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Universidade Nove de Julho

Engenharia Mecânica

Ângelo Augusto Sandri Gollong


Matias Cuneo
Murilo Henrique Bonamico Marangoni
Olavo Oliveira Lima
Rogério Muniz da Conceição

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


ESTUDO DE EFICIÊNCIA EM SERPENTINA TUBULAR

São Paulo
2020
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESTUDO DE EFICIÊNCIA EM SERPENTINA TUBULAR

Ângelo A. S. Gollong 2215201484


Matias Cuneo 2215100996
Murilo H. B. Marangoni 2215201473
Olavo O. Lima 2215202948
Rogério M. Conceição 2215200517

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Universidade Nove de Julho para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica
Orientador: Prof. MSc. João Batista da Silva

SÃO PAULO
2020
Dedicamos este trabalho a
todos amigos e familiares que nos
apoiaram nesta grande jornada de
aprendizagem e conhecimentos.
RESUMO

O estudo aqui desenvolvido, trata-se da inserção de aletas em uma serpentina


tubular pertencente a um sistema de aquecimento industrial específico. Este sistema de
forma global pode ser considerado como um trocador de calor. Trocadores de calor são
equipamentos destinados a aquecer um fluido que recebe calor de outro mais quente e
vice-versa, criando assim uma troca de energia térmica entre dois meios. O equipamento
aqui estudado, trata-se de um trocador de calor de troca indireta, do tipo regenerador,
com fluxo cruzado, projetado para aquecer o fluido a ser usado na limpeza de peças
metálicas e plásticas, através de ar quente, aquecido por um queimador a gás natural,
que transita por uma serpentina tubular feita de aço inoxidável submersa dentro de um
tanque com o fluido a ser aquecido. Apoiando-se em conhecimentos de termodinâmica,
transferência de calor e massa, mecânica dos fluidos e disciplinas cujo estudo envolve
materiais que suportarão altas temperaturas, o estudo feito neste projeto de pesquisa
analisa o comportamento do equipamento atual, com serpentina tubular, e como ele se
comportará caso seja produzido com a incorporação de aletas, contrapondo assim o
rendimento e eficácia do equipamento atual e do equipamento idealizado pelo grupo.
PALAVRAS-CHAVE: Trocador de calor. Serpentina tubular. Sistema aletado. Eficiência.
ABSTRACT

This current study is about the insertion of fins in a tubular coil pertaining to a
specific industrial heating system. This system as a whole can be considered as a heat
exchanger. Heat exchangers are equipment intended to supply a fluid that receives
heat from another source and vice-versa, also raising a transfer of thermal energy
between two temperatures. The researched equipment related to this work, is an
indirect heat exchanger, recuperator type, with cross flow, designed to heat the
working fluid, to be used in the cleaning of metallic and plastic parts, through burning,
affected by a burner to natural gas, which passes through a tubular coil of stainless
steel submerged inside a tank with the fluid to be heated. Supported by
thermodynamic, heat transfer and mass experiments, fluid mechanics and studies
involving materials at high temperatures, this research project examine the behavior of
current equipment, such as tubular immerse tube coil, and how would it behave in case
of being manufactured with fins attached, comparing the performance and efficiency
of the current equipment and the equipment that was idealized by the team.
KEYWORDS: Heat Exchanger, Tubular Coil, Fin Attached, Efficiency.
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 - TRANSFERÊNCIA POR CONDUÇÃO ................................................................. 18
FIGURA 2 - PERFIL DE TEMPERATURA PRÓXIMA AO CORPO, CONVECÇÃO .......................... 19
FIGURA 3 - ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO .................................................................... 20
FIGURA 4 - RADIAÇÃO TÉRMICA ..................................................................................... 21
FIGURA 5 - PERFIS DE ALETAS PLANAS UNIFORMES E NÃO UNIFORMES, ANULARES E
PINIFORMES ......................................................................................................... 21
FIGURA 6 - TORRE DE RESFRIAMENTO DE ÁGUA, SÉRIE 1800 ........................................... 23
FIGURA 7 - QUEIMADOR PARA TROCADOR DE CALOR DE CONTATO INDIRETO ..................... 24
FIGURA 8 - FLUXO PARALELO EM TROCADOR .................................................................. 24
FIGURA 9 - DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA EM FLUXO PARALELO ................................... 25
FIGURA 10 - FLUXO CRUZADO EM TROCADOR ................................................................. 25
FIGURA 11 - DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA EM FLUXO CRUZADO .................................. 26
FIGURA 12 - FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO DE TROCADORES DE CALOR ...................... 26
FIGURA 13 - ESQUEMA TÍPICO DE TROCADOR CASCO E TUBO ........................................... 27
FIGURA 14 - CARCAÇA DE TROCADOR DE CALOR A PLACAS .............................................. 28
FIGURA 15 - TROCADOR DE CALOR A PLACAS ................................................................. 29
FIGURA 16 - TROCADOR DE CALOR A PLACAS EM IMAGEM EXPLODIDA ............................... 29
FIGURA 17 - TROCADOR DE CALOR DE TUBO DUPLO ........................................................ 30
FIGURA 18 - CONFIGURAÇÕES DE SERPENTINAS TUBULARES ........................................... 30
FIGURA 19 - APLICAÇÃO TÍPICA DE SERPENTINA TUBULAR EM TROCADOR DE CALOR .......... 31
FIGURA 20 – INSTALAÇÃO DE SERPENTINA TUBULARE ..................................................... 31
FIGURA 21 - PERFIL DE ESCOAMENTO LAMINAR .............................................................. 33
FIGURA 22 - PERFIL DE ESCOAMENTO TURBULENTO ........................................................ 33
FIGURA 23 - PERFIS DE ESCOAMENTO EM CILINDROS NÃO CONFINADOS ........................... 35
FIGURA 24 - CAMADA LIMITE SOBRE UMA PLACA DE SUPERFÍCIE PLANA ............................. 36
FIGURA 25 - AQUECEDOR DE ACUMULAÇÃO ................................................................... 38
FIGURA 26 - TANQUE E SERPENTINA ORIGINAL ............................................................... 39
FIGURA 27 - MICROESTRUTURA TÍPICA DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENITICO 304 ................. 41
FIGURA 28 - PERFIL DE ALETA ANULAR QUADRADA, ANEXO 10 ......................................... 59
FIGURA 29 - PERFIL DE ALETA RETANGULAR, ANEXO 12 .................................................. 61
FIGURA 30 - PERFIL DE ALETA ANULAR CIRCULAR, ANEXO 11 .......................................... 64
FIGURA 31 - PRESSÃO NO EQUIPAMENTO ....................................................................... 72
FIGURA 32 - TEMPERATURA DOS FLUIDOS ...................................................................... 73
FIGURA 33 – VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM PLANTA ............................ 74
FIGURA 34 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM CORTE .............................. 75
FIGURA 35 - VELOCIDADE DE SAÍDA DA ÁGUA ................................................................. 76
FIGURA 36 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO TANQUE ...................................................... 77
FIGURA 37 - DENSIDADE SIMULADA DOS FLUIDOS ........................................................... 78
FIGURA 38 - PRESSÃO NO EQUIPAMENTO COM ALETA ANULAR QUADRADA ........................ 82
FIGURA 39 - TEMPERATURA DOS FLUIDOS EM SISTEMA COM ALETA ANULAR QUADRADA ..... 83
FIGURA 40 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM PLANTA ............................. 84
FIGURA 41 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM CORTE .............................. 85
FIGURA 42 - VELOCIDADE DE SAÍDA DE ÁGUA DO TANQUE EM SISTEMA DE SERPENTINA COM
ALETA ANULAR QUADRADA ..................................................................................... 85

FIGURA 43 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO TANQUE DE SERPENTINA COM ALETA ANULAR


QUADRADA ........................................................................................................... 86

FIGURA 44 - PRESSÃO NO EQUIPAMENTO COM ALETA ANULAR CIRCULAR .......................... 89


FIGURA 45 - TEMPERATURA DOS FLUIDOS EM SISTEMA COM ALETA ANULAR CIRCULAR ....... 90
FIGURA 46 – VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM PLANTA ............................ 91
FIGURA 47 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM CORTE .............................. 92
FIGURA 48 - VELOCIDADE DE SAÍDA DE ÁGUA DO TANQUE NO SISTEMA COM ALETA ANULAR
CIRCULAR ............................................................................................................. 93

FIGURA 49 - FLUXO DE CALOR NO SISTEMA COM ALETA ANULAR CIRCULAR ........................ 94


FIGURA 50 - PRESSÃO NO EQUIPAMENTO COM ALETA PLANA ........................................... 97
FIGURA 51 - TEMPERATURA DOS FLUIDOS NO SISTEMA COM ALETA PLANA ........................ 98
FIGURA 52 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM PLANTA ............................. 99
FIGURA 53 - VELOCIDADE DE ENTRADA DE FLUIDOS, VISTA EM CORTE ............................ 100
FIGURA 54 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO TANQUE COM ALETA PLANA ......................... 100
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 - CUSTO PARA FABRICAÇÃO DA SERPENTINA ORIGINAL ..................................... 42
TABELA 2 - DADOS DE ENTRADA DO PROJETO ................................................................. 54
TABELA 3 - TEMPERATURA DE ENTRADA E SAÍDA DOS FLUIDOS ......................................... 54
TABELA 4 - PROPRIEDADES DO FLUIDO FRIO ................................................................... 54
TABELA 5 - PROPRIEDADES DO FLUIDO QUENTE .............................................................. 56
TABELA 6 DADOS DA ALETA QUADRADA ......................................................................... 59
TABELA 7 DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA AO LONGO A ALETA QUADRADA ....................... 61
TABELA 8 DADOS A ALETA RETANGULAR ........................................................................ 62
TABELA 9 PERFIL DE TEMPERATURA AO LONGO DA ALETA RETANGULAR ............................ 63
TABELA 10 DADOS DA ALETA CURVA .............................................................................. 64
TABELA 11 PERFIL DE TEMPERATURAS NAS ALETAS CURVAS ........................................... 66
TABELA 12 COMPARATIVO DE RESULTADOS ................................................................... 67
TABELA 13 - SIMULAÇÃO DE SISTEMA COM ALETA ANULAR QUADRADA .............................. 79
TABELA 14 - SIMULAÇÃO DE EQUIPAMENTO COM ALETA ANULAR CIRCULAR ....................... 86
TABELA 15 - SIMULAÇÃO DO EQUIPAMENTO COM ALETA PLANA ........................................ 94
TABELA 16 - CUSTO ESTIMADO DE IMPLANTAÇÃO DE ALETAS ......................................... 101
TABELA 17 - CALCULADO X SIMULADO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ................ 101
TABELA 18 - SIMULADO DA TEMPERATURA DE SAÍDA DE ÁGUA ........................................ 101
TABELA 19 - SIMULADO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DA SERPENTINA ..................... 102
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 FATOR DE CORREÇÃO PARA [∆T] LM .............................................................. 44
GRÁFICO 2 FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA ...................................................... 57
GRÁFICO 3- PERFIL DE TEMPERATURA ALETA QUADRADA ................................................ 61
GRÁFICO 4 - PERFIL DE TEMPERATURA AO LONGO DA ALETA RETANGULAR........................ 64
GRÁFICO 5-PERFIL DE TEMPERATURA AO LONGA DA ALETA CIRCULAR .............................. 66
GRÁFICO 6 - TEMPERATURA SIMULADA DA SERPENTINA ................................................... 68
GRÁFICO 7 - TEMPERATURA DA SERPENTINA .................................................................. 69
GRÁFICO 8 - TEMPERATURA DO FLUIDO QUE CORRE DENTRO DA SERPENTINA ................... 69
GRÁFICO 9 - TEMPERATURA DA ÁGUA DO TANQUE .......................................................... 70
GRÁFICO 10 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR DE CALOR ...................................................... 70
GRÁFICO 11 TAXA DE FLUXO DE CALOR ......................................................................... 71
GRÁFICO 12 - TEMPERATURA SIMULADA DA SERPENTINA COM ALETA ANULAR QUADRADA .. 79
GRÁFICO 13 - TEMPERATURA DE SAÍDA DO AR QUENTE ................................................... 80
GRÁFICO 14 - TEMPERATURA DA ÁGUA NO TANQUE EM SISTEMA COM ALETA ANULAR
QUADRADA ........................................................................................................... 80

GRÁFICO 15 - TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM SISTEMA COM ALETA ANULAR


QUADRADA ........................................................................................................... 81

GRÁFICO 16 - FLUXO DE CALOR EM SISTEMA COM ALETA ANULAR QUADRADA .................... 81


GRÁFICO 17 - TEMPERATURA SIMULADA DA SERPENTINA COM ALETA ANULAR CIRCULAR .... 87
GRÁFICO 18 - TEMPERATURA DA ÁGUA NO TANQUE DE SERPENTINA COM ALETA ANULAR
CIRCULAR ............................................................................................................. 87

GRÁFICO 19 - TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO SISTEMA COM ALETA ANULAR


CIRCULAR ............................................................................................................. 88

GRÁFICO 20 - TAXA DO FLUXO DE CALOR NO SISTEMA COM ALETA ANULAR CIRCULAR ........ 88
GRÁFICO 21 - TEMPERATURA SIMULADA DA SERPENTINA PLANA....................................... 95
GRÁFICO 22 - TEMPERATURA DA ÁGUA NO TANQUE COM ALETA PLANA ............................. 95
GRÁFICO 23 - TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO SISTEMA COM ALETA PLANA ........... 96
GRÁFICO 24 TAXA DE FLUXO DE CALOR NO SISTEMA COM ALETA PLANA ............................ 96
GRÁFICO 25 - TEMPERATURA MÉDIA DE SAÍDA DA ÁGUA ................................................ 102
GRÁFICO 26 - TEMPERATURA MÉDIA DA SUPERFÍCIE DA SERPENTINA .............................. 102
GRÁFICO 27 - MÁXIMA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ........................................... 103
GRÁFICO 28 - MÁXIMO FLUXO DE CALOR ...................................................................... 103
GRÁFICO 29 - COMPARATIVO DE FLUXO DE CALOR EM KW ............................................ 104
ÍNDICE DE FÓRMULAS
Fluxo de calor no trocador de calor............................................................................. 43
Temperatura média dos fluidos...................................................................................43
Média logarítmica das diferenças de temperatura ..................................................... 44
Coeficiente global de troca de calor U.........................................................................45
Número de Reynolds..................................................................................................46
Vazão mássica...........................................................................................................46
Área da seção interna do trocador.............................................................................46
Número de Prandtl .................................................................................................... 47
Número de Nusselt .................................................................................................... 47
Coeficiente de película .............................................................................................. 47
Fluxo de calor por radiação.........................................................................................47
Perímetro do trocador.................................................................................................48
Área da superfície do tubo..........................................................................................48
Área não aletada.........................................................................................................48
Perímetro de aleta retangular .................................................................................... 48
Área transversal de aleta plana ................................................................................. 49
Área da aleta retangular..............................................................................................50
Área da aleta plana.....................................................................................................49
Perímetro de aleta piniforme ..................................................................................... 50
Área transversal de aleta piniforme ........................................................................... 50
Perímetro de aleta curva ........................................................................................... 50
Área de seção transversal de aleta curva .................................................................. 50
Coeficiente da aleta piniforme.....................................................................................50
Coeficiente da aleta plana...........................................................................................50
Eficiência da aleta.......................................................................................................51
Fluxo de calor sem aletas............................................................................................51
Fluxo de calor com aletas............................................................................................51
Efetividade da aleta....................................................................................................52
Aumento no fluxo de calor...........................................................................................52
Efetividade das aletas.................................................................................................52
Perfil de temperatura ao longo da aleta.......................................................................52
Temperatura externa do trocador...............................................................................53
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
𝐴𝑠/𝑎 – Área do trocador de calor sem aletas.
𝑅tér – Resistência térmica
𝑐𝑝 – Calor específico a pressão constante
𝑚̇- Vazão mássica
𝑞𝑠/𝑎 – Fluxo de calor sem aleta.
𝜀𝑎 – Efetividade da aleta
∆ln –Média logarítmica das diferenças de temperatura
∆𝑡 – Variação de temperatura
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
At- Área da seção transversal da aleta
Cosh – Cosseno hiperbólico
De- Diâmetro externo
e – Espessura da aleta retangular
F- Fator de correção
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
GN – Gás Natural
ℎ - Coeficiente de película
L- Comprimento da aleta
RDe- Fator de incrustação.
Re- Número de Reynolds
s.d. – Sem data (imagens e fontes)
SAAG – Sistema de aquecimento de água a gás
T∞ - Temperatura distante da superfície ou vizinhança
tanh- Tangente hiperbólica
Ts – Temperatura de superfície
X – Valor desconhecido
𝐴 – Área do tubo
𝐷i – Diâmetro interno
𝐿 – Comprimento do tubo
𝑁𝑢- Número de Nusselt
𝑃 – Perímetro
𝑃𝑟- Número de Brandt
𝑄 – Calor
𝑆𝑒𝑛ℎ – Seno hiperbólico
𝑇𝑓𝑚-Temperatura média dos Fluidos
𝑉− Velocidade
𝑏 – Largura da aleta retangular
𝑘 – Condutividade térmica
𝑚- Coeficiente da aleta
𝑞 – Fluxo de calor
𝑟 – Raio
𝑡 – Temperatura
𝜂 – Rendimento
𝜇 – Viscosidade dinâmica
𝜋 – Número de Pi
𝜌 – Densidade
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................16
1.1 OBJETIVO PRINCIPAL..................................................................16
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................16
1.3 JUSTIFICATIVA..............................................................................16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................18
2.1 TRANSFERENCIA DE CALOR.......................................................18
2.1.1 Transferência de calor por condução......................................18
2.1.2 Transferência de calor por convecção.....................................19
2.1.3 Transferência de calor por radiação.........................................19
2.2 ALETAS..........................................................................................21
2.3 TROCADORES DE CALOR............................................................22
2.3.1 Interação dos fluidos ...............................................................22
2.3.1.1 Contato direto..................................................................22
2.3.1.2 Contato indireto...............................................................23
2.3.2 Sentido de fluxo.......................................................................24
2.3.2.1 Fluxo paralelo..................................................................24
2.3.2.2 Fluxo cruzado..................................................................25
2.3.3 Tipos mais comuns de trocadores de calor..............................26
2.3.3.1 Trocadores tipo casco e tubo...........................................27
2.3.3.2 Trocadores tipo placa......................................................27
2.3.3.3 Trocadores tipo tubo duplo..............................................29
2.3.3.4 Trocadores tipo serpentina..............................................30
2.4 ESCOAMENTO DE FLUIDOS EM TUBOS.....................................32
2.4.1 Escoamento laminar...............................................................32
2.4.2 Escoamento turbulento...........................................................33
2.4.3 Escoamento interno de gases em tubos..................................34
2.4.4 Escoamento externo viscoso incompressível.........................34
2.4.5 Camada limite.........................................................................35
2.5 NORMAS ABNT.............................................................................36
2.5.1 Trocador de calor....................................................................38
3 CONSTRUÇÃO MECÂNICA ORIGINAL................................................39
3.1 CONCEITO.....................................................................................39
3.2 AÇO INOX 304................................................................................40
3.3 CUSTOS..........................................................................................42
4 MEMORIAL DE CÁLCULO....................................................................43
4.1 DIMENSIONAMENTO DO TROCADOR DE CALOR.....................43
4.1.1 Fluxo de calor no trocador de calor..........................................43
4.1.2 Temperatura média dos fluidos................................................43
4.1.3 Média logarítmica das diferenças de temperatura...................44
4.1.4 Coeficiente global de troca de calor U.....................................45
4.1.5 Número de Reynolds...............................................................46
4.1.6 Vazão mássica........................................................................46
4.1.7 Área da seção interna do trocador............................................46
4.1.8 Número de Pandtl...................................................................47
4.1.9 Número de Nusselt..................................................................47
4.1.10 Coeficiente de película..........................................................47
4.1.11 Fluxo de calor por radiação...................................................47
4.1.12 Perímetro do trocador...........................................................48
4.1.13 Área da superfície do tubo.....................................................48
4.1.14 Área não aletada...................................................................48
4.1.15 Perímetro de aleta plana.......................................................49
4.1.16 Área transversal de aleta plana.............................................49
4.1.17 Área de aleta plana................................................................49
4.1.18 Área de aleta plana................................................................49
4.1.19 Perímetro de aleta piniforme.................................................50
4.1.20 Área transversal de aleta piniforme.......................................50
4.1.21 Perímetro de aleta curva.......................................................50
4.1.22 Área da seção transversal de aleta curva..............................50
4.1.23 Coeficiente de aleta piniforme...............................................50
4.1.24 Coeficiente de aleta plana.....................................................51
4.1.25 Eficiência da aleta.................................................................51
4.1.26 Fluxo de calor sem aletas......................................................51
4.1.27 Fluxo de calor com aletas......................................................51
4.1.28 Efetividade da aleta...............................................................52
4.1.29 Aumento no fluxo de calor.....................................................52
4.1.30 Efetividade das aletas...........................................................52
4.1.31 Perfil de temperatura ao longo da aleta.................................53
4.1.32 Temperatura externa do trocador..........................................53
4.2 DESENVOLVIMENTO DOS CÁLCULOS.......................................53
4.2.1 Cálculo do coeficiente de película para fluido frio....................54
4.2.2 Cálculo do coeficiente de película para fluido quente..............55
4.3 FLUXO DE CALOR POR EMISSIVIDADE.......................................58
4.3.1 Fluxo total de calor...................................................................58
4.4 CÁLCULO DAS ALETAS.................................................................58
4.4.1 Aleta anular quadrada..............................................................59
4.4.2 Aleta plana...............................................................................61
4.4.3 Aleta anular circular.................................................................64
4.4.4 Resultados e discussões de cálculos......................................67
4.5 Simulações......................................................................................67
4.5.1 Simulação de equipamento sem aletas....................................68
4.5.2 Simulação de equipamento com aleta anular quadrada...........79
4.5.3 Simulação de equipamento com aleta anular circular..............86
4.5.4 Simulação do equipamento com aleta plana............................94
4.5.5 Custo estimado e implantação de aletas...............................101
4.5.6 Resultados e discussões de simulações...............................101
5 CONCLUSÃO........................................................................................105
6 BIBLIOGRAFIA....................................................................................107
7 ANEXOS................................................................................................114
7.1 ANEXO 1 - CRONOGRAMA.........................................................114
7.2 ANEXO 2 - FLUXOGRAMA DE PROCESSO................................115
7.3 ANEXO 3 – CURVA DE RENDIMENTO DO QUEIMADOR...........116
7.4 ANEXO 4 - DADOS DO AÇO INOX 304........................................117
7.5 ANEXO 5 - TABELA DE PROPRIEDADES DO AR EM ALTAS
TEMPERATURAS....................................................................................118
7.6 ANEXO 6 - TABELA DE PROPRIEDADES/ FÍSICAS DA ÁGUA...119
7.7 ANEXO 7 - CURVA CARACTERÍSTICA DO VENTILADOR.........120
7.8 ANEXO 8 - PLANILHA MEMÓRIA DE CÁLCULO.........................121
7.9 ANEXO 9 – PLANILHA MEMÓRIA DE CÁLCULO ALETAS..........122
7.10 ANEXO 10 – PERFIL DE ALETA ANULAR QUADRADA
UTILIZADO PARA SIMULAÇÃO..............................................................123
7.11 ANEXO 11 – PERFIL DE ALETA ANULAR CIRCULAR UTILIZADO
PARA SIMULAÇÃO..................................................................................124
7.12 ANEXO 12 PERFIL DE ALETA PLANA UTILIZADO PARA
SIMULAÇÃO............................................................................................125
7.13 ANEXO 13 – DESENHO DE PLANTA DO EQUIPAMENTO
ORIGINAL................................................................................................126
7.14 ANEXO 14 – DESENHO CONSTRUTIVO DA SERPENTINA
TUBULAR LISA........................................................................................127
7.15 ANEXO 15 – SIMULAÇÃO..........................................................128
7.16 ANEXO 16 – ENTORNO DE SIMULAÇÃO.................................129
16

1 INTRODUÇÂO

Segundo (Incropera, 2008) trocador de calor tem a função de trocar calor entre
dois fluidos de temperaturas diferentes separados pela parede sólida, e são utilizados
em ar condicionado, aquecedores, radiadores automotivos, usinas de geração de
energia, em fábricas etc. Exemplificados e ilustrados no tópico 2.2 em diante.
Neste trabalho, um queimador com uma chama a gás natural GN aquece o ar
e um soprador promove a movimentação do ar aquecido dentro dos tubos que formam
a serpentina do trocador de calor, presente no tópico 3.
É calculado o desempenho de um trocador existente propondo possíveis
mudanças para o melhor desempenho e, o principal, reduzir o consumo de energia
através da inserção de aletas (Tópico 2.1.3)

1.1 OBJETIVO PRINCIPAL

Analisar uma possível melhoria no trocador de calor usado em um tanque de


banho químico, melhoria essa dada pela inserção de aletas na serpentina tubular
pertencente ao trocador de calor.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Levantamento de dados do sistema do trocador de calor atual;


- Caracterizar a inclusão de aletas, de diversas geometrias e materiais, no
sistema tubular do trocador de calor;
- Analisar se a adição de aletas resulta em um aumento da eficiência e eficácia
do trocador de calor.

1.3 JUSTIFICATIVA

Com a tendência global da indústria de atender a necessidade de criar


equipamentos energicamente mais eficientes, isto é, que aproveitem melhor os
recursos necessários para a sua utilização, reduzindo custos de produção,
implantação e funcionamento, o presente trabalho levanta os dados de um trocador
de calor de serpentina tubular “lisa” e fluxo cruzado tendo assim parâmetros para a
17

eficiência e eficácia da construção mecânica original. Após esse levantamento, avalia


a implantação de aletas na serpentina tubular, calculando assim sua nova eficiência e
eficácia.
Espera-se que a nova construção mecânica aproveite melhor os recursos
necessários para seu funcionamento, reduzindo assim custos e emissão de poluentes,
também como o tempo de trabalho necessário.
18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Transferência de calor (Trans. Cal.) é a área da ciência que trata de como se


dá a transferência de calor entre sistemas e vizinhanças, e busca equalizar essas
interações para possibilitar a utilização desse evento físico a favor da humanidade.
Sempre que meios com diferentes temperaturas interagem, há,
necessariamente, uma transferência de calor entre eles, sempre do meio de
temperatura mais elevada para o meio de temperatura mais baixa, como nos mostra
a segunda lei da termodinâmica. Essas interações se dão por conta da agitação
atômica. (Incropera, 2008)
Existem três modos de a transferência de calor se dar: Condução, Convecção
e radiação.
O fluxo de calor, de forma geral, é equacionado a partir da quantidade de calor
transferido por unidade de tempo. O equacionamento é rearranjado e adicionado a
variáveis que aparecem de acordo com o modo de fluxo, forma geométrica do meio,
condutividade térmica do sólido, coeficiente de película da superfície e emissividade
ou absorção de radiação da superfície do meio. (Incropera, 2008)

Transferência de calor por condução

Quando existe o fluxo de energia por um meio sólido ou fluido estacionário, é


dito que o fluxo se dá por condução. O fluxo por condução ocorre por conta da
atividade atômica e molecular dos meios em questão. Utilizando a lei de Fourier para
quantificar o fluxo de calor.

Figura 1 - Transferência por condução

Fonte: (SILVA, não datado)


19

A variação da temperatura e a variação da distância que o fluxo irá percorrer,


são adotados seguindo o sentido do fluxo de calor, como prevê a segunda lei da
termodinâmica. Com a manipulação da fórmula experimental de Fourier, podemos, de
forma simplificada e aproximada, calcular o fluxo de calor. (Incropera, 2008)

Transferência por convecção

Diferente do que acontece na transferência por condução, a transferência por


convecção se dá pelo calor transferido de fluidos que se encontram em movimento,
mesmo que mínimo, tanto de fluido para fluido quanto de sólido para fluido e vice-
versa. O modelo de cálculo de fluxo de calor para convecção, neste caso, foi proposto
por Isaac Newton. (Incropera, 2008)

Figura 2 - Perfil de temperatura próxima ao corpo, convecção

Fonte: (Incropera, 2008)

Transferência de calor por radiação

A transferência de calor por radiação é a energia térmica transferida por uma


superfície dita não-nula, ou seja, superior ao zero absoluto (K=0) em forma de ondas
eletromagnéticas.

A emissão de calor por radiação ocorre em todas os estados da matéria:


líquidos, gases ou sólidos. Essa emissão é atribuída as oscilações ou transições que
ocorrem na configuração dos elétrons que constituem a matéria. Cada radiação possui
uma frequência e comprimento diferente, exemplificada na figura abaixo.
20

Figura 3 - Espectro eletromagnético

Fonte: (SARAIVA, MULLER, & SARAIVA, 2001)

Diferente dos outros meios de transferência de calor, a radiação não necessita


de meio material, sendo notável que a melhor eficiência de transferência por radiação
ocorro no vácuo. (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

A taxa de radiação emitido por uma superfície é determinado pelo poder


emissivo (E). O poder emissivo tem um limite determinado pela lei de Stefan-
Boltzmann, obtido pelo produto da temperatura absoluta da superfície e a constante
de Stefan-Boltzmann. Este produto é chamado de corpo negro. Portanto, o fluxo
térmico emitido por uma matéria é menor que o emitido pelo corpo negro. Para se
calcular o fluxo real de uma matéria, é adicionado a fórmula a emissividade (𝜀) do
material em estudo. A emissividade é a capacidade de um material de emitir energia
por radiação. Todo material, que não um corpo negro, tem emissividade 0≤𝜀 ≤1
(Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008). Segundo estudo desenvolvido pelo
21

físico Gustav Kirchhoff em 1860, um corpo tem a capacidade de emitir radiação igual
a capacidade de absorve-la. (RIBEIRO D. , 2015)
Figura 4 - Radiação térmica

Fonte: (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

2.2 ALETAS

As aletas foram desenvolvidas para atuarem onde as equações podem ser


alteradas, ou seja, aumentando a área de transferência de calor, melhorando assim o
fluxo de calor. Foram desenvolvidos vários tipos de aletas, com diversos formatos
geométricos. As formas mais comuns são planas com seção transversal uniforme (a);
planas com seção transversal não-uniforme (b); anulares (c) e piniformes (d)

Figura 5 - Perfis de aletas planas uniformes e não uniformes, anulares e piniformes

Fonte: (Incropera, 2008)

Utilizando fórmulas, podemos obter a eficiência e a eficácia de um sistema


aletado, comparando-o com o sistema não aletado ou sistema liso. (Incropera, 2008)
22

2.3 TROCADORES DE CALOR

Trocadores de calor são fabricados para permitir a transferência de calor entre


um fluido e outro, podendo ser um líquido ou um gás. Os fluídos devem estar em
temperaturas diferentes e o calor trocado passa sempre do fluído mais quente para o
fluido mais frio, seguindo a segunda lei da termodinâmica.
Os trocadores de calor são classificados a partir da forma da interação dos
fluidos, os de contato direto ou contato indireto, através do sentido dos mesmos,
classificados como de sentido paralelo ou cruzado e da configuração de sua
construção, os mais comuns são os trocadores de casco e tubo, tubo duplo e tipo
placas (Incropera, 2008).

Interação dos fluidos

2.3.1.1 Contato direto

Nos aparelhos com este tipo de interação, os fluidos são geralmente injetados
no interior do aparelho sob forma de jato, onde interagem entre si trocando calor. Este
tipo de processo não permite variedade tão grande de aparelhos como o de contato
indireto. (Ministério da Marinha & Diretoria de Portos e Costas, 1983) O modelo mais
comum é a torre de resfriamento (Figura 4). As torres de resfriamento são um tipo
especial de trocador de calor que permite que água e ar entrem em contato entre si
para diminuir a temperatura da água quente. Durante o processo de trabalho da torre
de resfriamento, pequenos volumes de água evaporam, diminuindo a temperatura da
água que está circulando no equipamento. Comparados com sistemas de troca
indireta, nesse tipo de trocadres são alcançadas taxas de transferência de calor muito
altas, sendo que sua construção é relativamente barata.
23

Figura 6 - Torre de resfriamento de água, série 1800

Fonte : (HD Equipamentos®, s.d.)

2.3.1.2 Contato indireto

Este tipo de aparelho não permite contato direto entre os fluidos, operando
sempre a troca de calor através da condução. Geralmente um fluido transita em um
meio tubular, enquanto o outro fluido transita em torno deste primeiro meio tubular ou
em outro a parte, e a transferência do calor de um para o outro é pela condução
térmica. Esta forma de interação permite uma melhor variedade de aparelhos.
(Ministério da Marinha & Diretoria de Portos e Costas, 1983). Trocadores com esse
tipo de contato são designados como trocadores de calor de recuperação, ou
simplesmente como recuperadores. Este tipo de trocador será o estudo deste
trabalho.
No ponto 1 encontra-se a combustão proporcionada pelo queimador, inserindo
assim gases em alta temperatura no interior da serpentina empregada no trocador; no
ponto 2 é representado o fluido a ser aquecido que percorre o exterior da serpentina;
no ponto 3 é representada a serpentina empregada no queimador.
24

Figura 7 - Queimador para trocador de calor de contato indireto

Fonte: (Eclipse Combustion)

Sentido de fluxo

2.3.2.1 Fluxo paralelo

Em aparelhos de fluxo paralelo, os fluidos quente e frio são inseridos na mesma


extremidade do aparelho e seguem o mesmo fluxo, circulando paralelamente um ao
outro enquanto trocam calor. Este tipo de fluxo acaba apresentando uma menor troca
de calor entre os fluidos, de forma que o fluido que entra frio no aparelho nem sempre
excede a temperatura mais baixa do fluido quente, além deste aspecto, a estrutura do
aparelho acaba sofrendo tensões térmicas devido a diferença de temperatura
existente entre as extremidades do próprio. Este tipo de fluxo é indicado quando se
deseja igualar a temperatura dos fluidos utilizados. (CONNOR, 2019)

Figura 8 - Fluxo paralelo em trocador

Fonte (BOHORQUEZ, Aula 23 Trocadores de Calor, 2014)


25

Figura 9 - Distribuição de temperatura em fluxo paralelo

Fonte: (BOHORQUEZ, Aula 23 Trocadores de Calor, 2014)

2.3.2.2 Fluxo cruzado

Em aparelhos de fluxo cruzado, os fluidos quente e frio são inseridos em


extremidades opostas do aparelho, e seguem fluxo contrário um do outro enquanto
trocam calor. Este tipo de fluxo, apresenta uma maior transferência de calor, e mantém
a temperatura na estrutura do trocador mais constante ao longo de sua construção.
Este arranjo de construção é aplicado em maior número em toda indústria térmica e
em todos os seus segmentos. (CONNOR, 2019)

Figura 10 - Fluxo cruzado em trocador

Fonte: (BOHORQUEZ, Aula 23 Trocadores de Calor, 2014)


26

Figura 11 - Distribuição de temperatura em fluxo cruzado

Fonte: (BOHORQUEZ, Aula 23 Trocadores de Calor, 2014)

Tipos mais comuns de trocadores de calor

Na indústria existem diversas opções de trocadores de calor, como os


evaporadores, condensadores, radiadores e trocadores especiais projetados para
trabalhos específicos. Os trocadores aqui abordados são os tipos mais comuns
encontrados na indústria, e podem ser trocadores de passes únicos ou múltiplos, ou
seja, tubulações onde o fluido transita podem passar inúmeras vezes pelo mesmo
equipamento para sofrer diversas vezes o mesmo processo. Variações desses
mesmos trocadores podem ser encontradas.
Figura 12 - Fluxograma de classificação de trocadores de calor

Fonte: (Própria, 2020)


27

2.3.3.1 Trocadores tipo casco e tubo

Neste tipo de fabricação, o chamado casco é a parte externa do trocador, por


onde corre um fluido, enquanto o outro percorre os tubos, dispostos ao longo do casco.
Esses tubos são retos e fixados em espelhos ou chincanas, que servem de defletores
por onde o fluido no interior do casco transita, e podem ser de passe simples ou de
múltiplos. Na construção são instaladas juntas de dilatação para evitar avarias devido
a dilatação que, em alguns casos, pode deixar os tubos com uma leve curvatura.
Este equipamento garante a distribuição igual de temperaturas, geralmente
instalados em linhas de produção, estações petrolíferas, estações de gás, usinas de
energia elétrica, e é o tipo de construção mais comum pra aplicações de alta pressão,
devido a sua estrutura. (Maze., 2019)

Figura 13 - Esquema típico de trocador casco e tubo

Fonte: (Incropera, 2008)

2.3.3.2 Trocadores tipo placa

Este tipo de construção é um formato mais atual de trocador de calor, onde a


tubulação é constituída por um conjunto de placas planas lisas ou com algum tipo de
ondulação. Essas placas são sobrepostas e pressionadas por longos parafusos
fixados em uma placa frontal fixa, e na outra extremidade por uma placa móvel, que
pode ser removida para a inserção ou retirada de mais placas, alterando assim o
comprimento de “tubulação” por onde os fluidos transitam e também a área de
transferência de calor; entre as placas são postas juntas feitas de materiais
elastoméricos para temperaturas de trabalho abaixo de 150° C e outros materiais
quando se deseja trabalhar em temperaturas mais elevadas; Junto a placa móvel e
fixa, existem uma barra superior e uma inferior com algumas ranhuras que servem de
guias para as demais placas inseridas. Este tipo de construção torna o equipamento
28

mais “flexível” em comparação aos outros trocadores de calor, podendo ser adaptado
para atender as capacidades necessárias de troca de calor.
Este tipo de construção apresenta diversas vantagens, como a maior eficiência
pelas placas apresentarem mais superfície de transferência de calor por metro cúbico
instalado, menor peso e volume e maior facilidade de reparo (Ministério da Marinha &
Diretoria de Portos e Costas, 1983); São amplamente utilizados no processamento de
alguns produtos alimentícios, sucos, cervejas, na esterilização de meios da indústria
farmacêutica, também como em navios mercantes. (GUT & PINTO, Conhecendo os
Trocadores a Placas, s.d.)
Dentre as desvantagens deste trocador, estão a necessidade de baixa pressão
de trabalho, por volta de 1,5 Mpa, pois acima desta pressão, podem ocasionar
vazamentos entre as placas; a perda de carga no escoamento do fluido e a não
recomendação para trabalho com gases e vapores. (GUT & PINTO, Conhecendo os
Trocadores a Placas, s.d.)

Figura 14 - Carcaça de trocador de calor a placas

Fonte: (Ministério da Marinha & Diretoria de Portos e Costas, 1983)


29

Figura 15 - Trocador de calor a placas

Fonte: (Ministério da Marinha & Diretoria de Portos e Costas, 1983)

Figura 16 - Trocador de calor a placas em imagem explodida

Fonte: (BOHORQUEZ, Aula 23 Trocadores de Calor, 2014)

2.3.3.3 Trocadores tipo tubo duplo

Os trocadores de calor de tubos duplos são construídos com um tubo dentro


do outro. Um fluído circula no interior do tubo interno enquanto o outro fluido circula
entre os dois tubos, o tubo externo envolve o tubo interno servindo de carcaça. Este
é o modelo de trocador de calor mais simples possível, e é implementado em quase
todos os trocadores de calor. A dilatação e contração térmica dos tubos não provoca
avarias (Ministério da Marinha & Diretoria de Portos e Costas, 1983). Esta construção
permite que seja efetuado diversos passes de tubulação por dentro do aparelho.
30

Figura 17 - Trocador de calor de tubo duplo

Fonte: (Maze., 2019)

2.3.3.4 Trocadores Tipo Serpentina

Este tipo de trocador de calor consiste em um sistema com uma ou mais


serpentinas de tubos circulares alocados, geralmente, imersos no produto a ser
aquecido ou resfriado. Uma grande superfície pode ser acomodada em um espaço
reduzido utilizando as serpentinas, dado a flexibilidade de sua instalação e tipos de
configurações exemplificados na figura a seguir.
Figura 18 - Configurações de serpentinas tubulares

Fonte: (Eclipse Combustion)

Os tubos que a compõem são do tipo radiantes, tendo como objetivo principal
a transferência de calor ao fluido em contado. Independentemente de sua forma
construtiva, o princípio de funcionamento é sempre o mesmo: os gases de combustão
gerados pelo queimador são transportados através do tubo, permitindo a troca de
calor. Desta forma, não há contato entre as chamas e o fluido.
Os tubos radiantes são normalmente usados em aplicações nas quais é
necessário que a atmosfera do trocador de calor, tanque ou forno, permaneça estável
e sem alterações químicas. Seu princípio de funcionamento é aprimorado pelo uso de
queimadores especiais. Estes queimadores geralmente criam uma combustão de ar
31

forçado, devido à inclusão de um soprador ou ventilador que gera uma pressão e


velocidade adequada para estender ao máximo a chama e garantir a exaustão dos
gases de combustão.

Figura 19 - Aplicação típica de serpentina tubular em trocador de calor

Fonte: (Honeywell-Eclipse, Inc., s.d.)

Figura 20 – Instalação de serpentina tubulare

Fonte : (Solutions for radiant tubes, s.d.)

Onde o ponto 1 é o Quiemador Maxom Series « 67 » Tube-O-Flame Bulletin


2200; Ponto 2 o fluido aquecido, resultado da combustão; Ponto 3 o fluido frio, a ser
aquecido; Ponto 4- serpentina tubular instalada no trocador.
32

2.4 ESCOAMENTO DE FLUIDOS EM TUBOS

Em nosso dia-a-dia é frequentemente possível se observar o fenômeno de


fluidos escoando de diversas formas, sejam estes escoamentos internos ou externos,
que ocorrem na natureza ou em diferentes aplicações tecnológicas.
Esse tipo de fenômeno é fácil de se encontrar, como por exemplo as águas de
um rio contornando pilares, pontes, pequenas ilhas ou embarcações ancoradas, ou,
até mesmo, o movimento dos ventos em torno de postes, edificações, árvores e
montanhas.
O escoamento externo ou interno em corpos sólidos tem sido alvo de inúmeros
estudos numéricos, teóricos e experimentais há mais de um século. Um dos grandes
pioneiros no estudo e comportamento de escoamento de fluidos foi Osborne
Reynolds. Através de uma expressão criada por ele chamada de Coeficiente de
Reynolds (Re), é possível mostrar que o tipo de escoamento depende de um conjunto
de grandezas físicas e com isso variações de escoamento de fluido: 𝑅𝑒 = 𝜌𝑣𝐷/𝜇.
(BRUNETTI, 2008)
É dito fluido toda matéria capaz de tomar a forma do ambiente onde se
encontra, como a água de um copo que é derramada em uma forma de gelo e o gás
Hélio que sai de um cilindro para uma bexiga.
Os fluidos são encontrados como líquidos e gases. Dentre as características
que diferem líquidos de gases, destaca-se a possibilidade de compressão: os gases
são compressíveis, expandindo e comprimindo até ocupar todas as partes do
ambiente onde está alocado, enquanto o líquido é incompressível e ocupa um volume
definido. (PORDEUS)
Quando o fluido é submetido a uma condição de escoamento, seja estagnado
com um corpo se movendo dentro dele, ou o corpo parado e o fluido em movimento,
é possível ter variações de perfil de escoamento, adotados como escoamento laminar,
escoamento transiente e escoamento turbulento.

Escoamento laminar

Um escoamento laminar é aquele no qual as partículas se deslocam em


lâminas individualizadas, sem trocas de massa entre elas. Esse perfil de escoamento
é menos comum na prática. (FOX, MCDONALD, & PRITCHARD, 2014)
33

Em um exemplo prático é possível visualizar o escoamento laminar num filete


de água de uma torneira um pouco aberta ou no início da trajetória seguida pela
fumaça de um cigarro, já que a certa distância dele nota-se movimentos transversais.
(BRUNETTI, 2008)
O Regime laminar é dado quando Re < 2000, escoamento de transição quando
2000< Re < 4000.

Figura 21 - Perfil de escoamento laminar

Fonte : (RIBEIRO T. , s.d.)

Escoamento Turbulento

Ocorre quando as partículas de um fluido não se movem ao longo de trajetórias


bem definidas, ou seja, as partículas descrevem trajetórias irregulares, com
movimento aleatório. Este escoamento é comum em fluidos cuja viscosidade é
relativamente baixa. O escoamento turbulento se dá com Re > 4000.
Na maioria dos problemas de mecânica dos fluidos, por exemplo, no
escoamento de água em um tubo, a turbulência é um fenômeno quase sempre
indesejável, porém inevitável, porque cria maior resistência ao escoamento; em outros
problemas, por exemplo, no escoamento de sangue através de vasos sanguíneos, a
turbulência é desejável porque o movimento aleatório permite o contato de todas as
células de sangue com as paredes dos vasos para trocar oxigênio e outros nutrientes.
(FOX, MCDONALD, & PRITCHARD, 2014)

Figura 22 - Perfil de escoamento turbulento

Fonte : (RIBEIRO T. , s.d.)


34

Escoamento Interno de gases em tubos

Seguindo o funcionamento de aquecimento da serpentina, o estudo desse


capítulo analisa o escoamento de gases confinados por tubulações cilíndricas.
O escoamento de gás é resultado de diferença de pressão entre seções de
tubulação. Pela resistência de escoamento gerada pela tubulação, dá-se variações de
pressão ao longo da própria. (ONUSIC, MEDINA, & DOUGLAS, 2017)
Em geral, gases ou líquidos tem o comportamento diferenciado da massa
especifica com a pressão, portanto são tratados diferentemente.
No escoamento permanente de gás compressível seco em duto de área
constante com atrito viscoso, a massa específica tende a variar significativamente e a
partir da equação de estado, a pressão e a temperatura variam de forma substancial.
(STUCKENBRUCK, 2012)
Em aplicações industriais destinadas a essa área, é notado problemas termo-
hidráulicos em válvulas, orifícios, bocais, dutos longos ou dutos curtos, devido à
grande complexidade dos escoamentos nessas situações. É introduzido
frequentemente nas soluções a ausência de atrito viscoso, ausência de troca de calor
entre o fluido exterior, idealidade de gás, irreversibilidade do processo e ausência de
variação da temperatura. (STUCKENBRUCK, 2012)

Escoamento externo viscoso incompressível

Os regimes de desprendimento de vórtices para esse caso dependem apenas


do Reynolds.
Para valores extremamente baixos (Reynolds, 𝑅𝑒 < 5) as linhas de corrente do
escoamento acompanham o contorno geométrico do meio. Entre 5 ≤ 𝑅𝑒 ≤ 45, o
escoamento se separa da superfície, formando um par simétrico de vórtices. O
comprimento destes cresce linearmente. Conforme o Reynolds aumenta, os vórtices
simétricos se separam, logo uma esteira laminar de vórtices periódicos de sentidos
opostos é formada pelo escoamento.
No intervalo 150 ≤ 𝑅𝑒 < 300, os vórtices gerados se tornam turbulentos, no
entanto a camada limite que toca o meio continua laminar. (MARTINS, 2018)
Entre 300 ≤ 𝑅𝑒 < 1.5 × 105, denominado como subcrítico, a camada limite
laminar se separa a aproximadamente 80° do ponto de contato inicial da superfície.
35

No intervalo de transição, entre 1.5 × 105 ≤ 𝑅𝑒 ≤ 3.5 × 106, a camada limite que
toca a superfície se torna turbulenta, e o ponto de separação ocorre imediatamente
atrás do cilindro a 140° do ponto de contato inicial da superfície.
No regime de transição ocorre a formação de bolhas e o aparecimento de
efeitos tridimensionais no escoamento, que acabam perturbando o escoamento,
ampliando a frequência de oscilação das camadas do escoamento.
No regime supercrítico, 𝑅𝑒 > 3.5 × 106 , a razão entre os vórtices e o meio em
contato se torna praticamente constante, seguindo a proporção. (MARTINS, 2018)
Figura 23 - Perfis de escoamento em cilindros não confinados

Fonte: (MARTINS, 2018)

Camada limite

Quando um fluido escoa e toca a parte externa de um corpo sólido são geradas
tensões de cisalhamento sobre a tal superfície, dando origem a camada limite.
36

Nesta fina camada de fluido, as velocidades variam consideravelmente, desde


a imposta pela força que gera o movimento até a velocidade quase nula na parede do
meio resultante de condições de não escorregamento. (OLIVEIRA, 2014)
O escoamento fora da camada limite é potencial, onde o fluido se comporta
como ideal e a viscosidade torna-se irrelevante. Somente dentro da camada limite a
viscosidade se torna relevante. (OLIVEIRA, 2014)
É determinada a camada limite no ponto onde a velocidade de escoamento do
fluido, a partir da superfície, se torna 1% diferente da velocidade de escoamento em
um ponto infinitamente distante dela própria. (OLIVEIRA, 2014)
Por efeito da condição de não escorregamento, o fluxo de calor por convecção
é igual ao fluxo por condução calculado exatamente sobre a parede. (OLIVEIRA,
2014)

Figura 24 - Camada limite sobre uma placa de superfície plana

Fonte : (OLIVEIRA, 2014)

2.5 NORMAS ABNT

A associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o foro nacional de


normalização técnica, fornecendo insumos ao desenvolvimento tecnológico.
O equipamento aqui apresentado tem por objetivo, através da queima de gás
natural (GN) que circula pelo interior da serpentina, o aquecimento de fluido químico
desenvolvido para a limpeza das superfícies metálicas, diretamente aplicado a
carrocerias de automóveis.
Segundo a norma NBR 16057, exemplifica os requisitos que devem ser
adotados em projetos de sistemas de aquecimento de água a gás (SAAG), para
37

sistemas prediais e uso humano. Comtemplando concepção, dimensionamento,


arranjo hidráulico e especificações de componentes, entre outros, e na instalação
contempla a montagem que deve ser adotada, ensaios, e etc.
Essa norma se aplica aos seguintes gases combustíveis: gás natural (GN),
gases liquefeitos de petróleo (GLP, propano, butano) em fase vapor e mistura ar-GLP.
Seguindo o requerimento da norma é necessário que a documentação do projeto
contenha:
• Premissas de cálculo

• Dimensionamento

• Memorial descritivo

• Volume de armazenamento

• Pressão de trabalho

• Fontes de abastecimento de água;

• Fontes de abastecimento de gás;

• Massa dos principais componentes;

• Planta, corte, isométrico, vista, detalhe e diagrama esquemático, necessários


para a perfeita compreensão das interligações hidráulicas e interfaces dos
principais componentes;

• Planta, corte, isométrico, vista, detalhe, e diagrama esquemático, necessários


para a perfeita compreensão da interligação da tubulação de gás e interfaces
dos principais componentes;
• Planta, corte, isométrico, vista, detalhe, e diagrama esquemático, necessários
para a perfeita compreensão da interligação dos componentes da exaustão dos
gases de combustão e interfaces dos principais componentes;
38

Trocador de calor

O trocador de calor deve ser construído com materiais e componentes


capazes de suportar a máxima temperatura, pressão, potência, térmica e
vazão, sem qualquer dano ao SAAG.

O trocador de calor deve ser resistente ao fluido de trabalho.

A imagem abaixo apresenta um aquecedor de acumulação central,


semelhante ao trocador de calor apresentado neste relatório, contemplando
todas as normas descritas.

Figura 25 - Aquecedor de acumulação

Fonte: (ABNT, 2012)


39

3 CONSTRUÇÃO MECÂNICA ORIGINAL

Neste capítulo é apresentado a construção original do equipamento em estudo.


Um trocador de calor com serpentina construída em tubulação lisa, e de fluxo cruzado,
o qual é destinado ao aquecimento de água usada em um banho para processo de
pré-tratamento de limpeza de peças plásticas automotivas.

3.1 CONCEITO

O conceito geral, conforme apresenta o desenho esquemático no Anexo 2, a


serpentina trabalha de forma submersa num tanque conectada diretamente ao
queimador de gás. Dentro desta serpentina transitam os gases resultantes da queima
efetuada pelo queimador, e, no final do percurso, os gases são expulsos para a
atmosfera.
O fluxo da água é gerado por duas bombas centrífugas as quais são as
encarregas de recircular o líquido aquecido no circuito do processo.
O fluxo da água é gerado por uma bomba centrífuga encarregada de recircular
o líquido aquecido no circuito do processo.
O arranjo da serpentina, de acordo a Figura 23, opera com um queimador GN
acoplado na entrada da tubulação (1), esse queimador é alimentado com gás natural
e possui uma câmara de combustão interna que, por meio de uma vela de ignição,
realiza a combustão do gás. O ar quente na entrada da tubulação pode atingir o pico
de 900 ºC, e após percorrer toda a extensão da serpentina tem a sua temperatura
controlada na saída (2) em 100ºC.
Figura 26 - Tanque e serpentina original

Fonte: (Própria, 2020)


40

Uma vez o tanque cheio de água de rede a 10 ºC (condição extrema de


fornecimento no inverno) misturado com desengraxante começa a recircular pela
tubulação de Ø6” troca calor com a face externa da serpentina até atingir a
temperatura de processo de 65 ºC.
Com o intuito de manter um fluxo constante uma parcela da água (25 m³/h)
entra na tubulação (3) de recalque por meio de cinco redutores, com a temperatura
do processo já definida anteriormente.
Na saída (4) encontra-se a sucção principal da bomba centrifuga. Após o
processo de aquecimento da água, perante uma válvula de três vias o fluxo da água
é desviado para o processo de limpeza por spray, retornando assim ao tanque de
aquecimento pela tubulação central de Ø8”
Originalmente a serpentina consiste em uma tubulação simples (lisa) de aço
inox 304, que se distribui em 17,4 metros ao longo de sua geometria, com diâmetro
Ø6¨, submersa em um tanque.
Tomando como ponto de partida a potência instalada do queimador a gás
natural 876 KW (3,0 x10^6 BTU) e levando em consideração o rendimento
apresentado pelo fornecedor do queimador para sistemas tubulares simples,
aproximadamente de 75% chegamos a uma potência liquida instalada de 657KW, os
requerimentos de energia necessária pelo processo são 643 KW sendo assim
suficiente para suprir as condições iniciais.
Como dato complementar conforme indica o gráfico do Anexo 3, com o
comprimento da serpentina existente, tem-se uma potência liquida total aproximada
de 657KW.

3.2 AÇO INOX 304

A construção original da serpentina implantada é feita em Aço Inox (ou aço


inoxidável) 304.
Em 1912, um operário de uma produtora de aço chamado Harry Brearley iniciou
estudos de ligas metálicas que apresentassem resistência ao desgaste ocorrido no
interior dos canos de armas de fogo. Como resultado de sua pesquisa, Brearley obteve
uma liga resistente a corrosão, sendo uma mistura de Ferro e Cromo.
Ligas de aço Inox apresentam grande resistência a corrosão, impacto e
abrasão; é totalmente reciclável e possui baixo custo de manutenção.
41

A princípio, ligas de aço inox eram utilizados em itens de cozinha. Por conter
uma superfície não porosa, dificultando acúmulo de bactérias, seu uso foi estendido a
instalações hospitalares. Também é utilizado na indústria automotiva e civil.
Aços inoxidáveis tem em sua composição um mínimo de 10,5% de Cromo e
máximo de 30% de Níquel, e podem receber adição de outros elementos obtendo
características diferentes no produto final, como o melhoramento da resistência a altas
temperaturas, ductilidade, soldabilidade, oxidação e etc.
A classificação dos aços Inox é dividida em cinco tipos e dependem de sua
composição e estrutura: Austeníticos (301, 304, 304L, 306 e 306L), Duplex, Ferríticos
(430, 409 e 410S), Martensíticos (420) e PH.
A composição química completa do aço Inox 304, assim como outros dados
técnicos do material, são apresentados no Anexo 4.
Ligas de Inox 304 apresentam alta ductilidade e soldabilidade. São utilizadas
em trabalhos com baixa temperatura (abaixo de 0°C) e alta temperatura (até 925°C)
e são não magnéticos.

Figura 27 - Microestrutura típica de Aço Inoxidável Austenitico 304

Fonte: (TEBECHERANI, s.d.)

O trabalho a frio em aço inoxidável 304 prontamente endurece. Os métodos de


fabricação que envolvem trabalho a frio podem exigir um estágio intermediário de
recozimento para aliviar o endurecimento do trabalho e evitar rasgos ou
rachaduras. Na conclusão da fabricação uma operação de recozimento completo
deve ser empregada para reduzir as tensões internas e otimizar a resistência à
corrosão. (Stainless Steel 304 1.4301, s.d.)
No trabalho a quente, métodos de fabricação como forjamento devem ocorrer
após aquecimento uniforme de 1149°C a 1260°C. Os componentes fabricados devem
42

ser rapidamente resfriados para garantir a máxima resistência à corrosão. (Stainless


Steel 304 1.4301, s.d.)
O Inox 304 tem boa usinabilidade. A usinagem pode ser aprimorada usando as
seguintes regras: As arestas de corte devem ser mantidas afiadas; bordas opacas
causam excesso de endurecimento do trabalho; os cortes devem ser leves, mas
profundos o suficiente para impedir o endurecimento do trabalho montado na
superfície do material; os quebra-cavacos devem ser empregados para ajudar a
garantir que a limalha permaneça livre do trabalho; existe concentração de calor nas
arestas de corte, isso significa que refrigerantes e lubrificantes são necessários e
devem ser usados em grandes quantidades. (Stainless Steel 304 1.4301, s.d.)
O desempenho da soldagem por fusão para o aço inoxidável tipo 304 é
excelente, com e sem cargas. As hastes de enchimento e os eletrodos recomendados
para este inox são de aço inoxidável grau 308. Seções soldadas pesadas podem exigir
recozimento pós-solda. (Stainless Steel 304 1.4301, s.d.)

3.3 CUSTOS

Para se levantar a conclusão desde estudo, se fez necessário o cálculo básico


de custos par a concepção do equipamento atual, apresentado na tabela abaixo.

Tabela 1 - Custo para fabricação da serpentina original


Área
Fabricação

Peso bruto

Parciais
Custos

Total
Custo

Descrição
Máquina
MO
Hs

Custo

nº Un.
Serpentina
Serpentina para tanque Inox 304 bit.
6"
23 m 79 R$ 4.904 326 R$ 15.350
Espelho para serpentina chapa Inox
304 3mm
1,0 cjt 3 R$ 155 24 R$ 577
R$ 65,00
Serpentina chapa Inox 304 3mm 1 cjt 4 R$ 256 40 R$ 952
Fonte: (Própria, 2020)
43

4 MEMORIAL DE CÁLCULO

4.1 DIMENSIOMAMENTO DO TROCADOR DE CALOR

Para o dimensionamento do trocador de calor são necessários dados de


entrada e saída dos fluidos como a velocidade, massa, densidade e calor específico,
porém nem sempre é possível ter a temperatura de saída dos fluidos após a troca de
calor dentro do trocador.

Fluxo de calor no trocador de calor

Para o cálculo do fluxo de calor no trocador se utiliza a expressão da lei de


resfriamento de Newton. (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞 = ∆𝑇𝑙𝑚 ∗ 𝑈 ∗ 𝐴𝑆 (4.1)

Onde:
∆𝑇𝑙𝑚 = Média logarítmica de temperatura.
𝑈= Coeficiente global de troca de calor.
𝐴𝑆 = Área da superfície do trocador.

Temperatura média dos fluidos

A temperatura média dos fluidos é dada pela média da soma das temperaturas
de entrada e saída do fluido. (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑇𝑖 + 𝑇𝑠
𝑇𝑚 = (4.2)
2

Onde:
𝑇𝑖 = Temperatura de entrado do fluido
𝑇𝑠 = Temperatura de saída do fluido.
44

Média logarítmica das diferenças de temperatura.

No trajeto em que o fluido percorre dentro do tubo a temperatura se altera ao


longo do percurso. Para ter uma média de temperatura, é usada a média logarítmica
entre diferenças de temperatura ∆𝑇𝑙𝑚 . A configuração das temperaturas se dá
conforme o fluxo de fluido frio e podendo ser fluxo paralelo ou fluxo cruzado,
exemplificados nas figuras 6, 7, 8 e 9.

∆𝑇1 − ∆𝑇2
∆𝑇𝑙𝑚 = (4.3)
∆𝑇
𝑙𝑛 (∆𝑇1 )
2

Onde:
∆T1= Temperatura de entrada do fluído quente e saída do fluído frio.
∆T2= Temperatura de saída do fluido quente e entrada do fluido frio.
A ∆𝑇𝑙𝑚 calculada, se aplica a trocadores de calor de fluxo cruzado e muitos
passes. Determinar as temperaturas ao longo do trocador é difícil, para isso se
introduz na equação o fator de correção F, área de correntes cruzadas e multipasse
na forma. (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)
∆𝑇𝑙𝑚 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖 = 𝐹 ∗ ∆𝑇𝑙𝑚 (4.4)

Gráfico 1 fator de correção para [∆T] lm

Fonte: (OZISIK, 1990)

𝑇1 − 𝑇2
𝑅= (4.5)
𝑡2 − 𝑡1

𝑡2 − 𝑡1
𝑃= (4.6)
𝑇1 − 𝑡1
45

Onde:
F= Fator de correção ∆𝑇𝑙𝑚
T = Temperatura do fluido quente.
T= Temperatura do fluído frio.

Coeficiente global de troca de calor U

Umas das etapas mais importantes e imprecisas no dimensionamento de um


trocador de calor é o cálculo do coeficiente global de troca de calor U, que é a soma
das resistências de convecção e condução dos fluidos que são separados pela parede
dos tubos conforme equação.
1
𝑈=
𝐷
𝐷𝑒 𝐷𝑒 ∗ 𝑙𝑛 𝑒 (4.7)
𝐷𝑖 1
+ + + 𝑅𝐷𝑒
ℎ𝑖 ∗ 𝐷𝑖 2∗𝑘 ℎ𝑒

Onde:
hi = Coeficiente de película para fluido dentro do tubo.
k = Condutividade de térmica da parede do tubo.
he = Coeficiente de película para fluido fora do tubo.
De = Diâmetro externo do tubo.
Di = Diâmetro interno do tubo.
RDe = Fator de incrustação.

Em algumas situações onde a parede do tubo é muito fina e de alta


condutividade térmica, o coeficiente das paredes do tubo é dispensado. (Incropera,
Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

1
𝑈=
1 1 (4.8)
+
ℎ𝑖 ℎ𝑒
46

Número de Reynolds

Número admissional Osborne Reynolds utilizado em mecânica dos fluidos para


determinar se o regime de escoamento do fluido é laminar ou turbulento. (Incropera,
Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝜌𝑉𝐷
𝑅𝑒 = (4.9)
𝜇

Onde:
R e = Número de Reynolds.
ρ= Densidade específica.
𝑉= Velocidade.
µ= Viscosidade cinemática.
Para casos onde a densidade específica do fluido é imprecisa pode ser usado
a vazão mássica para obter o número de Reynolds (Robert & Thomas, 2014).
(Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008).

4 ∗ 𝑚̇
𝑅𝑒 = (4.10)
𝜋 ∗ 𝐷𝑖 ∗ 𝜇

Vazão mássica.

A vazão mássica é o fluxo de massa em um determinado tempo, neste trabalho


o tempo é medido em metros por segundo (kg/s) (Incropera, Dewitt, Bergman, &
Lavine, 2008)
𝑚̇ = 𝑉 ∗ 𝜌 ∗ 𝐴 (4.11)

Área da seção interna do trocador.

𝜋 ∗ 𝐷2
𝐴= (4.12)
4
47

Número de Prandtl

Número adimensional utilizado para transferência de calor por convecção e se


dá pelo produto da taxa de difusão viscosa (produto do calor específico e a
viscosidade dinâmica) e a condutividade térmica. (Incropera, Dewitt, Bergman, &
Lavine, 2008)

𝐶𝑝𝜇
𝑃𝑟 = (4.13)
𝑘

Número de Nusselt

Grandeza admissional em função do número de Reynolds e número de Prandtl


é utilizado para cálculo do coeficiente de película. (Incropera, Dewitt, Bergman, &
Lavine, 2008)

𝜇 0,14
𝑁𝑢 = 0,027 ∗ 𝑅𝑒 0,8 ∗ 𝑃𝑟 0,4 ∗ (4.14)
𝜇𝑚

Coeficiente de película

Coeficiente de transferência de calor em convecção (Incropera, Dewitt,


Bergman, & Lavine, 2008)

𝑘
ℎ = 𝑁𝑢 (4.15)
𝐷

Fluxo de calor por radiação

Na radiação o calor é transferido de uma superfície de alta temperatura para


uma superfície de baixa temperatura, conhecida como radiação térmica feita através
de ondas magnéticas.
Constante de Stefan-Boltzmann é uma constante física representada pela letra
σ representa o total de energia irradiada por unidade de área de superfície de um
corpo negro numa unidade de tempo.
48

Onde:
σ = 5,67x10-8 W/m2.K4
σ = 4,88x10-8 kcal/h.m2.K4

Emissividade representada pela letra ε é a capacidade de emissão de energia


por radiação de uma superfície para água o valor adotado foi 0,57. (Incropera, Dewitt,
Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞𝑟𝑎𝑑 = 𝜀 ∗ 𝜎 ∗ 𝐴 ∗ (𝑇𝑠 4 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 4 ) (4.16)

Onde:
𝜀= Emissividade
𝜎= Constante de Stefan-Boltzmann
A= Área da superfície do tubo.
Ts= Temperatura da superfície do tubo em kelvin
Tviz= Temperatura da vizinhança em Kelvin

Perímetro do trocador

𝑃 = 2∗𝜋∗𝐷 (4.17)
Onde:
𝐷= Diâmetro do tubo.

Área da superfície do tubo

𝐴𝑠 = 𝜋 ∗ 𝐷𝑒 ∗ 𝐿 (4.18)

Área não aletada

𝐴𝑟 = 𝐴𝑠 − 𝐴𝑡 (4.19)
49

Perímetro de aleta plana

𝑃 = 2𝑏 + 2𝑒 (4.20)

Onde:
b = Largura da aleta
e = Espessura da aleta

Área transversal de aleta plana

𝐴𝑡 = 𝐿 ∗ 𝑒 (4.21)

Onde:
𝐿= Comprimento do trocador.
𝑒= Espessura da aleta.

Área da aleta plana

𝐴𝐴 = 2 ∗ 𝑒 ∗ 𝐿 (4.22)
Onde:
𝑒= Espessura da aleta.
𝐿= Comprimento do trocador

Área da aleta plana

𝐴𝐴 = 2 ∗ 𝑏 ∗ 𝐿 − (𝑃 ∗ 𝑒) (4.23)

Onde:
𝑏= Largura da aleta.
𝐿= Altura da aleta.
𝑃=Perimetro da aleta.
𝑒= Espessura da aleta.
50

Perímetro de aleta piniforme

𝑃 = 𝜋𝐷 (4.24)

Onde:
D = Diâmetro da aleta

Área transversal de aleta piniforme

𝜋𝐷2
𝐴𝑡 = (4.25)
4

Perímetro de aleta curva

𝑃 = 2 ∗ (2𝜋𝑟) + 2𝑏 (4.26)

Onde:
r = Raio da aleta curva

Área da seção transversal de aleta curva

𝐴𝑡 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑟 ∗ 𝑒 (4.27)

Coeficiente da aleta piniforme (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

ℎ∗𝑃
𝑚=√ (4.28)
𝑘 ∗ 𝐴𝑡
51

Coeficiente da aleta plana (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

2∗ℎ
𝑚=√ (4.29)
𝑘∗𝑒

Eficiência da aleta (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

tanh 𝑚𝑙
𝜂= (4.30)
𝑚𝑙

Onde:
tanh= Tangente hiperbólica do produto do coeficiente da aleta e a largura
da aleta.

Fluxo de calor sem aletas (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞 = ℎ ∗ 𝐴𝑅 ∗ (𝑇𝑠 − 𝑇∞ ) (4.31)

Onde:
𝐴𝑅 = Área sem aletas
𝑇𝑠 = Temperatura superfície do trocador
𝑇∞ = Temperatura de trabalho do fluido.
Fluxo de calor com aletas (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞 = ℎ(𝜂 ∗ 𝐴𝐴 + 𝐴𝑅 ) ∗ (𝑇𝑠 − 𝑇∞ ) (4.32)

Onde:
𝐴𝑎𝑙𝑒𝑡𝑎𝑠 = Área das aletas
𝐴𝑅 = Área sem aletas
𝑇𝑠 = Temperatura externa do tubo
52

𝑇∞ = Temperatura ambiente

Efetividade da aleta (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞 𝑞
𝜀𝑎 = = (4.33)
𝑞𝑠/𝑎 ℎ ∗ 𝐴𝑠/𝑎 ∗ (𝑇𝑠 − 𝑇∞ )

Onde:
𝑞𝑠/𝑎 = Fluxo de calor sem aleta.
𝐴𝑠/𝑎 = Area do trocador de calor sem aletas.

Aumento no fluxo de calor (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

𝑞 − 𝑞𝑠/𝑎
%𝐸 = = (4.34)
𝑞𝑠/𝑎
Onde:
𝑞=Fluxo de calor com aletas
𝑞𝑠/𝑎 =Fluxo de calor sem aletas

Efetividade das aletas (Incropera, Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

A função principal das aletas é aumentar a transferência de calor entre a


superfície externa do trocador e a água, porem as aletas podem representar uma
resistência na condução de calor da superfície do trocar sem as aletas.
O cálculo da efetividade irá determinar se vale ou não a inserção de aletas na
superfície, na prática só justifica quando o valor de efetividade for igual ou maior que
2.
𝑞𝑠/𝑎
𝜖𝑎 = = (4.35)
𝑞

Onde:
𝑞=Fluxo de calor com aletas
𝑞𝑠/𝑎 =Fluxo de calor sem aletas
53

Perfil de temperatura ao longo da aleta.

Segundo (Munson, Moran, & Shapiro, 2005), a distribuição de temperatura na


superfície da aleta é continua e por convecção, por este motivo a aleta é considerada
infinita o cálculo de temperatura ai longo da aleta é dada por. (Incropera, Dewitt,
Bergman, & Lavine, 2008)

𝑇 = 𝑇∞ + (𝑇𝑠 − 𝑇∞ ) ∗ 𝑒 −𝑚𝑥 (4.36)

Onde:
𝑇∞ =Temperatura do fluido.
𝑇𝑠 =Temperatura da superfície do trocador.
𝑒= Expoente
m= Coeficiente da aleta.
x= Distância em mm.

A medida em que a distância x aumenta a tendência é que a temperatura da


ponta a aleta assuma a temperatura de trabalho do fluido, e a troca de calor se torna
infinita entre todas superfície da aleta e o fluido mais frio.

Temperatura externa do trocador

A temperatura externa da superficie do trocador é calculada pelas temperaturas


medias dos fluidos e os coeficientes de pelicula do fluito quen e fluido frio. (Incropera,
Dewitt, Bergman, & Lavine, 2008)

ℎ𝑒
𝑇𝑠 = 𝑇𝑖 + ∗ (𝑇∞ − 𝑇𝑖 ) (4.37)
ℎ𝑒 + ℎ𝑖

4.2 DESENVOLVIMENTO DOS CÁLCULOS

Os cálculos serão desenvolvidos através da engenharia reversa, pois como


todo fabricante, a empresa não forneceu dados técnicos dobre o funcionamento do
trocador de calor. Para início dos cálculos será os dados que estão na tabela 1.
54

Tabela 2 - Dados de entrada do projeto


Massa de fluido frio 15,46 kg/s
Diâmetro extremo do tubo 168,3 mm
Diâmetro Interno 161,5 mm
Espessura 3,4 mm
Raio Externo r2 0,0841 m
Raio interno r1 0,0807 m
Fonte: (Acervo Eisenmann Brasil, 2019)

Tabela 3 - Temperatura de entrada e saída dos fluidos


Tq, ent. Tq, saída Tf, ent. Tf, saída
900°C 100°C 10°C 65°C
Fonte: (Própria, 2020)

Com os dados da tabela 2 será calculado a temperatura média para o fluido frio
e suas propriedades físicas. (4.2)

65 + 10
𝑇𝑓𝑚 = = 37,50°𝐶 = 310,50𝐾
2

Interpolando os dados a partir da temperatura média foi encontrado as


propriedades termo físicas da água.

Tabela 4 - Propriedades do fluido frio


T (K) ρ (Kg/m³) Cp µ K (W/m. K) Pr
(kJ/kg*K) (N.s/m2)
310,5 995,27 4,178 0,000695 0,628 4,62
Fonte: (Própria, 2020)

Cálculo do coeficiente de película para fluido frio

Para o cálculo do coeficiente de película do fluido frio foi iniciado a partir da


área de escoamento, logo após a velocidade de escoamento do fluido, em seguida o
número de Reynolds, número de Prandtl, número de Nusselt e finalmente o coeficiente
de película.
55

Área de escoamento do fluido frio (4.12)


𝜋𝐷2 𝜋 ∗ 0,1682
𝐴= = = 0,0222𝑚²
4 4

Velocidade de escoamento.

15,46
𝑉= = 0,70𝑚/𝑠
995,22 ∗ 0,0222

Número de Reynolds (4.9)

995,27 ∗ 0,70 ∗ 0,1683


𝑅𝑒 = = 168709
0,000695
Número de Prandtl (4.13)

4178 ∗ 0,000695
𝑃𝑟 = = 4,62
0,628

Número de Nusselt (4.14)

𝑁𝑢 = 0,027 ∗ 1687090,8 ∗ 4,620,4 = 756,95

Coeficiente de transferência de calor por convecção (4.15)

0,628 𝑊
ℎ = 756,95 ∗ = 2824,53 2 °𝐶
0,168 𝑚

Cálculo do coeficiente de película para fluido quente

O fluido quente entra no trocador de calor a 900°C. Para os cálculos foi utilizado
a média de temperatura de entra e saída resultando em 500°C (773K), a partir desta
temperatura foi elaborado uma tabela com as propriedades físicas do fluido. Os dados
para calor específico foram adquiridos na tabela de propriedades do ar em altas
temperaturas do anexo 5 (4.2).
900 + 100
𝑇𝑓𝑚 = = 500°𝐶 = 773𝐾
2
56

Tabela 5 - Propriedades do fluido quente


T (K) ρ (kg/m³) Cp µ K V
(kJ/kg*K) (N.s/m2) (W/m.K) (m/s)
773 0,450 12,60 0,000383 0,06º 15,86
Fonte: (Própria, 2020)

Área interna do tubo para escoamento do fluido quente (4.12)

𝜋𝐷2 𝜋 ∗ 0,1612
𝐴= = = 0,0204𝑚²
4 4

Velocidade de escoamento é 14 𝑚/𝑠 informada pelo fabricante do trocador de


calor.
Vazão mássica utilizando dados da tabela 4. (4.11)

𝑚̇ = 15,86 ∗ 0,450 ∗ 0,0204 = 0,147𝑘𝑔/𝑠

Número de Reynolds, utilizado a vazão mássica (4.10)

0,161 ∗ 15,85
𝑅𝑒 = = 70860
0,0000362

Número de Prandtl (4.13)

1330 ∗ 0,0000362
𝑃𝑟 = = 7,89
0,060

Número de Nusselt (4.14)

𝑁𝑢 = 0,027 ∗ 708600,8 ∗ 7,890,4 = 468,64

Coeficiente de transferência de calor por convecção (4.15)

0,060 𝑊
ℎ = 468,64 ∗ = 173,12 2 °𝐶
0,161 𝑚
Coeficiente global de troca de calor, calculado a partir da equação 4.6.
57

−1
0,168
0,168 0,168 ∗ ln 1 𝑘
0,165
𝑈=( + + + 0,0002) = 147,26 2 °𝐶
173,12 2 ∗ 16 2824,53 𝑚

Média logarítmica de temperatura para fluxo cruzado (4.3)

∆𝑇1 = 900 − 65 = 835°𝐶

∆𝑇2 = 100 − 10 = 90°𝐶


835 − 90
∆𝑇𝑙𝑚 = = 334,43°𝐶
835
ln 90

Fator de correção de temperatura(4.4)

Gráfico 2 Fator de correção de temperatura

Fonte: (Checalc, 2016)

10 − 65
𝑅= = 0,07
90 − 900

90 − 900
𝑃= = 0,90
10 − 900

Através do gráfico, o fator de correção de temperatura ficou em 0,9053.


Assim a nova média logarítmica de temperatura será:

∆𝑇𝑙𝑚 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 334,43°𝐶 ∗ 0,9053 = 302,76°𝐶


58

Fluxo de calor no trocador de calor (4.1)

𝑞 = 9,20 ∗ 147,26 ∗ 302,76 = 401206𝑊

Fluxo total do trocador de calor é 401,20kW.

4.3 FLUXO DE CALOR POR EMISSIVIDADE (4.16)

𝑞𝑟𝑎𝑑 = 0,57 ∗ 5,67 ∗ 10−8 ∗ 9,20 ∗ ((80,89 + 273)4 − (65 + 373)4 ) = 2,75 𝑘𝑊

Fluxo total de calor

Fluxo total de calor é dado por fluxo no trocador de calor mais a emissividade

𝑞𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑞 + 𝑞𝑟𝑎𝑑 = 410,20 + 2,75 = 412960𝑊

A potência total do trocador de calor é de 412,9 kW

4.4 CÁLCULO DAS ALETAS

Para o cálculo do fluxo das aletas temos a temperatura da superfície do


trocador e a temperatura em que o fluido frio irá trabalhar, a equação (4.37), nos dá a
temperatura externa do trocador .

Temperatura externa do trocador (4.37)


2824,53
𝑇𝑠 = 500 + ∗ (65 − 500) = 80,89°𝐶
2824,53 + 173,12
59

Aleta anular quadrada

A figura apresentada abaixo mostra o perfil deste tipo de aleta, e foi retirada do
Anexo 10
Figura 28 - Perfil de aleta anular quadrada, Anexo 10

Fonte: (Própria, 2020)

Tabela 6 Dados da Aleta quadrada


Altura Largura Espessura Passo Diâmetro Número de
aletas
(L) (b) (e) do tubo
50 mm 268 mm 3mm 150mm 168,3 mm 115
Fonte: (Própria, 2020)

Perímetro do tubo (4.17)


𝑃 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 0,084 = 0,5287 𝑚

Área da seção transversal da aleta (4.21)

𝐴𝑡 = (2 ∗ 0,268 + 2 ∗ 0,268) ∗ 0,003 = 0,003 𝑚²

Área da superfície do tubo (4.18)

𝐴𝑠 = 0,5287 ∗ 17,4 = 9,20𝑚²

Área não aletada (4.19)

𝐴𝑟 = 9,20 − (0,0016 ∗ 115) = 9,01𝑚²


Área das aletas
𝐴𝐴 = (2 ∗ ((0,268 ∗ 0,268) − 0,022) + 0,0016) ∗ 115 = 6,09𝑚²
60

Cálculo da eficiência da aleta (4.29),

2 ∗ 2824,54
𝑚=√ = 192,15
51 ∗ 0,003

𝑚𝑙 = 192,15 ∗ 0,05 = 9,61

tanh 𝑚𝑙 = 1
1
𝜂= = 0,104 = 10,4%
9,61

Fluxo de calor sem aletas (4.31)

𝑞𝑠/𝑎 = 2824,54 ∗ 9,20 ∗ (80,89 − 65) = 412,91𝑘𝑊

Fluxo de calor com aletas (4.32).

𝑞 = 2824,54 ∗ (9,01 + 6,09 ∗ 0,122) ∗ (80,89 − 65) = 433,17𝑘𝑊

Aumento no fluxo de calor (4.34) .

433,17−412,91
%𝐸𝐿𝐸𝑉. = = 0,0491 = 4,91%
412,91

Efetividade da aleta (4.35)


433,17
𝜖𝑎 = = 1,04
412,91

Temperatura na extremidade da aleta (4.36).

𝑇 = 65 + (80,89 − 65) ∗ 𝑒 −192,15∗0,05 = 65


61

Tabela 7 Distribuição de temperatura ao longo a aleta quadrada

mm Temp. °C
0 80,89
5 71,08
10 67,33
15 65,89
20 65,34
25 65,13
30 65,05
35 65,02
40 65,01
45 65,00
50 65,00
Fonte: (Própria, 2020)

Gráfico 3- Perfil de temperatura aleta quadrada

Fonte: (Própria, 2020)

Aleta Plana

A figura apresentada abaixo mostra o perfil deste tipo de aleta, e foi retirada do
Anexo 12

Figura 29 - Perfil de aleta retangular, Anexo 12

Fonte: (Própria, 2020)


62

Tabela 8 Dados a aleta Retangular


Altura Largura Espessura Diâmetro Nº
Passo
(L) (b) (e) do tubo Aletas
50,45mm 15,22m 16mm 60° 168,3mm 24
Fonte: (Própria, 2020)

Perímetro do tubo (4.17)


𝑃 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 0,084 = 0,5287 𝑚

Área da seção transversal da aleta (4.21)

𝐴𝑡 = 14,95 ∗ 0,008 = 0,12 𝑚²

Área da superfície do tubo (4.18)

𝐴𝑠 = 0,5287 ∗ 17,4 = 9,20𝑚²

Área não aletadas (4.19)

𝐴𝑟 = 9,20 − (0,12 ∗ 6) = 8,97𝑚²

Área das aletas (4.22).

𝐴𝐴 = ((2 ∗ 0,0504 ∗ 4,09 ∗ 12) + (2 ∗ 0,050 ∗ 3,39 ∗ 12)) = 8,97𝑚²

Cálculo da eficiência da aleta (4.29).

2 ∗ 2824,54
𝑚=√ = 117,67
51 ∗ 0,008

𝑚𝑙 = 117,67 ∗ 0,050 = 5,88


63

tanh 𝑚𝑙 = 1,00

1,00
𝜂= = 0,17 = 17%
5,88

Fluxo de calor sem aletas (4.31)

𝑞𝑠/𝑎 = 2824,24 ∗ 9,20 ∗ (80,89 − 65) = 412,91𝑘𝑊


Fluxo de calor com aletas (4.32).

𝑞 = 2824,54 ∗ (7,73 + 0,17 ∗ 9,21 ∗) ∗ (80,89 − 65) = 449,13𝑘𝑊

Aumento no fluxo de calor (4.34).

449,13−412,91
%𝐸𝐿𝐸𝑉. = = 0,877 = 8,77%
412,91

Efetividade da aleta (4.35)


449,13
𝜖𝑎 = = 1,08
412,91

Tabela 9 Perfil de temperatura ao longo da aleta retangular


mm Temp. °C
0 80,89
5 73,82
10 69,90
15 67,72
20 66,51
25 65,84
30 65,47
35 65,26
40 65,14
45 65,08
50 65,04
Fonte: (Própria, 2020)
64

Gráfico 4 - Perfil de temperatura ao longo da aleta retangular

Fonte: (Propria,2020)

Aleta anular Circular

A figura apresentada abaixo mostra o perfil deste tipo de aleta, e foi retirada do
Anexo 11

Figura 30 - Perfil de aleta anular circular, Anexo 11

Fonte: (Própria, 2020)

Tabela 10 Dados da aleta curva


Altura Raio Raio
Espessura Passo Nº Aletas
(L) (e) Interno Externo
50 mm 3 mm 100 mm 115 0,084 m 0,134 m
Fonte: (Própria, 2020)

Perímetro da aleta curva (4.26).

𝑃 = 2 ∗ (2 ∗ 𝜋 ∗ 0,134) + 2 ∗ 0,003 = 1,68𝑚


65

Área da seção transversal da aleta (4.27).

𝐴𝑡 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 0,134 ∗ 0,003 = 0,025𝑚

Área da superfície do tubo (4.18)

𝐴𝑠 = 0,5287 ∗ 17,4 = 9,20𝑚²

Área não aletada (4.19)

𝐴𝑟 = 9,20 − (0,025 ∗ 115) = 8,91𝑚²

Área das aletas

𝐴𝐴 = 2 ∗ ((𝜋 ∗ 0,1342 ) − (𝜋 ∗ 0,0842 )) ∗ 115 = 7,89 𝑚²

Cálculo da eficiência da aleta (4.29),(4.30).

2 ∗ 2824,54
𝑚=√ = 192,15
50 ∗ 0,003

𝑚𝑙 = 192,15 ∗ 0,050 = 9,60

tanh 𝑚𝑙 = 1

1
𝜂= = 0,104 = 10,4%
9,60

Fluxo de calor sem aletas (4.31)

𝑞𝑠/𝑎 = 2824,54 ∗ 9,20 ∗ (80,88 − 65) = 412,91𝑘𝑊

Fluxo de calor com aletas (4.32)


66

𝑞 = 2824,54 ∗ (8,91 ∗ 0,104 ∗ 7,89) ∗ (80,89 − 65) = 436,71 𝑘𝑊

Aumento no fluxo de calor (4.34).

436,71−412,91
%𝐸𝐿𝐸𝑉. = = 0,576 = 5,76%
412,91

Efetividade da aleta (4.35)


436,71
𝜖𝑎 = = 1,05
412,91
A tabela 12 e o gráfico 5 para aletas curvas são iguais a tabela e o gráfico
para aletas quadradss devido a espessura e a alturas das aletas serem iguais

Tabela 11 Perfil de temperaturas nas aletas curvas


mm Temp. °C
0 80,89
5 73,82
10 69,90
15 67,72
20 66,51
25 65,84
30 65,47
35 65,26
40 65,14
45 65,08
50 65,04
Fonte: (Própria, 2020)
Gráfico 5-Perfil de temperatura ao longa da aleta circular

Fonte: (Própria, 2020)


67

Resultados e discussões cálculos

A tabela 13, apresenta um panorama geral dos resultados obtido através dos
cálculos, a referência inicial foi o fluxo de calor do trocador sem as aletas de 412,9
kW, para os modelos de aleta quadrada e circular foi escolhido a espessura de 3mm
e altura de 50mm por este motivo a eficiência das aletas é igual de 10,4%,para aletas
retangulares foi escolhido a espessura de 8mm e altura de 5mm.
A escolha da espessura e altura foi levando como referência os modelos de
chapas que existe no catálogo de fornecedores.
Na configuração com aletas quadradas o aumento do fluxo de calor foi de
4,91% e nas aletas circulares foi de 5,76% as duas aletas possuem áreas diferentes
6,09 e 7,89 m² respectivamente e as duas foram simuladas com 115 aletas.
A aletas retangulares tiveram um aumento de fluxo de calor de 8,77% em
relação ao sistema sem aletas, apesar de ter uma área maior de 8,97m².
A instalação das aletas se torna inviável pois o critério para instalação de aletas
é a efetividade igual ou maio que 2 (valor abordado no tópico 4.1.30) e em todos os
modelos a efetividade ficou em média de 1,05.
Tabela 12 Comparativo de Resultados
Aleta Quadrada Aleta Plana Alerta Circular
Área das aletas m² 6,09 8,97 7,89
Número de aletas 115 24 115
Fluxo de calor sem aleta kW 412,91 412,91 412,91
Fluxo de calor com aleta kW 433,17 449,13 436,71
Eficiência % 10,4 17 10,4
Aumento no fluxo de calor % 4,91 8,77 5,76
Efetividade 1,04 1,08 1,05
Fonte: (Própria, 2020)

4.5 SIMULAÇÕES

Para ter um parâmetro das abordagens realizadas nos capítulos anteriores,


onde foram apresentados cálculo e definições de vários conceitos térmicos, o sistema
foi avaliado como um todo perante uma simulação computacional. Neste caso foram
realizadas quatro simulações mantendo as condições do sistema original.
Após obter a primeira simulação (equipamento original) foram incorporados três
sistemas de aletas diferentes: aleta anular quadrada (Anexo 9), aleta anular circular
(Anexo 10), e aleta paralela horizontal (Anexo 11). Objetivando visualizar a interação
68

dos fluidos e dos materiais. Foram definidos pontos estratégicos de medição: fluxo
total de calor, taxa de transferência, saída de água quente, saída de ar quente e
velocidades. As simulações aqui apresentadas foram realizadas em FloEFD, Mentor
System, no entorno de ensamble do Solid Edge (Siemens PLM), em sua versão
limitadas para estudantes. A escolha do software se deu pelo fato de os desenhos
iniciais terem sido concebidos em SolidEdge, da Siemens, empresa ao qual pertence
a Mentor Graphics, detentora do software FloEFD, facilitando assim a interação entre
os desenhos e a simulação dos fluxos de fluidos. Como argumento da escolha
também foi analisada a quantidade de ferramentas oferecidas pelo software em sua
licença para estudantes. A interface da simulação é apresentada no Anexo 15.

Simulação de equipamento sem aletas

Gráfico 6 - Temperatura simulada da serpentina


OBJETIVO DE MEDIÇÃO UNIDADE VALOR MÉDIO VALOR MÍNIMO VALOR MÁXIMO
FLUXO CALOR [W/m2] 1272,17 297,90 2753,2
TAXA TRANSF. CALOR [KW] 195,09 45,68 422,20
SAIDA ÁGUA QUENTE [°C] 74,93 73,43 76,26
SAIDA AR QUENTE [°C] 305,051 304,402 306,35
FLUX._CONVEC._Med._SERP [W/m^2] 2503,956 1598,008 3480,735
TEMP. SERPENTINA [°C] 90,47 89,40 92,39
Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta a temperatura da serpentina lisa do


equipamento. No eixo Y a temperatura em ºC da serpentina do equipamento. No eixo
X temos a iteração ocorrida na serpentina.
69

Gráfico 7 - Temperatura da serpentina

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta a temperatura do fluido que corre dentro da


serpentina (GN) do equipamento. No eixo Y a temperatura em ºC da serpentina do
equipamento. No eixo X temos a iteração ocorrida na serpentina.

Gráfico 8 - Temperatura do fluido que corre dentro da serpentina

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta a temperatura da fluido (água) que corre fora
da serpentina (ou dentro do tanque) do equipamento. No eixo Y a temperatura em ºC
da serpentina do equipamento. No eixo X temos a iteração ocorrida no tanque.
70

Gráfico 9 - Temperatura da água do tanque

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta a taxa de transferência de calor ocorrida da


serpentina para a água. No eixo Y a taxa de transferência de calor em Watts. No eixo
X temos a iteração ocorrida.

Gráfico 10 - Transferência de calor de calor

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta o fluxo de calor do fluido interno até o fluido
externo. No eixo Y o fluxo de calor em W/m2. No eixo X temos a iteração ocorrida.
71

Gráfico 11 Taxa de fluxo de calor

Fonte: (Própria 2020)


72

A imagem abaixo apresenta a pressão existente no equipamento (tanque e


serpentina) exercida pelos fluidos (água e GN respectivamente).

Figura 31 - Pressão no equipamento

Fonte: (Própria, 2020)


73

A imagem abaixo apresenta a temperatura dos fluidos.


Figura 32 - Temperatura dos fluidos

Fonte: (Própria, 2020)


74

A imagem abaixo apresenta a velocidade de escoamento do fluido dentro da


serpentina (GN) e da entrada de fluido (água) no tanque.

Figura 33 – Velocidade de entrada de fluidos, vista em planta

Fonte: (Própria, 2020)


75

Figura 34 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em corte

Fonte: (Própria, 2020)


76

A imagem abaixo apresenta a velocidade de saída de fluido (água) no tanque.

Figura 35 - Velocidade de saída da água

Fonte: (Própria, 2020)


77

A imagem abaixo apresenta, em vista superior, a distribuição do fluxo de calor


dentro do tanque.
Figura 36 - Transferência de calor no tanque

Fonte: (Própria, 2020)


78

A imagem abaixo apresenta a densidade dos fluidos em vista de planta. Esta


imagem é apresentada só neste primeiro tópico, pois seu comportamento apresentou-
se igual nas outras simulações.
Figura 37 - Densidade simulada dos fluidos

Fonte: (Própria, 2020)


79

Simulação de equipamento com aleta anular quadrada

Neste tópico, inserimos aletas de perfil anular quadrado na serpentina para


registrarmos sua provável resposta.

Tabela 13 - Simulação de sistema com aleta anular quadrada


VALOR VALOR VALOR
OBJETIVO DE MEDIÇÃO UNIDADE VALOR
MÉDIO MÍNIMO MÁXIMO
FLUXO CALOR [W/m2] 726,17 197,11 -752,47 1381,39
TAXA TRANSF. CALOR [KW] 120,084 32,596 -124,433 228,437
SAIDA ÁGUA QUENTE [°C] 66,91 64,29 61,25 66,91
SAIDA AR QUENTE [°C] 300,38 297,80 294,77 300,38
FLUX. CONVEC. MÉD. SERP. [W/m2] 161,84 163,56 132,89 191,83
TEMP. SERPENTINA [°C] 76,83 73,80 70,43 76,83
Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta a temperatura da serpentina com aleta anular


quadrada. Temperatura em ºC no eixo Y e iteração no eixo X.

Gráfico 12 - Temperatura simulada da serpentina com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)


80

O gráfico abaixo apresenta a temperatura do fluido que corre dentro da


serpentina com aleta anular quadrada GN. Temperatura em ºC no eixo Y e iteração
no eixo X.
Gráfico 13 - Temperatura de saída do ar quente

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta a temperatura do fluido (água) que corre fora da


serpentina com aleta anular quadrada (ou dentro do tanque). Temperatura em ºC no
eixo Y e iteração no eixo X.

Gráfico 14 - Temperatura da água no tanque em sistema com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)


81

O gráfico abaixo apresenta a taxa de transferência de calor. Transferência de


calor em Watts no eixo Y e Iteração no eixo X.

Gráfico 15 - Taxa de transferência de calor em sistema com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta o fluxo de calor. No eixo Y o fluxo de calor em W/m2.


No eixo X temos a iteração ocorrida
Gráfico 16 - Fluxo de calor em sistema com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)


82

A imagem abaixo apresenta a pressão no equipamento de serpentina com aleta


anular quadrada
Figura 38 - Pressão no equipamento com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)


83

A imagem abaixo apresenta a temperatura dos fluidos em sistema de


serpentina com aleta anular quadrada
A imagem abaixo apresenta a velocidade de escoamento dos fluidos dentro da
serpentina e da entrada de fluido no tanque.
Figura 39 - Temperatura dos fluidos em sistema com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria,2020)
84

Figura 40 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em planta

Fonte: (Própria, 2020)


85

Figura 41 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em corte

Fonte: (Própria, 2020)

Na imagem abaixo é representada a velocidade de saída de fluido (água) do


tanque.

Figura 42 - Velocidade de saída de água do tanque em sistema de serpentina com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)


86

A imagem abaixo apresenta em vista superior a distribuição do fluxo de calor


dentro do tanque.
Figura 43 - Transferência de calor no tanque de serpentina com aleta anular quadrada

Fonte: (Própria, 2020)

Simulação de equipamento com aleta anular circular

Neste tópico, inserimos aletas de perfil anular quadrado na serpentina para


registrarmos sua provável resposta.

Tabela 14 - Simulação de equipamento com aleta anular circular


OBJETIVO DE MEDIÇÃO UNIDADE VALOR VALOR MÉDIO VALOR MÁXIMO
FLUXO CALOR [W/m2] 271,92 968,79 1988,84
TAXA TRANSF. CALOR [W] 43889,20 156364,97 321005,18
SAIDA ÁGUA QUENTE [°C] 67,51 63,38 67,51
SAIDA AR QUENTE [°C] 301,44 298,82 301,44
FLUX. CONVEC. MÉD. SERP. [W/m2] 170,34 199,67 255,55
TEMP. SERPENTINA [°C] 77,73 74,61 77,73
Fonte: (Própria, 2020)

Abaixo, o gráfico que apresenta a temperatura do fluido (GN) que corre dentro
da serpentina com aleta anular circular.
87

Gráfico 17 - Temperatura simulada da serpentina com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta a temperatura do fluido (água) que corre fora da


serpentina (ou no tanque) do equipamento. A temperatura em ºC no eixo Y e a
iteração no eixo X.
Gráfico 18 - Temperatura da água no tanque de serpentina com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta a taxa de transferência de calor ocorrida. A taxa de


transferência em Watts no eixo Y e a iteração no eixo X.
88

Gráfico 19 - Taxa de transferência de calor no sistema com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta o fluxo de calor. No eixo Y o fluxo de calor em


W/m2. No eixo X a iteração ocorrida.

Gráfico 20 - Taxa do fluxo de calor no sistema com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)


89

A imagem abaixo apresenta a pressão no sistema analisado.

Figura 44 - Pressão no equipamento com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)


90

A imagem abaixo apresenta a temperatura dos fluidos neste sistema.

Figura 45 - Temperatura dos fluidos em sistema com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)


91

A imagem abaixo apresenta o escoamento do fluido dentro da serpentina (GN)


e de entrada no tanque (água) que, através de simulação, mostrou-se igual ao sistema
com aleta anular quadrada.

Figura 46 – Velocidade de entrada de fluidos, vista em planta

Fonte: (Própria, 2020)


92

Figura 47 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em corte

Fonte: (Própria, 2020)


93

A imagem abaixo apresenta a velocidade de saída da água do tanque.

Figura 48 - Velocidade de saída de água do tanque no sistema com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)


94

A imagem abaixo apresenta o fluxo de calor em vista superior do sistema com


aleta anular circular

Figura 49 - Fluxo de calor no sistema com aleta anular circular

Fonte: (Própria, 2020)

Simulação do equipamento com aleta plana

Neste tópico, inserimos aletas planas transversais na serpentina para


registrarmos sua provável resposta.

Tabela 15 - Simulação do equipamento com aleta plana


VALOR VALOR VALOR
OBJETIVO DE MEDIÇÃO UNIDADE VALOR
MÉDIO MÍNIMO MÁXIMO
FLUXO CALOR [W/m^2] 228,21 107,49 -936,42 1.531,07
TAXA TRANSF. CALOR [W] 37.792,08 17.801,04 -155.070,50 253.544,43
SAIDA ÁGUA QUENTE [°C] 68,24 66,36 64,32 68,24
SAIDA AR QUENTE [°C] 303,42 301,57 299,47 303,42
FLUX. CONVEC. MÉD. SERP [W/m^2] -731,24 -824,80 -879,17 -731,24
TEMP. SERPENTINA [°C] 86,21 84,32 82,40 86,27
Fonte: (Própria, 2020)
95

O gráfico abaixo apresenta a temperatura da serpentina com aleta plana.

Gráfico 21 - Temperatura simulada da serpentina plana

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo apresenta a temperatura da fluido (água) que corre fora da


serpentina (ou dentro do tanque) do equipamento. No eixo Y a temperatura em ºC
da serpentina do equipamento. No eixo X temos a iteração ocorrida no tanque.

Gráfico 22 - Temperatura da água no tanque com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)


96

Abaixo, o gráfico que apresenta a transferência de calor ocorrida da serpentina


para a água. No eixo Y a transferência de calor em Watts e no eixo X a iteração

Gráfico 23 - Taxa de transferência de calor no sistema com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)

O gráfico abaixo nos apresenta o fluxo de calor do fluido interno até o fluido
externo. No eixo Y o fluxo de calor em W/m2. No eixo X temos a iteração ocorrida.

Gráfico 24 Taxa de fluxo de calor no sistema com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)


97

A imagem abaixo apresenta a pressão no equipamento.


Figura 50 - Pressão no equipamento com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)


98

A imagem abaixo apresenta a temperatura dos fluidos.

Figura 51 - Temperatura dos fluidos no sistema com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)

A imagem abaixo apresenta a velocidade de escoamento dentro da serpentina


(GN) e da entrada de fluido (água) no tanque.
99

Figura 52 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em planta

Fonte: (Própria,2020)
100

Figura 53 - Velocidade de entrada de fluidos, vista em corte

Fonte: (Própria, 2020)

A imagem abaixo apresenta a velocidade de saída do fluido (água) no tanque.

A imagem abaixo apresenta a vista superior da distribuição do fluxo de calor


dentro do tanque.

Figura 54 - Transferência de calor no tanque com aleta plana

Fonte: (Própria, 2020)


101

Custo estimado da implantação de aletas

Como parte do levantamento de argumentos para a conclusão e para melhor


expressá-la, foi estimado um custo de implantação das aletas no equipamento,
apresentado na tabela abaixo:

Tabela 16 - Custo estimado de implantação de aletas

Hs Fabricação
Area Total

implantação
Custo Máquina
Peso bruto
Descrição

Custo

Custo
MO

de
nº Un.
Tipo de Aleta

Aleta Anular Circular Esp=3,0mm 4,1 m² 20 R$ 1.292 221 R$ 2.136


Aleta Anular Quadrada Esp=3,0mm 5,8 m² 23 R$ 1.495 221 R$ 2.668
R$ 65,00
Aleta Plana Transversal Barra 5/8 x 2" 90 m 23 R$ 1.476 664 R$ 5.735
Fonte: (Própria, 2020)

Resultados e discussões de simulações

Tabela 17 - Calculado x simulado da taxa de transferência de calor


Fluxo de Calor
Máximo Calculado Máximo Simulado
Tipo de Serpentina
[KW] [KW]
Tipo Original-Lisa 412,91 422,20
Tipo A - Circular 436,70 380,38
Tipo B - Quadrada 433,17 228,44
Tipo C – Plana 449,13 267,69
Fonte: (Própria, 2020)

Tabela 18 - Simulado da temperatura de saída de água


Temperatura de Saída água
Média Geral Mínimo Máximo
Tipo de Serpentina
[°C] [°C] [°C]
Tipo Original-Lisa 74,93 73,43 76,26
Tipo A - Circular 63,38 58,25 67,51
Tipo B - Quadrada 64,29 61,25 66,91
Tipo C - Plana 66,36 64,32 68,24
Fonte: (Própria, 2020)
102

Tabela 19 - Simulado da temperatura da superfície da serpentina


Temperatura Superfície da Serpentina
Média Geral Mínimo Máximo
Tipo de Serpentina
[°C] [°C] [°C]
Tipo Original-Lisa 90,47 89,40 92,39
Tipo A - Circular 74,61 70,95 77,73
Tipo B - Quadrada 73,80 70,43 76,83
Tipo C - Plana 84,32 82,40 86,27
Fonte: (Própria, 2020)

Gráfico 25 - Temperatura média de saída da água

Fonte: (Própria, 2020)


Gráfico 26 - Temperatura média da superfície da serpentina

Fonte: (Própria, 2020)


103

Gráfico 27 - Máxima taxa de transferência de calor

Fonte: (Própria, 2020)

Gráfico 28 - Máximo fluxo de calor

Fonte: (Própria, 2020)


104

Gráfico 29 - Comparativo de fluxo de calor em KW

Fonte: (Própria, 2020)


105

5 CONCLUSÃO

Após o desenvolvimento de nosso trabalho obtivemos resultados detalhados


de cada parâmetro abordados incialmente de forma teórica, e depois manifestado em
cálculos e simulações. Neste capítulo iremos condensar e comparar todas as
informações obtidas ao longo do nosso estudo de caso.
Retomando os objetivos centrais, primariamente foi realizado uma engenharia
reversa do sistema completo baseando-nos em caraterísticas dos componentes já
definidos no projeto original, marcas, modelos, dimensões, etc. Após realizar o
levantamento, foi efetuado todos cálculos térmicos do sistema original para lograr
assim ter um ponto de partida. Sendo assim foram incluídos três sistemas de aletas
diferentes ao sistema original. Das três aletas propostas a que melhor efetividade teve
nos cálculos foi a aleta horizontal, seguida pela aleta circular e por último a quadrada.
Mesmo o sistema tendo um ganho na taxa de transferência de calor pela inclusão de
aletas nenhuma teve uma eficiência maior que dois, sendo este número o parâmetro
utilizado na prática para determinar a viabilidade de instalar uma serpentina com
aletas.
Por outro lado, foram realizadas quatro simulações utilizando os dados do
projeto apresentado no fluxograma relativo as massas de ar quente e água, pressões,
vazão, fluxo, etc. Uma vez concluída as quatro simulações observamos primeiramente
que o resultado obtido pela simulação do sistema original, referente a transferência
de fluxo de calor, ficou bem próximo do calculado aproximadamente 2% de margem
de erro. Já para as simulações das aletas chegamos aos valores um pouco mais
distantes dos calculados. Uma das hipóteses desta divergência pode ser dada pela
complexidade da distribuição do fluxo de água dentro do tanque em contato com as
aletas da serpentina, um fenômeno de escoamento difícil de mensurar com cálculos.
Deste modo a inclusão de aletas não apresentou nenhuma vantagem em relação ao
ganho de taxa de transferência de calor. Embora nos cálculos apresente um aumento
no desempenho este não é o suficientemente substancial para projetar este sistema
com aletas. Isto posto, cabe mencionar que o custo da implementação das aletas
também poderia impactar em um acréscimo entre 15 a 35% no custo final. Portanto
podemos afirmar por um lado que o levantamento de dados juntos com os cálculos
ficou bem próximos das simulações executadas e por outro lado não enxergamos uma
verdadeira vantagem na inclusão de aletas. Cabe a futuros trabalhos realizar as
106

mesmas simulações em softwares com mais recursos e potencial para a análise


térmica junto com escoamentos de fluidos nesse tipo de equipamento.
107

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7.1
7

CRONOGRAMA
Semanas
Elementos Atividade Duração Início Término
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ANEXOS

109 dias 27/2/20 15/6/20 27/1 5/3 5/3 12/3 12/3 19/3 19/3 26/3 26/3 2/4 2/4 9/4 9/4 16/4 16/4 23/4 23/4 30/4 30/4 7/5 7/5 14/5 14/5 21/5 21/5 28/5 28/5 4/6 4/6 11/6 11/6 18/6
10 dias 27/2/20 8/3/20
Divisão de atividades 3 dias 27/2/20 1/3/20
ANEXO 1 – CRONOGRAMA

Iniciais
Capa e folha de rosto 3 dias 1/3/20 4/3/20
Resumo e Abstract 4 dias 4/3/20 8/3/20
14 dias 8/3/20 22/3/20
Pré Introdução 3 dias 8/3/20 11/3/20
Textuais Objetivos 4 dias 11/3/20 15/3/20

Fonte: (Própria, 2020)


Justificativa 7 dias 15/3/20 22/3/20
71 dias 22/3/20 1/6/20
Transporte de calor 14 dias 22/3/20 5/4/20
Textuais Trocadores de calor 14 dias 5/4/20 19/4/20
Cálculos 64 dias 27/2/20 1/5/20
Considerações Finais 31 dias 1/5/20 1/6/20
Revisão bibliográfica 4 dias 1/6/20 5/6/20
Revisão final 2 dias 5/6/20 7/6/20
Entrega de relatório 15/6/20
114
115

7.2 ANEXO 2 – FLUXOGRAMA DE PROCESSO

Fonte: (Própria, 2020)


116

7.3 ANEXO 3 – CURVA DE RENDIMENTO DO QUEIMADOR

Fonte: (Eclipse Combustion)


117

7.4 ANEXO 4 – DADOS DO AÇO IONOX 304

Composição Quimica (%)


C Mn P S Si Ni Cr N
0,08 2 0,045 0,03 0,75 8 - 10,5 18 - 20 0,1
Fonte: (Favorit, s.d.)

Propriedades mecânicas
Propriedade Valor
Força Abrangente 210 MPa
Prova de Estresse 210 Min MPa
Resistência à tração 520 - 720 MPa
Alongamento 45 Min%
Fonte: (Stainless Steel 304 1.4301, s.d.)

Propriedades físicas
Propriedade Valor
Densidade 8.000 kg / m 3
Ponto de fusão 1450 ° C
Expansão térmica 17,2 x 10 -6 / K
Módulos de elasticidade 193 GPa
Condutividade térmica 16,2W / mK
Resistividade elétrica 0,072 x 10 -6 Ω .m
Fonte: (Stainless Steel 304 1.4301, s.d.)

PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE


Elasticidade diferentes temperatura (°C) do Inox 304
300° C 125
400° C 97
500° C 93
Rp(0,2) (N/mm2 )
300° C 147
400° C 127
500° C 107
500 ° C 68
LIMITE DE FLUÊNCIA
600 ° C 42
σ1 / 100.000/ t (N/mm2)
700 ° C 14,5
800 ° C 4,9
Fonte: (Irestal Group, s.d.)
118

7.5 ANEXO 5 – TABELA DE PROPRIEDADES DO AR EM ALTAS


TEMPERATURAS

Fonte: (ESA Pyronics International, 2006)


119

7.6 ANEXO 6 – TABELA DE PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA

Fonte: (Maze., 2019)


120

7.7 ANEXO 7 – CURVA CARACTERÍSTICA DO VENTILADOR

Fonte: (Eclipse Combustion)


121

7.8 ANEXO 8 – PLANILHA MEMÓRIA DE CÁLCULO

Fonte: (Própria, 2020)


122

7.9 ANEXO 9 -PLANILHA MEMÓRIA DE CÁLCULO ALETAS

Fonte: (Própria, 2020)


123

7.10 ANEXO 10 - PERFIL DE ALETA ANULAR QUADRADA UTILIZADO PARA


SIMULAÇÃO.

Fonte: (Própria, 2020)


124

7.11 ANEXO 11 – PERFIL DE ALETA ANULAR CIRCULAR UTILIZADO PARA


SIMULAÇÃO.

Fonte: (Própria, 2020)


125

7.12 ANEXO 12 – PERFIL DE ALETA PLANA UTILIZADO PARA SIMULAÇÃO

Fonte: (Própria, 2020)


126

7.13 ANEXO 13 – DESENHO DE PLANTA DO EQUIPAMENTO ORIGINAL

Fonte: (Própria, 2020)


127

7.14 ANEXO 14 – DESENHO CONSTRUTIVO DA SERPENTINA TUBULAR LISA

Fonte: (Própria, 2020)


128

7.15 ANEXO 15 – SIMULAÇÃO

Fonte: (Própria, 2020)


129

7.16 ANEXO 16 – ENTORNO DE SIMULAÇÃO

Fonte: (Própria, 2020)

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