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ROTEIRO DE NEUROANATOMIA
Prof. Me. Renato Canevari

VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem


para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo
de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito
intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a
suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não é tolerada por um período muito curto.
A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da
consciência. Após cerca de cinco minutos começam a aparecer lesões que são irreversíveis, pois,
como se sabe, as células nervosas não se regeneram.
O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do
coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue
aproximadamente igual ao seu próprio peso.

Vascularização Arterial do Encéfalo


Polígono de Willis:
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais)
e Carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do
encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis,
de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar.
Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de
cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma
artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a
artéria comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através
das artérias comunicantes posteriores.
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Neuroanatomia
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Polígono de Willis - Esquema

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Artéria Carótida Interna (Sistema Carotídeo)
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos
longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir,
perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais:
as artérias cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a
morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e,
infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são
frequentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo.

Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar)


As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das
artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames
transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura
máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral
do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco
único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares
inferiores posteriores.
A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se
para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além
das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e
artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O
sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a
circulação posterior do encéfalo.

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Esquema das Artérias Cerebrais

Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:

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Vascularização Venosa do Encéfalo


As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e
mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge
para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.
As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da
cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias
subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas
profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela
drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As veias jugulares
internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias
braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior.
As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema
venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas
anastomoses.

Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por
veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter.

Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no


cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco
medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de
Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro.

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Vascularização Venosa do Encéfalo


Vascularização da Medula Espinhal
A medula espinal é vascularizada por ramos das artérias vertebrais e segmentares.
A artéria vertebral dá origem às artérias espinhais anterior e posterior. Artérias
segmentares, tais como as artérias cervical profunda, cervical ascendente e intercostal
posterior, dão origem a 31 pares de ramos arteriais radiculares que suprem as raízes dos
nervos espinhais.
Veias com nomes semelhantes acompanham as artérias. As veias espinhais anterior
e posterior drenam para as veias radiculares, que então desembocam na rede venosa
epidural. Esta rede acaba drenando para os seios venosos durais.

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O suprimento de sangue é sempre uma parte inevitável de qualquer unidade de


estudo de anatomia. Aqui você pode descobrir tudo sobre a irrigação sanguínea da medula
espinal. E depois de estudar tudo você pode se desafiar no teste a seguir.

Identifique as artérias e veias abaixo:


Polígono de Willis
- Artéria Vertebral - Artéria Cerebral Posterior
- Artéria Comunicante Posterior - Artéria
- Artéria Cerebelar Inferior Posterior - Artéria
Carótida Interna - Artéria Cerebral Média
Cerebelar Inferior Anterior - Artéria Cerebelar
- Artéria Cerebral Anterior - Artéria
Superior - Artéria Basilar
Comunicante Anterior

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Vascularização da Medula Espinhal - Veia Espinhal Anterior


Região Anterior: - Veia Medular Segmentar
- Artéria Espinhal Anterior - Veia Radicular Anterior
- Artéria Medular Segmentar -
Artéria Sucal Estudo Dirigido:
- Artéria Radicular Anterior
Região Posterior: - Veia Espinhal Posterior Mediana - Veia
- Artéria Espinhal Posterior Direita - Artéria Espinhal Posterior Direita - Veia Espinhal
Espinhal Posterior Esquerda - Artéria Posterior Esquerda - Veia Radicular
Radicular Posterior Posterior

1) Qual a importância da vascularização no sistema nervoso central?


2) Quais são os dois sistemas de irrigação encefálica?
3) Como se distribui a artéria cerebral anterior e o que causaria a sua obstrução?
4) Como se distribui a artéria cerebral média e o que causaria a sua obstrução? 5)
Como se distribui a artéria cerebral posterior e o que causaria a sua obstrução? 6)
Faça um organograma da vascularização cerebral.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CARNEIRO, M. A. Neuroanatomia: Atlas e Texto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2004.
KIERNAN, J. A. Neuroanatomia Humana de Barr. 7 ed. São Paulo: /Manole,
2002.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2 ed São Paulo: Atheneu, 2006. Capítulo 10, + item
1.0 / 2.2 / + 2.2.5.
MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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