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Loureiro Pereira de Almeida, solteiro , residente na Av. Santana nº 10, r/c , dtº Traseiras, 4910
Caixa Geral de Depósitos, Sociedade Anónima com sede na Av. João XXI, nº 63 em Lisboa,
ACÇÃO DECLARATIVA
4ºsendo ainda que, para garantia do capital , juros á taxa de 9,544% ao ano, acrescidos
de 4% em caso de mora e a titulo de cláusula penal, bem como das despesas
extrajudiciais que viesse a efectuar, fixadas para efeitos de registo em……… ……, aquela
mutuaria entregou á Ré uma procuração irrevogável conferindo-lhe poderes para
constituir Hipoteca sobre a fracção autónoma designada pela letra BD,
correspondente a habitação 2 no piso 3 do corpo IV, lugar de garagem no piso 2, com
entrada pelo nº 66 do prédio sito na Rua Augusto Gomes, descrito na Conservatória do
Registo Predial de Vila Nova de Gaia sob o nº 01820/020798, inscrito na matriz sob o
artigo 8433-BD tudo conforme docs. nºs …………..que junta e considera reproduzidos
para todos os efeitos legais.
5ºE assim em 7 de Fevereiro de 2007 foi celebrado o Contrato de Hipoteca para
garantia do sobredito empréstimo , tendo sido o montante máximo de capital e
acessórios garantido pela mesma de vinte e dois mil trezentos e sessenta e quatro
euros e seis cêntimos,
8ºpara ser aplicado na aquisição da fracção autónoma designada pela letra BD,
correspondente a Habitação 2 no Piso 3, do Corpo IV e lugar de garagem no Piso 2, do
prédio urbano sito na Rua Augusto Gomes nº 66, descrito na Conservatória do Registo
Predial de Vila Nova de Gaia sob o nº1820/19980702-BD e inscrito na matriz sob o
Artigo-U- 8433º-BD,
9º declarando ainda, que para garantia e liquidação das quantias mutuadas , juros á
taxa de 9,544% acrescidos de uma sobretaxa até 4% ao ano em caso de mora, a titulo
de cláusula penal, constituir a favor da Ré Hipoteca Voluntária em garantia do bom e
pontual pagamento da quantia mutuada e bem assim dos respetivos juros e
acréscimos , sobre a fração autónoma supraidentificada,
15ºA mutuária não cumpriu as obrigações que naqueles contratos assumiu , não
tendo pago nos respetivos vencimentos ou posteriormente as prestações a que se
obrigara para o reembolso dos respetivos capitais e juros , o que sucedeu desde 28 de
Novembro de 2005 e 28 de Janeiro de 2006 respetivamente,
17º Pelo que a aqui Ré ficou com o direito a haver da mutuária a mesma.
20º Tendo a Ré, ali exequente feito registar penhora sobre a supra referida fração
autónoma em 5 de Janeiro de 2010, e em 8 de Setembro de 2011 procedido á
penhora do salário auferido pelo A. ao serviço da Camâra Municipal de Viana do
Castelo, conforme doc.nº-------que junta e considera reproduzido para todos os legais
efeitos.
23ºA mutuária foi declarada insolvente por douta sentença proferida no Processo nº
3271/10.0TBMAI do Tribunal Judicial da Maia, tendo a mesma transitado em julgado
em 26 de Julho de 2010,conforme doc. nº……… que junta e cujo contéudo aqui se dá
por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.
31ºOra não podia a Ré ignorar que o A. se constituira fiador , nos precisos termos e nas
concretas circunstâncias plasmadas nos documentos nos quais assumira a obrigação
de fiador do empréstimo e respectivas garantias.
33º Assim nos termos do disposto no Art.730º do C. Civil, “ Ahipoteca pode extinguir-
se por outras causas para além da extinção da obrigação, mormente pela renúncia.”
34º Quanto á extinção da fiança dispõe o art. 651º do C. Civil que a mesma, “se
extingue com a extinção da obrigação principal.”
35ºIn casu, o A. ficou liberado das obrigações que assumiu nos sobreditos contratos
como fiador, por não poder ficar sub-rogado nos direitos da Ré, ali credora pelo facto
de esta ter procedido ao cancelamento das hipotecas,
39ºOra, dado que a Ré procedeu ao cancelamento das hipotecas, facto que, repete-se,
só lhe pode ser imputado, impediu o A. de poder ficar sub-rogado nos direitos que lhe
cabiam.
41ºAssim, Vaz Serra, Fiança e Figuras Análogas in BMJ,71-271 “ O credor não deve
proceder de maneira a obstar a que o fiador se subrogue nos seus direitos, ( o
sublinhado é nosso) pois se esta sub-rogação se não der, pode ser o fiador
prejudicado. Ora, o credor , assim como recebe com a fiançauma garantia para o
crédito, deve por outro lado, evitar que o fiador, por falta daquela sub-rogação, seja
lesado.”
44ºSendo certo, que não tinha a Ré o dever para com o A. fiador de zelar pela
solvabilidade da mutuária, sua devedora,
45ºnão é menos certo, que tinha o dever de não impedir que o A. ali fiador ficasse
prejudicado por falta da sua sub-rogação!
46ºDe todo supra exposto resulta, que por facto praticado voluntáriamente pela Ré ,o
A. não pode ficar sub-rogado na hipoteca constituída em favor da Ré para garantia dos
empréstimos por ela concedidos á Eduarda Maria Rodrigues de Sousa, em relação aos
quais o A. se constituiu fiador e principal pagador.
48ºpelo que deve o A. ficar desonerado das obrigações que perante ela contraiu como
fiador nos sobreditos contratos.
PEDIDO
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VALOR