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São Paulo
2020
Geovanna de Barros Kustovich
São Paulo
2020
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
À Profa. Maria Cecília Rizzi e a Profa. Regina Faziolli que, fazendo parte do
corpo docente do curso, estiveram presentes em diferentes momentos da minha
trajetória no Centro Universitário Assunção e contribuíram com suas experiências e
apoio constante; Agradeço pela dedicação ao ajudar-me com o Trabalho de
Conclusão de Curso, com palavras de motivação e apoio no decorrer dessa
Pesquisa.
a) Coisas da Terra
b) Coisas do céu
1
A Árvore de Porfírio é uma representação ilustrativa de classificação, partindo de assuntos gerais
para específicos.
um sistema cientifico, facetado, hierárquico, usado na área de Biblioteconomia da
Ciência da Informação.
Platão
Aristóteles
Ética
Corpóreo Incorpóreo
Corpo
Animado Inanimado
Corpo Vivo
Sensível Insensível
Animal
Racional Irracional
Homem
Fig.4. Árvore de Porfírio. Fonte: Teoria e Prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Alice
Príncipe Barbosa. Pág. 44.
Fig. 5. árvore de Ramée. Fonte: Art. Da Classificação dos seres à classificação dos
saberes. Olga Pombo. Pág. 7.
No ano 439 (d. C.) Martuis Capella, dividiu as Artes Liberais em sete grupos:
Gramática, Dialética, Retórica, Geometria, Astronomia, Música e Aritmética.
Cassiodoro usou o mesmo princípio para dividir as Artes Liberais, e as reunir em
dois grandes grupos, conhecidos como Trivium e Quatrivium (chamados as setes
Artes Liberais), como podemos ver:
Ao analisar a linha do tempo (Fig. 6), ver-se-á que o sistema de Bacon foi
usado por Brunet, o sistema foi modificado por Harris, adotado por Dewey e serviu
de base para o sistema de Classificação Decimal Universal. Observa-se que a
Classificação de Bacon, foi um aprimoramento das antigas classificações filosóficas,
de Capella e Cassiodoro, no início da era cristã.
Dois Séculos depois, Gabriel Naudé (1643) amplia as classes para doze (12):
Teologia, Medicina, Bibliografia, Cronologia, Geografia, História, Arte Militar,
Jurisprudência, Direito, Filosofia, Política e Literatura. Durante a Idade Média a
classificações dos livros era pelo tamanho, dentro de uma grande classe de
assuntos, usou-se as classes como: Gramática, Poética, Lógica, Filosofia, Escrituras
Sagradas.
O sistema dos livreiros de Paris, cuja autoria atribui-se aos Jesuítas, exerce
influência na construção do sistema de Jacques-Charles Brunet, sistematizado nas
seguintes áreas: Teologia, Jurisprudência, História, Filosofia e Literatura. Os outros
sistemas classificadores surgem como, Thomas Hartwell Horne, do museu Britânico,
composto por dez (10) classes e o de Edwards.
0 Generalidades
1 Filosofia
2 Religião
3 Ciências Sociais
4 Vaga
5 Ciências Aplicadas
7 Belas Artes
8 Linguística e Literatura
1) Francesa
2) Francesa
3) Alemã
4) Inglesa
5) Francesa
6) Japonesa
7) Espanhola
8) Alemã
9) Portuguesa
10) Polonesa
11) Japonesa
Obras Gerais
Filosofia e Religião
História - Ciências Auxiliares
História Universal
História da América
Geografia, Antropologia, Folclore
Ciências Sociais
Ciência Política
Direito (a publicar)
Educação
Música
Belas Artes
Língua e Literatura
Ciência
Medicina
Agricultura
Tecnologia
Ciência Militar
Ciência Naval
Bibliografia e Biblioteconomia
3.2.1.2 Notação
f) Índice: Não possui índice geral para esse sistema. Cada classe tem seu
índice Alfabético e relativo ao seu assunto.
CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados constata-se que a Classificação Decimal
Universal é um aprimoramento da Classificação Decimal de Dewey, porém mais
específica. Os idealizadores da Classificação Decimal Universal foram: Paul Otlet e
Henry La Fontaine. Possui dez áreas, e a área de Religião é a (2). Sua notação tem
números, letras e sinais.
A Classificação da Biblioteca do Congresso Americano, teve várias
modificações. Entretanto, a última alteração foi de Charles Martel e James Christian
Meinich Hanson, que usou como base o sistema Cutter, depois de sistematizado, o
sistema foi organizado por especialistas das respectivas áreas. Esse sistema possui
vinte classes, representadas por letras maiúsculas. A Classe (B) é a classe para
área de Filosofia e Religião. À sua notação é composta por letras, números e sinal
de Ponto final.
Verifica-se que os dois sistemas são sistemas fundamentais para um acervo
Teológico, pois contêm assuntos específicos de Religião. Porém, qual sistema
possui mais falhas ao recuperar um livro para o usuário? Conforme dados
quantitativos e pesquisa elaborada apreende-se que o Sistema de Classificação
Decimal Universal, não possui áreas para respectivos personagens Bíblicos e povos,
como no caso do povo HEBREU, o mesmo acontece com o assunto MARCOS e a
religião do ISLÃ. Entretanto, verifica-se que a Classificação Decimal Universal
contém mais sub Assunto para algumas áreas teológicas, como no caso das
EPÍSTOLAS DE PAULO.
Nota-se que na Classificação da Biblioteca do Congresso Americano possui
área específica para Personagens e para determinados assuntos da Religião, como
no caso do Povo HEBREU, SANTO AGOSTINHO (Fica na área Patrística),
BATISMO, HISTÓRIA DO BUDISMO e ISLÃ.
Apreende-se que a Classificação Decimal Universal, contêm vários assuntos
na área (2) Filosofia e Religião. Porém, ao classificar, o Classificador tem que ser
minucioso com materiais que sejam de personagens específicos, como por exemplo,
sobre Marcos, pois pode ficar localizado tanto em Comentário Bíblico, como
Teologia Cristã. O mesmo refere-se ao assunto Islã e Budismo, que pode ficar
localizado na grande área Religião ou Filosofia da Religião, não contendo uma área
para as respectivas religiões, assim dificultando na recuperação de uma obra.
Compreende-se que essa Pesquisa pode contribuir na escolha de uma
classificação de um acervo de Teologia. Além, de percebermos outras possibilidades
de Classificações, abrindo oportunidade para novos conhecimentos e escolhas.
Esse trabalho ajudará na tomada de decisão de mudanças de classificações no
acervo de teologia. Essa Pesquisa é relevante, pois não possui pesquisas relatando
qual é a classificação apropriada para um acervo teológico, sendo assim delimitei
comparando dois sistemas abrangentes na área da Religião.
A hipótese é provar que a Classificação Decimal Universal contém inúmeros
erros na classificação de um acervo teológico, dificultando o acesso de determinado
livro, como no caso de obras que retratam os ensinamentos de Marcos. De acordo
com a pesquisa, minha hipótese está correta. Porém, quero aprofundar-me nessa
pesquisa para provar as dificuldades no sistema da Classificação Decimal Universal
em uma biblioteca de Teologia, pois têm vários assuntos da Religião que ainda
possuem erros.
Profissionais da Informação notaram dificuldades ao recuperar livros no
acervo Teológico com a Classificação Decimal Universal, tendo isso, levei como
motivação para realizar essa pesquisa.
O Objetivo dessa pesquisa foi comparar a Classificação Decimal Universal na
área da Religião com a Classificação da Biblioteca do Congresso Americano, abrir
possibilidades de classificações para um acervo de Teologia e ressaltar que não
temos apenas a Classificação Decimal Universal na classe da Religião. Portanto, na
escolha de um Sistema de Classificação de uma Biblioteca Teológica o profissional
deve-se levar em consideração, a visão e valores da Instituição e o tipo de usuário
que frequenta.
REFERÊNCIAS
POMBO, Olga. Da classificação dos seres à classificação dos saberes. Olga Pombo.
Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/hyper/resources/opombo-classificacao.pdf.
Acesso em: 05 nov. 2020.
07/10/2019
Sim.