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Se o Brasil fosse um país onde não houvesse tanta impunidade, onde grande parte
dos empresários tivessem uma mentalidade sanitária que se sobrepusesse aos lucros, e a
ética não fosse uma moeda tão desvalorizada, até se admitiria discutir métodos de inspeção
diferentes da Inspeção Permanente.
Ainda em termos de legislação que fortalece o entendimento de função pública
podemos citar a Lei nº. 1.283, de 18 de dezembro de 1950, com a redação dada pela Lei nº.
7.889, de 23 de novembro de 1989, ao estabelecer a competência privativa da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a inspeção sanitária e industrial de produtos
de origem animal.
Idêntico entendimento está contido no Decreto nº. 5.471 de 30/03/91, que
regulamenta os artigos 27-A e 29-A da Lei 8.171 de 17 de janeiro de 1991, em seu art. 142
que diz “A inspeção higiênico-sanitária, tecnológica e industrial dos produtos de origem
animal é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
A Lei 8.071 de 17/01/91, regulamentado pelo Decreto nº 5.041 de 30/06/06, em seus
Artigos 27, 28 e 29 e artigo 133 do declinado dispositivo preconiza: o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que
aderirem aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários
assegurarão: II – que o pessoal técnico e auxiliar que efetua as inspeções seja contratado
por concurso público. IV – previsão de poderes legais necessários para efetuar as inspeções
e fiscalizações e adoção das medidas previstas neste Regulamento.
Regulamentando o Decreto nº. 5.741 de 30/03/06, o MAPA através da Instrução
Normativa nº. 19, de 24/07/06, em seu anexo I, no art. 8º do Inciso I - Recursos humanos
em seu parágrafo 1º dizem que: “Médicos Veterinários e auxiliares de inspeção, oficiais e
capacitados, em número compatível com as atividades de inspeção, lotados no Serviço de
Inspeção, que não tenham conflitos de interesses e possuam Poderes Legais para realizar a
inspeção e fiscalização com imparcialidade e independência.”.
Do pouco acima dito, Senhor procurador do Ministério Público Federal, já convence a
direção deste Conselho, com total apoio dos demais dirigentes dos Conselhos Regionais de
Medicina Veterinária supra declinados, que os serviços de inspeção e fiscalização de
produtos de origem animal, necessariamente, terão que ser feitos por Agentes Públicos com
Poder de Polícia. Não é admissível permitir que sejam essas tarefas, tão importante e
necessários a saúde pública, exercidas por empregados prepostos dos diretamente
Atenciosamente,