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Abstract: The main anthropogenic contributors to air pollution are industrial emissions. Among
industrial activities, the production of bricks is responsible for much of the atmospheric emissions.
These atmospheric emissions from the ceramic industries compromise air quality, and as a
consequence can cause damage to the health of the population. This work aims to verify the
atmospheric emissions from 5 industries of the same region. Carbon Monoxide gas was measured
using the Tempest 100 portable equipment, at 3 points of each monitored industry. As a result, the
study showed that all industries were in agreement with the atmospheric emission limit imposed by
the current environmental legislation, even though they did not present any form of reduction of the
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emissions in the process or the exit of the chimneys. It would require monitoring of air quality
around the industries to ensure that untreated emissions would not cause harm to the health of the
surrounding population, even the results indicating compatibility with legal emission limits.
1. INTRODUÇÃO
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Apesar da atual consciência ambiental que o setor cerâmico já manifesta, apenas na última
década tem-se aprofundado o conhecimento dos impactos ambientais que lhe são inerentes
(ALMEIDA et al. 2001).
Um dos aspectos ambientais mais importantes relaciona-se às emissões gasosas resultantes
dos processos térmicos a alta temperatura, a queima e dentre os poluentes atmosféricos emitidos,
o monóxido de carbono (CO) configura-se como um dos principais. A emissão dos gases no
processo ocorre devido à combustão e está vinculada à composição da matéria-prima e do
combustível empregado para tal situação (USEPA, 1997).
Apesar de serem de pequeno porte, as indústrias dessa magnitude podem acarretar a
impactos ambientais consideráveis. Portanto, a contribuição de pequenas fábricas para a
deterioração da qualidade do ar pouco é conhecida (CO et al. 2009).
Nesse estudo, realizou-se o monitoramento sobre as emissões atmosféricas das indústrias de
cerâmica (olarias) na região Centro-Sul do Paraná. Para tal, foram efetuadas análises de gases
em 3 pontos de cada indústria. O objetivo do artigo é determinar a concentração de efluentes
gasosos (CO) em chaminés dos fornos, fornecendo informações sobre o parâmetro do processo
(CO) de emissão averiguando a sua conformidade com a legislação vigente.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Onde: Qcomb – consumo horário máximo de combustível indicado pelo fabricante, expresso
em quilogramas por hora (kg/h) ou em metros cúbicos por hora (m3/h) 3600 x 103
(fator de correção). PCIcomb – poder calorífico inferior do combustível, expresso em quilo joule por
quilograma (kJ/kg) ou em quilo joule por metro cúbico (kJ/m3).
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A metodologia para emissões de gases e particulados é baseada na Resolução 16/2014
da SEMA (Secretária do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) que define os critérios
para o Controle da Qualidade do AR no Estado do Paraná.
O equipamento utilizado para as medições consiste em um analisador digital de emissões
(Figura 1), modelo TEMPEST 100, cuja leitura é baseada em uma sonda de gases munida de
sensores termoquímicos, que operam reagindo com o gás a ser detectado, produzindo um sinal
elétrico proporcional à sua concentração, e remetendo – os a microprocessadores em tempo real.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Tabela 1 – Dados das fontes pontuais em cada indústria
Indústria Altura (m) Diâmetro (m) Consumo de Combustível Potência Térmica Nominal
(kg/h) (MW)
“A” 3,00 0,94 550,00 0,36
“B” 3,00 0,91 220,00 0,14
“C” 7,00 1,10 189,00 0,39
“D” 4,00 0,91 293,00 0,50
“E” 7,00 1,00 220,00 0,14
Fonte: Autora (2019).
Confrontando os dados apresentados na Tabela 1 com a legislação exposta na Resolução
Sema (PR) n.16 de 2014, determinou-se que todas as indústrias monitoradas enquadram-se na
potência térmica nominal de até 0,5 MW, conferindo limite de emissão de CO de até 6000
mg/Nm³, do qual é foco deste estudo.
Foram realizados monitoramentos em todos os fornos das três indústrias cerâmicas,
analisando os seguintes parâmetros: CO e O2. Os resultados das análises estão descritos na
Tabela 2. Os resultados que foram obtidos, o equipamento operava com aproximadamente 100%
da sua capacidade nominal.
Tabela 2 – Resultados das análises de gases nos fornos das indústrias
Indústria Número de fornos CO (mg/Nm³)
1 414,4
“A” 2 570,8
3 661,3
1 406,4
“B” 2 772,1
3 542,3
1 947,5
“C” 2 756,5
3 304,8
1 1248,0
“D” 2 701,1
3 639,8
1 242,3
“E” 2 419,1
3 487,9
Fonte: Autora (2019).
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Verifica-se na Tabela 2, que todas as indústrias monitoradas apresentaram valores abaixo
do limite determinado pela Resolução 54/2006: 6000 mg/Nm³ por ponto de emissão. Nesse caso,
os limites de emissão foram atribuídos à situação dos fornos em indústrias cerâmicas como
caldeiras e outros casos, especificados na Seção II, item IV da Resolução 054/2006. A média
geral da emissão de CO foi de 607,62 mg/Nm³, estando abaixo do limite exigido. Mesma situação
pode ser verificada na Figura 2, onde mostra a média as emissões de cada indústria monitorada.
Todas obtiveram emissões abaixo da linha do limite da legislação (6000 mg/Nm³).
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi verificado que todas as indústrias não possuíam nenhum tratamento para as emissões
de gases. Por meio dessa constatação, pode-se afirmar que os responsáveis pelas indústrias
acreditam que as emissões atmosféricas estão em acordo com a legislação, mesmo antes da
emissão de um laudo de monitoramento atmosférica, realizado por profissionais.
Mesmo as indústrias estando adequada a legislação ambiental vigente, caso optem pela
implantação de medidas de redução de emissão, diversas tecnologias podem ser aplicadas,
como: filtros de manga e absorvedores, a substituição para combustíveis menos poluentes (como
o gás natural) e a modernização dos fornos.
As soluções estão ligadas a adoção de políticas ambientais eficientes que visem diminuir o
nível de poluição do ar nos centros urbanos, substituição de combustíveis fósseis por
biocombustíveis ou energia elétrica também podem reduzir significativamente essa problemática,
campanhas de conscientização e principalmente a fiscalização de grandes empreendimentos
industriais.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.; FRADE, P.; CAMPANTE, H.; MARQUES, J.C.; CORREIA, A.M.S. Redução do Teor
de Flúor nos Efluentes Gasosos da Indústria Cerâmica, Cerâmica Industrial, v.6, nº.3, p.7-13,
2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERÂMICA - ABC. São Paulo, 2011. Disponível em: <
http://www.abceram.org.br/site/index.php?area=4>. Acesso em: 21. jun. 2017.
BUSTAMANTE, G.M.; BRESSIANI, J.C. A indústria cerâmica brasileira, Cerâmica Industrial, v.5,
n.3, p.31-36, 2000.
CAMARA, V.F.; LISBOA, H.M.; DAVID, P.C. Levantamento das emissões atmosféricas da
indústria da cerâmica vermelha no sul do estado de Santa Catarina, Brasil, Revista Cerâmica,
v.61, p.213-218, 2015.
CO, H.; DUNG, N.; LE, H.; AN, D.; CHINH, K.; OANH, N. Int.l Journal Environmental Studies,
v.66, n.1 p.113-124, 2009.
PIRES, Adriana. Lodo de Esgoto. Revista Ecotur. Disponível em: www.revistaecotour.com.br.
acesso em 20 jun. 2017.
RESOLUÇÃO 16/2014 DA SEMA (Secretária do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos)
que define critérios para o Controle da Qualidade do Ar como um dos instrumentos básicos da
gestão ambiental para proteção da saúde e bem estar da população e melhoria da qualidade de
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vida, com o objetivo de permitir o desenvolvimento econômico e social do Estado de forma
ambientalmente segura, e dá outras providencias.
UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (USEPA), AP 42 - Compilation of
Air Pollutant Emission Factors, Capítulo 11, Seção 3 - Bricks and Related Clay Products
(1997). Disponível em:<http://www.epa.gov/ttnchie1/ap42/ch11/final/c11s03.pdf>. Acesso em: 21
jun. 2017.
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