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Fonte: http://www.violaobrasil.com.br/por-que-os-musicos-morrem-cedo#more-103

Quando eu era adolescente, nos anos setenta, já tinha coleção de


discos de vinil e me gabava de dizer que era fã do guitarrista
Jimmy Hendrix. Escutava Chopin quando chovia e Beetoven nos
domingos de sol forte. Claro que meus colegas de escola me
chamavam de esnobe e eu gostava.

Naquela época, na Paraíba, sem televisão, pouca gente podia se


dar ao luxo de ter em casa revistas do Sul do país ± Cruzeiro e
Manchete ± que só falavam dos Estados Unidos e dos ídolos do
rock. Embarcava nessa leitura, achando que o mundo era assim e
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por uma questão de tempo todos seríamos norte -americanos.

Mergulhei no aprendizado do inglês, e não demorei a descobrir que meu herói guitarrista era um
excelente músico mas um desastre de pessoa, envolvido com todo tipo de droga, um antisocial
por natureza. Além disso, o rock pauleira que escutava só falava em droga e porcaria. Incitava a
uma agressividade e a uma rebeldia que não sentia nas minhas veias, embora adol escentes.

Claro que os EUA viviam, naquela época, o inferno da guerra do Vietnã e da propaganda da
³guerra fria´, mas, e daí? O que isso tinha a ver comigo? O legado deixado pelos ídolos da minha
adolescência foi um desastre e muita gente ainda embarca nel e hoje: se enfeita como árvore de
Natal, repetindo os comandos das gangues e suas tatuagens, piercings, etc.

Foi duro perceber que Jimmy Hendrix não casava com a vida pacata e sadia, muito menos com
os meus projetos de uma vida melhor e feliz. Ele logo morreu, drogado. Assim, parei de ser o
macaquinho de imitação que as revistas vendiam como sendo a moda a seguir ± mas a imprensa
brasileira ainda não parou de vender imagens falsas e irreais de fora do Brasil, assim como de
denegrir o sentimento herdado de T upã e de seu povo nú.

Como compreender que a música cura se a grande maioria dos músicos morre cedo, entra no
desfiladeiro sem retorno das drogas, da Aids, tem ataques cardíacos, são desorganizados, as
vezes desastrados e não consegue pôr os pés no chão? Simples: música provoca efeitos físicos.
Se a música afeta profundamente quem a escuta, imagine o que não acontece com quem a
executa! Cada instrumento tem uma afinidade e essa afinidade afeta os órgãos físicos, a mente e
a estrutura espiritual de cada pessoa, tanto para a saúde quanto para a doença.

O som repetitivo da guitarra, por longas horas, desafina os órgãos digestivos. A bateria tira a
pessoa do chão, da vida real. Com que parece o som do violino? Os tibetanos sabem como
provocar levitação tocando instrumentos rudimentares de metal, mas não ensinam ao ocidente.
Tanto para a saúde quanto para a doença, a questão básica que envolve a música, o som, o tom,
é a repetição, a duração e a qualidade dessa repetição.

Cada órgão físico, tecido, víscera, tipo d e fluido vital e líquido tem sua própria sintonia, ritmo, tom.
É como o nome próprio. Se na multidão alguém chama Joacir, vou olhar na direção daquele que
reconheço como meu. Se houverem outros Joacir na mesma multidão, alguns vão olhar mas sem
muita convicção, enquanto que outros nem olharão para trás.

Cada músico desenvolve a personalidade de acordo com o instrumento que a ele está ligado com
frequência. Cada pessoa, independente de ser músico ou não, tem o seu tom, que vibra quando
entra em sintonia com ele. Daí a importância de se tocar/ouvir instrumentos diferentes para variar
a sintonia corporal sem desequilibrá -la. As vezes uma pessoa é chamada pelo nome em um lugar
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