam o proprietário e
o responsável técnico obrigados a executar as obras corretivas necessárias, no prazo máximo de 10 (dez)
dias a partir da constatação da ocorrência do dano.

Parágrafo único ± As obras corretivas devem ser executadas em conformidade com a legislação
pertinente, de forma a reparar completamente o dano ocasionado. 

Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em
projeto de terraplanagem, conforme previsto no inciso II do art. 30 da Lei n° 9.725/09. 
Parágrafo único - Será exigida ART para o projeto de terraplanagem e para a execução de
movimentação de terra. 

Art. 76 ± A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, ou a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, quando for o caso, definirá o valor da multa prevista no §2º do art. 29 da Lei n°
9.725/09, considerando-se:

I ± a relevância histórica e cultural do imóvel; 
II ± o dano causado aos direitos difusos;
III ± a irreversibilidade do dano causado;
IV ± o risco que a movimentação de material acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao
logradouro público. 

Art. 77 ± Constatada divergência entre o volume de terra, entulho e material orgânico a ser
retirado durante a obra e o volume indicado no licenciamento, deverá ser solicitada à Secretaria de
Administração Regional pertinente nova licença referente à complementação da licença anteriormente
concedida, que será fornecida após pagamento dos valores devidos em até 10 (dez) dias.


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Art. 78 - O servidor municipal incumbido das vistorias e da fiscalização de obras deverá ter
garantido livre acesso ao local. 

Art. 79- A SMARU, resguardada a competência das Secretarias Municipais de Administração
Regional relativa aos licenciamentos a que proceder, realizará vistorias periódicas de acompanhamento de
obras com os seguintes objetivos: 
I - conferir a fidelidade da obra ao projeto de edificação licenciado;
II - identificar potenciais pendências para a futura concessão da Certidão de Baixa de
Construção;
III ± identificar irregularidades que demandem ação fiscal e aplicação das devidas penalidades.

§ 1º - Deverá ser emitido laudo de acompanhamento de obras com descrição das etapas já
executadas e constatações da situação da obra em relação ao projeto aprovado e à legislação vigente. 
§ 2º- Constatada desconformidade entre a obra executada e o projeto de edificação aprovado, a
mesma será embargada, nos termos do inciso II do art. 78 e do Anexo VII da Lei n° 9.725/09. 

Art. 80 - A SMARU elaborará o Plano Estratégico de Acompanhamento de Obras do Município,
considerando:

I - o adensamento de cada região;
II - o porte das edificações;
III - alteração de legislação que imponha modificações em parâmetros de ocupação do solo no
Município.

Art. 81 ± As vistorias de acompanhamento de obras deverão ocorrer:

I - em caráter compulsório, com agendamento pelos técnicos da SMARU com 5 (cinco) dias de
antecedência;
II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com atendimento
pelos técnicos da SMARU em até 10 (dez) dias. 

§ 1º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por técnicos da
gerência responsável pelo controle urbano da SMARU e, quando necessário, por agente fiscal das
Administrações Regionais e da SMARU. 
§ 2º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas nas seguintes
situações:

I - a cada 06 (seis) meses, contados da data da emissão do Alvará de Construção;
II - quando concluído o sistema estrutural da fundação;
III - quando concluída a estrutura da edificação. 

§ 3º- O responsável técnico deve informar a SMARU sobre a conclusão da estrutura da
edificação por meio de formulário próprio, após recolhimento de valor previsto para vistoria. 
§ 4º - As vistorias de acompanhamento de obras por requerimento serão solicitadas pelo
Responsável de Técnico da obra, em formulário próprio, mediante recolhimento do valor correspondente.

Art. 82 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ser acompanhadas pelo responsável
técnico da obra ou por profissional habilitado designado por ele por meio de documento a ser entregue ao
vistoriador no momento da visita à obra. 

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Art. 83 ± Após a conclusão da obra, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o seu
término à SMARU, mediante formulário próprio, instruído com a documentação pertinente e com o
recolhimento prévio dos valores previstos para vistoria e emissão da respectiva Certidão de Baixa de
Construção.

§ 1º - A documentação exigida será a anexada ao formulário de comunicação de término de obra.
§ 2º - Para comunicação de término de obra, a obra deverá estar concluída nos termos do
disposto no art. 32 da Lei n° 9.725/09.
§ 3º - No ato de comunicação de término da obra, o Alvará de Construção deverá estar dentro do
prazo de validade.

Art. 84 ± A concessão da Certidão de Baixa de Construção será baseada na constatação da
conformidade da obra executada ao projeto aprovado.

§ 1º - Os relatórios das vistorias de acompanhamento de obras embasarão a análise da solicitação
de concessão de Certidão de Baixa de Construção. 
§ 2º - A vistoria interna das unidades autônomas residenciais e não residenciais poderá se dar por
amostragem. 

Art. 85 ± Comunicado o término da obra, a vistoria no local deverá ocorrer no prazo máximo de
20 (vinte) dias.

§ 1º - O responsável técnico pela execução da obra será comunicado por meio eletrônico em 05
(cinco) dias, a partir da data de comunicação de término, sobre a data e o turno em que ocorrerá a vistoria,
exceto na hipótese prevista no § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09. 
§ 2º - Na data e turno marcados, o responsável técnico ou seu representante legal deverá
aguardar o profissional da SMARU responsável pela vistoria, no local da obra. 
§ 3º - A vistoria poderá ser desmarcada pelo responsável técnico pela execução da obra com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 4º - O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele designado, ao
acompanhamento da vistoria, na data e turno agendados torna sem efeito a comunicação de término de
obra, caso não haja nova vistoria no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 5º - No prazo máximo de 05 (cinco) dias após a realização da vistoria, o responsável técnico
deverá ser comunicado sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa de Construção ou sobre as
pendências constatadas no local, pelo comunicado de vistoria.
§ 6º- Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica pagamento do
valor previsto para a realização da mesma. 
§ 7º- Nos casos em que a SMARU der causa à não realização da vistoria, esta será remarcada
conforme disponibilidade do responsável técnico e da SMARU, no prazo máximo de 03 (três) dias, sem
reincidência de cobrança do valor previsto para a vistoria. 

Art. 86 ± Após a vistoria, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, o responsável técnico deverá,
pelo comunicado de vistoria, tomar conhecimento se a Certidão de Baixa de Construção solicitada foi
concedida ou se existem irregularidades ou pendências a serem sanadas. 

Art. 87 ± Na ocorrência de pendências ou na constatação de obra em desconformidade com o
projeto aprovado, o responsável técnico deverá providenciar a regularização a partir do recebimento do
comunicado de vistoria:

I - apresentando novo projeto para aprovação de acordo com a legislação vigente, no prazo de 15
(quinze) dias; ou
II - procedendo à adequação do local ao projeto aprovado no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único ± O descumprimento dos prazos previstos neste Decreto implicará o
indeferimento do processo e a aplicação das sanções previstas na Lei n° 9.725/09.

Art. 88- Na hipótese do § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09, o levantamento das alterações deverá
ser apresentado no ato da comunicação de término. 

§ 1º - O exame do levantamento da situação existente será realizado pela SMARU no prazo
máximo de 15 (quinze) dias.
§ 2º - Constatado que as alterações ocorridas atendem à legislação vigente, o levantamento será
visado e seus dados arquivados. 
§ 3º - Na situação prevista no § 2º deste artigo, a vistoria deverá ser agendada no prazo máximo
de 05 (cinco) dias e o responsável técnico comunicado da data e do turno em que ocorrerá a referida
vistoria. 
§ 4º ± Caso as alterações não atendam à legislação vigente, o responsável técnico deverá ser
notificado a adequar a edificação ao projeto licenciado, no prazo previsto no art. 34 da Lei n° 9.725/09,
sob pena de indeferimento do processo.
§ 5º - Na situação prevista no parágrafo anterior, somente após a comunicação do responsável
técnico à SMARU sobre a adequação da obra deverá ser agendada a vistoria para fins de concessão da
Certidão de Baixa de Construção. 

Art. 89 ± A constatação de irregularidades em relação à legislação vigente impede a concessão
da Certidão de Baixa de Construção. 
Parágrafo único - O responsável técnico deverá ser notificado a sanar a irregularidade da obra. 

Art. 90 - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico, o responsável técnico pela direção da
obra e o proprietário são responsáveis pelas irregularidades constatadas nas áreas privativas das unidades
autônomas. 
Parágrafo único - A relação entre o responsável técnico de projeto arquitetônico, o responsável
técnico de execução da obra, o proprietário da obra e terceiros é regida pelo Código Civil, pelo C ódigo do
Consumidor e pelas demais normas pertinentes.

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Art. 91 ± Na hipótese prevista no art. 35 da Lei n° 9.725/09, as condições de salubridade no
terreno devem ser garantidas, nos termos do Código de Posturas e do Regulamento de Limpeza Urbana.
Parágrafo único ± O proprietário deverá manter a obra em boas condições sanitárias e de
segurança, fechada, com portão de acesso e com passeio regular conforme padrão estabelecido, no prazo
máximo de 10 (dez) dias após a sua paralisação.

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Art. 92 ± Para efeito de aplicação do art. 37 da Lei n° 9.725/09, considera-se área sem utilização
sob projeção da edificação a área sobre terreno natural, sem piso. 


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Art. 93 ± Para fins do disposto no art. 40 da Lei n° 9.725/09, no sistema de lançamento de água
pluvial não podem ser lançados dejetos, produtos químicos e nenhum tipo de água servida, sob pena de
aplicação das sanções previstas.

Art. 94 ± Para efeito do disposto no art. 41 da Lei n° 9.725/09, consideram-se acabadas as
estruturas e paredes que possuam algum tipo de revestimento, além do reboco. 

Art. 95 ± O espaço não utilizado sob a projeção da edificação em terreno em declive deverá:

I ± ser mantido limpo;
II - ser ajardinado ou fechado;
III ± possuir acesso exclusivo para sua manutenção.


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Art. 96 ± Para efeito do disposto no art. 42 da Lei n° 9.725/09, as saliências deverão estar sempre
em balanço e não conter nenhum elemento de sustentação.

Art. 97 ± As marquises, além de atender os requisitos previstos no § 3º do art. 42 da Lei n°
9.725/09, não poderão ser utilizadas para depósito ou guarda de qualquer tipo de carga.

Art. 98 ± As fachadas e os elementos de fechamento de terrenos, muros, grades e portões não
poderão ter saliências projetadas sobre o passeio, mesmo que temporárias. 

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Art. 99 ± O ambiente de consumo de alimentos fica classificado como de permanência
prolongada e o de preparo de alimentos como de permanência transitória.

Art. 100 - Na ocorrência do previsto no § 6º do art. 50 da Lei n° 9.725/09, o leiaute apresentado
será de total responsabilidade do responsável técnico e do proprietário.

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Art. 101 ± As dimensões mínimas para circulações, rampas e escadas definidas nos Anexos III,
V e VI da Lei n° 9.725/09 serão livres, não sendo computados os espaços ocupados por elementos
estruturais, decorativos, de proteção e segurança. 

Art. 102 - Para fins do disposto no inciso III do art. 57 da Lei n° 9.725/09, consideram-se
ressaltos os desníveis superiores a 5mm (cinco milímetros). 

Art. 103 - Nas escadas de uso comum, a cada 19 degraus, no máximo, deverá conter patamar
com extensão mínima igual à largura da escada.
Parágrafo único ± Os patamares da escada devem estar livres de quaisquer obstáculos. 

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Art. 104 ± Para aplicação das normas e das condições de acessibilidade às pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, previstas na Lei Federal n° 10.098/2000 e nas demais normas
pertinentes, adotam-se os seguintes conceitos:

I ± Edificações de Uso Público - aquelas administradas por entidades da Administração Pública,
direta ou indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e as destinadas ao público em geral. 
II ± Edificações de Uso Coletivo ± aquelas destinadas às seguintes atividades, nos termos da Lei
de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo:

a) serviço de uso coletivo, exceto os previstos no inciso I do caput deste artigo; 
b) comércio, em ambientes de lojas; 
c) indústria;
d) serviços de natureza hoteleira, cultural, esportiva, financeira, de saúde, social, religiosa,
recreativa, turística e educacional. 
III ± Edificações de Uso Privado - aquelas destinadas à habitação e às atividades e serviços não
mencionados na alínea ³d´ do inciso II deste artigo. 

Art. 105 ± Para efeito do disposto no art. 58 da Lei n° 9.725/09, consideram-se normas
pertinentes as Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT. 

Art. 106 - O percurso acessível, quando exigido, além de atender as normas fixadas na ABNT,
deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e possuir piso antiderrapante e contínuo, sendo vedada a
utilização de piso intertravado. 

§ 1º - Nas edificações deve ser garantido pelo menos um percurso acessível às pessoas
portadoras de deficiência do logradouro ao interior da edificação, das lojas e das áreas de uso comum da
edificação. 
§ 2º - A acessibilidade às áreas comuns fica dispensada nas edificações com mais de um
pavimento e que não estejam obrigadas à instalação de elevador, mas que apresentam espaço reservado
em todos os níveis da edificação destinados ao uso comum, para futura instalação de elevador adaptado
nos termos da legislação federal e municipal. 

Art. 107 ± O sanitário acessível, quando exigido, deverá garantir os requisitos mínimos previstos
na ABNT. 

§ 1º - Nas Edificações de Uso Público, nos termos deste Decreto, deve ser garantido pelo menos
um sanitário acessível, para cada sexo, em cada pavimento, com entrada independente dos demais
sanitários coletivos. 
§ 2º - Nas Edificações destinadas aos Serviços de Uso Coletivo, nos termos da Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e da alínea ³a´ do inciso II do art. 104 deste Decreto, deve ser
garantido pelo menos um sanitário acessível em cada pavimento, com entrada independente dos demais
sanitários coletivos. 
§ 3º ± Nas Edificações de Uso Coletivo previstas nas alíneas ³b´, ³c´ e ³d´ do inciso II do art.
104 deste Decreto, quando obrigatório ou na existência de sanitário de uso comum ou aberto ao público,
este deverá ser acessível ao uso por pessoa portadora de deficiência e deverão ter entrada independente
dos demais. 

Art. 108 ± As vagas de estacionamento de veículos para uso de pessoas portadoras de deficiência
deverão atender, além dos requisitos constantes da ABNT, os seguintes requisitos: 

I ± localizarem-se próximas ao acesso à edificação;
II ± percurso entre a vaga e a entrada da edificação totalmente acessível e sinalizado; 
III ± utilização de piso contínuo e antiderrapante, sendo vedado o piso intertravado; 
IV ± serem de livre acesso, não configurando vagas presas.

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Art. 109 ± Um compartimento não pode ser iluminado e ventilado por outro, com exceção da
situação prevista no inciso III do art. 61 da Lei n° 9.725/09.

Art. 110 ± O confinamento a que se refere a definição de Área de iluminação fechada no
glossário da Lei n° 9.725/09 é configurado por paredes e muros de divisa. 

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Art. 111 ± Para efeito de aplicação do parágrafo único do art. 69 da Lei n° 9.725/09, consideram-
se acessos independentes e diretos ao logradouro público os acessos por áreas abertas, com largura
mínima de 2,00 m (dois metros) sem obstáculos construtivos. 

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Art. 112 - Para fins do disposto no art. 74 da Lei n° 9.725/09, considera-se:

I - embargo de obra - interrupção compulsória e imediata da obra;
II - interdição da edificação - impedimento de sua ocupação e de seu uso.

Parágrafo único ± As Secretarias Municipais de Administração Regional deverão comunicar
oficialmente à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana acerca dos autos de infração, de
embargo e de interdição emitidos.

Art. 113 - Para fins do disposto no § 2º do art. 76 da Lei n° 9.725/09, em cada reincidência, o
valor da multa corresponderá ao valor da multa anterior acrescido de seu valor base. 

Art. 114 - Aplicada a penalidade de embargo da obra ou interdição, estas persistirão até que seja
regularizada a situação que as provocou.
Parágrafo único - Os elementos essenciais da edificação de que trata o inciso II do art. 77 da Lei
n° 9.725/09, são:

I - nível de implantação da edificação;
II - locação da edificação em relação ao terreno;
III ± perímetro da edificação;
IV ± altura da edificação, incluindo pé direito e espessura de lajes; 
V ± qualquer outro elemento que configure a mudança de destinação da edificação.

Art. 115 - O laudo técnico mencionado no inciso IV do art.77, no § 2º do art. 79 e no inciso II do
art. 80, todos da Lei n° 9.725/09, deverá ser elaborado por técnico indicado pelo Executivo. 
Parágrafo único ± O laudo contemplará as obras necessárias à garantia da segurança da
edificação ou dos imóveis vizinhos e as necessárias para fins de regularização, bem como as condições e
o prazo em que estas deverão ser realizadas. 

Art. 116 - No auto de embargo de que trata o art. 77 da Lei n° 9.725/09 deverão constar as
condições estabelecidas no laudo técnico referido no art. 115 deste Decreto. 

Art. 117 - Na hipótese do disposto no art. 78 da Lei n° 9.725/09, o órgão de fiscalização
encaminhará à Gerência da SMARU responsável pelo controle urbano a solicitação de cassação do
Alvará de Construção. 
Parágrafo único ± A cassação será publicada no Diário Oficial do Município e a intimação do
interessado se consumará nos termos do inciso II do art. 73 da Lei n° 9.725/09. 

Art. 118 - A autorização prevista no § 2º do art. 79 da Lei n° 9.725/09, durante o prazo em que
vigorar o embargo ou a interdição, deverá ser solicitada ao órgão emissor da autuação. 

Art. 119 - A demolição de obra ou edificação correrá a cargo do proprietário. 
Parágrafo único - Notificado o proprietário, a demolição deverá ser iniciada em até 90 (noventa)
dias e concluída no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimento da notificação. 


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Art. 120 - A autuação do infrator dar-se-á em conformidade com o Capítulo VII e o Anexo VII
da Lei n° 9.725/09.

§ 1 º - O documento de autuação deverá ser assinado e recebido pelo autuado, seu representante
legal ou preposto, e, em caso de recusa, esta circunstância deverá ser registrada pelo agente fiscal. 
§ 2º - A publicação no Diário Oficial do Município dar-se-á quando houver recusa do
recebimento do documento de autuação, pessoalmente ou via postal, ou no caso do infrator, seu
representante legal ou preposto não serem encontrados.

Art. 121 - Para aplicação do disposto nos arts. 81 e 83 da Lei n° 9.725/09, a notificação prévia
poderá ser dispensada, de acordo com o disposto no Anexo VII da mesma lei, hipótese em que será
emitida notificação acessória e haverá aplicação direta da penalidade correspondente à infração.

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Art. 122 - Os licenciamentos de demolição, movimentação de terra e tráfego de veículos não
vinculados à aprovação de projetos de edificação serão realizados pela Secretaria de Administração
Regional Municipal pertinente e excepcionalmente pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
Urbana. 

Art. 123 - Até que a matéria seja regulamentada pelo Executivo, as edificações destinadas a usos
especiais que impliquem a aglomeração de pessoas, conforme disposto no art. 88 da Lei n° 9.725/09
deverão respeitar:

I ± pé direito mínimo de 3,50 m; 
II ± vão de acesso principal com largura mínima de 1,50 m; 

Parágrafo único ± Excetuam-se da exigência prevista no inciso I do caput deste artigo: 

I - as escolas destinadas ao Ensino Fundamental, Médio e Superior, que deverão garantir pé
direito mínimo de 3,00 m; 
II ± as pré-escolas, que deverão garantir pé direito mínimo de 2,80 m. 

Art. 124 ± Ficam revogados:

I - o Decreto n° 3.616, de 13 de novembro de 1979;
II - o Decreto n° 8.928, de 26 de setembro de 1996;
III - o Decreto n° 9.469, de 23 de dezembro de 1997;
IV - o Decreto n° 9.615, de 26 de junho de 1998;
V - o Decreto n° 10.040, de 27 de outubro de 1999;
VI - o Decreto n° 10.064 de 17 de novembro de 1999; 
VII - os incisos I e II do art. 137 do Decreto n° 11.601 de 9 de janeiro de 2004;
VIII - o Decreto n° 12.238, de 13 de dezembro de 2005;
IX - o Decreto n° 12.684, de 18 de abril de 2007.

Art. 125 ± Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

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Art. 1º - Os processos de licenciamento, cuja análise não tenha sido concluída pela SMARU até a
data de publicação deste Decreto, ficam sujeitos aos prazos previstos no art. 15 da Lei n° 9.725/09,
iniciando-se sua contagem na data de entrada em vigor da referida Lei. 

Art. 2º - Às ações fiscais em curso aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de
dezembro de 1940, bem como as penalidades nele previstas.
Art. 3º - O Executivo poderá promover a revisão do presente Decreto a partir de propostas
apresentadas no âmbito dos conselhos municipais pertinentes, bem como pelos órgãos e entidades de
classe interessados, no prazo de 60 (sessenta) dias. 

Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2010

Roberto Vieira de Carvalho
Prefeito em exercício

ANEXO ÚNICO 
TERMO DE COMPROMISSO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO NOS TERMOS DA LEI
MUNICIPAL N° 9.725/09 E DE SEU REGULAMENTO 

1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL

CÓDIGO DO DENOMINAÇÃO DO BAIRRO


BAIRRO 


SEÇÃO QUARTEIRÃO LOTE(S)


 

2.IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

NOME CPF/CNPJ
 

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA (RUA/AVE) N.º


 

COMPLEMENTO CEP BAIRRO MUNICÍPIO U.F. 




E-MAIL  TELEFONES PARA CONTATO FAX




CREA:



DATA: ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


 


COMO Responsável Técnico:

- Declaro que o projeto arquitetônico ora apresentado atende a legislação municipal vigente, em
especial ÀS leiS MunicipaIS N° 9.725/09 e seu regulamento; N° 8.616/03; N° 7.166/96, alterada pela LEI
N°8.137/00; À lei federal N° 10.098/00 e decreto federal N° 5.296/04. 

a declaração em desacordo com as REFERIDAS leis implica: 

- indeferimento do pedido de licença para construir;
- nulidade da licença eventualmente expedida com suporte na declaração;
- remessa do processo de licenciamento à fiscalização para aplicação DAS penalidades
administrativas cabíveis;
- responsabilidade profissional do declarante junto ao órgão de controle do exercício da
profissão; 
- remessa de documentos à procuradoria geral do município para apuração da responsabilidade
administrativa, civil e criminal. 
 
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