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ENGENHARIA
E INSPEÇÃO
NR-13 TREINAMENTO DE
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
UNIDADES DE PROCESSOS
Nome do Aluno:________________________________________
GASPOTECH ENGENHARIA LTDA
UÓRANI GASPODINI
Balneário Camboriú - SC
2015
É autorizada reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema desde que a fonte
seja preservada e citada.
Equipe Técnica:
Uórani Gaspodini
Capa:
Uórani Gaspodini
Solicitação de Apostilas:
Conteúdo
1 Grandezas físicas e unidades de medidas.........................................................................8
1.1 Pressão.....................................................................................................................8
1.2 Vácuo.....................................................................................................................12
2 Equipamentos................................................................................................................16
2.1 Bombas..................................................................................................................16
2.2 Compressor............................................................................................................18
2.5 Condensador..........................................................................................................21
2.6 Evaporador.............................................................................................................22
3 Eletricidade....................................................................................................................27
3.1 Introdução..............................................................................................................27
3.3 Condutores.............................................................................................................28
3.4 Isolantes.................................................................................................................28
3.6 Eletrostática...........................................................................................................28
3.7 Eletrodinâmica.......................................................................................................29
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3.13 Potência.................................................................................................................32
3.14 Rendimento............................................................................................................32
4 Instrumentação..............................................................................................................39
4.5 Nível.......................................................................................................................47
5 Unidades de processo....................................................................................................49
5.1 Refrigeração...........................................................................................................49
5.1.3 Refrigerantes..................................................................................................51
5.8 Lubrificante............................................................................................................62
5.8.1 Cuidados.........................................................................................................63
1 Eletricidade
1.1 Introdução
Atualmente as novas tecnologias exigem que as grandes elétricas envolvidas nos
fenômenos físicos sejam medidas, com uma confiabilidade cada vez melhor. Com isso
surgem instrumentos e técnicas que permitem medir e controlar tais grandezas.
Evidentemente que os conceitos fundamentais, clássicos e básicos de medidas elétricas são
indispensáveis aos profissionais que utilizam estas novas tecnologias. Conhecendo-se tais
conceitos, consegue-se medir e controlar grandezas físicas não elétricas tais como:
temperatura, vazão, Pressão, velocidade, etc.
A eletrosfera do átomo está dividida em camadas. Cada camada comporta um certo número
de elétrons. Quando a camada mais externa do átomo possui apenas um elétron, este
elétron é chamado de elétron livre, pois está fracamente ligado ao núcleo e pode ser
facilmente retirado deste átomo. Em contrapartida, quando a última camada da eletrosfera
está preenchida, todos os elétrons estão fortemente ligados e é muito difícil arrancar algum
elétron deste átomo.
1.3 Condutores
São elementos químicos (materiais) que possuem apenas um elétron na última camada da
eletrosfera. Ex: ouro, prata, cobre.
1.4 Isolantes
São elementos químicos (materiais) que possuem a última camada da eletrosfera totalmente
preenchida. Ex: vidro, madeira, borracha.
1) Fricção
2) Pressão
3) Calor
4) Luz
5) Magnetismo
6) Ação química
Para geração de energia em escala industrial as fontes utilizadas são a hidráulica, eólica,
solar, nuclear, termoelétrica e das marés.
1.6 Eletrostática
A eletrostática estuda os fenômenos relacionados com as cargas elétricas em repouso. Em
condições normais, os átomos são eletricamente neutros, ou seja, o número de prótons é
igual ao número de elétrons. Porém, alguns processos podem remover ou adicionar elétrons
a um átomo, tornando-o carregado negativa e positivamente, respectivamente. A esses
processos dá-se o nome de eletrização.
Eletrização por atrito: Ao se atritar dois corpos, estamos fornecendo energia a eles. Esta
energia é capaz de arrancar elétrons de um corpo e introduzi-los no outro corpo. Com este
processo, um dos corpos fica carregado positivamente (com falta de elétrons) e o outro
carregado negativamente (com excesso de elétrons). Esse corpos eletrizados podem atrair
corpos neutros ou carregados com cargas de sinal oposto ou repelir corpos carregados com
cargas de mesmo sinal.
Eletrização por contato: Ao se tocar dois corpos, um carregado e outro neutro, o corpo
neutro absorve cargas do corpo carregado, ficando agora os dois carregados com o mesmo
sinal, ou seja, eles se repelem.
1.7 Eletrodinâmica
A eletrodinâmica estuda os fenômenos relacionados as cargas elétricas em movimento, que
é a eletricidade.
coulomb ∆Q
1 ampére=1 I=
segundo ∆t
É importante salientar que convenciona-se utilizar as letras E para designar a f.e.m. gerada
ou induzida nos terminais de uma bateria ou gerador, enquanto que a letra U representa a
tensão ou diferença de potencial entre dois pontos de um circuito ocorrendo neste a
circulação de corrente.
l
R= ρ
S
Sendo:
ρ= Resistividade do condutor (Ω X m)
A lei de Ohm estabelece que a tensão é o produto entre corrente e resistência, conforme
mostra a equação. Portanto, a tensão é diretamente proporcional à corrente e à resistência.
U =RI
Sendo:
R= resistência (Ω)
A lei de Ohm rege toda a eletricidade. Dela, é possível fazer os seguintes observações:
Sempre que a corrente passa por uma resistência, ela gera uma queda de tensão;
Lei das correntes de Kirchoff: Esta lei diz que o somatório das
correntes em um nó é zero. Ou seja, a soma das correntes que
entram com as correntes que deixam o nó é zero.
1.13 Potência
Corrente contínua: A potência é a energia gasta em um intervalo de tempo. Portanto, um
equipamento ou componente tem uma potência maior se ele conseguir consumir mais
energia em um menor intervalo de tempo. A Error: Reference source not foundmostra como
calcular a potência.
2 U2
P=UI P=R I P=
R
Corrente alternada: Em corrente alternada a potência é
um pouco mais complexa. Temos agora três tipos de
potência: ativa, reativa e aparente. A figura mostra a
relação entre as três potências, que podem ser obtidas
através de trigonometria.
(VAR) (VA)
PE
η=
PS
Fusíveis: São dispositivos de dois terminais que ficam em série com o circuito. São
constituídos por um fio projetado para suportar uma determinada corrente. Assim que a
corrente ultrapasse o valor nominal, o fio derrete-se e interrompe o circuito protegendo-o de
uma sobrecarga.
Todo amperímetro tem um resistência interna muito baixa determinada pelas suas
características construtivas. Portanto, uma corrente maior que a corrente máxima permitida
pode causar sua destruição. Utilizando-se algumas configurações de resistores, é possível
realizar a leitura de correntes maiores, correntes alternadas, tensão contínua e alternada,
potência, etc
Os amperímetros devem ser utilizados em série com o elemento em que se deseja saber a
corrente. Como o amperímetro possui resistência interna muito baixa, a ligação em paralelo
pode acarretar sua destruição. Recomenda-se sempre realizar a medição na maior escala
de corrente e, caso a leitura não aconteça, posteriormente mudar para a escala
imediatamente inferior.
Os voltímetros devem ser utilizados sempre em paralelo com o elemento que se deseja
medir. Porém, caso se ligue erroneamente em série, nada irá acontecer, já que o voltímetro
possui resistência interna bastante elevada.
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Desligar o circuito: a medição deve ser feita com o circuito desenergizado, sob pena
de danificar o instrumento de medição;
Abrir o circuito: a medição deve ser feita com o circuito aberto, sob pena de realizar a
medição da resistência equivalente, e não do elemento desejado;
Não tocar com as mãos: a medição deve ser feita sem tocar as mãos no elemento,
sob pena de realizar a medição da resistência equivalente do próprio corpo.
Abaixo, tem-se os prováveis locais que poderá dar-se o contato, o trajeto da corrente
elétrica e o percentual da corrente elétrica que passa pelo coração:
1) Trocar o fusível original por outro mais barato: Se o seu multímetro digital cumpre
com os padrões atuais de segurança, esse dispositivo é um fusível especial de areia,
projetado para estourar antes que a sobrecarga chegue às suas mãos. Ao trocar o fusível
do seu equipamento certifique- se de usar um fusível autorizado
2) Usar um pedaço de fio ou metal para “desviar” totalmente do fusível:Isso pode
parecer um bom e rápido reparo para situações em que você não tem um fusível extra,
mas é esse fusível que pode protegê-lo de um pico de energia.
3) Usar ferramenta de teste inadequada para a tarefa: É importante que o equipamento
seja adequado para o trabalho a ser feito. Certifique-se de que a ferramenta de teste
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tenha a classificação correta de categoria para cada trabalho que você faz, mesmo que
isso exija a troca de equipamentos ao longo do dia.
4) Escolher o equipamento mais barato: Afinal, você pode atualizá-lo depois, não é?
Talvez não, se você sofrer um acidente porque a ferramenta barata na verdade não tinha
os recursos de segurança que afirmava ter. Procure testes de laboratórios
independentes.
5) Deixar os óculos de segurança no bolso: Tire-os do bolso e use os é importante. Isso
vale também para as luvas com isolamento e a roupa à prova de fogo.
6) Trabalhar em um circuito vivo: Desenergize o circuito sempre que possível. Se a
situação exigir o trabalho em um circuito vivo, use ferramentas com isolamento
adequado, utilize óculos de segurança, tire o relógio e as joias, permaneça sobre um
tapete isolado e use roupas à prova de fogo em vez de roupas comuns.
7) Não usar procedimentos de bloqueio (lock-out) e sinalização (tagout): Certifique-se
que todos os circuitos desenergizados estão bloqueados e que os avisos de fora de
operação e perigo estão bem visíveis.
8) Ficar com as suas mãos no teste: Não faça isso! Ao trabalhar com circuitos vivos,
lembre-se de um velho truque dos eletricistas: ficar com uma das mãos no bolso. Isso
diminui a possibilidade de fechar um circuito ao longo do tórax, passando pelo coração.
Se possível, pendure ou apoie o medidor. Tente evitar segurá-lo nas mãos para evitar a
exposição aos efeitos dos transientes.
9) Menosprezar as pontas de prova: As pontas de prova são um componente importante
da segurança do equipamento. Além disso, certifique-se de que as pontas de prova
correspondam ao nível de categoria do trabalho. Procure pontas de prova com
isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para os dedos e superfície
que não escorrega.
10) Usar indefinitivamente uma ferramenta de teste antiga: As ferramentas de teste
atuais contêm recursos de segurança que antes eram desconhecidos e que justificam o
custo da atualização do equipamento, além de serem muito mais baratos do que uma ida
ao pronto-socorro.
EXERCÍCIO:
2 Instrumentação
Instrumentação é o conjunto de equipamentos como sensores, transdutores e transmissores
que possibilitam a medição e monitoração de um processo industrial.
Na indústria o termo processo possui um significado amplo. Uma operação unitária como
filtração, por exemplo é considerado um processo.
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Mas, na regulação, um pedaço de tubo onde passa um fluxo ou um reservatório com água
também é um processo.
Isto quer dizer que processo é uma operação onde varia pelo menos uma característica
física ou química de determinado material.
É sem dúvida a forma de medição mais utilizada na indústria devido ao seu baixo custo,
simplicidade e robustez. Podem indicar temperaturas de - 40 ̊̊C a 500 ̊̊C, aproximadamente.
Não são recomendados para temperaturas maiores que 425 ̊C em trabalho contínuo ou 535
̊C em trabalho alternado. Acima disso, os materiais podem sofrer deformações e passar a
indicar valores errados, no caso de uma corrente muito alta.
Os fluidos mais utilizados neste tipo de termômetro são: Tolueno (-80 °C a 100 °C), Mercúrio
(- 35 °C a 750 °C), Álcool (- 80 °C a 70 °C), Pentano (- 120 °C a 30 °C) e Acetona (- 80 °C a
50 °C). Como incerteza, temos ± (0,5 a 3) % do final da faixa para termômetros comuns e ±
(0,1 a 0,5) % do final da faixa para termômetros padrão [3].
Por se tratar de um instrumento frágil, deve ser utilizado em locais protegidos. Também não
possui a capacidade de transmitir sua indicação, restringindo seu uso apenas para a
indicação de temperatura. Mais utilizado em laboratórios.
Existem vários tipos de termopares normalizados conforme sua composição química. Cada
tipo possui uma faixa de medição e uma característica típica, como mostrado na tabela.
Os termopares são sensores simples, fáceis de usar, baratos, existem vários tipos, com
amplas faixas de medições e não necessitam de energia (autogeradores). Como
desvantagem, necessitam de uma temperatura de referência, baixa tensão de saída, requer
referência, baixa sensibilidade e estabilidade.
Tipo diafragma: Em processos industriais que utilizam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos,
a altas temperaturas ou radiativos, a utilização de dispositivos do tipo Bourdon não é
indicado por várias razões: deformação causada pela alta temperatura, dificuldade de
escoamento de fluidos viscosos ou ataque químico devido à corrosão. Nesse contexto, é
possível contornar estes problemas impedindo o contato direto entre o fluido do processo.
Para tanto, faz-se uso da selagem. A selagem consiste na utilização de outro fluido que
ficará em contato com o dispositivo Bourdon. Existem basicamente duas maneiras de
selagem: líquida e com diafragma.
A selagem líquida é realizada através de um fluido que não se mistura com o fluido do
processo, fazendo com que ele não alcance o dispositivo
Bourdon.
Selagem com um diafragma. Neste método, uma membrana é
colocada entre o fluido do processo e o fluido que ficará em
contato com o dispositivo Bourdon. Geralmente, nestes casos,
utiliza-se glicerina como fluido em contato com o sistema
Bourdon. A figura ilustra o selo por diafragma.
Tipos digitais: Manômetros digitais são dispositivos que medem a pressão e mostram-na
ou fornecem um sinal digital para comunicação com computador. Internamente, podem ser
do tipo piezoelétrico, extensômetro de resistência, capacitivo ou indutivo. .
Sifões: Os sifões são utilizados, para “isolar” o calor das linhas de vapor d’água ou líquidos
muito quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o instrumento de pressão. O
líquido que fica retido na curva do tubo-sifão esfria e é essa porção de líquido que irá ter
contato com o sensor elástico do instrumento, não permitindo que a alta temperatura do
processo atinja diretamente o mesmo.
Régua graduada ou gabarito: Este método consiste na utilização de uma régua graduada
de tamanho conveniente para ser introduzida dentro do reservatório a ser medido. A
determinação do nível será realizada através da leitura direta na escada graduada do
comprimento molhado, ou seja, o comprimento que entrou em contato com o fluido. As
leituras devem ser realizadas a uma temperatura constante. Caso contrário, é necessário
realizar a correção do nível medido devido à dilatação do líquido.
escala graduada. Este medidor pode ter vários tipos de montagem e pode medir até
3 metros de comprimento. Os modelos padronizados são usados em até 25 kgf/cm2
à 250 °C. Porém, há modelos que suportam até 700 kgf/cm2 à 310 °C.
Medição por bóia ou flutuador: Este tipo de medição pode ser utilizada na
forma liga/desliga ou para a medição de nível. Na figura, podemos observar
um exemplo de medição tipo bóia na forma liga/desliga. Neste exemplo
temos o acionamento quando o nível atinge um nível máximo previamente
configurado. No eixo, solidário à bóia, existe um elemento (pistão)
magnético. Sempre que o nível subir a um nível predeterminado, um
interruptor que contém um ímã permanente exercerá influência sobre o
pistão e será atraído. Quando cessar a influência do campo magnético, ou
seja, quando o nível baixar e o pistão descer, o interruptor retornará a sua posição inicial
devido a uma mola de retorno.
Ultrassom: O ultrassom é uma onda mecânica sonora. Os seres humanos conseguem ouvir
sons com frequência entre 20 Hz e 20 kHz. Abaixo de 20 Hz, chamamos de infrassom.
Acima de 20 kHz, chamamos de ultrassom.
O som é gerado quando uma força externa excita as moléculas de um meio, no caso o ar, e
esta excitação é transferida de molécula a molécula, com uma velocidade que depende do
meio na qual a onda se propaga. Na prática, o ultrassom é gerado através da excitação
elétrica de materiais piezoelétricos. Através da
aplicação de uma tensão alternada de frequência
superior a 20 kHz, podemos gerar ondas
ultrassônicas. O princípio de funcionamento baseia- se
na emissão de uma onda ultrassônica na superfície do
material a ser medido e na recepção desta mesma
onda. Sabendo-se a velocidade da onda no meio, ou
seja, no ar, e sabendo o tempo que a onda levou
desde a emissão até sua recepção, é possível calcular a distância que esta onda percorreu.
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