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Propostas e soluções para o campus da USP de São Carlos

Uma iniciativa do grupo de representação alternativa ERA com


participação dos alunos do campus.

São Carlos

Maio de 2017
Problemas e soluções para o campus da USP de São Carlos

Introdução
O ERA (Espaço de Representação Alternativa) realizou recentemente uma
consulta aberta aos alunos do campus sobre quais os problemas e propostas de
melhorias estes percebem e desejam, respectivamente. Desconsiderando apenas
as ideias incoerentes ou absurdas, as propostas válidas foram reunidas,
compiladas e esmiuçadas, o resultado desta consulta é apresentado a seguir.

Vale lembrar que essas propostas foram elencadas de forma anônima por
alunos de todo o campus e não representam necessariamente a postura dos
membros do ERA. Buscamos colocar todas que fossem possíveis para realmente
tornar o relatório fidedigno à opinião dos alunos.

Bandejão

1 – Fila do restaurante universitário da área 1.


Muitos alunos estão se queixando da péssima organização da fila do
restaurante universitário dentro da área coberta. Até certo tempo atrás usava-se
um sistema de postes e cordas para manter a fila em zigue-zague e aproveitar ao
máximo o espaço da área coberta, reduzindo o número de alunos que
permanecem no sol/chuva quando a fila tende a se estender excessivamente. A
proposta aqui seria o retorno do uso dos postes e cordas, para maior conforto
climático aos alunos na fila.

2 – Uso de todas as pistas de alimentos da área 1.


Outra reclamação frequente sobre o bandejão é o fato de as pistas de
alimentos estarem subutilizadas, apenas duas estão de fato servindo a seu
propósito. A consequência direta disto é o aumento do tempo de se servir e do
tempo na fila. Sempre sobram muitos lugares no interior do restaurante, verifica-
se empiricamente que o atraso maior é no momento de se servir. O uso completo
das quatro pistas possibilitaria maior eficiência ao restaurante.

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3 – Entrada dupla para o bandejão da área 1.


Logo após a reforma de 2014 foi construída uma nova entrada para o
restaurante, que logo foi abandonada devido à percepção de não comportar todos
os alunos e expor boa parte ao sol/chuva. Esta proposta tende a complementar as
outras duas ao se reduzir os problemas das filas utilizando as duas entradas ao
mesmo tempo. Poder-se-ia inclusive limitar o acesso de cada entrada para parte
das pistas de alimentos e reduzir o tamanho da fila ao dividi-la em duas partes.
Como a segunda entrada estaria recebendo apenas parte do público, qualquer
contribuição já reduziria a saturação da fila atual.

4 – Qualidade da comida do bandejão da área 1.


Os alunos estão percebendo que à medida que o tempo avança, a
qualidade da comida do bandejão do campus 1 tem se reduzido. Além da redução
da variedade do cardápio (que tende a abordar sempre os mesmos pratos,
inclusive alguns que os alunos detestam como picadinho e carne moída),
surgiram relatos de arroz mal cozido, feijão aguado e carne com excesso de sal.
A proposta aqui seria verificação mais rigorosa do bandejão e talvez a criação de
um sistema de avaliação diário por parte dos alunos, dando feedback em “tempo
real” para a empresa terceirizada e a prefeitura sobre cada prato, a qualidade e
quantidade de cada porção servida em cada dia.

5 – Café da manhã para todos


O café da manhã já é servido no bandejão para uma parcela de alunos
beneficiados pelos programas de permanência no campus. Porém, a ampla
maioria dos alunos do campus gostaria de ter a oportunidade de tomar café da
manhã no restaurante universitário. Poderia ser cobrado o valor cheio de 2 reais
(cabe uma avaliação mais acurada, mas é possível que seja suficiente para cobrir
por si só o valor da refeição do café da manhã) dos alunos não beneficiados e
manter da forma que está para os alunos beneficiados.

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Transporte

6 – Criação de um programa de incentivo às caronas do campus 1


O serviço de transporte para a área 2 é uma das principais queixas dos
alunos. De modo a tornar mais eficiente o sistema, a melhor sugestão é a de
criação de um programa de incentivos às caronas. Este programa consistiria nas
seguintes etapas:

-Reserva de uma seção da rua em torno do IAU para o serviço de caronas durante
determinadas horas do dia.

-Criação de um adesivo “Caronas USP” e convênio dos motoristas, todos


necessariamente alunos USP que estudem na área 2. Apenas estes motoristas
poderiam parar o carro naquela região nas horas determinadas.

-Permissão para cobrança ou criação de algum incentivo interno para que vários
alunos participem do projeto.

A ideia é permitir que os caroneiros determinem seus próprios horários e a forma


de combinar as caronas, a prefeitura entra apenas com a reserva do local e
emissão do adesivo. A contrapartida óbvia para a prefeitura é o desafogamento
do serviço de ônibus e melhor eficiência da área 2.

7 – Mais horários de ônibus no almoço.


Uma medida mais imediata e que resolveria em grande parte a atual
saturação é a disponibilidade pelo menos mais um ou dois horários de ônibus
entre o meio dia e as 14 horas, pois estes são os picos de uso do serviço. Até um
tempo atrás existiam essas linhas, mas por corte de gastos foram retiradas. A
ideia é permitir que elas retornem, pois realmente são necessárias.

8 – Ônibus na área 2 seguindo até os departamentos mais afastados


O ônibus que leva os alunos até a área 2 tem como parada somente a
entrada dos prédios didáticos gerais. Alunos de departamentos mais distantes
como o aeronáutica reclamam que isto é deveras longe dos seus prédios, caminho
exposto a sol e chuva. Também relatam que há um ponto pronto em frente aos

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seus prédios, o qual o ônibus poderia seguir um pouco mais e deixa-los lá com
custo adicional de tempo e combustível insignificante. Este problema poderia ser
resolvido de forma bastante simples e representaria uma grande melhoria na
qualidade de vida dos alunos da aeronáutica e talvez até mesmo do ifsc e da
engenharia de materiais.

9 – Realização de estudo sobre as vagas na área 1.


A percepção geral dos alunos é que existem problemas com a forma com
que as vagas para carros estão distribuídas pelo campus. Recebemos diversos
relatos da dissonância entre os estacionamentos abertos e os privativos. Em
horários de pico, os alunos não tem lugar para estacionar e ao mesmo tempo
vêem diversas vagas nos estacionamentos privativos. Aparentemente o problema
é mais forte no ICMC, que possui 3 estacionamentos privativos e relativamente
menos vagas abertas. As abertas lotam e os privativos ficam vagos. Sugere-se a
realização de um estudo amplo em parceria com as unidades sobre como otimizar
os espaços de estacionamento e se possível disponibilizar mais vagas abertas.

10 – Estacionamento para motos na área 2


Alunos que se dirigem à área 2 de moto reclamam que não há um espaço
adequado e amplo para estacionarem suas motocicletas. Como espaço não é
problema na área 2, esta proposta é simplesmente a demarcação de vagas para
motocicletas de modo a tornar mais eficientes os estacionamentos e estes não
precisarem ocupar uma vaga de um carro.

11 – Cobertura do estacionamento de motos do ICMC área 1


Devido ao recorrente problema das fezes de pombos (tratado no ponto 16),
há a reclamação dos alunos motociclistas que estudam no ICMC que seus
veículos estão sendo afetados pelo problema. A proposta seria de construção de
uma cobertura (similar à existente no IFSC) para o estacionamento de motos
entre a biblioteca do ICMC e o E1 da EESC (ao largo do muro do clube São
Carlos) para preservar os veículos destes alunos.

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Segurança

12 – Aumento do patrulhamento na região externa da USP


É um problema crônicos os arredores externos da USP serem alvo de
assaltantes e ladrões. Recebemos diversos relatos sobre isso. Os alunos de modo
geral desejam ampliação das patrulhas e rondas policiais (tanto da guarda
municipal quanto da polícia militar) nas ruas adjacentes ao campus, com foco nas
seguintes áreas:

-Saída da matemática.

-Ambas as saídas da física.

-Saída da Geotecnia.

-Cruzamento da rua Miguel Petroni com Trabalhador São Carlense, no semáforo.


Este último ponto é crítico, sempre há assaltantes neste exato local.

13 – Portão da física
O portão entre o IFSC e a elétrica tem permanecido fechado após certo
horário nos dias de semana e fechado durante todo o final de semana. Este portão
dá acesso a uma região com muitos estudantes e com diversos relatos de assalto,
(talvez a região mais perigosa de todo o entorno da USP). Justamente durante as
madrugadas, os alunos são forçados a darem a volta ou no portão da Geotecnia
ou no outro portão da física e a caminhar por mais tempo por essas ruas, gerando
insegurança e exposição desnecessárias. Compreende-se que manter o portão
aberto 24 horas como os outros pode ser custoso ao campus, embora seja a
solução ideal. Como uma solução secundária, propõem-se a colocação de um
sistema idêntico ao da Geotecnia, onde os alunos poderiam transitar pelo portão
para pedestres com seu cartão USP durante os horários que este estivesse
fechado, melhorando a acessibilidade e a segurança dos moradores desta região.

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14 – Melhorias da estrutura da saída da Geotecnia


Os alunos que vivem na saída da Geotecnia reclamam da falta de
segurança e pouca iluminação que esta saída possui, muito embora possui intenso
tráfego de pessoas em determinadas horas do dia. Além de ficar em uma região
isolada do campus, a saída não possui uma guarita, é escura e está exposta a uma
das regiões mais perigosas do entorno do campus. Inclusive há relatos de mais de
um ponto cego pelas câmeras, onde bandidos abordam os alunos (até mesmo
dentro do campus). A proposta seria um estudo da região, melhor iluminação,
mais câmeras e se possível uma guarita interna com um guarda da PPUSP.

Problemas com animais

15 – Ataques por cães dentro da área 1


Este é um dos problemas mais críticos e urgentes do campus que gera
comoção negativa entre boa parte dos alunos. Os cães adotados pelo campus se
tornaram agressivos e estão mordendo os alunos durante a noite, dezenas de
relatos já ocorreram e a situação permanece. É urgente que os cachorros ou sejam
removidos do campus ou ao menos colocados em um cercado fechado durante a
noite para que não ataquem. É apenas questão de tempo para que um aluno seja
machucado seriamente, é vital que o problema seja resolvido rapidamente e de
forma definitiva.

16 – Fezes de pombos no ICMC


Outro problema de extrema urgência. Há uma proliferação massiva de
pombos nos arredores do instituto de matemática e computação. Além do barulho
e do desconforto aos alunos e professores, os animais defecam continuamente
sobre o chão, os pedestres, os carros e as bicicletas. É normal caminhar pelo
instituto e ver o chão branco de fezes de pombos. Esse tipo de excremento pode
transmitir toda uma pletora de doenças aos estudantes, além de danificar o
patrimônio e tornar asquerosos os arredores dos instituto. É urgentemente
necessário que esses animais sejam recolhidos e removidos do campus e seus
ninhos retirados.

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Convivência do campus

17 – Desburocratização da reserva de salas


Nosso campus possui centenas de estudantes criativos e dispostos a criar
iniciativas produtivas para a universidade e para a sociedade. Porém o maior
empecilho relatado é a burocracia para uso do espaço físico da própria
universidade. Existem diversos grupos sendo criados que dependem de salas para
realizar suas atividades e reuniões e não conseguem devido à excessiva
burocracia dentro dos institutos. Ao mesmo tempo, se vê dezenas de salas vazias,
principalmente no período noturno onde essas atividades floresceriam. A ideia
aqui seria criar uma parceria com os institutos do campus para simplificar o
processo, permitir reserva de salas sem professores responsáveis e se possível de
uma maneira unificada. A criação de um sistema de reserva online de salas,
unificado, sem professor responsável e sem muita burocracia seria uma conquista
extremamente relevante para todos os alunos do campus.

18 – Liberação da academia do Cefer


Desde o início deste ano a academia do Cefer foi fechada e é somente
acessada com horário marcado desde a primeira semana de aula. Ela encontra-se
subutilizada (muitos dos que começaram já desistiram) e os que gostariam de
entrar ficam excluídos devido à nova burocracia do processo. O modelo de
academia liberada para todos os alunos usarem a qualquer momento sempre
funcionou normalmente, este novo modelo já se revelou falho. A proposta seria
retornar ao modelo anterior e permitir acesso liberado da academia como sempre
foi.

19 – Proteção climática no campus


Nosso campus possui muito poucas áreas cobertas e abertas, sendo a
maior parte do espaço exposta ao clima. É um problema recorrente na área 1 (e
também na área 2) que os alunos são totalmente expostos ao sol e a chuva ao
circularem à pé pelo campus. Em diversas outras universidades (públicas ou
particulares) é costume ligar os blocos principais por coberturas, justamente para

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proteger os pedestres do sol excessivo do meio dia e das chuvas (constantes aqui
em São Carlos). A proposta seria a realização de um estudo sobre a viabilidade
destas coberturas, incialmente em alguns corredores estratégicos, como na saída
da produção e da saída da matemática até o ICMC, entre outros.

Uma proposta menos ambiciosa seria a de construção de coberturas


pontuais, que poderiam servir tanto como proteção contra a chuva em lugares
mais desolados como também a exposição de cartazes e banners durante todo o
tempo. “Quiosques expositivos e protetivos”

20 – Parceria com as creches da cidade


O campus (área 1) possui uma creche que atende filhos dos alunos. Porém
esta creche tem se mostrado insuficiente para abrigar todas as crianças, gerando
problemas para diversos estudantes. Compreende-se os custos de uma expansão
da creche, portanto, coloca-se uma proposta de menor custo e que irá ajudar
muitos alunos mães e pais de crianças pequenas. A proposta seria a criação de
uma parceria com a prefeitura de São Carlos, de modo a permitir que os alunos
da USP com filhos pequenos possam matricular suas crianças nas creches
municipais da cidade. Isso tem o potencial de desafogar a creche interna do
campus e ajudar muita gente.

21 – Criação de bancos e mini-praças na área 1


Um sentimento dos alunos é que o campus possui poucas áreas externas
para se sentar e se reunir casualmente com os colegas. Uma excelente forma de
melhorar o conforto dos alunos no campus é a colocação de bancos/mesas e
talvez alguns calçamentos simples (com permeabilidade adequada) em pontos
estratégicos, que além de melhorar o conforto, irão permitir que mais áreas sejam
frequentadas, melhorando a experiência para todos.

O modelo adotado poderia ser similar ao implantado atrás do bloco C da


engenharia/ao lado da assistência social do campus.

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-Entre o campo de futebol e o prédio da elétrica há um corredor com uma


bastante propícia área para colocação de vários bancos, que também serviriam
para os espectadores das partidas jogadas no campo.

-Na área entre o alojamento bloco E e o laboratório de termodinâmica do


departamento de mecânica.

-No bosque entre a entrada principal e o prédio de laboratórios da arquitetura.

-Na imensa área vazia ao lado do prédio do departamento de estruturas.

-Na enorme área vazia entre o prédio de laboratórios do departamento de


hidráulica e a saída da produção.

22 – Manutenção da internet do bloco didático da área 2


Aparentemente a rede de internet sem fio do bloco de salas de aula da área
2 está com problemas, apresentando baixa velocidade e alta instabilidade de
conexão. Esta ocorrência prejudica muito o estudo dos alunos que neste bloco
têm suas aulas e usam seus notebooks ou celulares para acompanhar a matéria. A
proposta aqui é simples: testar os roteadores e cabos, consertar eventuais erros e
se possível expandir a infraestrutura para melhor servir ao propósito.

23 – Permissão de eventos musicais no salão de eventos


O salão de eventos é um grande patrimônio para o campus e atualmente
tem seu potencial subutilizado. Um grande anseio dos alunos é, agora que o local
foi reformado e adequado, a permissão para apresentações musicais no interior
da estrutura, se possível de noite e em finais de semana. Naturalmente todas as
responsabilidades sobre a preservação do local e regras da USP seriam aplicadas
aos responsáveis por esses eventos. O anseio por eventos musicais no salão de
eventos é generalizado entre quase todos os alunos e esta seria também uma
grande conquista para o bem estar do campus como um todo, logicamente
respeitando-se os limites da vizinhança, da universidade e da estrutura.

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