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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituto de Física / Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física

A Óptica e a
Fotografia Analógica
Mestrando Patrese Vieira
Porto Alegre, junho de 2013
O Legado de Euclides
Uma das características mais
importantes acerca da luz foi atribuída por
Euclides (325 a.C. - 265 a.C.), importante
matemático da Grécia Clássica.

Conhecido por suas contribuições


à Geometria, resolveu utilizá-la na Óptica,
resultando na hoje chamada Óptica
Geométrica, que basicamente estuda a
formação de imagens, principalmente por
meio de espelhos e de lentes.
Euclides postulou que a luz se movia em linha reta, assim ela
poderia ser representada graficamente dessa forma, posteriormente
batizada como raio luminoso.
Devido à criação do
conceito de raio luminoso Euclides
conseguiu descrever a formação de
imagens em espelhos, utilizando
para tal uma versão preliminar da
Lei da Reflexão, inventada por ele
com base em ideias de Aristóteles.
Lei da Reflexão de Euclides: o ângulo de incidência de um raio
luminoso é igual ao seu ângulo de reflexão.

a a
Euclides explicou a reflexão nos espelhos utilizando poucos raios
luminosos para isso, chamados de raios luminosos principais.

A convenção dos raios luminosos principais simplifica o estudo da


formação de imagens, pois poucos raios luminosos são considerados,
geralmente dois.
ESPELHO
msdns
Enxergando
o Infinito e Além
As lentes atuais possuem os mais variados formatos e finalidades. É
graças a elas que pessoas conseguem enxergar melhor ou ver coisas das
quais seriam naturalmente incapazes, por exemplo.
Não se sabe ao certo quando as
lentes foram inventadas. De certo modo,
é possível dizer que elas “sempre
existiram”, pois efeitos de distorção de
imagem podem ser contemplados na
natureza.
A lente mais antiga conhecida é
proveniente da Assíria, região que
ocupava grande parte do Oriente médio.
Foi chamada Lente de Nimrud devido a
cidade onde foi encontrada, tendo sua
idade estimada em 3000 anos. Acredita-se
que ela era útil como uma lente de
aumento ou para atear fogo.
Nessa época ainda não era sabido, ao menos fisicamente, por
quais motivos as lentes possuíam esses “poderes”, assim o fato de ampliar
imagens e incendiar coisas eram encaradas como uma propriedade
intrínseca das lentes.
O fenômeno físico da refração, descrito na Grécia Antiga, foi
bastante estudado por Claudius Ptolomeu (85 – 165). Simplificadamente, a
refração consiste em um desvio que a luz sofre quando o meio onde está
se propagando é alterado.
NORMAL

AR i

VIDRO r
Ptolomeu pode aferir que, dependendo do meio onde a refração
ocorria, tal desvio poderia ser maior ou menor.

AR AR
ÁGUA VIDRO
Ptolomeu atribuiu essa diferença
nos desvios a uma propriedade do meio,
que foi chamada de índice de refração.
Assim, quanto maior fosse o índice de
refração, maior seria o desvio observado
em relação ao raio incidente.
Hoje sabemos que, na verdade, a refração ocorre devido à
mudança da velocidade da luz quando o meio de propagação é alterado. A
razão entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz no meio
secundário (v) é que define o índice de refração (n) desse meio:

n = c/v
Meio material Índice de Refração
Vácuo 1
Ar 1,0003
Gelo 1,31
Água 1,33
Álcool Etílico 1,36
Vidro 1,50
Sal de Cozinha 1,54
Glicerina 1,47
Diamante 2,42
A refração ocorre com mais facilidade
em meios transparente, já que uma quantidade
maior da luz atravessa esses materias.

Dessa forma, era sabido que a refração


explicava por que objetos parecem estar
localizados em pontos diferentes quando
olhados através de um meio transparente, como
uma lente, mas ainda era desconhecido o porquê
do aumento.
O motivo do aumento foi apresentado por Alhazen (965 – 1040).
Todas as lentes apresentam uma característica em comum: pelo menos
uma das faces é curva. É a curvatura da lente que define o aumento ou
redução da imagem do objeto.
Alhazen chegou a tal conclusão realizando estudos sobre a
estrutura dos olhos. Ele percebeu que o cristalino, espécie de “lente”
posicionada atrás da pupila, é o responsável por focalizar a imagem na
retina – o fundo dos olhos.
O cristalino possui a
habilidade de mudar seu formato,
achantando-se ou esticando-se, o
que nos permite enxergar com
precisão objetos tanto perto
quanto distante, porém sua a
elasticidade é reduzida com o
passar do tempo.
A aliança entre a refração e a curvatura da lente forneceu uma
base física para as propriedades das lentes, tornando possível
compreender tanto o aumento das imagens quanto a capacidade de
queimar alguns materiais.
Existem diferentes tipos de lentes, mas vamos nos deter as lentes
esféricas, que possuem esse nome porque sua curvatura coincide com o
arco de uma esfera.

LENTE
ESFÉRICA
Os diferentes formatos de lentes esféricas podem gerar imagens
tanto ampliadas quanto reduzidas.

LENTES CONVERGENTES Menisco LENTES DIVERGENTES


As lentes biconvexas são as mais comuns, empregadas em lupas,
câmeras fotográficas, telescópios e microscópios, por exemplo. Isso
acontece devido ao bom aumento que proporcionam.

É possível conhecer o aumento ou redução que uma lente


fornecerá através de um velho conceito: os raios principais.
Primeiro é necessário conhecer algumas características das lentes
esféricas.

As lentes não fornecem sempre o mesmo caminho para os raios


luminosos. Algumas lentes os refratam direcionando-os para um mesmo
ponto, o foco, por isso são chamadas de lentes convergentes.

FOCO
Isso explica o motivo pelo qual era possível colocar fogo em
determinados materiais utilizando lentes. Por serem convergentes, as
mesmas concentravam a luz do Sol que incidia sobre elas no foco. Essa
concentração da luz solar aumenta muito a temperatura do ponto onde o
foco está posicionado, iniciando a ignição.
Já em outras lentes os raios luminosos são refratados como se
tivessem sido espalhados a partir do foco, sendo estas as lentes
divergentes.

FOCO
LENTES CONVERGENTES LENTES DIVERGENTES
Um raio luminoso que incide em uma lente Um raio luminoso que incide em uma lente
convergente, paralelamente ao seu eixo, refrata-se divergente, paralelamente ao seu eixo, refrata-se
passando pelo primeiro foco. de tal modo que o seu prolongamento passa pelo
primeiro foco.

F F F F

Um raio luminoso que incide em uma lente Um raio luminoso que incide em uma lente
convergente e cuja direção passa pelo segundo divergente, de tal modo que seu prolongamento
foco, emerge da lente paralelamente ao seu eixo. passe pelo segundo foco, emerge da lente
paralelamente ao seu eixo.

F F F F
As lentes convergentes, como as biconvexas ou as plano-
convexas, são amplamente utilizadas em instrumentos ópticos. Por essa
razão vamos nos deter somente nestes casos.

Dependendo do posicionamento do objeto em relação à lente,


pode-se obter diferentes tipos de imagem.
Objeto posicionado antes do foco:

Invertida
Reduzida
Real

F F

Invertida
Ampliada
Real

F F
Objeto posicionado entre o foco e a lente:

F F
Direita
Ampliada
Virtual
Estes esquemas foram importantes na construção dos primeiros
instrumentos ópticos, como os óculos, e também para os que utilizam
acoplamento de lentes, como binóculos, telescópios e microscópios.
A Escrita da Luz
Tanto pelo uso de lentes convergentes na antiguidade quanto pela
câmara escura inventada por Alhazen, uma coisa era sabida: é possível
capturar imagens.
Assim, o problema não estava contido em como conseguir uma
imagem que tivesse grande fidelidade com a realidade, mas sim em
registrá-la para posteridade.
Antigamente, os registros visuais poderiam ser guardados,
basicamente, por duas formas artísticas principais: a pintura e a escultura.
Entretanto, tanto a
escultura quanto a pintura estão
sujeitas à subjetividade do artista,
pois são frutos de uma
interpretação. Dessa forma, não
necessariamente descrevem com
exatidão o que está ocorrendo.

Essa barreira poderia ser


ultrapassada caso houvesse um
meio de registrar as imagens
produzidas pela luz. E teve.
Quem leva a fama pelo
feito é o francês Joseph
Nicéphore Niépce (1765 - 1833).
Ele obtinha imagens com o uso
da câmara escura com lentes
acopladas e buscava uma forma
de armazená-la.
Niépce tinha conhecimento de que a imagem era formada pela
luz, assim precisa encontrar um meio de registrá-la, o que na sua
concepção poderia ser feito com algum material sensível à luz.
A ideia de Niépce foi passar betume branco da Judeia sobre uma
placa de estanho, posicionada dentro da câmara escura. Esse tipo de
betume endurece quando exposto a luz, assim as regiões da placa onde a
luz incidia com mais intensidade ficaram com betume fixado, enquanto nas
demais ele foi posteriormente removido.
Dessa forma Niépce conseguiu registrar uma imagem formada em
uma câmara escura em 1826, precisando de um tempo de exposição de
oito horas. Ao processo ele deu o nome de heliografia.
Hoje, a imagem capturada por Niépce é considerada a primeira
fotografia da história. Assim, uma foto que hoje levamos frações de
segundos para obter já precisou de oito horas para ser batida.

Felizmente, a partir de então as técnicas fotográficas passaram


por muitos aperfeiçoamentos.
Niépce estava bastante
interessado em facilitar o processo da
heliografia, assim forma uma sociedade
com o também francês Louis Jacques
Mandé Daguerre (1787 - 1851), em 1829.

A parceria de ambos consistia


na procura por novas e mais eficazes
formas de se obter heliografias. Porém
Niépce morreu logo após, em 1833,
deixando seu legado para Daguerre.
Ainda por Niépce, a placa de estanho original já havia sido
substituída por uma de prata, mas ele continuava utilizando o betume, o
que ainda fazia com que horas fossem necessárias para o registro.
Daguerre, por sua vez, começou a utilizar outros materiais.
Constatou que ao sensibilizar uma placa metálica com iodeto de prata
obtinha uma imagem mais nítida.

O iodeto de prata, assim como outros sais de prata, como visto


posteriormente, só permite o registro das imagens devido a interação
entre a luz e a matéria, o que é explicado do ponto de vista quântico,
embora isso não fosse conhecido na época.
O iodeto de prata era passado sobre a placa, onde minúsculos
grãos ficavam aderidos. Quando a luz interage com cada grão, uma reação
fotoquímica é iniciada.

O que ocorre é que um fóton, ao atingir uma molécula do iodeto


de prata, ejeta um elétron, fazendo com que a estrutura da molécula seja
desfeita, o que resulta em prata metálica, que registrará a imagem.
O problema desse processo é que, ao retirar a placa da câmara
escura, a luz continuava agindo sobre o iodeto de prata, fazendo com que
a imagem desaparecesse aos poucos.
A solução encontrada foi mergulhar a placa numa solução com sal de
cozinha, o que interrompia o efeito de sensibilização do iodeto de prata e
possibilitava a fixação da imagem. Esse processo foi finalizado em 1837, sendo
conhecido pelo público somente em 1839, chamado de daguerreótipo.
Ateliê de Daguerre (1837)
Panorama de Paris, registrado por Daguerre (1838)
Eclipse Solar (1851)
O projeto do daguerreótipo foi
vendido por Daguerre e pelo herdeiro de
Niécpe ao governo da França, que o
declarou como domínio público.
Já em 1840, conhecendo
o trabalho de Daguerre através
da publicação do governo
francês, o inglês William Henry
Fox Talbot (1800 - 1877) reclama
a Royal Society a autenticidade
de seu invento, chamado por ele
de calótipo.
Em 1835, Talbot utilizou exatamente o mesmo processo de
Daguerre, porém substituía a placa metálica por papel sensibilizado com
cloreto de prata, simplificando e barateando o processo. Entretanto Talbot
obteve um negativo da fotografia, que depois era posto em contato com
outro papel, obtendo-se o positivo.
NEGATIVO POSITIVO
Londres (1845)
Fotógrafos registrados por Talbot (1853)
A “invenção” de Talbot apresenta um grande vantagem, pois
como o negativo pode ser guardado diversos positivos podem ser feitos.
Essa técnica foi amplamente utilizada na fotografia até a obtenção das
câmeras digitais, por meio dos filmes fotográficos.
As incertezas pela história da fotografia
também passam por aqui. Em 1833, o franco-
brasileiro Hércules Florence teria obtido imagens
também pelo uso da câmara escura, usando
papéis sensibilizados por nitrato de prata.
Infelizmente, Florence não conhecia técnicas de fixação da
fotografia. Ele as protegia da luz colocando-as no meio de livros e olhando-
as somente à noite, mas assim elas foram se apagando aos poucos, boa
parte desaparecendo ao longo do tempo.
Diploma (1839)
Em seu diário, Florence utilizou a palavra photographie (fotografia,
ou escrita da luz) para descrever seu feito, cinco anos antes do termo ter
sido citado na Europa, por John Herschel, ao conhecer o trabalho de
Talbot.
Desde então outros produtos começaram a ser utilizados com o
objetivo de obter fotografias com melhores qualidades, além de simplificar
o processo, e muito tempo foi empregado nisso.

O próximo passo marcante na revolução fotográfica também


guarda seus mistérios...
Para Colorir
A fotografia ainda devia algo em relação a outras formas de arte:
as cores.

Inicialmente todas eram em preto e branco, e mesmo com a


alteração em métodos de sensibilização ou revelação da fotografia, o
resultado aparecia em duas cores: branco, a cor do papel, e a cor gerada
pelo produto químico, sendo preto a mais comum, mas também havia
fotografias marrons ou azuis.
A primeira fotografia colorida obtida data de 1861, tomada pelo
importante físico James Clerk Maxwell (1831 – 1879) e seu assistente, o
fotógrafo Thomas Sutton (1819 – 1875).
Maxwell propôs teoricamente a fotografia colorida em 1855,
baseando-se na teoria das cores de Young.

Tal teoria defende que nossos olhos possuem estruturas


celulares capazes de detectar somente três cores: azul, vermelho e
verde. As demais cores que enxergamos são combinações das mesmas.
Essa combinação é possível devido ao fenômeno da difração.
Considerando duas fontes luminosas, quando a luz emitida por elas
passa por um pequeno orifício, espera-se que haja duas manchas: uma
de cada fonte.

Porém, dependendo da distância que estão as fontes e o seu tamanho, as luzes


proveniente podem se combinar, fomando apenas uma mancha.
É isso que ocorre quando assitimos televisão ou utilizamos um
computador ou celular, por exemplo. A imagem da tela desses aparelhos
são formadas por pequenos pontos com apenas três cores: vermelho,
verde e azul.

Quando passam pela pupila, a abertura que temos no olho, a luz


vinda de cada ponto se combina, fazendo com que enxerguemos uma
imagem contínua (como uma mancha) e colorida.
Dessa forma Maxwell propôs a utilização de três filtros, feitos de
vidros coloridos, cada um com uma das cores primárias. Eram retiradas três
fotos separadamente, sempre com um filtro diferente.
Cada foto produzida possuía uma tonalidade diferente de cinza.
Elas foram convertidas em slides e cada uma colorida com a cor do filtro
com a qual foi tirada. Esses slides foram projetados utilizando lanternas,
permitindo assim a visualização da primeira fotografia colorida.
Primeira fotografia colorida (1861)
Outro importante legado para
a fotografia colorida foi fornecida pelo
francês Louis Ducos du Hauron (1837 -
1920), patenteado em 1868.
Hauron também utilizou a Teoria das Cores, só que ao contrário.

Enquanto no processo de Maxwell eram utilizadas cores aditivas


primárias, para as luzes, Hauron se valeu das cores secundárias para os
pigmentos:

VIOLETA LARANJA VERDE


Ele utilizava filtros dessas três cores para produzir três diferentes
tipos de negativos. O positivo obtido para cada filtro era revelado
utilizando pigmentos que produziam imagens com sua complementar:

VIOLETA – AMARELO

LARANJA – CIANO (azul)

VERDE – MAGENTA (vermelho)

Os negativos eram revelados sobre uma placa trasparente, que


sobrepostas produziam uma fotografia colorida, ou todos eram revelados
sobre o mesmo positivo.
Vista da cidade francesa de Agen, registrada por Hauron (1877)
A Foto é Pop
Conseguir tirar fotos e vê-las coloridas foi um grande passo para o
homem, mas um pequeno passo para a humanidade.

A popularização da fotografia era o último passo, algo sempre


almejado desde os primeiros esforços de Niépce e Daguerre.
Essa popularização começou em 1887, com a utilização dos filmes
fotográficos.
Os filmes são feitos na sua maioria por celuloide, uma espécie de
plástico, sensibilizado por uma emulsão fotossensível. Como geram
negativos, quando bem guardados podem ser utilizados para a reprodução
de diversos positivos.
Já no século XIX, em 1888, começou a comercialização de câmeras
fotográficas, por uma grande companhia, ainda existente.
Devido à utilização dos filmes
fotográficos e da comercialização das
câmeras mais pessoas tiveram acesso à
fotografia, incluindo os irmãos Auguste e
Louis Lumière, que em 1895 patentearam o
cinematógrafo, um projetor que mostra
diversas fotografias rapidamente, dando a
impressão de movimento.
Também foram os irmãos Lumière que desenvolveram o
autochrome, uma forma diferente de fotografia colorida, porém ela
necessitava um tempo longo de exposição.
Fotografia registrada por Sergei Mikhailovich Prokudin-Gorskii – Rússia (1915)
Soldado francês na Primeira Guerra Mundial (1917)
Em 1935 foi lançado o kodachrome, que consiste em um filme
sensibilizado por três camadas de emulsão, uma sensível a cada cor aditiva
primária, gerando assim um negativo que quando revelado produz um
positivo colorido.

Por gerar imagens em transparências, era bastante útil ao cinema,


mas não aos fotógrafos. Acabou substituído pelo kodacolor, que produzia
um negativo para revelação do positivo em papel, sendo comercialmente
atrativo para o grande público.
Fotografia retirada com kodachrome - Londres (1949)
Desde então outras melhorias foram feitas nas câmeras
fotográficas. Seus tamanhos foram reduzidos, lentes mais eficientes foram
utilizadas, o flash foi incorporado, os filmes aperfeiçoados.

Entretanto, mesmo com essas mudanças, a forma da captação da


imagem sempre foi, basicamente, a mesma.
A fotografia nada mais é que a captura da luz, seja por longos
períodos ou em um instante de tempo, como fazemos agora.

Diversos avanços da Óptica, como a elaboração do conceito de


raio luminoso por Euclides, a investigação da refração por Ptolomeu, a
construção da câmara escura por Alhazen e o caráter ondulatório da luz
por Huygens, que levou à teoria das cores de Young, são exemplos de
estudos acerca da natureza e do comportamento da luz foram
fundamentais nesse processo.
Talvez limitados pela Física da época, nenhum dos que
contribuíram para a evolução da fotografia poderia imaginar o passo
definitivo para sua popularização:

a FOTOGRAFIA DIGITAL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BASSALO, J.M.F (1986). A Crônica da Ótica Clássica. Caderno Catarinense de


Ensino de Física. v. 3, n. 3, p. 138-159, dez. Florianópolis.

BASSALO, J.M.F (1989). A Crônica da Ótica Clássica (Parte III: 1801-1905).


Caderno Catarinense de Ensino de Física. v. 6, n. 1, 37-58, abr.
Florianópolis.

HEWITT, P.G. (2009). Fundamentos de Física Conceitual. Bookman. Porto


Alegre.

MÁXIMO, A.; ALVARENGA, B. (2009). Física: Volume 2. Scipione. São Paulo.


WIKIPEDIA. Color Photography. Disponível em <http://en.wikipedia.org/
wiki/Color_photography>. Acessado em 12 mar 2012.

WIKIPEDIA. Henry Fox Talbot. Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/


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WIKIPÉDIA. Hércules Florence. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/


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WIKIPEDIA. Lens (Optics). Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/Lens


_%28optics%29>. Acessado em 12 mar 2012.

WIKIPEDIA. Louis Daguerre. Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/


Louis_Daguerre>. Acessado em 12 mar 2012.
CRÉDITOS DAS IMAGENS E ANIMAÇÕES:

A seguir estão relacionadas as fontes utilizadas e os slides nos


quais foram utilizadas.

Autor: slides 04, 06, 21, 23, 37, 39, 41, 43, 44, 53, 81, 82, 88.

Iconic Photos: slide 84. Disponível em <http://iconicphotos.wordpress.com


/tag/thomas-sutton/>. Acessado em 30 mar 2012.

Suren Manvelyan: slide 31. Disponível em <http://paronsuren.1x.com/


gallery/5569>. Acessado em 29 fev 2012.

Wikipedia: slides 03, 05, 07, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 22, 24, 27, 28,
29, 32, 34, 35, 38, 40, 47, 49, 50, 51, 55, 57, 62, 63, 64, 65, 67, 68,
69, 70, 71, 73, 75, 80, 86, 87, 90, 93, 96, 98, 99, 101.

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