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GASPOTECH ENGENHARIA LTDA GASPOTECH

ENGENHARIA
E INSPEÇÃO

NR-13 TREINAMENTO DE
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
UNIDADES DE PROCESSOS

Nome do Aluno:________________________________________
GASPOTECH ENGENHARIA LTDA

NR-13 TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA


OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO

UÓRANI GASPODINI

Balneário Camboriú - SC
2015

É autorizada reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema desde que a fonte
seja preservada e citada.

Equipe Técnica:

Enildo Matos de Oliveira– Engº Mecãnico; Mst Engenharia

Eduardo Succo – Fisioterapeuta; Esp Urgência e emergência

José Vanderley Machado – Técnico Eletrotécnico

Marcelo Pereira – Engº Eletricista

Sergio Augusto Bitencourt Petrovcic– Engº Eletricista; Mst Engenharia

Uórani Gaspodini – Engº Mecânico e Engº de Segurança do Trabalho; Esp Climatização e


Refrigeração

Revisão, Organização e Edição:

Uórani Gaspodini

Capa:

Uórani Gaspodini

Solicitação de Apostilas:

ugaspo@hotmail.com (47) 9178-2013


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Conteúdo
1 Grandezas físicas e unidades de medidas.........................................................................8

1.1 Pressão.....................................................................................................................8

1.2 Vácuo.....................................................................................................................12

1.3 Conceito de calor e temperatura.............................................................................12

1.4 Estados físicos da matéria.......................................................................................15

2 Equipamentos................................................................................................................16

2.1 Bombas..................................................................................................................16

2.2 Compressor............................................................................................................18

2.3 Bombas especiais...................................................................................................19

2.4 Trocadores de calor................................................................................................19

2.5 Condensador..........................................................................................................21

2.6 Evaporador.............................................................................................................22

2.7 Dispositivos de expansão........................................................................................23

2.8 Acessórios do circuito de refrigeração.....................................................................23

2.9 Válvulas de controle...............................................................................................24

2.10 Dispositivos de segurança.......................................................................................25

2.11 Vasos de pressão....................................................................................................26

3 Eletricidade....................................................................................................................27

3.1 Introdução..............................................................................................................27

3.2 Estrutura atômica...................................................................................................27

3.3 Condutores.............................................................................................................28

3.4 Isolantes.................................................................................................................28

3.5 As Seis fontes de Eletricidade.................................................................................28

3.6 Eletrostática...........................................................................................................28

3.7 Eletrodinâmica.......................................................................................................29
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3.8 Corrente elétrica.....................................................................................................29

3.9 Tensão elétrica.......................................................................................................30

3.10 Resistência Elétrica.................................................................................................30

3.11 Lei de OHM.............................................................................................................31

3.12 Leis de Kirchoff.......................................................................................................31

3.13 Potência.................................................................................................................32

3.14 Rendimento............................................................................................................32

3.15 Elementos de circuitos............................................................................................32

3.16 Instrumentos de medição.......................................................................................34

3.17 Categorias de Segurança........................................................................................36

3.18 eletricidade e seus perigos......................................................................................37

3.19 Evitando os 10 erros ao testar eletricidade..............................................................38

4 Instrumentação..............................................................................................................39

4.1 Por que medir?.......................................................................................................39

4.2 Grandezas físicas....................................................................................................40

4.3 Medição de Temperatura.......................................................................................40

4.4 Medição da Pressão................................................................................................43

4.4.1 Comentários adicionais...................................................................................45

4.5 Nível.......................................................................................................................47

5 Unidades de processo....................................................................................................49

5.1 Refrigeração...........................................................................................................49

5.1.1 Histórico da refrigeração.................................................................................50

5.1.2 Classificação quanto à utilização.....................................................................50

5.1.3 Refrigerantes..................................................................................................51

5.1.4 Propriedades dos refrigerantes.......................................................................52

5.1.5 Amônia anidra................................................................................................52

5.2 Descrição do processo de refrigeração....................................................................53

5.3 Operação em sala de máquinas – partidas e paradas...............................................55


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5.4 Degelo de evaporadores em câmaras.....................................................................58

5.5 Presença de Refrigerante Liquefeito no Compressor..............................................58

5.6 Procedimentos para efetuar manutenção em válvulas, equipamentos e máquinas. 59

5.7 Ar no sistema de refrigeração.................................................................................60

5.8 Lubrificante............................................................................................................62

5.8.1 Cuidados.........................................................................................................63

5.9 Manutenções preventivas, preditivas e detectivas..................................................63

5.9.1 Check list dos condensadores (semanal).........................................................64

5.9.2 Manutenções preventivas nos condensadores................................................64

5.9.3 Óleo no sistema..............................................................................................65

5.10 Procedimentos de Emergência...............................................................................66

5.10.1 Estágio inicial..................................................................................................67

5.10.2 Estágio intermediário......................................................................................67

5.10.3 Estágio Final....................................................................................................67

5.11 Segurança em sala de máquinas.............................................................................67

5.11.1 Considerações gerais.......................................................................................67

5.11.2 Conhecendo mais sobre amônia.....................................................................68

5.11.3 Segurança geral..............................................................................................69

5.11.4 Efeitos Toxicológicos......................................................................................70

5.12 Cuidados na sala de máquinas.................................................................................71

5.13 Ventilação nas salas de máquinas...........................................................................72

5.14 Dispositivos de segurança.......................................................................................73

5.15 Sala operacional.....................................................................................................74

5.16 Descarga de amônia na atmosfera..........................................................................74

5.17 Principais equipamentos de segurança...................................................................75

5.18 Operação preventiva...............................................................................................77

5.19 Procedimentos de Emergência...............................................................................78

5.19.1 Procedimento em caso de vazamento inesperado...........................................78


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5.19.2 Cuidados no combate ao vazamento...............................................................79

5.20 Referências bibliográficas.......................................................................................79

6 Norma NR13 (Parcial).....................................................................................................82

7 Anexo Primeiros Socorros..............................................................................................95

1 Eletricidade
1.1 Introdução
Atualmente as novas tecnologias exigem que as grandes elétricas envolvidas nos
fenômenos físicos sejam medidas, com uma confiabilidade cada vez melhor. Com isso
surgem instrumentos e técnicas que permitem medir e controlar tais grandezas.
Evidentemente que os conceitos fundamentais, clássicos e básicos de medidas elétricas são
indispensáveis aos profissionais que utilizam estas novas tecnologias. Conhecendo-se tais
conceitos, consegue-se medir e controlar grandezas físicas não elétricas tais como:
temperatura, vazão, Pressão, velocidade, etc.

1.2 Estrutura atômica


Sabemos que toda matéria é formada por moléculas e que as
moléculas são formadas por átomos. O átomo é formado pelo núcleo e
pela eletrosfera. A eletrosfera é a região do átomo onde se encontram
os elétrons, que são partículas carregadas negativamente e que se
movimentam em torno do núcleo. O núcleo, por sua vez, é formado por
prótons e neutros. Os prótons são partículas carregadas positivamente
e os neutros, como o próprio nome diz, são eletricamente neutros. A
carga elétrica do próton é da mesma intensidade do elétron, porém, de sinal contrário, ou
seja, eles se atraem. Em contrapartida, elétrons repelem-se entre si, assim como os prótons.
A Error: Reference source not found mostra a estrutura atômica.

A eletrosfera do átomo está dividida em camadas. Cada camada comporta um certo número
de elétrons. Quando a camada mais externa do átomo possui apenas um elétron, este
elétron é chamado de elétron livre, pois está fracamente ligado ao núcleo e pode ser
facilmente retirado deste átomo. Em contrapartida, quando a última camada da eletrosfera
está preenchida, todos os elétrons estão fortemente ligados e é muito difícil arrancar algum
elétron deste átomo.

1.3 Condutores
São elementos químicos (materiais) que possuem apenas um elétron na última camada da
eletrosfera. Ex: ouro, prata, cobre.

Distribuição da carga elétrica em um condutor: A carga elétrica em um material condutor


distribui-se igualmente nas regiões periféricas, devido à repulsão das cargas elétricas de
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mesmo sinal. Esse fenômeno explica o princípio de funcionamento da blindagem


eletrostática (gaiola de Faraday).

Teoria das pontas: As cargas elétricas tendem a se acumular


nas regiões pontiagudas. Este fenômeno explica porque os para-
raios tem a forma de um tripé.

1.4 Isolantes
São elementos químicos (materiais) que possuem a última camada da eletrosfera totalmente
preenchida. Ex: vidro, madeira, borracha.

1.5 As Seis fontes de Eletricidade


Para a produção de eletricidade, alguma forma de energia deve ser usada para acionar os
elétrons. As seis fontes básicas de produção de energia elétrica que podem ser utilizadas
são:

1) Fricção
2) Pressão
3) Calor
4) Luz
5) Magnetismo
6) Ação química

Para geração de energia em escala industrial as fontes utilizadas são a hidráulica, eólica,
solar, nuclear, termoelétrica e das marés.

1.6 Eletrostática
A eletrostática estuda os fenômenos relacionados com as cargas elétricas em repouso. Em
condições normais, os átomos são eletricamente neutros, ou seja, o número de prótons é
igual ao número de elétrons. Porém, alguns processos podem remover ou adicionar elétrons
a um átomo, tornando-o carregado negativa e positivamente, respectivamente. A esses
processos dá-se o nome de eletrização.

Eletrização por atrito: Ao se atritar dois corpos, estamos fornecendo energia a eles. Esta
energia é capaz de arrancar elétrons de um corpo e introduzi-los no outro corpo. Com este
processo, um dos corpos fica carregado positivamente (com falta de elétrons) e o outro
carregado negativamente (com excesso de elétrons). Esse corpos eletrizados podem atrair
corpos neutros ou carregados com cargas de sinal oposto ou repelir corpos carregados com
cargas de mesmo sinal.

Eletrização por contato: Ao se tocar dois corpos, um carregado e outro neutro, o corpo
neutro absorve cargas do corpo carregado, ficando agora os dois carregados com o mesmo
sinal, ou seja, eles se repelem.

Eletrização por indução: Ao se aproximar um corpo eletrizado de um corpo neutro


aterrado, o corpo neutro adquira cargas elétricas de sinal oposto ao corpo carregado.
Quando se remove o fio terra, essas cargas ficarão “presas” no corpo neutro, que ficará
carregado com cargas de sinal oposto ao do corpo inicialmente carregado.
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1.7 Eletrodinâmica
A eletrodinâmica estuda os fenômenos relacionados as cargas elétricas em movimento, que
é a eletricidade.

1.8 Corrente elétrica


A corrente elétrica é o fluxo ordenado de elétrons nos condutores. Os materiais condutores,
como visto anteriormente, apresentam apenas um elétron na última camada da eletrosfera.
Portanto este elétron pode ser facilmente arrancado do átomo e fica se movimentando pelos
átomos adjacentes da molécula. No entanto, este movimento é aleatório, ou seja, não ocorre
sempre no mesmo sentido ou direção.

A corrente elétrica é definida como o deslocamento de cargas dentro de um condutor


considerando a existência de uma diferença de potencial elétrico entre suas extremidades.
Desta forma, pode-se dizer que a corrente elétrica é o fluxo de cargas que atravessa a
seção reta de um condutor na unidade de tempo.

coulomb ∆Q
1 ampére=1 I=
segundo ∆t

A unidade de intensidade de corrente


elétrica é o ampére. A figura mostra a
circulação de corrente elétrica em um
circuito de iluminação acionado por uma
bateria.

É importante salientar que existem dois


tipos de corrente elétrica: a corrente contínua e a corrente alternada mostradas
respectivamente nas figuras abaixo.

Corrente contínua: Chama-se de corrente contínua o


fluxo ordenado de elétrons sempre no mesmo sentido,
mesmo que não seja de forma constante. Baterias, pilhas etc.

Corrente alternada: Chama-se de corrente alternada o


fluxo ordenado de elétrons ora em um sentido, ora em
outro sentido, de forma periódica. Geradores etc.
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1.9 Tensão elétrica


A tensão elétrica é a responsável por criar um desequilíbrio de potencial entre dois pontos
de tal forma que força os elétrons a se movimentarem de forma ordenada em um circuito. É,
portanto, também chamada de diferença de potencial.

É importante salientar que convenciona-se utilizar as letras E para designar a f.e.m. gerada
ou induzida nos terminais de uma bateria ou gerador, enquanto que a letra U representa a
tensão ou diferença de potencial entre dois pontos de um circuito ocorrendo neste a
circulação de corrente.

As respectivas formas de medição de tensão e


corrente são mostrados na figura abaixo, porém é
importante sempre recordar:

 Medição de tensão com voltímetro


conectado em paralelo com a carga

 Medição de corrente com


amperímetro conectado em série com a carga

1.10 Resistência Elétrica


A resistência elétrica pode ser definida como a oposição imposta ao fluxo da corrente
elétrica. Sua unidade é o ohm (Ω). A figura abaixo mostra alguns resistores encontrados
comumente no mercado.

A resistência de um condutor depende de quatro diferentes fatores, sendo estes:


comprimento, material, área de seção e temperatura.

Considerando um condutor de seção uniforme, sua resistência expressa em ohms é dada


por:

l
R= ρ
S
Sendo:

l= Comprimento do condutor (m)

S= Seção reta do condutor (m2)

ρ= Resistividade do condutor (Ω X m)

1.11 Lei de OHM


A intensidade da corrente I que percorre um determinado condutor é diretamente
proporcional a f.e.m. U, e inversamente proporcional ao valor da resistência R do condutor.
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A lei de Ohm estabelece que a tensão é o produto entre corrente e resistência, conforme
mostra a equação. Portanto, a tensão é diretamente proporcional à corrente e à resistência.

U =RI

Sendo:

I = intensidade da corrente (A)

U = tensão ou f.e.m (V)

R= resistência (Ω)

A lei de Ohm rege toda a eletricidade. Dela, é possível fazer os seguintes observações:

 Sempre que a corrente passa por uma resistência, ela gera uma queda de tensão;

 A tensão é diretamente proporcional à resistência e à corrente;


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1.12 Leis de Kirchoff


Lei das tensões de Kirchoff: Esta lei diz que o somatório das tensões em uma malha
fechada é zero. Em outras palavras, diz que, em um circuito fechado, toda a tensão
fornecida por elementos geradores (como fontes, por exemplo) é consumida pelos demais
elementos (como resistores, por exemplo).

Lei das correntes de Kirchoff: Esta lei diz que o somatório das
correntes em um nó é zero. Ou seja, a soma das correntes que
entram com as correntes que deixam o nó é zero.

1.13 Potência
Corrente contínua: A potência é a energia gasta em um intervalo de tempo. Portanto, um
equipamento ou componente tem uma potência maior se ele conseguir consumir mais
energia em um menor intervalo de tempo. A Error: Reference source not foundmostra como
calcular a potência.

2 U2
P=UI P=R I P=
R
Corrente alternada: Em corrente alternada a potência é
um pouco mais complexa. Temos agora três tipos de
potência: ativa, reativa e aparente. A figura mostra a
relação entre as três potências, que podem ser obtidas
através de trigonometria.

Q=S sin φ P=S cos φ Q=P tan φ


Tipo de circuito Potência ativa P (W) Potência reativa Q Potência aparente S

(VAR) (VA)

Monofásico U .I .cos φ U .I . senφ U .I


Trifásico
√ 3.U .I .cos φ √ 3.U .I .senφ √ 3.U .I
1.14 Rendimento
Geralmente a potência em equipamentos é dada na forma de saída, ou seja, não é a
energia que ele consome para funcionar, mas sim a energia que ele disponibiliza na saída.
Portanto, a relação entre a potência de entrada e potência de saída é chamada de
rendimento. Quanto maior o rendimento, melhor aproveitada é a energia pelo equipamento.

PE
η=
PS

1.15 Elementos de circuitos


Fontes: São dispositivos que forçam o fluxo de elétrons (corrente elétrica) em determinado
sentido.
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Resistores: O componentes utilizados para limitar a corrente no circuito. Os resistores


comerciais possuem valores nominais padronizados: 10, 12, 15, 18, 22, 27, 33, 39, 47, 56,
62, 68 e 82. Para se obter todos os valores existentes, basta multiplicar os valores base
por: 0,01, 0,1, 1, 10, 100, 1 k, 10 k e 100 k. As incertezas oriundas do processo de
fabricação são distribuídas em cinco faixas: ± 20%, ± 10%, ± 5%, ± 2% e ± 1%. A potência
de um resistor indica quanto de
energia ele consegue dissipar na
forma de calor.

Potenciômetros Trimpots: São outros modelos de potenciômetros


bastante utilizados principalmente em placas de circuito impressão
para ajuste de parâmetros.

Termistores: São resistores que possuem sua


resistência alterada de acordo com a temperatura. Portanto, são
utilizados como sensores de temperatura.

Extensômetros: São resistores que possuem sua resistência alterada de


acordo com a tração sofrida. Portanto, são utilizados como sensores de
tração, deformação.

LDR: (Light Dependent Resistor), em português Resistor Dependente de


Luz. São resistores que possuem sua resistência alterara de acordo com a
intensidade luminosa. Portanto, são utilizados como sensores de luz, por
exemplo, em relés fotoelétricos.

Capacitores: São elementos que armazenam energia na forma de


campo elétrico. Os capacitores são bastante utilizados desde a
eletrônica com sinais de 5 volts até a eletrônica de potência, com
tensões de 800 kV. São utilizados como filtros, em circuitos
retificadores, na partida de motores de indução monofásicos, para
correção de fator de potência, etc.

Quando o capacitor está carregado, mesmo que se desconecte o


capacitor da fonte de tensão ele permanecerá com uma tensão em
seus terminais igual a tensão da fonte .

Disjuntores de baixa tensão: São equipamentos destinados a proteção


e comando de circuitos de baixa-tensão, o qual possui como objetivo
conduzir de forma contínua a corrente de carga sob condições normais.
Quanto ao tipo de construção, os disjuntores podem ser: abertos ou em
caixa moldada.

É importante lembrar que a aquisição de um disjuntor, considerando sua


utilização em um determinado ponto do sistema deve possuir a
discriminação mínima dos seguintes elementos:
 Corrente nominal de operação
 Capacidade de interrupção
 Tensão nominal
 Frequência nominal
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 Faixa de ajuste dos disparadores


 Tipo (somente térmico, termomagnético, limitador de corrente, somente magnético).
 Acionamento (manual ou motorizado)

Contatores: São chaves (liga-desliga) as quais são


acionadas de forma eletromagnética (por meio de
um eletroímã). Estes dispositivos permitem o
controle de altas correntes por meio de baixas
correntes.

Fusíveis: São dispositivos de dois terminais que ficam em série com o circuito. São
constituídos por um fio projetado para suportar uma determinada corrente. Assim que a
corrente ultrapasse o valor nominal, o fio derrete-se e interrompe o circuito protegendo-o de
uma sobrecarga.

Como verificar a integridade de um fusível: A integridade de um fusível pode ser


realizada visualmente. Basta observar se o fio contido no seu interior está em perfeito
estado. Caso este fio esteja interrompido ou o vidro esteja queimado, o fusível está
danificado e deve ser substituído.

Outra forma de verificar a integridade de um fusível é utilizando um multímetro. Ajustando o


multímetro para e medição de continuidade, é possível verificar se um fusível está em bom
estado ou não. Se o ponteiro do multímetro não se mexer, é porque está queimado. Caso
contrário, está em bom estado.

1.16 Instrumentos de medição


São instrumentos utilizados para medir determinados parâmetros como corrente, tensão,
resistência, potência, etc.

Amperímetros: São instrumentos utilizados para medir corrente elétrica.

Todo amperímetro tem um resistência interna muito baixa determinada pelas suas
características construtivas. Portanto, uma corrente maior que a corrente máxima permitida
pode causar sua destruição. Utilizando-se algumas configurações de resistores, é possível
realizar a leitura de correntes maiores, correntes alternadas, tensão contínua e alternada,
potência, etc

Os amperímetros devem ser utilizados em série com o elemento em que se deseja saber a
corrente. Como o amperímetro possui resistência interna muito baixa, a ligação em paralelo
pode acarretar sua destruição. Recomenda-se sempre realizar a medição na maior escala
de corrente e, caso a leitura não aconteça, posteriormente mudar para a escala
imediatamente inferior.

Voltímetros: São instrumentos utilizados para medir tensão elétrica.

Os voltímetros devem ser utilizados sempre em paralelo com o elemento que se deseja
medir. Porém, caso se ligue erroneamente em série, nada irá acontecer, já que o voltímetro
possui resistência interna bastante elevada.
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Assim como no amperímetro, deve-se começar a medição de tensão na maior escala


possível e, caso a leitura não aconteça, deve-se mudar para a escala imediatamente
inferior.

Voltímetros digitais fazem uso de conversores analógico-digital. Estes conversores medem


na realidade tensão e a converte para a forma digital, que será então processado por um
circuito digital.

Ohmmímetros: São instrumentos utilizados para medir resistência elétrica. Na verdade,


possui internamente uma fonte de corrente que injeta uma corrente conhecida na resistência
a ser medida. Possui também um voltímetro que mede a tensão gerada pelo produto entre a
corrente e a resistência. Através da lei de Ohm, obtém a resistência através da razão entre
tensão e corrente.

Na medição de resistência, deve-se tomar os seguintes cuidados:

 Desligar o circuito: a medição deve ser feita com o circuito desenergizado, sob pena
de danificar o instrumento de medição;

 Abrir o circuito: a medição deve ser feita com o circuito aberto, sob pena de realizar a
medição da resistência equivalente, e não do elemento desejado;

 Não tocar com as mãos: a medição deve ser feita sem tocar as mãos no elemento,
sob pena de realizar a medição da resistência equivalente do próprio corpo.

Ohmmímetros digitais fazem uso de conversores analógico-digital. A tensão, resultado do


produto da corrente injetada na resistência com o valor da própria resistência, é lida pelo
conversor analógico-digital que a converte para a forma digital, podendo ser processada por
um circuito digital.

Wattímetros: Os wattímetros nada mais são que a


combinação de um amperímetro e um voltímetro. A
corrente e tensão medidas são multiplicadas para se
encontrar a potência. Portanto, o wattímetro tem quatro
terminais: dois terminais são para a medição de corrente
que deve ser feita em série com o circuito, e dois
terminais são para a medição de tensão que deve ser feita em paralelo com o circuito.

Multímetros: São instrumentos de medição que incorporam as funções de vários outros


instrumentos como amperímetro, voltímetro, ohmmímetro e outras funções.

1.17 Categorias de Segurança


A tabela abaixo mostra um resumo das categorias e os exemplos onde pode-se encontrar
cada uma das referidas.

CATEGORIA DE RESUMO EXEMPLOS


SOBRETENSÃO

CAT IV Trifásico na  Designa a “origem de instalação”, ou seja, o ponto de


conexão com conexão de baixa tensão com a empresa de energia;
a empresa de  Medidores de eletricidade, equipamentos primários de
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energia, proteção contra sobrecorrente;


qualquer  Exterior e entrada de serviço, ramal de ligação do poste
condutor ao para o prédio, conexão entre o medidor e o painel;
ar livre.  Linha aérea de transmissão para um prédio isolado,
linha subterrânea para uma bomba de poço.

CAT III Distribuição  Equipamentos em instalações físicas, como aparelhos


trifásica de conexão e motores polifásicos;
inclusive a  Barramento e alimentação em plantas industriais;
iluminação  Alimentadores e circuitos ramificados curtos,
comercial dispositivos de painéis de distribuição;
 Sistemas de iluminação em prédios maiores;
 Saídas de aparelhos com conexão curta a entrada de
serviço.

CAT II Cargas de  Cargas de aparelhos, ferramentas portáteis e outras


fase única cargas de aparelhos domésticos e similares;
ligadas a  Circuito de saída e circuitos ramificados curtos;
conectores  Tomadas a mais de 10 m da fonte de CAT III;
 Tomadas a mais de 20 m da fonte de CAT IV.

CAT I Eletrônicos  Equipamentos eletrônicos protegidos;


 Equipamentos conectados a circuitos (de fonte), nos
quais as medições são feitas, para limitar a um nível
baixo as sobrevoltagens transitórias;
 Qualquer fonte de alta tensão e baixa energia derivada
de um transformador de resistência de alto
enrolamento, como a parte de alta tensão de uma
copiadora.
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1.18 eletricidade e seus perigos


Quando ocorre a circulação de corrente elétrica pelo corpo humano, há o desenvolvimento
de calor por efeito Joule, podendo ocasionar queimaduras. Quanto maior a intensidade de
corrente e o tempo no qual a mesma permanecer, de maior gravidade serão as
queimaduras produzidas.

Alguns fatores que determinam a gravidade do choque:

a) Trajeto da corrente elétrica


b) Intensidade da corrente elétrica
c) Resistência elétrica do corpo humano

Abaixo, tem-se os prováveis locais que poderá dar-se o contato, o trajeto da corrente
elétrica e o percentual da corrente elétrica que passa pelo coração:

1.19 Evitando os 10 erros ao testar eletricidade.


A pressão para terminar o trabalho dentro do prazo ou fazer com que um equipamento de
missão crítica volte à atividade pode provocar descuidos e erros incomuns até mesmo dos
eletricistas mais experientes. A lista a seguir foi feita para servir como um lembrete rápido
daquilo que não se deve fazer ao medir eletricidade.

1) Trocar o fusível original por outro mais barato: Se o seu multímetro digital cumpre
com os padrões atuais de segurança, esse dispositivo é um fusível especial de areia,
projetado para estourar antes que a sobrecarga chegue às suas mãos. Ao trocar o fusível
do seu equipamento certifique- se de usar um fusível autorizado
2) Usar um pedaço de fio ou metal para “desviar” totalmente do fusível:Isso pode
parecer um bom e rápido reparo para situações em que você não tem um fusível extra,
mas é esse fusível que pode protegê-lo de um pico de energia.
3) Usar ferramenta de teste inadequada para a tarefa: É importante que o equipamento
seja adequado para o trabalho a ser feito. Certifique-se de que a ferramenta de teste
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tenha a classificação correta de categoria para cada trabalho que você faz, mesmo que
isso exija a troca de equipamentos ao longo do dia.
4) Escolher o equipamento mais barato: Afinal, você pode atualizá-lo depois, não é?
Talvez não, se você sofrer um acidente porque a ferramenta barata na verdade não tinha
os recursos de segurança que afirmava ter. Procure testes de laboratórios
independentes.
5) Deixar os óculos de segurança no bolso: Tire-os do bolso e use os é importante. Isso
vale também para as luvas com isolamento e a roupa à prova de fogo.
6) Trabalhar em um circuito vivo: Desenergize o circuito sempre que possível. Se a
situação exigir o trabalho em um circuito vivo, use ferramentas com isolamento
adequado, utilize óculos de segurança, tire o relógio e as joias, permaneça sobre um
tapete isolado e use roupas à prova de fogo em vez de roupas comuns.
7) Não usar procedimentos de bloqueio (lock-out) e sinalização (tagout): Certifique-se
que todos os circuitos desenergizados estão bloqueados e que os avisos de fora de
operação e perigo estão bem visíveis.
8) Ficar com as suas mãos no teste: Não faça isso! Ao trabalhar com circuitos vivos,
lembre-se de um velho truque dos eletricistas: ficar com uma das mãos no bolso. Isso
diminui a possibilidade de fechar um circuito ao longo do tórax, passando pelo coração.
Se possível, pendure ou apoie o medidor. Tente evitar segurá-lo nas mãos para evitar a
exposição aos efeitos dos transientes.
9) Menosprezar as pontas de prova: As pontas de prova são um componente importante
da segurança do equipamento. Além disso, certifique-se de que as pontas de prova
correspondam ao nível de categoria do trabalho. Procure pontas de prova com
isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para os dedos e superfície
que não escorrega.
10) Usar indefinitivamente uma ferramenta de teste antiga: As ferramentas de teste
atuais contêm recursos de segurança que antes eram desconhecidos e que justificam o
custo da atualização do equipamento, além de serem muito mais baratos do que uma ida
ao pronto-socorro.

EXERCÍCIO:

1) Ao utilizar-se um Voltímetro para a medição da tensão em um circuito este deve


estar em série ou em paralelo com o mesmo?
2) Como devemos colocar um Amperímetro em um circuito para medir a orrente elétrica
do mesmo?
3) Ao realizar um trabalho de manutenção em um equipamento elétrico que exija que o
mesmo esteja desligado no quadro elétrico, qual o procedimento mais adequado
para garantir que o circuito não seja rearmado?

2 Instrumentação
Instrumentação é o conjunto de equipamentos como sensores, transdutores e transmissores
que possibilitam a medição e monitoração de um processo industrial.
Na indústria o termo processo possui um significado amplo. Uma operação unitária como
filtração, por exemplo é considerado um processo.
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Mas, na regulação, um pedaço de tubo onde passa um fluxo ou um reservatório com água
também é um processo.
Isto quer dizer que processo é uma operação onde varia pelo menos uma característica
física ou química de determinado material.

2.1 Por que medir?


A medição, no âmbito industrial, é utilizada basicamente para se controlar um processo.
Este controle pode ser feito de três formas:
 Manual: onde os instrumentos apenas informam o operador sobre o estado do
processo, ficando ao encargo dele as atividades necessárias para atuar no processo;
 Semi-automático: onde os instrumentos informam tanto o operador quanto o
controlador sobre o estado do processo, ficando parte das atividades necessárias
para atuar no processo ao encargo do operador e outra parte ao encargo do
controlador;
 Automático: onde os instrumentos informam apenas o controlador sobre o estado do
processo, ficando ao encargo do operador as atividades necessárias para atuar no
processo.

Independente da forma de controle do processo industrial, é preciso medir, comparar e atuar


sobre o processo. Estes são os três passos básicos para o controle de um processo. Se não
há medição, não há como controlar um processo.
Para compreender o funcionamento de um controle automático, observe como uma pessoa
agiria para controlar manualmente uma variável.
Observando um exemplo corriqueiro quando uma pessoa está tomando banho e dispõe de
água quente e agua fria, a mesma está fazendo a regulação para atingir a temperatura
adequada do banho.
Observe que o corpo age “como se fosse” um medidor de temperatura, o cérebro compara a
temperatura desejada com a medida e comanda, por intermédio das mãos a abertura ou
fechamento das respectivas torneiras.

2.2 Grandezas físicas


Grandezas físicas são aquelas grandezas que podem ser medidas, ou seja, aquelas que
descrevem qualitativamente e quantitativamente o comportamento de algum fenômeno
físico. Como exemplos de grandezas físicas temos: posição, deformação, velocidade, força,
pressão, nível, temperatura, comprimento, aceleração, frequência, resistência, etc. Neste
curso, iremos abordar as grandezas envolvidas no processo de refrigeração industrial que
são basicamente: temperatura, pressão e nível.

2.3 Medição de Temperatura


A temperatura é a grandeza que nos dá a sensação do quanto algo está quente ou frio. Em
outras palavras, nos dá o grau de agitação dos átomos e moléculas. Veremos agora
algumas formas de medição de temperatura.
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Termômetros bimetálicos: Baseia-se no fenômeno de


dilatação dos materiais. Cada material possui um coeficiente
de dilatação diferente. Portanto, quando dois materiais
diferentes são colocados um sobre o outro conforme figura,
um dos dois irá dilatar mais e curvar-se mais que o outro.

Os materiais bimetálicos também podem ser enrolados na


forma espiral ou helicoidal conforme exige o tamanho do
instrumento ou valor de temperatura a ser medida. Qualquer variação de temperatura
percebida pelo elemento bimetálico será convertida em um giro do eixo acoplado a ele.

É sem dúvida a forma de medição mais utilizada na indústria devido ao seu baixo custo,
simplicidade e robustez. Podem indicar temperaturas de - 40 ̊̊C a 500 ̊̊C, aproximadamente.
Não são recomendados para temperaturas maiores que 425 ̊C em trabalho contínuo ou 535
̊C em trabalho alternado. Acima disso, os materiais podem sofrer deformações e passar a
indicar valores errados, no caso de uma corrente muito alta.

Termômetros de vidro: Seu princípio de funcionamento consiste na dilatação de um fluido


contido no interior de um recipiente graduado. Quanto maior a temperatura na qual o
termômetro está submetido, maior a expansão sofrida pelo fluido e maior a indicação
alcançada na escala graduada.

Os fluidos mais utilizados neste tipo de termômetro são: Tolueno (-80 °C a 100 °C), Mercúrio
(- 35 °C a 750 °C), Álcool (- 80 °C a 70 °C), Pentano (- 120 °C a 30 °C) e Acetona (- 80 °C a
50 °C). Como incerteza, temos ± (0,5 a 3) % do final da faixa para termômetros comuns e ±
(0,1 a 0,5) % do final da faixa para termômetros padrão [3].

Por se tratar de um instrumento frágil, deve ser utilizado em locais protegidos. Também não
possui a capacidade de transmitir sua indicação, restringindo seu uso apenas para a
indicação de temperatura. Mais utilizado em laboratórios.

Termorresistores ou RTD: (Resistance Temperature Detectors), são resistores que tem


sua resistência aumentada com o aumento da temperatura. Seu funcionamento consiste na
aplicação de uma corrente elétrica de valor conhecido e estável. Esta corrente deve ser
baixa o suficiente para que ela não influencie na medição da temperatura, devido ao efeito
Joule. Segundo a lei de Ohm, uma tensão surgirá proveniente do produto da corrente
elétrica com a resistência do RTD. Medindo-se a tensão e a corrente aplicada, obtem-se
matematicamente a corrente. O valor de resistência obtido deve ser convertido em
temperatura através de uma equação.

O elemento termorresistivo é normalmente colocado


dentro de um bulbo de vidro ou cerâmica. Esse bulbo
permite a isolação do metal e sua proteção química
(oxidação, corrosão) e física (choque mecânico) e
condutores fazem o contato do elemento termorresistivo com o ambiente externo ao bulbo,
conforme mostra a figura.

Termistores: São semicondutores (como exemplo o silício) que


possuem sua resistência alterada de acordo com a temperatura.
Os termistores do tipo PTC que tem sua resistência aumentada
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com o aumento da temperatura e possuem boa linearidade. Já os termistores do tipo NTC


tem sua resistência diminuída com o aumento da temperatura e apresentam não
linearidade.

A faixa de medição dos termistores vai de -200 °C a 300 °C. Como


vantagem tem uma rápida resposta mas em contrapartida não é
linear, faixa de temperatura limitada, frágil, requer fonte de corrente e
pode sofrer autoaquecimento.

Termopares: Seu princípio de funcionamento está baseado no efeito


Seebeck, que diz que qualquer junção de materiais diferentes produz uma tensão,
proporcional à temperatura. A combinação de diferentes materiais nos dá valores de
sensibilidades diferentes.

Os termopares são sensores denominados ativos ou autogeradores, pois não necessitam de


energia externa para funcionar. Eles se comportam como uma fonte de tensão, cuja tensão
de saída é proporcional à temperatura na qual estão submetidos. Entretanto, sua tensão de
saída é muito baixa, da ordem de milivolts, necessitando de uma eletrônica para amplificar o
sinal, o que deve ser feito o mais próximo possível do elemento sensor, caso contrário, o
sinal será facilmente afetado por interferências e ruídos do meio, comprometendo a
medição.

Existem vários tipos de termopares normalizados conforme sua composição química. Cada
tipo possui uma faixa de medição e uma característica típica, como mostrado na tabela.
Os termopares são sensores simples, fáceis de usar, baratos, existem vários tipos, com
amplas faixas de medições e não necessitam de energia (autogeradores). Como
desvantagem, necessitam de uma temperatura de referência, baixa tensão de saída, requer
referência, baixa sensibilidade e estabilidade.

Termômetros de radiação: A temperatura reflete o grau de agitação térmica das moléculas


ou átomos de um corpo. Essas moléculas e átomos possuem uma carga elétrica que,
estando em movimento, gera um campo eletromagnético e que, por sua vez, emite ondas
eletromagnéticas em todas as direções, chamada de radiação, sendo neste caso, térmica.
Esta radiação térmica pode ser caracterizada pelo seu comprimento de onda ou frequência,
que está relacionado com a temperatura do corpo. A Error: Reference source not found
apresenta o espectro de frequência das ondas eletromagnéticas.
Quanto mais quente o corpo, menor o comprimento de onda. Objetos muito quentes emitem
radiação no espectro visível. Existem vários sensores de termômetros de radiação, entre
eles os pirômetros e os termômetros infravermelhos.
A principal vantagem é a possibilidade de medições remotas, sem a necessidade de contato
com o corpo. Entretanto, são caros, é preciso conhecer as características da superfície
emissora, além de a medição ser afetada pela absorção/emissão do material entre o corpo e
o termômetro de radiação.

Termômetro com sistema de enchimento: Possui o


princípio de funcionamento semelhante aos termômetros de
vidro, ou seja, na dilatação de um fluido no interior de um
recipiente fechado.
Entretanto, diferentemente do termômetro de vidro, este
termômetro é baseado na pressão do fluido. Possui um
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mecanismo do tipo Bourdon ligado a um capilar flexível. A variação de temperatura gera


uma variação de pressão no tubo capilar que é sentida pelo sistema Bourdon e indicada em
uma escala graduada. Alguns dispositivos compensam a variação de temperatura ambiente
através de um dispositivo bimetálico.
Este termômetro pode funcionar com três sistemas termais diferentes:
1) Sistema termal líquido: onde o fluido é um líquido;
2) Sistema termal gás: onde o fluido é um gás;
3) Sistema termal vapor: onde o fluido é parcialmente um líquido e o volume restante é
o vapor.
As vantagens deste termômetro são o baixo custo, robustez, simplicidade, não necessita de
energia externa, pode atuar controladores eletrônicos e pneumáticos. Entretanto, possui um
alto tempo de resposta, não pode ficar longe do mensurando e possui faixa de medição de
15 °C a 500 °C.

Proteção: Para que elementos do tipo termistores, termorresistores


ou termopares possam realizar a medição de qualquer tipo de fluido e
possa ser colocado dentro de tanques industriais, são utilizadas
sondas como as mostradas na figura. Elas impedem o contato direto
com o fluido protegendo assim o elemento sensor.
2.4 Medição da Pressão
Pressão é a razão entre força e área. Os dispositivos utilizados para a medição de pressão
são chamados de manômetros. Os manômetros, no Brasil, são fabricados de acordo com a
norma NBR 14105.

Coluna de líquido: São dispositivos construídos por um tubo transparente, de seção


circular uniforme, contendo um líquido de densidade conhecida.
A princípio qualquer líquido com baixa viscosidade, e não volátil nas
condições de medição, pode ser utilizado como líquido de enchimento.
Entretanto, na prática, a água destilada e o mercúrio são os líquidos mais
utilizados. Em função do peso específico do líquido de enchimento e também
da fragilidade do tubo de vidro que limita seu tamanho, esse instrumento é
utilizado somente para medição de baixas pressões. Em termos práticos, a
altura de coluna máxima disponível no mercado é de 2 metros. Como a
medição de pressão utilizando manômetro de líquido depende do peso
específico do mesmo, a temperatura do ambiente onde o instrumento está
instalado irá influenciar no resultado da leitura e portanto sua variação, caso
ocorra, deve ser compensada.
A leitura é feita através do deslocamento do líquido com a utilização de uma escala
graduada. Sua manutenção é simples e para alterar sua capacidade de medida, basta
substituir o líquido manométrico alterando assim sua densidade.

Foram largamente utilizados na medição de pressão nos primórdios da instrumentação.


Hoje, com o advento de outras tecnologias que permitem leituras remotas, a aplicação
destes instrumentos na área industrial se limita a locais ou processos cujos valores medidos
não são cruciais no resultado do processo. Porém, é nos laboratórios de calibração que
ainda encontramos sua grande utilização, pois podem ser tratados como padrões.

Elementos elásticos: Este tipo de dispositivo baseia-se na lei de Hooke sobre a


elasticidade dos materiais. O elemento que recebe a pressão sofre uma deformação
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proporcional à força aplicada, proveniente da pressão aplicada em uma área. Essa


deformação provoca o deslocamento de um ponteiro indicador.
A Tabela mostra os principais elementos de recepção utilizados, as aplicações, restrições e
as faixas de medições.
Tabela: tipos de medidores de pressão elásticos [8] modificada
Elemento de recepção Aplicação / Restrição Faixa de pressão (Máx)
de pressão
Tubo de bourdon Não apropriado para micropressão ̃ 1000 kgf/cm²
Diafragma Baixa pressão ̃ 3 kgf/cm²
Fole Baixa e média pressão ̃ 10 kgf/cm²
A incerteza dos instrumentos do tipo deformação elástica é classificada por classes.

Tipo Bourdon: Ele possui uma extremidade


fechada e outra aberta, onde será aplicada a
pressão que se deseja medir. Com a
aplicação da pressão, o tubo se deforma e esta
deformação é transmitida ao ponteiro que
deflete numa escala graduada. O tubo de
Bourdon pode-se apresentar na forma de “C”, espiral e helicoidal.A Error: Reference source
not foundmostra um esquemático dos três tipos diferentes de dispositivos do tipo Bourdon.

Tipo diafragma: Em processos industriais que utilizam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos,
a altas temperaturas ou radiativos, a utilização de dispositivos do tipo Bourdon não é
indicado por várias razões: deformação causada pela alta temperatura, dificuldade de
escoamento de fluidos viscosos ou ataque químico devido à corrosão. Nesse contexto, é
possível contornar estes problemas impedindo o contato direto entre o fluido do processo.
Para tanto, faz-se uso da selagem. A selagem consiste na utilização de outro fluido que
ficará em contato com o dispositivo Bourdon. Existem basicamente duas maneiras de
selagem: líquida e com diafragma.
A selagem líquida é realizada através de um fluido que não se mistura com o fluido do
processo, fazendo com que ele não alcance o dispositivo
Bourdon.
Selagem com um diafragma. Neste método, uma membrana é
colocada entre o fluido do processo e o fluido que ficará em
contato com o dispositivo Bourdon. Geralmente, nestes casos,
utiliza-se glicerina como fluido em contato com o sistema
Bourdon. A figura ilustra o selo por diafragma.

Tipo Fole: O dispositivo tipo fole é basicamente um cilindro metálico, corrugado ou


sanfonado, que pode ser de diferentes materiais com boa flexibilidade, onde os mais
utilizados são o bronze fosforoso e aço inoxidável. Quando uma pressão é aplicada no
interior do fole, ela provoca uma distensão e um deslocamento proporcional à pressão
aplicada surge. Do mesmo modo, se a pressão por
aplicada a parte externa, provocará a contração do
fole. A Error: Reference source not foundmostra um
esquemático do dispositivo tipo fole e um dispositivo
real.
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Tipos digitais: Manômetros digitais são dispositivos que medem a pressão e mostram-na
ou fornecem um sinal digital para comunicação com computador. Internamente, podem ser
do tipo piezoelétrico, extensômetro de resistência, capacitivo ou indutivo. .

Piezoelétricos: Este tipo faz uso de sensores


piezoelétricos. Um sensor piezoelétrico é um cristal que gera
uma tensão sempre que sua dimensão sofrer alteração. O
contrário também é válido. Sempre que for aplicada uma
tensão no cristal, sua dimensão sofrerá alteração.
A aplicação dos cristais piezoelétricos são várias:
buzinas, deslocamentos e posicionamentos micrométricos, geração de ultrassom, referência
para sinais de clock, motor, caixas de som, etc. A Error: Reference source not foundmostra
um sensor/transdutor piezoelétrico.
Este princípio pode ser utilizado para a medição de pressão. Se aplicarmos uma pressão
sobre um cristal piezoelétrico, ele sofrerá uma deformação física e consequentemente
surgirá uma tensão que poderá ser medida. Portanto, existe uma relação entre pressão e
tensão.

Extensômetros de resistência: Extensômetros de resistência são resistores que variam


sua resistência quando submetidos a uma deformação. Portanto, são usualmente utilizados
para a medição de forças, tensões, trações em estruturas e peças.
Os extensômetros devem ser colados à superfície da peça ou
estrutura na qual se deseja medir a deformação. Este
procedimento é o mais crítico, pois pode comprometer os
resultados da medição. A Error: Reference source not found
mostra a montagem utilizando um extensômetro de
resistência.
2.4.1 Comentários adicionais
Serão apresentados neste tópico alguns manômetros com características interessantes que,
dependendo da aplicação, podem ser extremamente úteis.

Manômetros com líquido amortecedor : Alguns manômetros são


preenchidos com líquido amortecedor, que podem ser glicerina ou
silicone. Estes manômetros são utilizados especialmente em
instalações submetidas a vibrações ou pulsações da linha.

Manômetros com ponteiro de arraste: O ponteiro de arraste acompanha o


ponteiro principal durante o aumento da pressão. Ele permanecerá parado no
ponto mais alto atingido na escala até que seja liberado através de um botão.
Os ponteiros de arraste são adequados para manômetros sem líquido
amortecedor.

Manômetros com contato elétrico: São manômetros que possuem um


relé que pode ser utilizado para ligar ou desligar cargas elétricas como
motores e compressores quando atingem uma pressão
predeterminada. Existem manômetros com contatos simples (NA ou NF),
duplos e triplos.
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Manômetros de dupla ação: Esses manômetros são construídos especialmente para


indicar duas pressões diferentes num mesmo dispositivo. Na realidade, o manômetro
compõe-se de dois sistemas independentes em que os eixos dos ponteiros são coaxiais
para indicar as duas pressões.

Manômetros de teste: Os manômetros de teste são de baixa incerteza e, portanto, são


destinados à calibração de outros manômetros. Mais utilizados em laboratórios.

Amortecedores de pulsação: Os amortecedores de pulsação tem por finalidade restringir a


passagem do fluido do processo até um ponto ideal em que a frequência de pulsação se
torne nula ou quase nula. Esse acessório é instalado em conjunto com o manômetro com
objetivo de estabilizar ou diminuir as oscilações do ponteiro em função do sinal pulsante.
Esta estabilização do ponteiro possibilita a leitura da pressão e também aumenta a vida útil
do instrumento. Os amortecedores de pulsação podem ser adquiridos com restrição fixa ou
ajustáveis.

Sifões: Os sifões são utilizados, para “isolar” o calor das linhas de vapor d’água ou líquidos
muito quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o instrumento de pressão. O
líquido que fica retido na curva do tubo-sifão esfria e é essa porção de líquido que irá ter
contato com o sensor elástico do instrumento, não permitindo que a alta temperatura do
processo atinja diretamente o mesmo.

Pressostato: São instrumentos eletromecânicos que monitoram a pressão.


Quando a pressão atinge um valor predeterminado (sobrepressão ou
subpressão), um relé é energizado podendo então, ligar/desligar uma carga
elétrica externa como um motor, contator, sinalizador de alarme, bomba d
´água, etc..
Os pressostatos podem ser, quanto ao intervalo entre atuação e desarme, do tipo diferencial
fixo ou diferencial ajustável. O tipo fixo só oferece um ponto de ajuste, o de referência,
sendo fixo o intervalo entre o ponto de atuação e o ponto de desarme. O tipo ajustável
permite ajuste da referência e também a alteração do intervalo entre o ponto de atuação e o
ponto de desarme.

Escolha do tipo de medidor: Quando se escolher os tipos de medidores de pressão, deve-


se observar a faixa de pressão a ser medida, a característica química do fluido e o local de
instalação do instrumento. O início da faixa e final da faixa de medição possui alta incerteza,
por isso é apropriado escolher um medidor de pressão que trabalhe numa faixa de 25 a 70%
da pressão máxima desejada. Outros pontos que se devem observar são os seguintes:
 Na medição de óleo e líquidos inflamáveis, é apropriado utilizar solda na tubulação
de ligação ao instrumento;
 O vapor com alta temperatura corroe o bronze fosforoso e o aço, por isso deve-se
utilizar o medidor com selo;
 O cloro reage com água e corroe aço e bronze, por isso usa-se um selo de
diafragma para projetar o elemento de recepção de pressão;
 A amônia corroe o bronze, o cobre e suas respectivas ligas, por isso deve-se utilizar
o aço doce;
 No caso de outros líquidos corrosivos, usar medidor tipo diafragma;
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 Se colocar em contato cobre ou combinado de cobre ao medidor de acetileno,


acontecerá reação do cobre com acetileno com possibilidade de explosão [14].

Recomendações para o uso: Quando escolher o local de instalação é conveniente


determinar um lugar com pouca variação de temperatura, perto da origem de medição de
pressão e de pouca pulsação e vibração;
 Construir a tubulação mais curta possível evitando locais onde existe umidade e
gases corrosivos. Deve-se escolher materiais não corrosivos e não oxidantes e deve-
se considerar a durabilidade da tubulação;
 Deve-se colocar válvulas de bloqueio na tomada de pressão para se fazer com
facilidade a manutenção;
2.5 Nível
Nível é a altura de um reservatório que pode estar preenchido por líquido ou sólido. A
medição de nível é de extrema importância para a indústria. Para o controle de processos,
muitas vezes o operador ou controlador automático precisa saber o nível de determinado
reservatório para que possa fechar/abrir uma válvula ou ligar/desligar algum equipamento
elétrico como motor. Para o controle de inventário, é necessário saber a quantidade real
existente do insumo em estoque.

Régua graduada ou gabarito: Este método consiste na utilização de uma régua graduada
de tamanho conveniente para ser introduzida dentro do reservatório a ser medido. A
determinação do nível será realizada através da leitura direta na escada graduada do
comprimento molhado, ou seja, o comprimento que entrou em contato com o fluido. As
leituras devem ser realizadas a uma temperatura constante. Caso contrário, é necessário
realizar a correção do nível medido devido à dilatação do líquido.

Visores de nível: Consiste em um tubo ligado ao reservatório em que se deseja saber o


nível. Geralmente são utilizadas três válvulas, sendo duas para bloqueio e uma para purga.
Existem basicamente três tipos: vidro tubular, blindado magnético e deslocador.

1) Tipo vidro tubular: Consiste em um tubo de vidro onde é


possível realizar a leitura direta do nível. Devido às limitações
quanto a sua resistência e segurança, os visores de vidro não
são recomendados para processos que apresentem pressões
superiores a 2 bar e em temperaturas que excedam 100 ̊C.
Não se recomenda o uso com líquidos tóxicos, inflamáveis ou
corrosivos. Geralmente utilizam-se hastes para proteger o tubo de vidro
contra choques mecânicos.
Não é recomendado o uso de tubos de vidro muito compridos. Portanto, caso seja
necessário realizar a medição de um reservatório muito grande, pode-se utilizar
vários medidores de níveis do tipo vidro tubular com sobreposição das faixas visíveis.
2) Tipo blindado magnético: Nos processos industriais que envolvem fluidos
perigosos ou tóxicos e quando um eventual rompimento do vidro não pode ser
tolerado, o medidor blindado é extremamente indicado. Seu funcionamento baseia-
se em um imã preso a um flutuador dentro do tubo não magnético ligado ao tanque.
Externamente ao tubo blindado, há uma escala graduada com um ponteiro que sofre
influência magnética do ímã. Portanto, quando o flutuador se deslocar de acordo
com o nível, consequentemente o ímã também se
deslocará, o que acarretará o movimento do ponteiro na
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escala graduada. Este medidor pode ter vários tipos de montagem e pode medir até
3 metros de comprimento. Os modelos padronizados são usados em até 25 kgf/cm2
à 250 °C. Porém, há modelos que suportam até 700 kgf/cm2 à 310 °C.

3) Tipo deslocador: Este tipo de medidor é bastante


confundido com os do tipo bóia, porém seu
mecanismo de funcionamento é bastante diferente. A
medição de nível tipo deslocador é baseada no
princípio de Archimedes, o qual diz que "todo corpo
mergulhado em um fluído sofre a ação de uma força
vertical dirigida de baixo para cima, igual ao peso do
volume do fluído deslocado". Esta força é o que chamamos de empuxo.
O deslocador é formado por uma massa suspensa através de um sistema de
alavancas, que determina a força vertical que o mesmo exerce. À medida que o nível
sobe, a massa, parcialmente imersa, em conjunto com a gravidade exerce menor
força vertical em virtude do empuxo exercido pelo líquido deslocado. O movimento
vertical é convertido em um movimento giratório da haste, o que permite realizar a
leitura em uma escala graduada.

Medição por bóia ou flutuador: Este tipo de medição pode ser utilizada na
forma liga/desliga ou para a medição de nível. Na figura, podemos observar
um exemplo de medição tipo bóia na forma liga/desliga. Neste exemplo
temos o acionamento quando o nível atinge um nível máximo previamente
configurado. No eixo, solidário à bóia, existe um elemento (pistão)
magnético. Sempre que o nível subir a um nível predeterminado, um
interruptor que contém um ímã permanente exercerá influência sobre o
pistão e será atraído. Quando cessar a influência do campo magnético, ou
seja, quando o nível baixar e o pistão descer, o interruptor retornará a sua posição inicial
devido a uma mola de retorno.

Ultrassom: O ultrassom é uma onda mecânica sonora. Os seres humanos conseguem ouvir
sons com frequência entre 20 Hz e 20 kHz. Abaixo de 20 Hz, chamamos de infrassom.
Acima de 20 kHz, chamamos de ultrassom.
O som é gerado quando uma força externa excita as moléculas de um meio, no caso o ar, e
esta excitação é transferida de molécula a molécula, com uma velocidade que depende do
meio na qual a onda se propaga. Na prática, o ultrassom é gerado através da excitação
elétrica de materiais piezoelétricos. Através da
aplicação de uma tensão alternada de frequência
superior a 20 kHz, podemos gerar ondas
ultrassônicas. O princípio de funcionamento baseia- se
na emissão de uma onda ultrassônica na superfície do
material a ser medido e na recepção desta mesma
onda. Sabendo-se a velocidade da onda no meio, ou
seja, no ar, e sabendo o tempo que a onda levou
desde a emissão até sua recepção, é possível calcular a distância que esta onda percorreu.
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Radiação: O sistema de medição consiste em uma


emissão de raios gamas montado verticalmente na
lateral do tanque, onde do outro lado do tanque
teremos uma câmara de ionização que transforma a
radiação Gama recebida em um sinal elétrico de
corrente contínua, conforme mostra a figura.

Os medidores de nível do tipo radiação apresentam


como principal característica o fato de não precisar estar em contato com o produto que
estão medindo. Portanto, dispensam sondas ou outras técnicas que mantém contato com
sólidos ou líquidos tornando possível, a qualquer momento, realizar a manutenção desses
medidores, sem a interferência ou mesmo a paralisação do processo.
As vantagens são:
 Usado em materiais corrosivos, abrasivos e muito quentes;
 Medição independente da pressão, temperatura, propriedades físicas e químicas do
produto;
 Medição de nível contínua, e não existe contato com o produto a ser medido;
 Elevada exatidão em situações em que outros medidores de nível falham;
 Pode ser usado para medições em condições mais adversas, por exemplo, com
produtos altamente viscosos e corrosivos, ou altas pressões e temperaturas;
Como desvantagem, temos o custo extremamente caro. Portanto, deve ser utilizado como
último recurso.

Capacitivo: Este instrumento é utilizado na medição


contínua do nível de produtos líquidos ou sólidos
armazenados em tanques ou silos de diferentes formatos ou
dimensões. O único componente que se encontra em
contato com o processo é uma haste, que juntamente com
um circuito eletrônico são responsáveis pela medição do
nível. Nenhuma parte móvel está presente uma vez que a
medição é totalmente baseada na variação de capacitância
formada pelo conjunto haste (do instrumento), produto
(líquido ou sólido) e parede do tanque (ou uma haste auxiliar de referência).
Apresentando características como fácil instalação e manuseio, este transmissor tem como
principal vantagem sua grande versatilidade, podendo cobrir uma ampla gama de aplicações
desde as mais simples como água até as mais complexas como produtos sólidos.

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