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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

RELATÓR IO DE ESTÁGIO

LUÍ S FI L I PE SA LG A D O ALV E S

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA

EM TOPOGRAFIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Outubro/2010

Gesp.007.03
Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Este estágio ensinou-me a olhar para o trabalho de outra maneira, trabalhar em

Topografia deixou de ser trabalho, mas sim uma forma de vida. Ser topógrafo é sentir a

liberdade, tocá-la e levar a vida de uma perspectiva mais real.

Luís F. S. Alves

I
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Ficha de identificação

Estagiário: Luís Filipe Salgado Alves


Número de identificação: 1009894
Curso: CET – Topografia e Sistemas de Informação Geográfica
Escola: Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico da Guarda
Local de estágio: Viamapa, serviços de Topografia , Lda.
E-mail: geral@viamapa.pt
Telefone: [+351] 252 685 965
Fax: [+351] 252 626 371
Site: http://viamapa.pt/
Patrono: Paulo Silva
Supervisor estágio: Eng. Topografa Gina Brito
Orientador do estágio: Eng. Geógrafo André Sá
Data de inicio: 5 de Julho de 2010
Data de fim: 17 de Setembro de 2010

Imagem I – Estagiário em trabalho de campo

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Plano de estágio

De acordo com o regulamento do estágio curricular, a empresa e o estagiário


tiveram de preencher os impressos necessários para formalizar e dar início ao estágio. Um
dos impressos era referente ao plano de estágio, de seguida transcrevo o que outrora foi
planeado.

Plano de estágio:
“Acompanhamento de preparação de obra e marcação de trabalhos em obra.
Formação em levantamentos topográficos em diversas especialidades (ETAR’s;

Vias; Terrenos; Habitações, etc.) ”

O plano de estágio foi plenamente cumprido, sendo comprovado pela descrição dos
trabalhos efectuados. O estagiário participou activamente, executou levantamentos
topográficos e implantações em obra.

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Resumo do estágio

O estágio curricular foi realizado na empresa Viamapa, Lda. com a duração de 420
horas como estipulado no regulamento de estágio curricular do curso em questão. O
trabalho desenvolvido em estágio passou por diversas localidades do país abrangendo
regiões desde o Alentejo ao Alto Douro.
Efectivamente, aquilo que o estagiário aprendeu a nível académico foi agora posto
em prática e ganhou um novo enquadramento e interesse. Houve uma responsabilidade e
dedicação que foi necessária para garantir qualidade profissional e bons resultados finais.
Embora a maioria do trabalho executado tenham sido levantamentos topográficos, o
estagiário aprendeu normas que pode agora aplicar em trabalho e futuramente utilizar numa
licenciatura de Engenharia Topográfica, que pretende ingressar no final do estágio
curricular.
Este estágio foi de enorme importância, valorizou imenso a formação técnica do
estagiário e também trouxe alguma experiência de vida em áreas ainda não abordadas.
Pessoalmente, considero que fez grandes progressos em duas vertentes. Por um lado
aprendeu bastante sobre Topografia, por outro lado evoluiu muito no que toca a trabalhar
em equipa, pois aprendeu a respeitar mais as opiniões dos outros, o que se deveu à
interacção em trabalho com pessoas mais velhas e mais instruídas.
Os trabalhos em que estive envolvido foram:
 Implantações de obra;
 Levantamentos Topográficos pormenorizados;
 Levantamentos Topográficos para telas finais;
 Georreferênciação de pontos no terreno;
 Cadastro topográfico de caixas de águas e saneamentos.

IV
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Agradecimentos

A empresa teve uma super disponibilidade ao integrar-me inicialmente numa obra,


tendo sido o meu primeiro encontro com a Topografia numa obra de grande porte.
De um modo geral, o estágio foi em grande parte realizado fora da minha área de
residência, obrigando-me assim à deslocação para assim poder estagiar.
A empresa foi prestável, deu-me alojamento, e ajudou, em parte, nas despesas.
Passei por bons momentos, aprendi a trabalhar e desenvolvi capacidades que não se
desenvolvem durante um curso, por muito prático que seja.

Em especial agradeço aos topógrafos Bruno Marcos e Tiago Guimarães, pelos bons
momentos passados juntos, mas em primeiro lugar à experiência e ao companheirismo
transmitidos.

Ao topógrafo Bruno Santos, com quem passei pouco tempo, mas apesar disso foi
uma experiencia bem vivida de novos conceitos e aplicações na Topografia.

À Engenheira Gina Brito pela disponibilidade e apoio na empresa, bem como, a


integração nas equipas de trabalho, tendo exercido, em grande parte a maior
responsabilidade sobre o meu estágio na empresa.

Agradeço vivamente a todas os colaboradores da Viamapa, que me apoiaram


durante este longo estágio.

Um obrigado especial para os meus pais e irmão, que me apoiaram sempre apesar
da distância que as vezes nos separaram e é claro, agradeço especialmente pelo suporte de
todos os custos que o estágio albergou.

Para finalizar agradeço ao Engenheiro Geógrafo André Sá, que foi o meu orientador
no estágio e me apoiou plenamente.

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Índice Geral

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................... II

PLANO DE ESTÁGIO ..................................................................................................... III

RESUMO DO ESTÁGIO ..................................................................................................IV

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................ V

ÍNDICE GERAL.................................................................................................................. A

ÍNDICE DE IMAGENS ...................................................................................................... C

CAPITULO I: INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1

a) Apresentação da empresa ............................................................................................. 1

c) Equipamentos Acessórios ............................................................................................. 3

CAPITULO II: TRABALHO REALIZADO..................................................................... 4


1. Obra de manutenção e construção e conservação de estradas, IP8-concessão Baixo
Alentejo ............................................................................................................................... 4
2. Execução de travessias e levantamentos clássicos no IP8 Ferreira do ........................ 7
Alentejo-Beja ...................................................................................................................... 7
a. Levantamento de pormenor de um travessia e zona envolvente ................................. 7
b. Levantamento clássico de zona de vegetação densa e com variações de relevo ....... 10
3. Levantamento de condutas adutoras de água – Mirandela ........................................ 11
4. Levantamento Topográfico telas finais de condutas de água – Barcelos .................. 14
5. Levantamento de redes de esgotos, fossas sépticas, estações elevatórias e ETAR’s –
Belmonte ........................................................................................................................... 18
6. Georreferênciação para trabalhos futuros .................................................................. 21

Luís Filipe Salgado Alves a


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CAPITULO III: EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ...................................................... 23


1. GNSS Topcon RTK Hiper + ..................................................................................... 23
2. Estação total Leica TCRM1205 (Robótica) .............................................................. 24
3. Estação total Leica TCR805 ...................................................................................... 24
4. Acessórios de apoio ................................................................................................... 25

CAPÍTULO IV – CONCLUSÃO ...................................................................................... 27

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 28

GLOSSÁRIO ...................................................................................................................... 29

ÍNDICE DE ANEXOS........................................................................................................ 31

Luís Filipe Salgado Alves b


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Índice de imagens

IMAGEM I – ESTAGIÁRIO EM TRABALHO DE CAMPO ................................................................ II


IMAGEM II – LOGÓTIPO VIAMAPA ........................................................................................... 1
IMAGEM III – ORGANIGRAMA DA VIAMAPA SERVIÇOS DE TOPOGRAFIA, LDA. ........................ 2
IMAGEM IV – IMAGEM LOCALIZAÇÃO GOOGLEMAPS.............................................................. 2
IMAGEM V – ESTACA DE LIMITES DE EXPROPRIAÇÃO .............................................................. 5
IMAGEM VI – PRINTSCREEN DO DESENHO DA IMPLANTAÇÃO .................................................. 5
IMAGEM VII – ESTAÇÃO TOTAL LEICA TCRM 1205 ............................................................... 6
IMAGEM VIII – GPS TOPCON RTK ......................................................................................... 6
IMAGEM IX – PORMENOR DE DESENHO TOPOGRÁFICO DE UM LEVANTAMENTO DE UMA
TRAVESSIA ....................................................................................................................... 7

IMAGEM X – PORMENOR DE TRAVESSIA, LATERAL DIREITA .................................................... 8


IMAGEM XI – PORMENOR DE TRAVESSIA, LATERAL ESQUERDA .............................................. 9
IMAGEM XII – LEVANTAMENTO CLÁSSICO DE ZONA DE OLIVAL ............................................ 10
IMAGEM XIII – EXEMPLO DE FICHEIRO DE PONTOS EXTRAÍDOS DO APARELHO ...................... 12
IMAGEM XIV – IMPORTAÇÃO DOS PONTOS DO TRABALHO PARA O AUTOCAD ........................ 12
IMAGEM XV – PONTOS SEM FORMATAÇÃO............................................................................ 13
IMAGEM XVI – PONTOS JÁ DEVIDAMENTE FORMATADOS ...................................................... 13
IMAGEM XVII – EXTRACTO DO DESENHO DO LEVANTAMENTO ............................................. 13
IMAGEM XVIII – DETECTOR DE METAIS FISHER’S ................................................................ 14
IMAGEM XIX – VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO VRP ...................................................... 15
IMAGEM XX – BOCA-DE-INCÊNDIO ....................................................................................... 15
IMAGEM XXI – VÁLVULA DE CORTE PARA BOCAS-DE-INCÊNDIO .......................................... 15
IMAGEM XXII – VÁLVULA DE CORTE DE RAMAL................................................................... 16
IMAGEM XXIII – RAMAL E ÁGUA, SAÍDA PARA HABITAÇÃO S/ TRATAMENTO........................ 16
IMAGEM XXIV – RAMAL APÓS TRATAMENTO. JÁ EM UTILIZAÇÃO POR HABITAÇÃO ............. 16
IMAGEM XXV – VÁLVULA DE NÓ ENTRE CONDUTAS ............................................................ 16
IMAGEM XXVI – MARCA DE BRONZE GEORREFERENCIADA .................................................. 17
IMAGEM XXVII – GPS ESTACIONADO COM BASE DE FERRO SOBRE MARCA DE BRONZE........ 17
IMAGEM XXVIII – ETAR EM RUÍNAS NA QUAL TEVE INÍCIO O TRABALHO............................ 18

Luís Filipe Salgado Alves c


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IMAGEM XXIX – CAIXA MARCADA COM BILL-GRAFE APÓS EFECTUADO O CADASTRO DA


MESMA ........................................................................................................................... 19

IMAGEM XXX – FUNDO DE CAIXA ASSOREADA E CHEIRA DE ÁGUA RESIDUAL ...................... 20


IMAGEM XXXI – BRUNO MARCOS, COLEGA DA EMPRESA A CATALOGAR E FOTOGRAFAR A
CAIXA JÁ CADASTRADA .................................................................................................. 20

IMAGEM XXXII – EXEMPLO DE UMA FICHA DE COORDENADAS DE UM MARCO ..................... 21


IMAGEM XXXIII – BRUNO MARCOS, TOPOGRAFO DA EMPRESA A INSERIR AS COORDENADAS
NO INSTRUMENTO PARA PROCEDER À MARCAÇÃO DOS PONTOS ESTAÇÃO ...................... 22

IMAGEM XXXIV – ESTAGIÁRIO A ESTACIONAR EQUIPAMENTO NUM MARCO GEODÉSICO ..... 22


IMAGEM XXXV – PONTO ESTAÇÃO MARCADO COM PREGO E CARICA. SINALIZADO COM
SPRAY ............................................................................................................................. 22

IMAGEM XXXVI – TRIPÉ ESTACIONADO SOBRE PONTO DE APOIO MARCADO COM PREGO
TOPOGRÁFICO E SINALIZADO COM BILL-GRAFE ............................................................. 22

IMAGEM XXXVII – GPS TOPCON RTK HIPER + .................................................................. 23


IMAGEM XXXVIII – ESTAÇÃO TOTAL LEICA TCRM 1205 (ROBÓTICA) .............................. 24
IMAGEM XXXIX – ESTAÇÃO TOTAL LEICA TCR 805 ........................................................... 24
IMAGEM XL – MINI-PRISMA ................................................................................................. 25
IMAGEM XLI – RECEPTOR GNSS ESTACIONADO EM BASE DE FERRO PARA MARCOS ............ 25
IMAGEM XLII – MARCADOR BILL-GRAFE ............................................................................. 25
IMAGEM XLIII – PRISMA 360º LEICA .................................................................................... 25
IMAGEM XLIV – TRIPÉ DE MADEIRA LEICA .......................................................................... 26
IMAGEM XLV – RÉGUA DE 5METROS PARA CADASTRO DE CAIXAS DE ÁGUAS/SANEAMENTO 26
IMAGEM XLVI – MARCAÇÕES COM BIL-GRAFE .................................................................... 26
IMAGEM XLVII – DETECTOR DE METAIS FISHER’S ............................................................... 26

Luís Filipe Salgado Alves d


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Capitulo I: Introdução

a) Apresentação da empresa

A empresa Viamapa, Lda. foi criada em 2004 e actua na área de Serviços Topográficos
especializados em Topografia, Cartografia, Cadastro e Fiscalização, incluindo Geo-
Referência e Levantamento de Fachadas de construções
existentes, e aluguer de equipas de Topografia para apoio
topográfico à execução de obra.
Actualmente a empresa é composta por 49 funcionários.
Imagem II – Logótipo Viamapa

Alguns dos trabalhos realizados pela empresa foram (para mais informações consultar
página da empresa na internet http://www.viamapa.pt):

 Scut da Ilha de S. Miguel – Açores;


 Aeroporto Sá Carneiro;
 Adutoras e reservatórios de água do subsistema de Balsemão;
 Etar’s da Nazaré, Carregado, São João da Ribeira, e Monfalim;
 Variante à EN207: do IP9 – Longra / Felgueiras – obras de arte corrente;
 Hidrografia do Rio Cávado;
 A11/IC14 – Sublanço EN 205 – Barcelos;
 Concessão Douro Litoral A43/IC29 – Gondomar / Aguiar de Sousa (IC24);
 Reforço de potência da barragem da Caniçada – Terras do Bouro;
 Autódromo de Portimão;
 Etar’s da Nazaré, Carregado, São João da Ribeira, e Monfalim;
 Reabilitação da EN entre Videle e Mereni – Roménia;
 Adutoras e reservatórios de água do subsistema de Balsemão;
 Concessão Douro Litoral A41 Picoto “IC2”/Nó da Ermida “IC25” - Ponte sobre o
Rio Sousa.

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Apresento seguidamente um organigrama da empresa com as funções e cargos


ocupados hierarquicamente.

Imagem III – Organigrama da Viamapa serviços de Topografia, Lda.

b) Localização :
Viamapa - Serviços de Topografia
Unipessoal, Lda.
Rua José Moreira Morim, 919
4490-099 A-Ver-O-Mar
Póvoa de Varzim
Telefone: [+351] 252 685 965
Fax: [+351] 252 626 371
E-mail: geral@viamapa.pt

Imagem IV – Imagem localização GoogleMaps

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c) Equipamentos Acessórios

A empresa possuía um vasto número de equipas no terreno, não só na


Topografia de levantamentos, mas também em equipas de obra e cadastro.
Apresento agora alguns dos equipamentos que a empresa possuía. (*)
 Estação total Sokkia set5e;
 3 Estações total Leica TCRM 1205 R1000;
 2 Estações total Leica TCRM 1205 R400;
 2 Estações total Leica TCRM 1205 R300;
 2 Estações total Leica TCRM 1203 R1000;
 Estação total Leica TCR 805 POWER;
 Estação total Leica TCR 705 XR;
 Estação total Topcon GPT 7005;
 3 GNSS Topcon RTK;
 Nível óptico automático Leica.

Para além destes equipamentos, tínhamos acesso também a todo o tipo de acessórios
e instrumentos de apoio, como

 Bastões e prismas;
 Mini-Prismas;
 Réguas, Fitas métricas;
 Tripés (Estação e Gps);
 Tripés de pinças;
 Bases de ferro para marcos geodésicos;
 Marcadores (Bil-grafes, Sprays e fita sinalizadora);
 Pregos (normais, topográficos), estacas de madeira, martelos, marretas;
 Luvas, capacetes, coletes reflectores, botas de biqueira e palmilha de aço.

(*) Alguns equipamentos que a empresa utiliza não estão aqui referidos, a informação foi retirada do site da
mesma. A empresa também utiliza de equipamentos alugados em situações permanentes de obra.

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Capitulo II: Trabalho realizado

1. Obra de manutenção e construção e conservação de estradas, IP8-concessão


Baixo Alentejo

A concessão rodoviária do Baixo Alentejo encontra-se adjudicada às ESTRADAS


DA PLANÍCIE, sociedade que incorpora as competências de project finance, construção e
exploração de infra-estruturas de um grupo qualificado de empresas.
A concessão tem como accionistas a EDIFER, a IRIDIUM, a DRAGADOS, a
TECNOVIA e a CONDURIL.
A Viamapa, Lda. na qual fiz o estágio curricular, estava adjudicada à Edifer.

Foi um trabalho numa obra que estava apenas a começar, onde todo trabalho se
resumiu à implantação de estacas de zonas para futura expropriação, passagens hidráulicas
e zonas protegidas de ratos “cabrera”.
As estacas de expropriação haviam já sido implantadas, mas uma vez que a obra
esteve parada foi necessária a sua verificação para que as equipas de Motosserristas
pudessem desbastar a maior parte das árvores protegidas (Azinheiras, Sobreiros e
Eucaliptos), para além de serem espécie muito propícias em Portugal, houve a necessidade
de as contabilizar pois são árvores valiosas que demoram cerca de 30 anos a serem
rentáveis.
Esta obra teve uma extensão de vinte quilómetros, em que nada estava desmatado e
a maioria dos terrenos tinham vedações, o que não permitia uma fácil abordagem perante o
terreno que encontrávamos. Nesta obra utilizou-se dois equipamentos, um receptor GNSS
Topcon RTK e uma estação total Leica TCRM 1205 robótica.
De seguida, mostram-se algumas imagens das estacas implantadas em campo, bem
como do trabalho em geral e uma breve descrição destes aspectos.

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Estacas azuis
Eram usadas na marcação dos limites de expropriação
da obra.

Estacas amarelas
Eram utilizadas na marcação de passagens hidráulicas.

Estacas brancas
Eram utilizadas na marcação das áreas protegidas dos
ratos “cabrera”.
Imagem V – Estaca de limites de
expropriação

Embora este estágio estágio não tenha existido uma vertente de gabinete, eu mantive
uma prática regular de trabalho em AutoCad.
Seguidamente, apresento uma imagem onde mostro em detalhe uma parte do
trabalho implantação.

Imagem VI – PrintScreen do desenho da implantação

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Na imagem as zonas delimitadas com polígonos de cores verde, branca e vermelha,


são a parte de todo o trabalho, a única que se destacou. Estas zonas foram delimitadas com
estacas brancas pois são as áreas propícias para a ocorrência da espécie de ratos “cabrera”.
Estes ratos, são uma espécie protegida que habita em zonas húmidas, e para além de
terem trazido um atraso na obra, foram parte de um grande estudo sobre a vegetação da
zona. Como qualquer estudante de Topografia, nunca tinha visto um trabalho como este,
onde a Topografia foi utilizada em protecção da natureza e da biodiversidade do país.

Neste trabalho foram utilizados dois equipamentos,


uma estação total robotizada Leica TCRM 1205 e um receptor
GNSS Topcon RTK. Destes equipamentos, a estação total
robotizada não se enquadrou muito com o trabalho, visto que a
vegetação era densa e mesmo a trabalhar autonomamente era
problemática porque a vegetação fazia a estação total perder a
localização do prisma, mesmo sendo ele um Prisma360º
LEICA, era ideal para o trabalho com GPS.
O GNSS foi dos dois o que melhor se enquadrava neste Imagem VII – Estação
total Leica TCRM 1205
tipo de trabalho, tendo porem encontrado alguns problemas
derivados ao efeito multi-trajecto do sinal.

Estive presente neste trabalho durante cinco


semanas, tendo ganho uma maior experiência em
trabalho de campo, familiarizando-se assim às
condições atmosféricas e à morfologia do terreno.

Imagem VIII – GPS Topcon RTK

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2. Execução de travessias e levantamentos clássicos no IP8 Ferreira do


Alentejo-Beja

a. Levantamento de pormenor de um travessia e zona envolvente

Esta travessia fazia parte de um troço do traçado da obra do IP8, com uma diferença
da obra anterior. Esta já estava construída e apenas se pretendia a actualização e
manutenção da mesma.
Para a execução deste trabalho utilizamos uma estação total Leica TCRM 1205
robótica, foi um trabalho simples e rápido de executar, embora desse apenas um pouco mais
de trabalho em gabinete dado que temos de utilizar os pontos em Z, a cota, e desenhar em
duas dimensões apenas com afastamento e abcissa. Este ficou com a seguinte configuração
depois de desenhado em gabinete. Segue em anexo uma proposta para o desenho deste
trabalho.

Imagem IX – Pormenor de desenho topográfico de um levantamento de uma travessia

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Pela imagem anterior (Página7) conseguimos retirar que para fazer o levantamento
ao pormenor de uma travessia, não temos apenas de nos limitar ao levantamento da
travessia em si, mas também o levantamento da envolvente pedido pelo gabinete técnico da
obra.
A travessia em si tem dois desenhos, um da lateral direita e outro da lateral esquerda
como podemos averiguar pelas imagens seguintes.

Imagem X – Pormenor de travessia, Lateral direita

Como podemos constatar, entre os pormenores da travessia, diferem alguns valores


da lateral direita para a lateral esquerda o que nos ajuda a fazer os cálculos de
profundidades e desníveis que serão precisos para a requalificação da estrada.

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Imagem XI – Pormenor de travessia, Lateral esquerda

Como já referi anteriormente, segue em anexo (Anexo1), um exemplo do que


poderá ser entregue no gabinete técnico da obra para serem efectuados os devidos cálculos.
O exemplo que vou submeter em anexo não está em plena conformidade com o trabalho
entregue pela empresa, pois este foi realizado pelo estagiário e pelo colegae de trabalho
Tiago Guimarães.

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b. Levantamento clássico de zona de vegetação densa e com variações


de relevo
O levantamento clássico é uma terminologia utilizada entre os entendidos da
Topografia, ou seja, consiste apenas num normal levantamento topográfico como aprendido
em aulas, mas é uma maneira de diferenciar este de outros levantamentos.
O levantamento que executamos, teve como equipamento de apoio uma estação
total Leica TCRM 1205 robótica e foi realizado efectivamente na mesma zona da travessia.
A única dificuldade era a existência de uma vasta área de olival, o que nos levou a um
maior trabalho pois nem sempre havia inter-visibilidade entre a estação total e o prisma.
Este levantamento teve a
mesma finalidade que o anterior,
entregar ao gabinete técnico da
obra, tendo em conta que existiam
algumas dúvidas acerca das
características do terreno que
podiam diferenciar das áreas
envolventes. Este trabalho tem
também evidenciado no desenho
uma travessia, que já havia sido
desenhada e entregue em gabinete.
Um dos aspectos para o qual este
trabalho foi necessário, foi que
havia uma valeta em terra, que
sazonalmente, em épocas de chuvas
poderia o seu caudal ser em excesso
e por isso também podia precisar de
algum tipo de intervenção.
Imagem XII – Levantamento clássico de zona de olival
Segue em anexo
(Anexo2) uma proposta para o
desenho deste trabalho.

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3. Levantamento de condutas adutoras de água – Mirandela

Esta obra consistiu no levantamento topográfico de condutas adutoras de águas para


que os reservatórios existentes fossem posteriormente restaurados, e ou aumentados e
depois prosseguir á unificação da conduta par que a rede ficasse mais consistente e sólida o
que iria permitir uma maior qualidade no abastecimento de água.
Para este trabalho utilizamos apenas um receptor GNSS Topcon Hiper RTK Hiper+.
Este trabalho foi simples pois tinha um único objectivo que era efectuar levantamento dos
caminhos de terra batida por onde havia passado a conduta e também fazer o levantamento
de uma faixa de terreno entre 2 a 3 metros, laterais aos caminhos, para que fosse assim mais
facilitado o trabalho em gabinete para desenhar o traçado e calcular os desníveis entre os
reservatórios de água.
O estagiário realizou o desenho do levantamento para corrigir, em conjunto com o
seu supervisor em campo, algumas falhas, eventualmente alguns pontos sobrepostos e/ou
em falta.

Procedimentos para efectuar o desenho do traçado:

Após levantamento extraíamos o ficheiro de pontos do equipamento, que vinha em


ficheiro .*txt , onde utilizavamos alguns dos seguintes códigos em campo segundo as
normas da empresa, estes códigos eram apontados numa caderneta. Segue em anexo
(Anexo3) um exemplo da mesma.

MPS – Muro de pedra solta PI – Poste de iluminação


M - Muro PTLF – Poste telefónico
CAMTERRA – Caminho de terra ARV - Árvore
BET – Pavimento a betuminoso L – Lancil
CUBO – Pavimento a cubo CX SAN – Caixa de saneamento
CT - Cota CX EDP – Caixa EDP
VED - Vedação VAL – Valeta / Vedação

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Imagem XIII – Exemplo de ficheiro de pontos extraídos do aparelho

Seguidamente à extracção dos pontos do equipamento, procedemos à importação


dos ficheiros para o software AutoCad CIVIL 3D bem como à formatação dos pontos para
uma maior facilidade no trabalho, ou seja, modificar a forma, cor e as escalas dos pontos de
maneira a facilitar o trabalho.

Imagem XIV – Importação dos pontos do trabalho para o autocad

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Imagem XVI – Pontos já devidamente formatados

Imagem XV – Pontos sem formatação

Os pontos foram importados correctamente já com as devidas formatações


nos mesmos, e após isto procedemos à execução do desenho. Que ficou como
apresento a seguir.

Imagem XVII – Extracto do desenho do levantamento

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4. Levantamento Topográfico telas finais de condutas de água – Barcelos

Esta obra estava a cargo da empresa “Águas de Barcelos”, para a qual efectuamos o
levantamento para telas finais da rede de águas que havia sido executada e concluída entre
2007 e 2009. Ocorreu na aldeia de Remelhe, concelho de Barcelos.
O levantamento para este fim, teve alguns aspectos básicos a levantar, em que apenas
só tinha interesse o levantamento dos seguintes elementos:
 Válvulas redutoras de pressão (VRP);
 Válvulas de corte individuais para ramais de habitações e bocas-de-incêndio;
 Ramais junto às habitações, ou caixas de contadores de água já existentes nos muros
das habitações;
 Bocas-de-incêndio;
 Nós entre condutas;

Este trabalho foi realizado com apoio de cartografia digital da área (Sem escala, apenas
para localização), ortofotomapas (Sem escala, apenas para localização), Rede de pontos de
apoio da Câmara Municipal de Barcelos e respectivas fichas identificativas que se
baseavam também na cartografia digital. Em anexo seguem os exemplos da cartografia
digital utilizada (Anexo4), das fichas identificativas da rede de pontos de apoio (Anexo5) e
também extractos dos ortofotomapas com o desenho da rede a levantar (Anexo6).

Este trabalho foi de fácil execução pois as marcas da obra ainda estavam visíveis,
embora em caminhos de terra tenha sido difícil identificar o
local onde passava a conduta e as válvulas que haviam sido
deixadas mais abaixo do pavimento para que futuramente
se passasse á repavimentação com cubo, ou outro material
com asfalto. Este aspecto levou-nos a utilizar em campo
ferramentas que nunca haviam sido utilizadas, como o
detector de metais e algumas alfaias para escavar
superficialmente o terreno. Imagem XVIII – Detector de
Metais Fisher’s

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Para este trabalho utilizamos um conjunto de equipamentos como:

 Estação total Leica TCR 805;


 Receptor GLONASS Leica que comunica com a RENEP via GSM e com apoio da
Rede Nacional de Estações Permanentes;
 Detector de metais;
 Equipamentos de apoio em campo.

Apresento seguidamente um conjunto de imagens que caracterizam esta obra.

Imagem XIX – Válvula Redutora de Pressão VRP

Imagem XX – Imagem XXI – Válvula de corte para


Boca-de-incêndio bocas-de-incêndio

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Imagem XXII – Válvula de


Imagem XXIII – Ramal e
corte de ramal
água, saída para habitação s/
tratamento

Imagem XXIV – Ramal após tratamento. Já em


utilização por habitação

Imagem XXV – Válvula de nó


entre condutas

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Georreferênciação do trabalho

A georreferênciação deste trabalho foi realizada através das marcas de bronze da


Câmara Municipal de Barcelos coordenadas localmente em altimetria e planimetria, tendo
em conta que a maior parte do trabalho foi executada com GNSS, só precisamos
efectivamente de um sítio para estacionar pois o GNSS teve sinal suficiente para toda a área
do trabalho.
Como as marcas de bronze da
câmara estão localizadas normalmente em
topo de muros, para evitar uma maior
degradação, estacionámos o receptor GNSS
com a base de ferro e seguidamente
escolhemos alguns pontos que nos fossem
mais úteis para o trabalho.
Em anexo (Anexo5) segue um exemplo das
fichas de apoio das marcas de bronze da Imagem XXVI – Marca de bronze georreferenciada
câmara municipal de Barcelos.

Imagem XXVII – GPS estacionado com base de ferro sobre marca de bronze

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5. Levantamento de redes de esgotos, fossas sépticas, estações elevatórias e


ETAR’s – Belmonte

O próximo trabalho faz referência ao levantamento de uma rede de esgotos existente


que se apoiava em ETAR’s, EEAR’s e fossas sépticas.
O objectivo era executar a requalificação da rede de saneamento e aguas residuais, e
ou construção/requalificação de ETAR’s e EEAR’s para uma melhor funcionalidade da
mesma rede.
Tudo isto levou-nos a um trabalho ao qual o estagiário ainda não tinha presenciado
que era ao cadastro integral das caixas de saneamento, e também a uma parte perigosa da
Topografia. O estagiário teve de andar sobre ruínas de uma antiga e degrada ETAR que
estava a despejar resíduos a céu aberto o que se torna perigosa para a saúde e bem-estar.
Neste trabalho utilizamos um receptor GNSS Topcon RTK Hiper +, o que se tornou
bastante funcional tendo em conta que estavamos a trabalhar no meio de localidades com
pouca densidade populacional, e mais uma vez, o ponto mais importante do trabalho eram
as cotas dos locais por onde passavam as condutas e o cadastro das caixas pedido pelo
gabinete técnico.

Imagem XXVIII – ETAR em ruínas na qual teve início o trabalho

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Imagem XXIX – Caixa marcada com Bill-Grafe após efectuado o cadastro da mesma

O cadastro das caixas era efectuado, quando possível com o receptor GNSS onde
tirávamos um ponto no fundo da caixa, e na soleira dos tubos de entrada e saída existentes.
No caso da profundidade da caixa ultrapassar a altura máxima a que o equipamento poderá
funcionar, utilizávamos uma fita métrica com um peso de ferro na ponta e uma régua
extensível até 5 metros.
Para cadastrar as caixas, utilizávamos uns impressos predefinidos pela empresa para
este meio. Era essencial saber se a caixa estava assoreada ou não, se estava cheia, o numero
de tubos existentes e seus diâmetros, e a profundidade da mesma.

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Imagem XXX – Fundo de caixa assoreada e cheira de água residual

Imagem XXXI – Bruno Marcos, colega da empresa a catalogar


e fotografar a caixa já cadastrada

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6. Georreferênciação para trabalhos futuros

Os trabalhos de georreferênciação eram um simples processo de marcação de pontos


de apoio no terreno, georreferenciados com apoio na Rede Geodésica Nacional.
Estes pontos tinham como função permitir que uma outra equipa da empresa que
fosse para o terreno com estação total, pudesse realizar outros trabalhos já
georreferenciados de acordo com estes pontos de apoio marcados.
Os marcos geodésicos existiam com uma visível degradação e alguns deles com
difícil acesso. Para simplificar estes problemas, utilizávamos o site do Instituto Geográfico
Português, onde podíamos encontrar a ficha de apoio que vemos na imagem seguinte.
Nesta ficha tínhamos acesso às coordenadas dos marcos, à sua caracterização e
também a uma fotografia e um extracto da cartografia digital da sua localização. Isto
facilitava o trabalho pois são informações bastante úteis.

Imagem XXXII – Exemplo de uma ficha de coordenadas de um marco

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Apresento agora algumas fotografias tiradas nos marcos, bem como a implantação de
pontos estação no terreno.

Imagem XXXIV – Estagiário a Imagem XXXIII – Bruno Marcos, topografo


estacionar equipamento num marco da empresa a inserir as coordenadas no
geodésico instrumento para proceder à marcação dos
pontos estação

Imagem XXXVI – Tripé estacionado sobre ponto


de apoio marcado com prego topográfico e
Imagem XXXV – Ponto estação sinalizado com Bill-Grafe
marcado com prego e carica.
Sinalizado com spray

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Capitulo III: Equipamentos utilizados

Durante o estágio utilizei alguns equipamentos das marcas Leica e Topcon.


Seguidamente apresento algumas descrições dos equipamentos utilizados acompanhados de
uma fotografia para melhor os caracterizar.

1. GNSS Topcon RTK Hiper +

Este equipamento é um equipamento GNSS


de posicionamento em tempo real que aceita a
utilização das duas constelações (GPS e
GLONASS) em simultâneo. Foi um
equipamento que facilmente aprendeu a utilizar,
tendo em conta que já tinha utilizado um similar
durante o curso, na cadeira de Sistemas Globais
de Posicionamento Globais. É um equipamento
que raramente trás problemas e onde podemos
operar sempre só com uma pessoa na equipa.
Isto trás um pouco de vantagem em relação às
estações totais, tem mais rendimento de
trabalho, mas torna-se inutilizável em algumas

zonas. Por exemplo, em zonas de florestas e no Imagem XXXVII – GPS Topcon RTK
centro de cidades com altos edifícios, etc. Hiper +

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2. Estação total Leica TCRM1205 (Robótica)

Esta estação total com que trabalhou foi das


melhores e mais complexas que alguma vez vi. Com
esta estação usavamos um prisma 360º Leica que
permitia trabalhar com ela autonomamente, em que
apenas uma pessoa podia fazer o trabalho de topógrafo
e porta-miras ao mesmo tempo. O estagiário teve
alguma dificuldade ao trabalhar com ela, foi a primeira
Leica que utilizou e demorou alguns dias até se adaptar
a trabalhar com a estação total na perfeição. Esta Imagem XXXVIII – Estação
Total Leica TCRM 1205
estação total dava no entanto para trabalhar das duas (Robótica)
maneiras, robóticamente ou não, com porta miras.

3. Estação total Leica TCR805

A estação que vou falar, foi a última a ser utilizada


por mim e já foi um pouco mais intuitiva de utilizar
pois já não era a primeira interacção com a marca
Leica. Esta estação é uma estação um pouco antiga,
ainda não tem um software recente nem, usa um teclado
alfanumérico e ainda usa um pequeno ecrã o que nos
leva a perder algum interesse pela estação. Tirando os
pormenores da tecnologia já ultrapassada, não deixa no
entanto de ser uma estação total funcional e bastante
Imagem XXXIX – Estação Total
simples para o uso diário. Leica TCR 805

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4. Acessórios de apoio

Utilizei vários acessórios de apoio a estes equipamentos, vou fazer aqui uma
pequena listagem, seguida de algumas fotografias:

 Bastões e prismas;
 Mini-Prismas;
 Réguas, Fitas métricas;
 Tripés (Estação e GPS);
 Tripés de pinças;
 Bases de ferro para marcos geodésicos e marcas de bronze;
 Detector de Metais;
 Marcadores (Bill-grafes, Sprays e fita sinalizadora);
 Pregos (normais, topográficos), estacas de madeira, martelos, marretas;
 Luvas, capacete, colete reflector, bota de biqueira e palmilha de aço.

Imagem XLI – Receptor GNSS Imagem XL – Mini-Prisma


estacionado em base de Ferro para
marcos

Imagem XLII – Marcador Bill-grafe

Imagem XLIII – Prisma 360º


Leica

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Imagem XLIV – Tripé de madeira


Leica

Imagem XLV – Régua de 5metros para


cadastro de caixas de águas/saneamento

Imagem XLVI – Marcações com Bil-


grafe

Imagem XLVII – Detector de Metais Fisher’s

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Capítulo IV – Conclusão

No decorrer do estágio curricular, ocorreram diversas alterações entre os níveis de


dificuldade dos trabalhos, diferenças essas que foram ultrapassadas com apoio da empresa e
dos colegas de trabalho.

No aspecto da adaptação à empresa, ao árduo trabalho e à dura vida de topógrafo, o


estagiário conseguiu transparecer uma grande adaptação às mesmas. Para tal, houve algum
companheirismo entre colegas de trabalho que ajudou em grande parte a esta súbita
mudança de hábitos e à eficaz tarefa de conclusão do estágio.

O estágio foi em pleno a melhor disciplina do curso, tendo por si só completado


toda a formação e levou a uma maior aprendizagem ao forçar o estagiário a por em prática
um vasto leque de matérias teóricas e práticas aprendidas a nível académico.

A diversidade de trabalhos efectuados e a sua competência nas diversas áreas ajudou


em muito ao estagiário para obter uma maior força e interesse para a realização do estágio,
bem como para aprender a ter uma maior visão sobre a Topografia em si.

Numa visão geral, o estágio foi uma prova de conhecimentos. Este estágio oscilou
entre levantamentos e trabalhos em obra o que levou a uma super aprendizagem e
adaptação ao mundo do trabalho e as características bem presentes na Topografia.

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Bibliografia

 Sites da internet:

 WWW.VIAMAPA.PT
 WWW.IGEO.PT
 WWW.BAIXOALENTEJO.PT/ESTRADAS_PLANICIE.ASPX

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Glossário

RTK- Real Time Kinematic


GNSS-Global Navigation Satellite System
ETAR-Estação de tratamento de águas residuais
EEAR-Estação elevatória de águas residuais
ReNEP-Rede Nacional de Estações Permanentes

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Anexos

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Índice de Anexos

ANEXO 1
PORMENOR DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE TRAVESSIA

ANEXO 2
LEVANTAMENTO CLÁSSICO

ANEXO 3
CADERNETAS DE APOIO A LEVANTAMENTO DE CAMPO

ANEXO 4
CARTOGRAFIA DIGITAL BARCELOS (EXTRACTO)

ANEXO 5
FICHAS DA REDE DE PONTOS DE APOIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE
BARCELOS

ANEXO 6
ORTOFOTOMAPA COM TRAÇADO A LEVANTAR (EXTRACTO)

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Anexo 1
PORMENOR DE
LEVANTAMENTO DE TRAVESSIA

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Anexo 2
LEVANTAMENTO CLÁSSICO

Luís Filipe Salgado Alves


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Anexo 3
CADERNETAS DE APOIO A
LEVANTAMENTO DE CAMPO

Luís Filipe Salgado Alves


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476
477
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475
480
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Anexo 4
CARTOGRAFIA DIGITAL BARCELOS
(EXTRACTO)

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Anexo 5
FICHAS DA REDE DE PONTOS DE
APOIO DA CÂMARA MUNICIPAL
DE BARCELOS

Anexo 6
ORTOFOTOMAPA COM TRAÇADO
A LEVANTAR (EXTRACTO)

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Anexo 5
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Anexo 6
ORTOFOTOMAPA COM TRAÇADO
A LEVANTAR (EXTRACTO)

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