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DESENHO DE ARQUITECTURA E CONSTRUÇÃO

A disciplina de Desenho de Arquitectura e Construção procura conferir no estudante


conhecimentos sólidos nos campus de organização, concepção e produção de propostas de
projectos e comunicá-los. A disciplina de Desenho de Arquitectura e Construção é igualmente
importante para que o futuro engenheiro possa ser capaz de trabalhar em equipes mistas e
múltiplas em que projectos de arquitectura e de construção demandam sua colaboração. O
programa de Desenho de Arquitectura e Construção foi por conseguinte elaborado dentro de
princípio de flexibilidade, continuidade, unidade e adequação a realidade.

Competências

 Realiza a pesquisa e aprende por descoberta;

 Desenvolve a destreza manual na representação;

 Usa o desenho como meio de expressão/comunicação;

 Liberta a criatividade;

 Desenvolve a capacidade inovadora, de imaginação e raciocínio lógicos.

3. Objectivos da disciplina

Ao final aprendizagem da disciplina o estudante deve ser capaz de:

 Representar e interpretar a linguagem gráfica dos distintos traços e símbolos empregues


nos desenhos;

 Empregar escalas adequadas para os diferentes desenhos;

 Traçar a mão livre esquemas de diferentes peças ou elementos;

 Elaborar e interpretar planos de plantas, cortes e secções de objectos arquitectónicos;


 Conhecer as normas vigentes, técnicas de representação e demais detalhes e partes
construtivos;

 Expressar correctamente ideias técnicas por meio de desenho e de esboços;

 Adquirir sensibilidade mais rigorosa de observação e maior destreza na representação;

 Elaborar e interpretar planos de plantas, cortes e secções de objectos arquitectónicos;

 Desenvolver e interpretar desenhos de detalhes;

 Desenvolver e interpretar desenhos de instalações em edificados;

 Conhecer as normas vigentes, técnicas de representação e demais detalhes e partes


construtivas;

 Desenvolver capacidades de racionalização e inovação;

 Desenvolver habilidades de trabalho independente, consultando a literatura.

5 Conteúdos (Plano temático)

Tema Conteúdo Carga horaria


Contacto Estudo
1 Introdução ao desenho arquitectónico. 2 2
2 Estudo de documentos normativos para obras 5 2
3 Símbolos usados em projectos de construção civil 5 2
4 Estudo de escalas de desenho 5 2
5 Cotas de nível 3 2
6 Estudos de perfis 5 2
7 Conceito de planta, alçado e corte 5 3
8 Conceito projectos arquitectónico e tipos e fases para sua 5 3
elaboração
9 Elaboração de um projecto unifamiliar em dois ou mais pisos 5 3
10 Desenho de detalhes 5 3
11 Desenho de caixilharia de portas e janelas 5 3
12 Desenho de rampas e escadas 5 3
14 Desenho de estrutura de betão armado 5 3
15 Plantas de instalações sanitárias 5 3
16 Planta de Instalações especiais
17 Planta de Instalações eléctrica
Estudo de arranjos exteriores num projecto
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1. INTRODUÇÃO AO DESENHO ARQUITECTÓNICO

O DESENHO ARQUITECTONICO é uma especialização do desenho técnico


normalizado voltada para a representação dos projectos arquitectonico

O DESENHO ARQUITECTONICO e uma especialização do desenho técnico voltada


para a representação dos projectos de arquitectura. O desenho de arquitectura manifesta-se como
um conjunto de símbolos que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o
desenhador ou projectista) e o receptor ( o leitor do projecto).é através dele que o arquitecto
transmite as suas intenções arquitectonica e construtivas.

Assim, o projecto arquitectonico é composto por diversos documentos, entre eles as


plantas, os cortes e as fachadas (alçados). Neles encontram-se as informações sob forma de
desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de volume criado com suas
compartimentações. Nas plantas visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto
nos cortes o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir de cruzamento das informações
contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. para isso, devem ser indicadas
todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem
diferenciadas, em função das suas propriedades e os textos claros e correctos.

2 DOCUMENTOS NORMATIVOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

 Posturas urbanas

 Instruções para elaboração de projectos arquitrctonicos

 Contrato para elaboração de projectos de arquitectura

 Manual de fiscalização de obra

 Regulamento para edificações urbanas

 Regulamento de betão armado


 Quadro Mocambicano

 Regulamento para instalações hidro- sanitário

 Licença de construção

3 SÍMBOLOS USADOS EM PROJECTOS DE ARQUITECTURA

3.1. FUNDAÇÕES

São desenhadas em função dos materiais e sua disposição geral, com dimensões
aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projecto estrutural

3.2. PISO/ CONTRA-PISO

Normalmente identifica-se apenas a espessura do contra-piso com espessura aproximada


a 10cm, através de duas linhas paralelas.

A terra ou aterro são indicadas através de hachura inclinada.

O contra piso ocorre alinhado com a viga baldrame das parede.


3.3 PAREDES

Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes


seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa.

3.4 PORTAS

São desenhadas representando-se sempre a folha da esquadria, com linhas auxiliares, se


necessário, procurando especificar o movimento da folha e o espaço ocupado.
3.5 JANELAS

São representadas através de uma convecção genérica, sem dar margem a uma maior
interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.
4 ESTUDO DE ESCALAS DE DESENHO

4.1 ESCALAS

Através do desenho arquitectónico o arquitecto o desenhador gera os documentos


necessários para as construções. Esses são reproduzidos em ‘’pranchas”, isto é, folhas de papel
com dimensões de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica. Desta forma se
tivermos que desenhar em ESCALA. As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas
escalimetros.

Assim, a ESCALA é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e
sua dimensão real no objecto

Um dos factores que determina a escala de um desenho e a necessidade de detalhe da


informação. Normalmente, na etapa de projecto executivo, quanto elemento menores e cheios de
detalhes da construção estão sendo desenhados para serem executados, como por exemplo as
esquadrias (portas, janelas etc.) normalmente as

Desenhamos em escalas mais próximas do tamanho real. Outro factor que influencia a
escolha da escala é o tamanho do projecto. Edifícios muito longos ou grandes extensões
urbanizadas em geral são desenhadas a escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto visando não fragmentar
o projecto. O que quando ocorre, dificulta às vezes a sua compreensão. A escolha da escala
geralmente determina também o tamanho da prancha que se vai usar.

Com a prática do desenho, a escolha da escala certa se torna um exercício extremamente


simples, à medida que a produção dos desenhos acontece

Ex. A escala gráfica corresponde a 1:50 é representada por segmentos iguais de 2cm,pois
1metro /50=0,02 = 2cm

4.2 ESCALA RECOMENDADAS

Escala 1:1, 1:2, 1:5, 1:10 – Detalhamento em geral;

Escala 1:20 e 1:25 – Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos.

Escala 1:50 – é a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e alçados
de projectos arquiectónico

Escalas 1:75 – juntamento com a de 1:25, ‘é utilizada apenas em desenho de presentação


que não necessita de ir a obra- maior dificuldade de proporção

Escalas 1:100 – opção para plantas, cortes e alçados quando é inviável o uso de 1:50,
plantas de situação e paisagismo, também para desenhos de estudo que necessitam de muitos
detalhes
5 DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – COLOCAÇÃO DE COTAS NO
DESENHO

Cotas são números que correspondem às medidas reais no desenho. As cotas indicadas
nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode que pode ser a distância entre
duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada. O pé
direito de um pavimento, etc. a ausência das dimensões provocará dúvidas para quem executa, e
na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a
informação, medindo com instrumentos de medida.

É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes às dimensões de


projecto. São normalmente dadas em centímetros.

As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados. Assim é necessário, procurar
sempre informar através de uma nota no desenho as unidades utilizadas, como por exemplo:
cotas em centímetros e as áreas em metros quadrados.

5.1 COTAS GERAIS

Os desenhos de arquitectura, bem como todos desenhos técnicos, devem ter as suas
medidas indicadas correctamennte.

a) As linhas de cota devem estar sempre fora de desenho, salvo em casos de


impossibilidade;

b) A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção,


sendo que a primeira linha deve ficar aafastada 25 mm do ultimo elemento a ser cotada e
as seguintes devem afastar-se umas das outras 10mm

c) As linhas de chamadas devem parar de 2 a 3 mm do ponto dimensionada

d) As cifras (números) devem ter 3mm de altura, e o espaco entre elas e a


linha de cota deve ser de 1,5mm
e) Enquanto a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar
a cota ao lado, indicando seu local exacto com uma linha

f) As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas.

g) Nos cortes, somente marcar cotas verticais

h) Evitar a duplicação de cotas

i) Todas as dimensões totais devem ser identificadas

j) As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho

k) As linhas de cota não devem se cruzar

l) Identificar pelo menos três linhas de cota, como mostrado na figura abaixo

 subdivisao de paredes e esquadrias

 Cotas das pecas e paredes

 Cotas totais extremas


6 ESTUDOS DE PERFIS

7 CONCEITO DE PLANTA, ALÇADO E CORTE

7.1 PLANTA DE PISO

É o nome que se dá ao desenho de uma construção feita, em geral, a partir do corte


horizontal à altura de 1,5m a partir da base. É um diagrama dos relacionamentos entre, espaços e
outros aspectos físicos em um nível de uma estrutura. Nela devem estar detalhadas em escala as
medidas das paredes (comprimento e espessura), portas, janelas, o nome de cada ambiente e seu
respectivo nível.

A partir da planta de piso são feitos os lançamentos dos demais elementos dos projecto
complementares (instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate a
incêndio, sistema de proteção a descargas atmosféricas (spda), sonorização, segurança, assim
como o cálculo estrutural e de fundações de uma obra).
Exemplos de uma planta de piso

O desenho da planta de piso só será considerada completa se, além da representação


gráfica dos elementos, contiver todos os indicativos necessários, dentre os quais as cotas
(dimensões).

7.2 COBERTURA

Na arquitetura, o termo cobertura é utilizado para referir-se a uma estrutura sobre o


telhado de um edifício

7.3 PLANTA DE COBERTURA


Representação gráfica da vista ortogonal principal superior de uma edificação, ou vistas
aéreas dum telhado, acrescida de informações do sistema de escoamento pluvial

Exemplo

7.4 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

Representação da vista ortogonal superior esquemática, abrangendo o terreno e o seu


interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da construcao
dentro do terreno para o qual esta projectada.

Planta de situação vista ortogonal superior esquemática com abrangência de toda a zona
que envolve o terreno onde será edificada a construção projectada, com a finalidade de
identificar o formato, as dimensões do lote e amarração deste no quarteirão em que se localiza

Exemplo
8. PROJECTO DE CONSTRUCAO CIVIL

8.1 PROJECTO PLANTAS DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Projecto Hidraulico é um dos requesitos importantes na hora de construir ou reformar.

Evita inumeros erros na montagem do sistema economizando tempo e dinheiro.

Preve a dimensão necessária do sistema hidraulico, garantindo assim um bom


funcionamento por muitos anos.

Depois de ter uma base do desenho do imóvel são feitas várias plantas entre elas a
“hidráulica” que deve conter todas as especificações da canalização.

Se não for o caso, faça voce mesmo (durante a construção) um desenho mostrando cada
parede do imovel e as tubulações que passam dentro delas.

Guarde bem estes desenhos pois no futuro eles vão não só ajudar nas soluções, mas
tambem poupar muito dinheiro.

A planta geral de instalação hidráulica mostra o conjunto de ramificações do


encanamento e os lugares por onde passam estes canos com tamanhos e outros detalhes..

Para simplificar vamos chamar de encanamento aos vários dutos condutores responsáveis
pela distribuição de águas, eletricidade, gás, telefone, etc., dentro de nossa casa.
Se você pretende mudar uma parede, fazer um buraco para uma nova porta, ou simplesmente
colocar uma prateleira, ou ainda consertar um vazamento interno de uma parede, você tem de ter
em mãos a planta geral de instalação hidráulica e a elétrica, por vários motivos :

- Saber onde realmente passam os canos e quais são.


8.1.1 SIMBOLOS USADOS NOS PROJECTOS HIDRAULICOS
8.2 PROJECTO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICA

É a documentação técnica de instalação, com todos os seus detalhes, a localização dos


pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajecto dos condutores, divisão em circuitos,
seção dos condutores, carga de cada circuito e carga total, etc.

O projecto é a representação escrita/gráfica da instalação e deve conter no mínimo:

Distribuição e Circuitos nas plantas baixas com a representação dos pontos de luz das
tomadas, os fios fase, neutro e retorno, etc (em caso de construção nova, indicar detalhes de
entrada e, em ampliação ou reforma, indicar o ponto de derivação do sistema)

Indicação de localização da edificação (Planta de situação em escala 1:500/1:200/1:100


com a representação dos pontos de conexão com a rede pública)
Legenda e Carimbo (indicando Responsável Técnico, Proprietário, Tipo de Obra, Local
da Obra, escala Nº da prancha e data)

Elevações (quando necessário) Esquemas (unifilares e outros que se façam necessários);


Detalhes de montagem, quando necessários; Quadros de cargas Memorial descritivo –
justificação e descrição da solução apresentada Especificações técnicas - Onde se descreve o
material a ser utilizado.

Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e proteções);

8.3 PROCEDIMENTOS PARA PROJECTO ELECTRICO

No desenho de um projeto de instalação elétrica de uma residência, devemos proceder do


seguinte modo:

a) Possuir um jogo completo de cópias heliográficas do projecto de arquitetura;

b) Utilizar a planta ou as plantas, caso exista mais de um pavimento, os cortes e


algumas vezes a fachada que corresponde ao local da entrada de luz;

c) Assinalar, por suas convenções, todos os elementos necessários ao projeto e


observar esses elementos nos cortes.

d) Marcar na planta os pontos de luz: pequenos círculos de 8mm de diâmetro;


assinalar junto ao ponto de luz, na parte superior esquerda, a potência da Lâmpada
já calculada. No interior do círculo, o número do circuito

e) Localizar o quadro de distribuição, que poderia ficar no corredor ou cozinha;

f) Localizar as tomadas baixas, medias, altas e as de radio, antena de TV, telefone,


ar condicionado;

g) Utilizar sempre as convenções recomendadas pelas normas técnicas da VDE IEC.


O sistema elétrico numa residência l permite o abastecimento da energia eléctrica no
interior dos edifícios da área urbana e é composto por um conjunto de dispositivos:

8.3.1 DISPOSITIVOS DE SISTEMA ELECTRICO

a) Ramal de ligação: Poste público – poste que se conecta a rede pública de baixa
tensão.

b) Ramal de entrada: O poste particular que conduz a energia do poste público ao


medidor.

c) Unidade consumidora: Qualquer residência, apartamento, escritório, loja, sala,


dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado pela respectiva
medição;

d) Entrada de serviço de energia elétrica: Conjunto de equipamentos, condutores e


acessórios instalados desde o ponto de derivação da rede de energia elétrica pública até a
medição;

e) Potência instalada: É a soma das potências nominais dos aparelhos,


equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Inclui tomadas
(previsão de cargas de eletrodomésticos, TV, som, etc.), lâmpadas, chuveiros elétricos,
aparelhos de ar-condicionado, motores, etc.;

f) Aterramento: Conexão de descarga para eventualidade de picos de energia.


Trata-se de uma proteção da instalação e seus usuários. Visa estabelecer uma ligação entre o
sistema elétrico e a terra que é considerada um grande depósito de energia capaz de
neutralizar cargas positivas e negativas. O fio terra estabiliza a tensão em caso de sobrecarga
do sistema. Por exemplo: o fio terra do chuveiro elétrico poderá ser ligado ao neutro do seu
circuito se este estiver aterrado, se não houver um circuito de aterramento separado na
instalação.

g) Medidor (PC): Aparelho que mede o consumo de luz a serviço da concessionária

h) Alimentador predial: Cabo condutor de energia que parte do medidor PC e vai


até o Quadro de Luz (QDL)

i) Quadro de luz (QDL): Quadro de distribuição de energia. Cada circuito elétrico


é protegido por um disjuntor que fica no quadro elétrico Existem diversos modelos e
tamanhos de quadros de distribuição de luz e força. Podem também ser de sobrepor ou de
embutir na alvenaria. Devem possuir uma entrada de energia, uma barra de terra.

8.3.2 CIRCUITO ELÉTRICO

É conjunto de componentes, condutores e cabos, ligados ao mesmo equipamento de


protecção (disjuntor). Então, cada circuito será composto pôr todos os condutores,
eletrodutos, tomadas, luminárias ligadas a um mesmo disjuntor.

Circuitos: são as várias secções nas quais são distribuídas as redes eléctricas que vão
até os pontos de consumo de energia como tomadas e pontos de luz. É recomendado que
cada circuito deva ter no máximo 1,200 W de energia. Para chuveiros, aparelhos de ar
condicionado e outros aparelhos de alta solicitação, deve-se projetar circuitos independentes.
Os circuitos, na realidade são feitos pelas ligações de fios e cabos aos pontos de utilização.
Esses fios e cabos (condutores) são instalados dentro de eletrodutos rígidos ou flexíveis. O
ideal é que circuitos de iluminação estejam separados dos circuitos de tomadas. Em
residências são permitidos pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, exceto
nas cozinhas, copas e áreas de serviço, que devem constituir um ou mais circuitos
independentes. O número máximo de pontos ativos recomendados em um circuito é 9. O
total de pontos ativos é a soma do número de interruptores mais o número de tomadas. No
comando em paralelo, é considerado um ponto apenas. Para os aparelhos com potência
superior a 1000 w, é necessário um circuito individual, como no caso do chuveiro ou
torneira elétrica.
Tem-se dois tipos básicos de circuito: Circuito de Distribuição – liga o quadro do
medidor ao quadro de distribuição.

8.3.3 CIRCUITO TERMINAL

É aquele que parte do quadro de distribuição e alimenta diretamente lâmpadas, tomadas


de uso geral (TUG) e tomadas de uso específico (TUE).

Segundo a NBR 5410/04, deve-se : Prever circuitos de iluminação separados dos


circuitos de TUGs, procurando limitar a corrente total do circuito a 10A. Prever circuitos
independentes, exclusivos para cada equipamento que possua corrente nominal superior a 10A.
Limitar a potência total para 1.270VA em instalações 127V e 2.200 VA em 220V.

Isso pressupõe que, para uma instalação predial residencial, tem-se, no mínimo, três
circuitos terminais: um para iluminação, um para uso geral e um para uso específico (chuveiro).

No entanto, um bom projeto de circuitos terminais levará em conta: Recomenda-se para


os circuitos de iluminação, separá-los em: - Área Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e
hall.

- Área de Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.

E para os circuitos de tomada de uso geral, separa-los em: - Área Social: sala,
dormitórios, banheiro, corredor e hall.

- Área de Serviço 1: Copa.

- Área de Serviço 2: Cozinha.

- Área de Serviço 3: Área de serviço.

Com relação aos circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter um circuito
independente para cada carga que possua uma corrente nominal superior a 10 A , portanto um
disjuntor para cada tomada que alimentará o equipamento específico. Nas instalações
alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de modo que
se obtenha o maior equilíbrio possível.

Exemplo: cada caso é um caso, mas segue um pequeno exemplo:

Para uma casa básica com sala, cozinha, dois dormitórios, uma área de serviço e um
banheiro, para o qual faremos um projeto dentro da Norma técnica , sem preocupação com
economias que trazem prejuízos futuros. Solicitações: Nos dormitórios haverá um aparelho de ar
condicionado em cada um (220V, 5 A) e um computador (127V, 4A) em um deles.

Na sala não haverá nenhuma tomada de uso específico. Na cozinha haverá uma geladeira
(127V, 4A), um forno de microondas (127V, 6A) e uma torneira elétrica (220V, 15A). Na área
de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora (127V, 12A). No banheiro
haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro (220V, 25A). Com
relação às tomadas de uso específico, a NBR 5410, prevê um circuito para cada equipamento que
possua corrente acima de 10A, ou seja, no exemplo term-se: Circuito 1 - Torneira elétrica da
cozinha (15A);220V Circuito 2 - Chuveiro elétrico no banheiro (25A);220V Circuito 3 -
Aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);220V Circuito 4 - Secadora (12A);

Os circuitos restantes foram assim agrupados: Circuito 5 – Dois aparelhos de ar


condicionado para os dormitórios (2 x 5A); Circuito 6 – Uma geladeira (4A) e um forno de
micro-ondas (6A) na cozinha. Circuito 7 - Lavadora (6A), na lavandaria e demais TUGs da
lavandaria Circuito 8 – Computador (4A) e demais TUGs dos dormitórios; Circuito 9 – TUGs da
sala e copa. Circuitos 10 em diante – Iluminação Cálculo da corrente elétrica dos circuitos

Sabe-se que existe uma relação direta entre a Potência elétrica, tensão e a corrente através
da fórmula: P = V x I, onde P = Potência elétrica; V = Tensão elétrica; e I = Corrente elétrica,
isto é, para se obter a potência, é só multiplicar a tensão pela corrente.

Cada circuito é responsável pôr alimentar uma certa carga (potência). Normalmente nos
equipamentos, encontra-se o valor da Potência e da tensão, então para encontrar a corrente basta
inverter a fórmula ⇒ I = P/V
No projeto de instalações elétricas, vários dados devem estar claramente locados na
planta: localização das tomadas, pontos de iluminação, quadros, Portanto, na planta baixa deve
no mínimo representar:

 A localização dos pontos de consumo de energia eléctrica, seus


comandos e indicações dos circuitos a que estão ligados; a localização dos
quadros e centros de distribuição; o trajeto dos condutores (inclusive dimensões
dos condutos e caixas); um diagrama unifilar discriminando os circuitos, seção
dos condutores, dispositivos de manobra e proteção; indicar o material a ser
utilizado

11 CONDUTORES ELÉTRICOS

Os fios e cabos são os condutores mais comuns. A diferença entre ambos é que o
primeiro (fio) é sólido, possui um único filamento, uma secção circular única - no caso o cobre
ou Alumínio O segundo (cabo) é composto por vários filamentos de pequeno diâmetro, várias
seções circulares trançadas, o que o torna muito mais flexível. A flexibilidade é um aspecto
essencial para a colocação dos condutores dentro do eletroduto e nas caixas de passagem da
parede e octogonais do teto.

Tanto cabos como fios são revestidos por um isolamento termoplástico colorido.
(vermelho, azul, preto, branco, amarelo, verde, preto). Alguns possuem dois revestimentos
permitindo a instalação em locais diferenciados.

Atualmente exige-se que os condutores sejam revestidos com material antichamas, pois
assim, mesmo em caso de exposição prolongada, a chama não se propaga ao longo do material
isolante do cabo.
11.1 PROTEÇÃO (ATERRAMENTO) – verde ou verde e amarelo

Os pontos elétricos: são os pontos de consumo de energia, mais especificamente falando


os pontos de luz e tomadas. Com relação a este aspecto, deve-se prestar atenção no consumo de
energia. Utilizando lâmpadas frias – lâmpadas a vapor como as fluorescentes-, por exemplo,
economiza-se boa parte da energia gasta com lâmpadas quentes – incandescentes. Sobre isso,
veja capítulo sobre técnicas de iluminação – Luminotécnica.

11.2 INTERRUPTOR

É o dispositivo que interrompe a corrente elétrica. Existem alguns tipos de interruptores: -

 Uma sessão S: (um interruptor e um ponto) acende um ponto de luz.

 Duas sessões S: (um interruptor, dois pontos de luz) acende simultaneamente dois
pontos de luz. É composto por um neutro, uma fase e um retorno. –

 Treeway. (dois interruptores, um ponto de luz). Interruptor paralelo. Acende a


partir de dois pontos diferentes, um ou mais pontos de luz. É composto por: dois
neutros, uma fase e dois retornos;

 Fourway: Interruptor Intermediário - É composto por um neutro, uma fase e um


retorno

11.3 TOMADAS

Tomada universal – dois pólos – um fase e um neutro ou duas fases Tomada de 2P +T =


dois pólos mais terra – sendo um fase e um neutro, ou duas fases Tomada tripolar – normalmente
utilizada para ar condicionado, pode ser monofásica, bifásica ou trifásica.

No corpo das tomadas podemos ver a amperagem e a tensão na qual ela trabalha.
São os equipamentos que protegem o usuário e a rede elétrica contra possíveis falhas
como picos de energia que poderiam causar um curto-circuito na rede além de danos a vida das
pessoas. Os fusíveis e disjuntores são dispositivos de segurança.

11.4 Chave Fusível:

É uma chave de segurança projeto para superaquecer e queimar rapidamente quando a


rede fica sobrecarregada. Em um fusível, um pedaço fino de fio vaporiza rapidamente quando
uma corrente elevada passa por ele. Isso interrompe a corrente no cabo imediatamente,
protegendo-o do superaquecimento. Sua desvantagem é que uma vez que ocorre a falha que a
aciona, a peça fica inutilizada devendo ser substituída.

11.4 Disjuntores

A energia, entra na casa através de um típico quadro de disjuntores como mostrado


acima. O disjuntor é uma chave de segurança que desarma quando a rede fica sobrecarregada.
Usa o calor de uma sobrecarga para acionar um mecanismo e abrir como uma chave, por isso os
disjuntores podem ser religados. A vantagem sobre o fusível é que uma vez que ocorre a falha
que o aciona, a peça não fica inutilizada não necessitando ser substituída, basta religa-lo como se
fosse um interruptor. Em um quadro de distribuição são previstos vários disjuntores. Um para
cada circuito e um geral. No quadro de distribuição ao lado, pode-se ver os dois fios principais
entrando na parte superior do disjuntor geral. O disjuntor geral permite que você interrompa a
energia do quadro inteiro quando necessário. A partir daí, todos os cabos seguem para as
diversas tomadas e luzes da casa, passando por um disjuntor ou fusível. Se o disjuntor estiver
acionado, a energia fluirá através dos fios na parede e eventualmente fará seu caminho até o
destino final. O mercado oferece dois tipos de disjuntores: o termomagnético e o diferencial
residual, sendo que este último, tem um dispositivo que o torna mais eficiente na proteção contra
choques elétricos.
Os disjuntores podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com os seguintes valores
de corrente elétrica para modelo NEMA: Monofásico: 10,15, 20,25, 30, 40, 50, 60 e 70 Amperes
Bifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35,10, 50, 60, 70, 90 e 100 Amperes Trifásicos: 10,
15,20,25,30,35,40,50, 60, 70, 90 e 100 Amperes O disjuntor Nema está deixando de ser usado,
por que o Modelo Din apresenta uma melhor eficiência e pode também ser utilizado para
motores.

E os seguintes valores de corrente elétrica para o modelo DIN: Monofásico, Bifásico ou


trifásicos: 6, 10, 16, 20,25, 32, 40, 50 , 63 Amperes O modelo Dim pode ser fixado também em
trilhos.

12 ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO ELECTRICO

a) Obter: Informações preliminares Plantas de situação projectam arquitetônico


Projetos complementares Informações obtidas do proprietário

b) Realizar: Quantificação do sistema.

c) Levantamento da previsão de cargas (quantidade e potência nominal dos pontos


de utilização – tomadas, iluminação, elevadores, bombas, arcondicionado, etc)

d) Desenho das plantas Desenho dos pontos de utilização

e) Localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QLs) e da localização dos


Quadros de Força (QFs).

f) Divisão das cargas em circuitos termina.

g) Desenho das tubulações de circuitos terminais e de circuitos alimentadores

h) Localização das Caixas de passagem dos pavimentos e da prumada, Medidores,


Ramal Alimentador e Ponto de Entrega (quando for o caso)
i) Desenho do Esquema Vertical (prumada), se for o caso Traçado da fiação dos
circuitos alimentadores

j) Dimensionamento de todos os componentes do projeto, com base nos dados


registrados nas etapas anteriores + normas técnicas + dados dos fabricantes

k) Quadros de distribuição – desenho de distribuição Quadros de distribuição de


carga (tabelas) Diagramas unifilares

l) Memória descritiva e justificativa: descreve o projeto sucintamente, incluindo


dados e documentação do projeto

m) Memória de cálculo, contendo os principais cálculos e dimensionamentos: cálculo


das previsões de cargas; determinação da demanda provável; dimensionamento de
condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção

n) Especificações técnicas e lista de materiais ART junto ao CREA local, (se for o
caso)

o) Análise e aprovação da concessionária (possíveis revisões), (se for o caso)

p) Observações: Segundo a NBR5410 a distribuição dos pontos de luz e tomadas


dentro de um ambiente deve obedecer aos seguintes critérios:

 Cada ambiente deve ter pelo menos 1 ponto de luz no teto comandado por um
interruptor de parede;

 Para cada compartimento com área igual ou inferior a 6,0 m2 deve haver pelo
menos 1 tomada;

 Para compartimentos com área maior do que 6,0 m2 deve haver pelo menos uma
tomada para 5m de perímetro ou fração;

 Para cozinhas, copas, áreas de serviço e banheiros deve haver pelo menos uma
tomada para cada 3,50m ou fração;
 V - Para subsolos, garagens, varandas e sótão deve haver pelo menos uma
tomada.

No entanto, arquitectos devem sempre projectar pensando no máximo conforto e


segurança. Listar todos os equipamentos, fontes iluminantes e tomadas de serviço que sejam
necessárias para atender perfeitamente às necessidades do cliente.

O projetco será tão mais adequado, quanto maior for a sua interação com o cliente, que
deverá lhe passar as informações sobre suas necessidades energéticas cotidianas. Assim, o
projeto deverá conter 3 etapas:

13AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES/ANSEIOS DO CLIENTE

São feitas reuniões entre o arquiteto e o cliente para estabelecer as definições gerais de
projeto:tipo de iluminação e dos condutos e a maneira em que serão instalados, forma de
alimentação, pontos de consumo e cargas a serem previstas, equipamentos especiais, etc.

Estudo preliminar

As primeiras plantas são geradas contendo a marcação dos pontos, levando em conta:

Locação de todos os pontos de consumo - Consiste na marcação em plantas, em escalas


adequada, dos quadros de distribuição, pontos de iluminação, tomadas de uso geral, tomadas
para aparelhos específicos e interruptores. Adequação dos pontos de luz: devem ser locados com
base no projeto luminotécnico. Caso o mesmo não tenha sido elaborado, toma-se em conta que
para residências adota-se: Em dependências com área inferior a 6 m2 prever carga mínima de
100VA. Em dependências com mais de 6 m2 prever 100Va para os primeiros 6 m2 e mais 60
VA para cada 4 m2 excedente. Locação de tomadas específicas – destinadas a alimentar
equipamentos não portáteis: chuveiros, aparelhos de ar condicionado, geladeira, máquina de
lavar roupa, secadora,.. devem ser instaladas no máximo a 1,5 m do local previsto para o
equipamento a ser alimentado. As demais tomadas são chamadas de tomadas gerais: além das
especificadas na pág. anterior deve-se prever: – em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao
lavatório e sempre a uma distância de mais de 60 cm do Box. - em cozinhas e copas acima de
cada bancada com largura igual ou superior a 0,30 m pelo menos uma tomada; - nos demais
cômodos e dependências, se a área for igual ou inferior a 6m2 , pelo menos uma tomada; se a
área for superior a 6m2 , pelo menos uma tomada para cada 5m, ou fração, de perímetro,
espaçadas tão uniformemente quanto possível. Para as tomadas de uso geral em banheiros,
cozinhas, copas áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por tomada,
até 3 tomadas e 100 VA por tomada, para as excedentes; para as tomadas de uso geral nos
demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por tomada.

Interruptores – para locação dos interruptores levar em conta a posição e sentido de


abertura das portas e o caminho a ser percorrido pelo usuário.

Andréa B. Bertoncel Instalações Elétricas Prediais 34 Permitido cópia , com citação de


fonte e autoria

Projeto Executivo
Projeto completo, acrescido dos desenhos de detalhados da instalação e que possibilitam
a integração da instalação elétrica com os demais projetos complementares, compatibilizando as
interferências entre os mesmos. Esta etapa envolve a definição do percurso dos eletrodutos, dos
circuitos terminais e elaboração dos diagramas unifilares. Traçado dos eletrodutos: deverá
minimizar as quantidades de materiais a serem utilizados, e evitar interferências com as outras
instalações prediais (água, esgoto, gás, etc) e elementos estruturais da construção. No entanto, a
economia não deverá provocar problemas futuros de instalação e manutenção. Evitar: excesso de
eletrodutos e de condutores em caixas de derivação, muitos cruzamentos de eletrodutos no
interior das paredes e lajes, caixas em lugares de difícil acesso, etc.

Fluxograma geral de desenvolvimento do projeto:

Segundo Domingos Leite Lima Filho no livro “Projeto de Instalações Elétricas Prediais”-
um projeto segue sempre o fluxograma abaixo.

Andréa B. Bertoncel Instalações Elétricas Prediais 35 Permitido cópia , com citação de


fonte e autoria
COMPONENTES DE UM PROJETO ELÉTRICO

O projecto é a representação escrita da instalação e deve conter no mínimo as seguintes


componentes:

a) Plantas; Esquemas (unifilares e outros que se façam necessários);

b) Detalhes de montagem, quando necessários;

c) Memória descritiva e justificativa;

d) Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e proteções);

SÍMBOLOS GRÁFICOS

Seria muito complicado reproduzir exatamente os componentes de uma instalação, por


isso, utiliza-se símbolos gráficos onde todos os componentes estão representados. Existem
muitos padrões para simbologia de projecto de instalações elétricas. Padrões personalizados que
ficam estampados nas legendas, alguns com a finalidade de simplificar o entendimento do
projeto.

A norma técnica que especifica os símbolos padrões em nosso país é a NBR 5444 sb2/89.
A simbologia apresentada nesta Norma é baseada em figuras geométricas simples para permitir
uma representação clara dos dispositivos elétricos. Os símbolos utilizados baseiam-se em quatro
elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado.

Traço O traço representa o eletroduto. Os diâmetros devem ser anotados em milímetros e


seguem a tabela de conversão ao lado.
Círculo Representa: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo
embutido no teto. Nesse ponto, particularmente, recomendo não seguir a norma. Costumo utilizar
o símbolo S para interruptor para não confudir o desenho.

Triângulo equilátero Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela


indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como
modificações em sua altura na instalação (baixa, média e alta).

Quadrado Representa qualquer tipo de elemento no piso.

Abaixo tabela dos símbolos mais utilizados, segundo a NBR:

Quadros de distribuição:

Dutos:
Andréa B. Bertoncel Instalações Elétricas Prediais

INTERRUPTORES: TOMADAS:
DIAGRAMAS
Os diagramas representam a instalação eléctrica como um todo. Possuem diversos
modelos. Os mais utilizados são:

a) DIAGRAMA UNIFILAR

É o que comumente vimos nas plantas de instalações eléctricas prediais. Define as


principais partes do sistema eléctrico permitindo identificar o tipo de instalação, sua dimensão,
ligação, o número de condutores, modelo do interruptor, e dimensionamento de electrodutos,
condutores, lâmpadas e tomadas. Esse tipo de diagrama localiza todos os componentes da
instalação. O diagrama ao lado indica a ligação de um ponto de luz no teto com 1 lâmpada de
100 watts ligado por um interruptor simples (S) e pertencente ao circuito 2.

O trajecto dos condutores é representado por um único traço. Esse tipo de diagrama
geralmente representa a posição física dos componentes da instalação, porém não representa com
clareza o funcionamento e a sequência funcional dos circuitos. Também pode ser representado da
forma ao lado quando indicar uma única instalação. O diagrama unifilar deve indicar para cada
carga (ponto de luz, tomada, ou aparelho específico), os seguintes elementos básicos:

• Fonte (ponto de suprimento ou quadro de distribuição);

• Circuito ao que pertence;

• Pontos de comando (interruptores e chaves associados);

• Condutores associados.

No exemplo a seguir ligação de uma lâmpada a um interruptor: O Condutor com função


retorno e ora está no potencial do neutro quando a lâmpada esta desligada, ora está no potencial
da fase quando a lâmpada estiver acesa.
Estes e outros símbolos são normalizados pela ABNT através de normas específicas. Este
esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o electricista necessita de um
outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de ligações funcionamento,
representando todos os seus condutores, assim como símbolos explicativos do funcionamento.

b) DIAGRAMA MULTIFILAR

Representa todo o sistema elétrico, indicando todos os condutores detalhadamente. Cada


condutor é representado por um traço que será utilizado na ligação dos componentes.

c) DIAGRAMA FUNCIONAL

É mais utilizado para fins didáticos pois representa o esquema funcional de forma clara e
acessível.

d) DIAGRAMA DE LIGAÇÃO

Representa exatamente como uma instalação é executada na prática. Também é utilizado


para fins didáticos.
Principais diagramas de ligação: (*) imagens retiradas do Manual da Pirelli – Instalações
Elétricas Prediais
CORTES

São os desenhos em quem são indicadas as dimensões verticais. Neles encontramos o


resultado da intersecção do plano vertical com o volume. A posição do plano depende do
interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiros e
cozinhas), pelas escadas e poços dos elevadores. Pode sofrer desvios, sempre dentro do mesmo
compartimento, para possibilitar a apresentação das informações mais pertinentes. Podem ser
transversais (planos de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais ( na maior
dimensão).o sentido da observação depende do interesse da visualização e interpretação
ETAPAS PARA DESENHO DO CORTE

1. Colocar o papel transparente sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na


planta baixa.

2. Desenhar a linha do terreno

3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar

4. Marcar o pé direito e traçar

5. Desenhar as paredes externas

6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar o contra-piso

7. Desenhara cobertura ou o telhado

8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano

9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano

10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte


11. Denominar os ambientes em corte

12. Colocar a indicção de níveis

13. Colocar linhas de coa e cotar o desenho

8 ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITECTÓNICO

Cada profissional possui sua maneira de trabalhar, mas em geral, eles seguem algumas
etapas comuns, com o objetivo de encaminhar o projeto da melhor forma possível. Ao longo
destas fases, as necessidades são estabelecidas e as soluções vão sendo aos poucos,
materializadas em forma de desenhos e maquetes.

As instruções foram elaboradas visando orientações e condicionamentos gerais na


definição do projecto arquitetônico,

ETAPAS PARA ELABORAÇÃO UM O PROJETCO ARQUITECTONICO.

As atividades técnicas de elaboração de projectos de edificações deverão ser conduzidas


em etapas sucessivas pelo Contratante e pelo autor do projecto, sendo no mínimo, as seguintes :

a) Levantamento de Dados

b) Programa de Necessidades

c) Estudo de Viabilidade;

d) Partido Arquitectónico

e) Estudo Preliminar;

f) Anteprojecto;

g) Projecto Executivo
a) Levantamento de dados

Nesta etapa o órgão solicitante deve fornecer informações relativas ao terreno onde se
pretende implantar a obra, incluindo planeamento urbano, registros cadastrais, leis, consulta de
viabilidade e códigos municipais, distritais serviços públicos, vizinhanças e condições
ambientais, da área onde será implantada a edificação.

Verificar se a actividade prevista para a edificação depende de licenciamento de órgão


competentes, principalmente quanto à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental.

O licenciamento prévio poderá impor condições e limites a serem obedecidos na


elaboração do projecto executivo que, uma vez concluído, será apresentado para a obtenção de
Licença

b) Programa de Necessidades

Determinação da entidade a ser instalada na edificação, de sua estrutura organizacional,


de seus usuários, equipamentos e fluxos de funcionamento, e relação dos espaços necessários
para a realização das atividades pertinentes à sua estrutura organizacional, seus lay outs,
respectivos dimensionamento e características.

c) Estudo de Viabilidade

Consiste na elaboração de análises e avaliações para selecção e recomendação de


alternativas de concepção da edificação, seus limites, seus elementos, instalações e componentes.

d) Partido arquitectónico
Intenção formal de configuração e resolução da edificação a ser executada, baseada em
condicionantes e determinantes obtidos pela análise dos dados e do programa de intervenção
pretendido. São factores condicionantes e determinantes, entre outros, o contexto onde a obra
está inserida, a legislação regulamentadora, a complexidade e o rigor do programa de
necessidades, a representatividade a ser atendida, a disponibilidade financeira definida pelo
solicitante, os meios construtivos disponíveis, os sistemas de modulação e padronização da
construção existentes.

e) Estudo Preliminar

Começa com uma entrevista com o cliente e futuros usuários da edificação, visando
detectar suas necessidades espaciais e preferências. Compreende visitas ao local, para
averiguações de medidas, inserção urbana, vizinhos, insolação, etc. e, se necessário, visitas à
Prefeitura Municipal para conhecimento da legislação local. Visa determinar a viabilidade do
programa e do partido a ser adotado, através de estudos volumétricos e esquemáticos.

Será desenvolvido a partir da análise e consolidação do Programa de Necessidades e


deverá caracterizar o organograma de espaços, actividades e fluxograma operacional.

Consiste na definição gráfica da implantação e do partido arquitectónico através de


plantas, cortes e fachadas em escala livre, compreendendo:

 A implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu relacionamento


com o local escolhido, acessos, estacionamentos e outros, inclusive expansões
possíveis;

 A explicitação do sistema construtivo e dos materiais empregados;

 Os esquemas de zoneamento do conjunto de atividades, as circulações e


organização volumétrica;

 O número de edificações, suas destinações e locações aproximadas;

 O número de pavimentos;

 Os esquemas de infra-estrutura de serviços;

 lay out organização e dimensionamento de espaços internos.


f) Anteprojecto

Solução geral do projeto com a definição clara dos ambientes e a implantação da


edificação no terreno. É representado através de planta baixa mobiliada e cotada, cortes
esquemáticos, fachada e volumetria, de acordo com o estudo preliminar elaborado.

Esta etapa consiste na elaboração e representação técnica da solução apresentada e


aprovada no Estudo Preliminar, pelos técnicos analistas. Apresentará a concepção da estrutura,
das instalações em geral, e de todos os componentes do projecto arquitetônicos.

Deverão estar graficamente representados:

 Discriminação em plantas, cortes e fachadas, em escalas não menores que 1:100, de


todos os pavimentos da edificação e seus espaços, com indicação dos materiais
deconstrução, acabamentos e dimensões, principalmente de escadas /rampas, sanitários e
locais especiais;

 Ocação da edificação ou conjunto de edificações e seus acessos de pedestres e

veículos;

 Definição de todo o espaço externo e seu tratamento: muros, rampas, escadas,


estacionamentos, calçadas e outros, sempre com as dimensões e locações
relativas;

 Indicação do movimento de terra, com demonstração de áreas de corte e aterro;

 Memoria descritiva e justificativa.

g) Projecto Executivo

O Projeto Executivo apresenta, definitivamente, a arquitetura da edificação,

Esta etapa consiste na representação completa do projecto de Arquitetura, que deverá


conter, de forma clara e precisa, todos os detalhes construtivos e indicações necessárias à perfeita
interpretação dos elementos para a execução dos serviços e obras, incluindo a memoria descritiva
e justificativa e o mapa de quantidade detalhado.

O Projecto Executivo deverá estar representado graficamente por desenhos de plantas,


cortes (mínimo de quatro), fachadas (todas) e ampliações de áreas molhadas ou especiais, em
escala conveniente, e em tamanho de papel que permita fácil manuseio na obra. Os detalhes de
elementos da edificação e de seus componentes construtivos poderão ser apresentados em
cadernos anexos onde conste sua representação gráfica, de conformidade com a Norma NBR
6492 - Representação de Projetos de Arquitetura.

Deverão estar graficamente representados:

a) A implantação do edifício, onde constem:

 A orientação da planta com a indicação do Norte verdadeiro ou magnético e as


geratrizes da implantação;

 A representação do terreno, com as características planialtimétricas,


compreendendo medidas e ângulos dos lados e curvas de nível, e localização de
árvores, postes, hidrantes e outros elementos construídos, existentes;

 As áreas de corte e aterro, com a localização e indicação da inclinação de taludes


e arrimos;

 Os RN do levantamento topográfico;

 As paredes externas das edificações, cotados em relação à referência


preestabelecida e bem identificada;

 As cotas de nível do terreno das edificações e dos pontos significativos das áreas
externas (calçadas, acessos, patamares, rampas e outros);

 A localização de todos os elementos externos, como: acessos, pátios, canteiros,


estacionamentos, portões, rampas, iluminação externa, drenagem e demais
componentes necessários à organização e planeamento dos espaços externos,
visando uma paisagem construída e humanizada.
b) O edifício compreendendo:

 Plantas de todos os pavimentos, com áreas e medidas internas de todos os


compartimentos, espessura de paredes, materiais e tipos de acabamento, e
indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes;

 Dimensões relativas de todas as aberturas, vãos de portas e janelas, altura dos


peitoris e sentido de abertura;

 Escoamento das águas, a posição das calhas, condutores e beirais, reservatórios,


“domus”, rufos e demais e elementos, inclusive tipo de impermeabilização, juntas
de dilatação, aberturas para equipamentos (como ar condicionado), sempre com
indicação de material e demais informações necessárias;

 Cortes (mínimo de quatro) das edificações onde fiquem demonstrados o “pé


direito” dos compartimentos, alturas das paredes, altura de platibandas, cotas de
nível de escadas e patamares, cotas de piso acabado, tudo sempre com indicação
clara dos respectivos materiais de execução e acabamento;

 Impermeabilização de paredes e outros elementos de proteção contra a umidade;

 Ampliação, se for o caso, de áreas molhadas ou especiais, com indicação de


equipamentos e aparelhos hidráulicos sanitários, indicando seu tipo e detalhes
necessários;

 Esquadrias, indicando o material componente, o tipo de vidro, fechaduras, fechos,


dobradiças, o acabamento e o movimento das peças, sejam horizontais ou
verticais;

 Todos os detalhes que se fizerem necessários para a perfeita compreensão da obra


a executar, tais como: coberturas, peças de concreto aparente, escadas, armários,
divisórias e todos os arremates necessários;

 Todas os alçados

c) A documentação técnica, onde deverão ser apresentados:


 Memoria descritivoa / justificativo, com especificações técnicas
detalhadas dos materiais a serem empregados, - planilha com quantitativo,
especificada e detalhada.

Prazos de entrega

A definição dos prazos será fornecida pela contratante, que deverá fornecer um
cronograma, como o do exemplo abaixo:

 O prazo de entrega do estudo preliminar será contado a partir da data da

ordem de serviço.

 Os prazos seguintes serão contados a partir da data de entrega formal da etapa


anterior.

 O prazo final de entrega dos projetos será contado a partir da data da

aprovação final do projeto.

Prédio

Área de terreno que, para ser susceptível de construção, tem de ser objecto de uma
operação de loteamento e ou da aprovação de obras de urbanização;

Parcela
Área de terreno, não resultante de operação de loteamento, marginada por via pública e
susceptível de construção;

Lote

Área de terreno, marginada por arruamento, destinada à construção, resultante de uma


operação de loteamento licenciada nos termos da legislação em vigor;

Área de intervenção de plano

Área que é objecto de plano de urbanização ou de plano de pormenor, que pode abranger
uma ou mais categorias de espaços;

Superfície de pavimento (SP)

Para os edifícios construídos ou a construir, quaisquer que sejam os fins a que se


destinem, é a soma das superfícies brutas de todos os pisos (incluindo escadas e caixas de
elevadores), acima e abaixo do solo, com exclusão de:

 Terraços descobertos; Garagens em cave; Galerias exteriores públicas;

 Arruamentos ou espaços livres de uso público cobertos pela edificação;

 Zonas de sótão não habitáveis; Arrecadações em cave afectas às diversas unidades


de utilização do edifício; Áreas técnicas acima ou abaixo do solo;

Área líquida de loteamento (ALL)


É a superfície de solo destinada ao uso privado, susceptível de construção após uma
operação de loteamento.

Não inclui, portanto, as áreas destinadas a infra-estruturas viárias, a espaços verdes e de


utilização pública nem a equipamentos públicos que sejam cedidas para o domínio público
municipal;

Índice de utilização bruto (IUB)

É a relação estabelecida no presente Regulamento entre a superfície máxima de


pavimento permitida e a superfície total do solo.

Índice de utilização líquido (IUL)

É a relação estabelecida entre a superfície máxima de pavimento e a área líquida do


loteamento ou a superfície de uma parcela ou lote; (…)

Índice de ocupação (IO)

É igual ao quociente da superfície de implantação pela área total do prédio, da parcela ou


do lote, considerando para o efeito a projecção horizontal dos edifícios delimitada pelo perímetro
dos pisos mais salientes, excluindo varandas e platibandas;

Superfície impermeabilizada

É a soma das superfícies de terreno ocupadas por edifícios, vias, passeios,


estacionamentos, piscinas e demais obras que impermeabilizam o terreno;

Alinhamento
Linha definida pelas autoridades municipais que limita uma parcela ou lote de
determinado arruamento público;

Cota de soleira

Cota de nível da soleira da porta da entrada principal do edifício ou do corpo de edifício


ou parte distinta do edifício, quando dotados de acesso independente a partir do exterior;

Cércea

Dimensão vertical da construção contada a partir do ponto da cota média do terreno no


alinhamento da fachada até à linha superior do beirado ou platibanda ou guarda do terraço;

Altura total

Dimensão vertical da construção contada a partir do ponto da cota média do terreno no


alinhamento da fachada até ao ponto mais alto da construção, à excepção de chaminés, antenas
de televisão, pára-raios e similares;

Moda da cércea

Cércea que apresenta maior frequência num conjunto edificado;

Obras de construção nova - execução de qualquer projecto de obras novas, incluindo


prefabricados e construções amovíveis;

Uso habitacional

Engloba a habitação unifamiliar e plurifamiliar, as instalações residenciais especiais


(albergues, residências de estudantes, religiosas e militares) e as instalações hoteleiras;
Uso terciário

inclui serviços públicos e privados, comércio retalhista e equipamentos colectivos de promoção


privada e cooperativa;

Uso industrial - inclui indústria, armazéns associados a unidades fabris ou isolados, serviços
complementares e infra-estruturas de apoio;

Indústria compatível - refere-se à indústria compatível com o uso habitacional nos termos da
legislação em vigor;

Comércio - compreende os locais abertos ao público destinados à venda e armazenagem a


retalho, à prestação de serviços pessoais e à restauração;

Armazenagem - compreende os locais destinados a depósito de mercadorias e ou venda por


grosso;

Equipamentos colectivos

São os equipamentos de promoção e propriedade pública ou classificados de interesse


público que compreendem as instalações e locais destinados a actividades de formação, ensino e
investigação e, nomeadamente, a saúde e higiene, segurança social e pública, cultura, lazer,
educação física, desporto e abastecimento público;

Serviços públicos

Compreendem as instalações e edifícios para os serviços do Estado e da Administração


Pública;

Carta municipal do património

Documento que desenvolve a identificação e classificação de edificações, conjuntos


edificados e áreas urbanas com interesse histórico, urbanístico e arquitectónico constantes do
inventário municipal do património e dos estudos preliminares da carta do património que
integram o PDM;

Normas de intervenção nos edifícios

Documento normativo sobre os critérios a adoptar na realização de obras em edifícios


constantes da carta municipal do património ou que integrem as áreas históricas;

Projecto de espaços públicos

Documento que dispõe sobre a configuração e o tratamento pretendido para o espaço


público, integrando e compatibilizando funcional e esteticamente as suas diversas componentes,
nomeadamente áreas pedonais, de circulação automóvel, estacionamento, áreas e elementos
verdes, equipamento, sinalização e mobiliário urbano, património, infra-estruturas técnicas, bem
como das acções de reconversão ou modificação desse espaço;

Projecto urbano

Documento que dispõe sobre as condições de uso e ocupação de uma área situada em
tecido urbano consolidado, tendo por objecto a integração de uma ou mais novas construções no
tecido edificado existente, incluindo a reorganização e projecto do espaço público envolvente,
constituindo um todo urbanisticamente harmonioso. O projecto urbano deverá conjugar o
projecto de edifícios com o projecto de espaços públicos.

Estudos de panorâmicas urbanas

Estudos que têm por objectivo estabelecer , para a totalidade ou parte de um sistema de
vistas, os condicionamentos e as acções urbanísticas tendentes a defender e valorizar as
panorâmicas da cidade a partir de espaços públicos existentes ou projectados.
As regras resultantes dos estudos de panorâmicas urbanas devem integrar os regulamentos dos
planos de urbanização ou de pormenor ou regulamentos municipais específicos.
Interfaces

Áreas que têm funções de articulação entre os modos de transporte públicos e ou privados
e relativos ao sistema de passageiros e ou mercadorias.

Modos de transporte ligeiro

Sistemas de transporte em sítio banal.

Terminais

Instalações términus de determinado modo de transporte, correspondendo ao ponto de


início e de fim de serviços de transporte proporcionados pelo modo em causa.

Fiscalização da obra

Definição:

“ Fiscalização de obras” é a actividade do (s) técnicos (s) a quem compete verificar o


cumprimento do projecto, em representação do “dono da obra”, perante o qual é responsável,
devendo colaborar com os outros técnicos ligados à construção dos edifícios”.

Fonte: “Elementos de Fiscalização de Obras” Eduardo Alberto T.F. Costa (Eng. Civil –I.S.T.)

Função da Fiscalização:
À fiscalização incumbe vigiar e verificar o exacto cumprimento do projecto e as suas
alterações, do contrato, do caderno de encargos e do plano de trabalhos em vigor, e,
designadamente:

a) Verificar a implantação da obra, de acordo com as referências necessárias fornecidas


ao empreiteiro;

b) Verificar a exactidão ou o erro eventual das previsões do projecto, em especial, e com


a colaboração do empreiteiro, no que respeita às condições do terreno;

c) Aprovar os materiais a aplicar;

d) Vigiar os processos de execução;

e) Verificar as características dimensionadas da obra;

f) Verificar, em geral, o modo como são executados os trabalhos;

g) Verificar a observância dos prazos estabelecidos;

h) Proceder às medições necessárias e verificar o estado de adiantamento dos trabalhos;

i) Averiguar se foram infringidas quaisquer disposições do contrato e das leis e


regulamentos aplicáveis;

j) Verificar se os trabalhos são executados pela ordem e com os meios do respectivo


plano;

k) Comunicar ao empreiteiro as alterações introduzidas no plano de trabalhos pelo dono


da obra e a aprovação das propostas pelo empreiteiro;

l) Informar da necessidade ou conveniência do estabelecimento de novas serventias ou da


modificação das previstas e da realização de quaisquer aquisições ou expropriações, pronunciar-
se sobre as circunstancias que, não havendo sido previstas no projecto, confiram a terceiros
direito a indemnização, e informar das consequências contratuais e legais desses factos;

m) Resolver, sempre que seja da sua competência todas as questões que surjam ou lhes
sejam postas pelo empreiteiro e providenciar, no que seja necessário, para o bom andamento dos
trabalhos, para a perfeita execução e segurança da obra e facilidade das medições;
n) Transmitir ao empreiteiro as ordens do dono da obra e fazê-las cumprir;

o) Praticar todos os demais actos previstos em outros preceitos deste diploma.

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