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1.

Objetivos

Os experimentos foram realizados com os seguintes objetivos:

 Realizar medições sobre a armadura da máquina síncrona, para efeito de


determinação do valor correspondente a sua resistência elétrica por fase,
referenciado à temperatura normalizada (experimento 2);
 Realizar ensaio direto sobre a máquina síncrona, de modo a possibilitar o
levantamento de sua característica de magnetização a vazio (experimento 3);
 Realizar ensaio direto sobre a máquina síncrona, de modo a possibilitar o
levantamento de sua característica de curto circuito entre fases (experimento
4).

2.Procedimento

Os valores especificados pelas placas das máquinas utilizadas no experimento


foram:

a. Máquina de corrente contínua


i. P = 0,5 cv;
ii. Vccar = 160 V;
iii. Vcccampo = 190 V;
iv. Iar = 3,1 A;
v. Icampo = 0,4 A;
vi. Velocidade = 1800 rpm;

b. Máquina sícrona
i. P = 0,5 cv;
ii. Pólos = 4;
iii. Vexc = 220 Vcc;
iv. Frequência = 60 Hz;
v. Velocidade = 1800 rpm.

Para o experiemento 2,com base na associação em série das três fases da


armadura da máquina e da aplicação de tensão contínua aos seus terminais, é possível
referenciar o valor médio da resistência por fase à temperatura de setenta e cinco graus
centígrados (75ºC), utilizando as expressões de recorrência a seguir:

( − )
= +[ ] , +


= + [ ]
, +

Onde,
T1 : Temperatura ambiente (considerada igual a 25ºC).

T2 : Temperatura estimada do enrolamento, a quente .

Rf : Valor medido da resistência da associação, a frio.

Rq : Valor medido da resistência da associação, a quente.

(234,5) = Constante associada ao material do enrolamento (Cobre).

Ra = Valor médio estimado da resistência da associação referenciada a 75ºC.

O experimento foi realizado variando os valores de corrente de armadura em


0,1A,em um intervalo de 0,1 a 0,4.Para cada corrente aplicada o valor de tensão
correspondente, foi anotado. Esse procedimento foi realizado tanto para máquina a frio
quanto a quente.

No experimento seguinte, utilizando uma máquina de corrente contínua como


acionador primário, com Vcampo = 190 V, à rotação síncrona, foi tomada uma série de
valores para a excitação da máquina a partir das tensões terminais entre fases
correspondentes, variando de 40 em 40 V, e observando também a medição da
excitação para 380 V. A partir desses valores, foi possível determinar a curva
característica VCA(if)×if, que encontra-se em anexo.

Para a realização do último experimento, operando o dispositivo à velocidade


síncrona, através de um acionador primário, foi tomada uma série de valores para a
corrente de armadura em função de excitações correspondentes, da qual resulta um
vetor de dados da forma Ia(if)×if , para o caso de terminais da armadura em curto
circuito, cujo valor máximo recomendável da corrente associada, não deve exceder
vinte por cento (20%) do seu valor nominal.

3.Resultados

Os resultado obtidos com a realização dos procedimentos citados anteriormente,


estão presentes nas tabelas abaixo.

Tensão a frio (V) 9,3 19,1 28,2 37,6


Ia (mA) 100 200 300 400
Tabela 1: Valores de Tensão a frio para valores predeterminados de corrente de armadura

Tensão a quente (V) 9,6 19,7 29,3 39,8


Ia (mA) 100 200 300 400
Tabela 2 - Valores de Tensão a quente para valores predeterminados de corrente de armadura

Vca(if) (V) 40 80 120 160 200 240 280


if (A) 17,5m 40,5m 62,7m 92m 112m 131,5m 156,7m

Vca(if) (V) 320 360 380 400 440 480 520 560
if (A) 182,2m 199m 220 230m 260m 290m 330 370
Tabela 3 - Valores de tensão a de circuito aberto em função dos valores de corrente de
excitação do campo

Os valores de Va e ifmédia são apresentados adiante sob a forma de uma curva


característica VCA(if)×if, no anexo.

Ia (A) 0,2 0,4 0,6 0,8


if (A) 0,1 0,2 0,31 0,41
Tabela 4 - Valores de corrente de armadura medida para as excitações do campo

Os valores de Ia e if são apresentados adiante sob a forma de uma curva


característica IaCC(if)×if, no anexo.

4. Curvas características em Circuito Aberto, Curto-Circuito e Impedância


Síncrona

As curvas características em Circuito Aberto [VCA = VCA (if)], Curto-Circuito


[IaCC = IaCC(if)] podem ser vistas no diagrama em anexo. A curva característica de
Impedância Síncrona [Zs = Zs(if)] foi feita a partir dos 15 pontos determinados a seguir,
����
sabendo que �� = , e também encontra-se em anexo.
����

⁄√ ⁄√
�� = = , Ω/fase �� = = , Ω/fase
, ,

⁄√ ⁄√
�� = = , Ω/fase �� = = , Ω/fase
, ,

⁄√ ⁄√
�� = = , Ω/fase �� = = , Ω/fase
, ,
⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,

⁄√
�� = = , Ω/fase
,
5. Relação de Curto-Circuito, resistência e reatâncias síncronas, não-saturada e saturada

A partir dos valores da Tabela I, é possível encontrar as resistências por fase para a temperatura ambiente, considerada 25°C:

,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,

Fazendo a média aritmética desses valores, e em seguida dividindo por três, encontra-se a resistência por fase da associação, a frio:

= , Ω/fase

O mesmo cálculo é feito para os dados da Tabela II, e assim encontram-se os valores das resistências a quente para cada caso:

,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,
,
= = , Ω
,

Fazendo a média aritmética desses valores, e em seguida dividindo por três, encontra-se a resistência por fase da associação, a quente:

= , Ω/fase

A temperatura estimada do enrolamento, a quente, é dada pela expressão:


= + × , +

Substituindo os valores encontrados, tem-se que T2 = 37,63°C.

Com o valor de T2 determinado, encontra-se o valor da resistência por fase à temperatura de 75°C, Ra, utilizando a expressão:


= + ×( )
, +

Substituindo os valores encontrados, tem-se que Ra = 43,05 Ω/fase.

Para o cálculo da impedância de base, o valor de Ianom foi calculado como segue:
�⁄����
� = =
√ � √ �

� = , A

Sendo Vtnom = 380 V e Ianom = 0,71 A, o valor de impedância de base é dado por:

⁄√
� � = = , Ω
,

Logo, em pu, Ra é dada por

,
� = = , pu
,

Para a reatância síncrona não-saturada, tem-se:


⁄√
�� � = = , Ω/fase
,

�� � = √�� � − = , Ω/fase

�� � = , pu

Para a reatância síncrona saturada, tem-se:

⁄√
�� � = = , Ω/fase
,

�� � = √�� � − = , Ω/fase

�� � = , pu

Com isso, obtém-se a relação de curto-circuito:

�� = = ,
�� �

6.Relações funcionais obtidas

Temos para o terminal Vt um comportamento linear em função do aumento da


corrente de campo if para if de até aproximadamente 175mA, por meio do ensaio de
circuito aberto. Outra relação importante é que, com o ensaio de curto-circuito, a
corrente de curto-circuito permanece linear por causa da desmagnetização do fluxo
referente à armadura em contrapartida a força magnetomotriz de campo. Finalmente, a
curva de impedância síncrona é decrescente, mostrando que a variação de tensão é
pequena em relação à corrente de campo. Caso ocorra um aumento na corrente de
campo, a impedância diminui e, assim, a variação de tensão é mantida com um valor
baixo.

8.Conclusão

Com a realização do experimento foi possível observar o comportamento da


máquina síncrona para o ensaio de circuito aberto e curto-circuito e, com isso, traçar a
suas curvas características.

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