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SISTEMAS DE CUSTEIO

Francis Haime Giacomelli Ferreira

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1 CUSTO REAL POR ABSORÇÃO

Há inúmeros sistemas de custo e critérios de avaliação da produção e dos


estoques, sendo que dentro dos princípios fundamentais de contabilidade,
consagrados pela lei nº 6.404/76, o método de custeio real por absorção é o
indicado.
Isto significa dizer que devem ser adicionados ao custo da produção os
custos reais incorridos, obtidos através da contabilidade geral, e pelo sistema por
absorção, o que significa inclusão de todos os gastos relativos à produção, quer
diretos, quer indiretos com relação a cada produto.

1.1 Custo Direto

Nesse sistema, somente são considerados na avaliação dos estoques em


processo e acabados os custos fixos lançados diretamente nos resultados, Por isso,
o custeio não é ainda um critério plenamente consagrado.
Todavia, não se pode deixar de reconhecer que o método tem inúmeros
méritos particularmente para fins gerenciais, por permitir melhor análise da
performance empresarial.
A utilização desse critério tem também restrições impostos pela legislação
tributária, conforme veremos mais ainda.

2 DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Os departamentos podem ser divididos em dois grupos: Departamentos de


Produção e Departamentos de Serviços.
Os departamentos de produção são aqueles que atuam sobre os produtos e
tem seus custos apropriados diretamente a estes. Exemplos de departamentos.
CORTE.
MONTAGEM.
ACABAMENTO.

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Os departamentos de serviços não atuam diretamente na produção e sua
finalidade é de prestar serviços nos departamentos de produção. Seus custos não
são apropriados diretamente aos produtos, pois estes não transitam por eles e sim
transferidos para os departamentos de produção que se beneficiam dos serviços
deles.
MANUTENÇÃO.
ALMOXARIFADO.
ADMINISTRAÇÃO GERAL DA FÁBRICA.
LIMPEZA.
EXPEDIÇÃO.
CONTROLE DE QUALIDADE.
Alguns custos, embora sejam indiretos em relação aos produtos, são diretos
(ou seja, podem ser diretamente atribuíveis) em relação aos departamentos.

Exemplos:
- Depreciação das máquinas do departamento.
- Custo indireto em relação aos vários tipos de produtos fabricados, mas
diretamente atribuível ao departamento que possui as máquinas.
- Material indireto usado no departamento.
- Mão de obra indireta usada no departamento.

2.1 Esquema completo da contabilidade de custos com a


departamentalização

A seqüência lógica é:

- Identificar os custos indiretos que podem ser atribuídos diretamente aos


departamentos.
- Ratear os custos comuns entre todos os departamentos.
- Alocar os custo dos departamentos de serviços para departamento de
produção, segundo uma ordem pré-determinada, de preferência primeiro
os que tem mais custos a ratear.
- Uma vez todos os custos alocados aos departamentos de produção
dividi-los entre os produtos seguindo algum critério de rateio.

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Vejamos um exemplo:

Mão de obra indireta 175.000,00


Energia Elétrica 70.000,00
Manutenção das Máquinas 60.000,00
Depreciação das máquinas 20.000,00
Aluguel da fábrica 30.000.00

Total dos CIF da Fábrica 355.000,00

Primeiro passo: Identificar os CIF alocáveis diretamente aos Departamentos.

Mão-de-obra indireta

Departamento A 75.000,00
Departamento B 55.000,00
Departamento C 45.000,00
Total 175.000,00

Energia Elétrica – A empresa mantém medidores para consumo de força das


máquinas nos departamentos de produção, e o restante representa a
iluminação de toda a fábrica que também deverá ser rateado aos
departamentos.

Departamento A 25.000,00
Departamento B 15.000,00
Departamento C -
À ratear 30.000,00
Total 70.000,00

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manutenção das máquinas – Através de um controle efetuado a partir das
Notas de Serviço de manutenção das Máquinas podemos constatar:

Departamento A 25.000,00
Departamento B 35.000,00
Departamento C -
Total 60.000,00

Depreciação das Máquinas – os controles de imobilizado apontam:

Departamento A 13.000,00
Departamento B 7.000,00
Departamento C -
Total 20.000,00

Segundo passo é ratear os custos comuns entre os departamentos.


Neste caso podemos utilizar como base de rateio a área em m2

Departamento Departament Departament Total


A o o
B C
Energia Elétrica 13.000,00 12.000,00 5.000,00 30.000,00
Aluguel da Fábrica 13.000,00 12.000,00 5.000,00 30.000,00
Total 26.000,00 24.000,00 10.000,00 60.000,00

Terceiro passo é ratear os custos do Departamento de Serviços aos demais.


Um levantamento demonstra que o Departamento C trabalho 55 horas para
o Departamento A e 45 horas para o Departamento B. Portanto temos:

Departamento Departament Total


A o
B
Custo do Departamento C 30.250,00 24.750,00 55.000,00

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Quarto passo. Uma vez todos os custos alocados aos departamentos de
produção iremos dividi-los entre os produtos utilizando como base de rateio a
quantidade de horas máquina por departamento.

Departamento A Departamento B Total


HM HM
Produto A 800 500 1.300
Produto B 500 600 1.100
Total 1.300 1.100 2.400
E, finalmente, a apropriação dos Custo Indiretos aos produtos.

Departamento A Departamento Total


B
Custo Industrial 194.250,00/1.300 160.750,00/1.100
/hm = R$-149,42 hm = R$-146,14 hm
Produto A 800 hm x 149,42 500 hm x 146,14 192.606,0
hm hm 0
= 119.538,00 = R$-73.068,00
Produto B 500 hm x 149,42 600 hm x 146,14 162.394,0
hm hm 0
= R$-74.712,00 = R$-87.682,00
Total R$ - 194.280,00 R$ - 160.750,00 355.000,0
0

Vajamos então o MAPA DE RATEIO DOS CIF

CUSTOS Departamento Departament Departament Total


INDIRETOS A o o
B C
Mão-de-obra 75.000,00 55.000,00 45.000,00 175.000,0
0
Energia Elétrica 38.000,00 27.000,00 5.000,00 70.000,00
Manutenção das 25.000,00 35.000,00 0,00 60.000,00
Máquinas

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Depreciação das 13.000,00 7.000,00 0,00 20.000,00
Máquinas
Aluguel da Fábrica 13.000,00 12.000,00 5.000,00 30.000,00
SOMA 164.000,00 136.000,00 55.000,00 355.000,0
0
Rateio do 30.250,00 24.750,00 55.000,00 0,00
Departamento C
SOMA 194.250,00 160.750,00 0,00 355.000,0
0
Produto A 119.538,00 73.068,00 0,00 192.606,0
0
Produto B 74.712,00 87.682,00 0,00 162.394,0
0
Total 194.250,00 160.750,00 0,00 355.000,0
0
2.2 Critérios de rateios dos CIF pelos departamentos

Para efetuar o rateio dos CIF que são indiretos em relação aos
departamentos e dos que representam custos comuns a todos eles, cada empresa
deve estuar a sua situação específica para escolher critérios adequados que
efetivamente reflitam a carga de custos que devam ser descarregados em cada um
deles.

CIF Comuns ou Indiretos Critérios de Rateio para os Departamentos


Em relação dos Departamentos
Gastos relacionados com o edifício da Área ocupada.
fábrica, tais como aluguel, depreciação,
seguros, limpeza reparos e imposto predial
Iluminação da fábrica Área ocupada, número de lâmpadas ou
pontos de luz
Gastos com escritório da fábrica (inclusive Número de empregados, horas máquina
os relativos à Contabilidade de Custos) trabalhadas ou horas trabalhadas/MOD
Material Indireto Material Direto
Mão-de-obra indireta Número de empregados, horas
trabalhadas/MOD
Almoxarifado Custos dos materiais

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Manutenção das máquinas Horas-máquinas trabalhads
Custo de refeitório, transportes e Número de empregados.
assistência médica dos empregados
Energia Elétrica (força) Kilowatt-hora consumido.
3 ABC

O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Activity-Based


Costing), é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.
O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-
de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso,
diferenças significativas em relação dos chamados “sistemas tradicionais”. A
diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos.

4 RKW

Richskuratorium fiir Wirstschaflicheit é uma técnica alemã semelhante ao


C.I.P. Conselho Interministerial de Preço, que consiste no roteiro dos custos de
produção e também todas as despesas da emprega inclusive para financeiro e
administrativo, rateado para todos os produtos fabricados.
Com esse rateio chegaríamos a todos os gastos no processo empresarial e
de obtenção da receita e adicionar o lucro desejado e fixar o preço de venda final,
outra forma de fixar preço de venda, demonstrar o lucro desejado para o período
com valor global e então procede o rateio em função de algumas bases de
alocação, custos mais despesas.

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5 POSTULADOS CONTÁBEIS

5.1 Natureza dos postulados.

São as premissas básicas da contabilidade não sujeitas à discussão,


sendo muito abrange, pois envolve o ambiente e as condições em que a
contabilidade é desenvolvida.
O postulado contábil é um proposição ou observação de certa realidade
que pode ser considerado como não sujeita a verificação.
É o ambiente que a contabilidade deve atuar. Mostra o que deve fazer e
como deve ser feito. A categoria de postulados é muito abrangente, pois envolve
inclusive o ambiente e as condições em que a Contabilidade deve atuar.
Postulado é um tipo de observação dos fatos ocorridos, cuja dispensa a
verificação.
A categoria postulados da contabilidade envolve-se muito nos que a
disciplina.
Postulados representam as meras exposições de verdade, quando
sempre não delimitam o campo dos princípios contábeis não tem utilidade,
exemplo. No caso de um venda o preço pode ser bom para comprador é também
vendedor, mas muitas vezes não são verdadeiras e não englobando aos termos
princípios contábeis.
Pode-se dizer que os postulados representam o alicerce sobre o qual se
desenvolve todo o raciocínio contábil. Podemos afirmar que os postulados
representam para a Contabilidade as vigas balizadoras necessárias para o atingir os
objetivos que é a geração de informações para a tomada de decisões, respeitando-
se as diversas categorias de usuários.
Segundo Hendriksen, postulados normativos registra o que a
contabilidade pode ser, ou de que maneira seria feito, ou explicados não assumidos
por consenso geral ou acordo.
Há postulados que não têm interesse nenhum, são as premissas
básicas, onde estão ambientes econômico, político e sociológico, em que a
contabilidade deveria funcionar segundo Hendriksen. A esse contexto os dois
postulados de mais abrangência são os postulados da entidade e o postulado da
continuidade.

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Os Postulados Contábeis podem ser classificados da seguinte forma:
- Postulados Normativos: Definem o que a Contabilidade deveria fazer ou
como deveria ser feito. Pressupõe-se aqui que o consenso não é
suficiente para caracterizar a existência da escrituração de um fato
contábil. É necessário antes de tudo uma justificativa, uma explicação.
- Postulados Descritivos: Além de definir o que a Contabilidade deve fazer,
tentam descrever e explicar por que e como a informação contábil deve
ser apresentada e comunicada aos usuários.
- Postulados Ambientais: Definem o ambiente onde a Contabilidade deve
operar. São importante para a Contabilidade pois evidenciam o ambiente
econômico, social e polótico no qual se desenvolve a Contabilidade.
Subdividem-se em: Postulados da Entidade Contábil e Postulado da
Continuidade.

5.2 Postulado da entidade contábil

“A contabilidade é mantida para as entidades; os sócios ou quotistas


destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas...”
Segundo Moonitz, em seu Accounting Reccord Study nº 1 identifica o
postulado da entidade como entidade contábil, uma unidade econômica, sendo
pessoa física, uma sociedade limitada, e grupos que finalidades de lucro, ou não na
abordagem analítica é representada por uma decisão de departamento que associa-
se a recursos escassos comuns e chegando ao resultado desejado.
Existe diversos subpostulados que muitas vezes estão enquadrados no
grupo da entidade contábil. Onde atividades econômicas são desempenhadas por
unidades específicas ou entidade à somente um postulado capaz de intercalar no
ambiente geral.
O conceito da entidade inclui, a decisão de uma empresa em
superempresa, ou várias correlacionadas.
A escolha da entidade contábil certa para cada caso, objetivo dos
demonstrativos e dos interesses dos usuários. Uma empresa que investimento em
outro e têm influência na gerência ela é bem avaliada e consolidada se sem
demonstrativos da empresa e das entidades controladas.
A contabilidade tem uma grande função de segregação o que da
entidade e que é dos sócios, onde veremos mais adiante o patrimônio pertence a
entidade na contabilidade de operações, e não aos sócios.

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Uma citação lógica é o postulado da entidade e outra é explicar o que é
entidade contábil.
Há entidades que realiza operações econômicas observadas pela
contabilidade, onde é importante e definir a entidade quando o seu tamanho e ao
seu sentido amplo.
A entidade contábil é a divisão de entidade e empresa, nos quais
emitem relatórios de receitas e despesas de investimentos, retornos, de metas,
realizações seja relatórios realizados pela pessoa física ou jurídica.
A entidade pode ser vista como pessoa a física, uma sociedade limitada,
uma sociedade anônima, em grupo consolidado engajado em uma atividade, ele é
juridicamente delimitada ou não divisão de grupo de entidades ou empresas para
os quais devemos realizar relatórios distintos de receitas e despesas de
investimentos e retornos, de metas e realizações, independentemente dos
relatórios que fizemos para as pessoas físicas ou jurídica que tem interesse em
cada uma das entidades definidas em cada oportunidade.
É importante ressaltar que é indispensável a reparação do que é da
entidade e dos donos de capital.
O postulado da entidade compõe-se de indivíduos, empresa, etc, mas
que desenvolve-se atividades econômicas.
Dentro da entidade encontramos os 04 enfoques como podemos
descrever.

Enfoque Jurídico: É distinta entre sócios e da empresa. Os sócios que são


pessoas físicas e a empresa pessoa jurídica são organizados de forma
diferentes, pois deve-se permitir tento a apuração de resultado de um quando
de outro.
Está relacionado à estrutura da empresa ou seja: A contabilidade separada
para PF e PJ.
Enfoque Econômico: É o acompanhamento do desenvolvimento do patrimônio
tanto qualitativo quanto quantitativo, é a análise de seus recursos e ver seus
investimentos terão um retorno. Está relacionado à custo e oportunidade, ou
seja voltado para o crescimento qualitativo, aproveitando as oportunidades.
Enfoque Organizacional: O nome já nos diz, são as pessoas que controlam suas
receitas e despesas, é também como estão isendo organizadas e como está
chegando a um resultado.
Está relacionado à sistemas gerenciais com a finalidade de facilitar o controle
gerencial sobre toda a administração da empresa.

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Enfoque Social: É importante ressaltar que este enfoque engloba tanto o
externo quanto o interno, pois o objetivo é a melhoria do ambiente e este traz
benefícios para a entidade. Relacionado à comunidade, ou seja: contribuir nos
termos sociais, beneficiando a comunidade há geração de empregos, impostos e
outros.

5.3 Postulado da Continuidade das Entidades

“Para a contabilidade a Entidade é um organismo vivo, que irá viver por


um longo período de tempo até que surjam evidências em contrário”.
Pela própria natureza devemos encarar os acontecimentos como algo
contínuo, e nos negócios são encarados desta mesma forma como sempre, tendo o
objetivo de gerar lucro, que sempre, estão em movimento, e com o
reconhecimento da receita com a despesa chegaremos a este objetivo.
Pode ocorrer a descontinuidade, mas é claro que este não é o objeto das
empresas, pois o valor de mercado é uma conquista da entidade.
A continuidade pode-se Ter como bases, a vida e a morte, ventura,
valores de saída, valores de entrada, sacrifícios e realizações.
Usando-se estes princípios é necessário que se avaliem valores de
saídas e utilize os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
A continuidade de entidade já diz no eu próprio nome a sua razão
continuidade, ou seja: Opção por um longo tempo indeterminado.
Portanto a sua base está direcionado para o objetivo da entidade, que é
a geração de caixa para assim permanecer por prazo indeterminado.
O postulado da continuidade observa a entidade como “algo em
movimentação” cuja finalidade é gerar é utilizar ativos não para serem vendidos no
estado em que se encontram mas para assumir a entidade no esforço de produzir
receita.
Assim basicamente o sucesso do empreendimento seria mensuração
pela diferença entre valor que o mercado atribui o nosso produto ou serviço e os
custos dos ativos consumidos e/ou sacrificados no esforço de produzir e vender
aquele produto que foi de fato vendido. Os postulados referidos são importantes
para a conceituação que segue por que a maior parte deriva do sentido profundo de
continuidade e entidade.
Onde o postulado da entidade e o postulado da continuidade é a base de
todos os aspectos da contabilidade.

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6 AS CONVENÇÕES

As convenções contábeis delimitam a abrangência dos princípios da


contabilidade. Representam o complemento dos postulados e princípios no sentido
de restringir conceitos, atribuindo direções a serem seguidas também chamamos
de restrições de amplitude das regras contábeis.
Representam restrições aos princípios quando existem várias opções a
serem seguidas. Embora possuam menor importância que os princípios
estabelecem regras a serem seguidas.
As convenções contábeis estão divididas em 04, a sabermos:

6.1 A Convenção da Objetividade:

Para procedimento igualmente relevantes, resultantes da aplicação dos


Princípios, preferir-se-ão em ordem decrescente:
a) os que puderem ser comprovados por documentos e critérios objetivos;
b) os que puderem ser corroborados por consenso de pessoas qualificadas
da profissão, reunidas em comitês de pesquisas ou em entidades que
tem autoridade sobre princípios contábeis...”

A avaliação deve ser feita sempre pela nota fiscal de bem. Essa convenção
restringe o liberalismo na escolha de valores.
Os procedimentos devem ser comprovados por documentos, os que
puderem ser reforçados por consenso de pessoas qualificadas da profissão,
reunidas em comitês de pesquisa ou em entidade que tem autoridade sobre os
princípios contábeis.

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6.2 Convenção de Materialidade.

“O contador deverá, sempre, avaliar a influência e materialidade da


informação evidenciada ou negociada para o usuário à luz da relação custo-
benefício, levando em conta aspectos internos do sistema contábil...”.
Relevância da informação para o registro contábil, evitando desperdício de
tempo e dinheiro. Registrar apenas os eventos dignos de atenção.
O contador deverá sempre verificar em suas informações a influência da sua
informação em relação ao custo benefício, ou seja, avaliar qual o efeito da
informação prestadas ou negadas.

6.3 Convenção do Conservadorismo.

“Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente


válidos, segundo os Princípios Fundamentais, a Contabilidade escolherá o que
apresentar o menor valor atual para o ativo e a maior para as obrigações...”.
Registra menor valor Ativo e maior para o Passivo. Esse convenção tem por
objetivo assegurar o patrimônio. Método conservador no desenvolvimento contábil.
Quando um profissional contábil estiver em uma situação no qual ele tem
dúvida na contabilidade, deverá ele optar pelo que apresentar o menor valor atual
para o ativo e o maior para as obrigações.

6.4 Convenção da Consistência.

“A contabilidade de uma entidade deverá ser mantida de forma tal que os


usuários das demonstrações contábeis tenham possibilidades de delinear a
tendência da mesma com o mesmo grau de dificuldade possível...”.
A contabilidade deve ser feita dentro de um método único, seja: UEPS, PEPS
ou pelo CUSTO MÉDIO, para facilitar na comparação dos períodos.
Exemplo: Balanços de 99 com 98, com 97 e outros.
O contador deverá usar sempre a mesma forma de registro para os fatos
contábeis para que haja uma visão dos usuários das informações de comparar os
registros com os anos anteriores.
Caso haja a necessidade de mudança deve estar claro e específico o porque
da mudança de critério usado.

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O princípio de contabilidade geralmente aceitos neste últimos 50 anos, os
profissionais de contabilidade vem procurando conceituar, definir e arrola
postulados, preceitos, normas e regras convencionais necessárias para
fundamentar a doutrina e consequentemente a técnica contábil bem como orientar
os profissionais de contabilidade na utilização de guias de orientação para execução
de seu trabalho.
Para a expressão Princípio de contabilidade há várias denominações que
nem todos eles são realmente princípios, mas apenas normas e regras de
elaboração de lançamentos e demonstrações contábeis.

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7 O PRINCÍPIO DE CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS

Nestes últimos 50 anos, os profissionais de contabilidade vem procurando


conceituar, definir e arrola postulados, preceitos, normas e regras convencionais
necessárias para fundamentar a doutrina e consequentemente a técnica contábil
bem como orientar os profissionais de Contabilidade na utilização de guias de
orientação para execução de seu trabalho.
Para a expressão Princípio de contabilidade há várias denominações que
nem todos são realmente princípios, mas apenas normas e regras de elaboração de
lançamentos e demonstrações contábeis. Porém a expressão geralmente aceitos
tem sido bastante criticada, havendo mesmo a proposição de substitui-la por
“preferíveis”.
Nos Estados Unidos propuseram outras expressões, porém a expressão
geralmente aceitos, ainda prevalece.
O Conselho Federal de Contabilidade, na Resolução nº 530/81, usa a
denominação “Princípios de Contabilidade”, a que se subordinam as “Normas
Brasileiras de Contabilidade”.
Segundo nos informa Grandy a expressão princípios de contabilidade
geralmente aceitos, foi adotada no final da década de 30, como resultado de um
trabalho conjunto da AICPA e da Bolsa de Valores de Nova York.

7.1 Natureza dos Princípios Contábeis.

O objeto de contabilidade é o de satisfazer as necessidades de informação


do usuário das informações contábeis.
Para que as informações sejam precisas, eficientes, clara, uniforme é preciso
que os profissionais se utilizem de guias-de-orientação para efetuar os registros e
elaborar as demonstrações contábeis dentro de padrões uniformes.
Sendo assim os padrões que são normas convencionais, devem subordinar-
se a princípios gerais, que são imutáveis em quaisquer circunstâncias de tempo e
local, porém as normas evoluem e se modificam de acordo com o desenvolvimento
econômico e a evolução tecnológica e também conforme as próprias condições das

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entidades onde as normas são aplicadas, que são sempre subordinadas a um
princípio geral. Podemos dizer que existem diversos princípios que são:

7.2 Princípio do Custo Histórico como Base de Valor

“O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-


los e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base
de valor para a Contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo
constante...”.
Essa premissa define que os ativos devem ser incorporados pelo valor de
fabricação acrescidas de todos os gastos necessários para colocá-lo em condições
de gerar benefícios, ou seja, valor original mais despesas de aquisição incluídos nos
documentos fiscais.
São registros contabilizados de acordo com o preço pago, sendo dos gastos
alocados ao ativo para gerar benefícios a empresa, para contabilização sendo
permitido somente Amortização, depreciação e cálculo da quota de exaustão dos
ativos nos quais ocorrem diminuição de valor.
Este princípio não interessa aos valores de realização da receita, tanto o
preço acondicionado ao vendedor e comprador, sendo a melhor expressão do valor
econômico do ativo, no ato da negociação e que nem sempre reconhecer a
contribuição isolada de cada ativo não é tarefa fácil, mas presume-se que ninguém
adquira um ativo por um superior ao valor esperado dos benefícios a serem
gerados por ele.
A contabilidade coloca para seus ativos o valor que se gostaria para adquirí-
los.
A questão de como se encontram, seria crítica ninguém garante que o ativo,
após o passar do tempo, continue apresentando para a entidade a mesma
capacidade de gerar benefícios futuros.
Se o valor da transação houve aumento a contabilidade só reconheceria o
fato apenas na variação das receitas da empresa a avaliação considerada, baseada
no custo original, falha nos demonstrativos em relação a tendências futuras
nenhuma premissa pode ser feita a não ser sobre o custo do investimento inicial.
Os usuários dos demonstrativos contábeis sentem-se freqüentemente,
frustados principalmente nos países em que as frustrações de preço são violentas
as estimativas feitas pelos contadores.

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7.3 O princípio do Denominador Comum Monetário

“As demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de


natureza qualitativa e física, serão expressas em termos de moeda nacional de
poder aquisitivo da data do último Balanço Patrimonial...”.
Este princípio está associado à qualidade de a contabilidade evidenciar a
composição patrimonial de bens, este princípio expressa a natureza essencialmente
financeira da contabilidade por outro lado, a não ser que esteja expresso em
contrato o relacionamento entre devedores e credores é realizado por intermédio
da avaliação da relação débito/crédito em moeda corrente de determinada data.
Devemos distinguir correção monetária para efeito contábil de correção monetária
operacional. Normalmente os relacionamentos de débito e crédito são expressos na
moeda de conta de transação e este valor não pode ser alterado na fase de ajuste a
contabilidade do que é acessorial deva ser sempre decidido pelas necessidades de
informação dos usuários da informação contábil, e um metodologia de alocação
normativa de recursos escassos as entidades e não própria ao isoladamente uma
ciência da avaliação empresarial.
O capital investido em uma empresa pelo investidos pela expectativa que ele
traça sobre taxas de juros presentes e futuras pelo risco do empreendimento, pelo
horizonte do empreendimento e por outras variáveis, entretanto fluxo de caixa
futuro, nunca a contabilidade deveria tomar o lugar único e indivisível do tomador
de risco. Denominador comum monetário se encontra como geralmente aceito
ressaltam-se dois pontos.
- Propriedade agregativa ou ativos diversos pela avaliação monetária.
- Estabelecimento das relações débito e crédito em moeda de conta da
data da transação não podendo alterado o valor na data do ajuste de
contas, salvo cláusula expressa em contrato.

7.4 O princípio da realização da Receita

“A receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro pela


contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela entidade
são transferidos para outra entidade ou pessoa física com a anuência destas e

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mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a
entidade produtora...”
O recolhimento da receita após o ponto de venda pode ser justificado em
duas circunstâncias.
Se for possível mensurar os ativos recebidos em troca com um bom grau de
cuidado.
Se esperarmos despesas adicionais relevantes após a venda e se estas não
puderem ser estimadas com um bom grau de afiançabilidade.
Ativo tangível monetário pode Ter sido recebido em troca pela venda. Se
este ativo não tiver um valor reconhecido de mercado ou se não for possível uma
avaliação. São raros e quando ocorrem, o custo ao ativo vendido e transferido para
o ativo recebido em troca e o lucro não é reconhecido.
O direito de receber contra o cliente pode ser de probabilidade duvidosa de
recebimento, normalmente este problema pode ser separado por uma estimativa
razoável de contas insondáveis ou duvidosos recebimento.
Poucas empresas tratam suas vendas a prestação pelo método contábil de
venda a prestação diferida o reconhecimento da receita ou do lucro.

7.5 Princípio do confronto das despesas com as receitas e com os períodos


contábeis

“Toda despesa diretamente delineáveis com as receitas reconhecidas em


determinado período, com as mesmas deverá ser confrontadas; os consumos ou
sacrifícios de ativos (atuais ou futuros), realizados em determinado período e que
não puderam ser associados à receita do período e que não puderam ser associados
à receita do período nem às dos períodos futuros, deverão ser descarregados como
despesa do período em que ocorrerem...”.
Quando tratada isolada tem se complicado muito a situação e não chegando
ao verdadeiro objetivo do problema, o reconhecimento da receita e a apropriação
despesas estão correlacionadas um ao outro, não podendo reconhecer a receita em
que despesa seja declinável, mesmo que seja por estimativa, exemplo – provisão
para devedores duvidosos, pela ordem primeira à necessidade se reconhece a
receita e logo após a despesa.
O reconhecimento da despesa e na apropriação das despesas não e
normalmente, seu recebimento ou pagamento, mas o ganho da receita sendo
portanto reconhecida, o fato de termos “incorrido a despesa” significa termos

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realizado o sacrifício de consumir ativos ou de assumir dívidas no esforço de
produção direto e indireto.
Como é o caso da receita assumindo uma dívida. Por outro lado termos
“ganho” uma receita significa podemos reconhecê-la ou realizá-la, mas mais
profundamente.
O princípio da realização da receita e da confrontação da despesa, são
pontos usuais de reconhecimento da receita.
Quando ocorre a transferência é aquele em que a maior parte do esforço em
obter a receita já foi desenvolvida.
O ponto de transferência é, usualmente o ideal para estabelecer um valor
objetivo de mercado para a transação.
No ponto de transferência normalmente se conhece todo custo de produção
do produto ou serviço e, outras despesas diretamente associáveis, embora os
desembolsos com tais despesas passam a ocorrer após a venda, exemplo:
devedores duvidosos, comissão sobre a venda, gasto com consertos derivados de
concessão de garantia, etc.
Deve-se confrontar-se a receita com a despesa pois para operar uma receita
foi necessário uma despesa, apesar de estar implícita a forma de reconhecimento.
Para isso existe os 04 (quatro) regimes de competência a saber:
a) Regime de Caixa: As receitas e despesas são reconhecidas somente na
ocasião do reconhecimento ou pagamento. Entidades sem fins lucrativos,
associações, clubes.
b) Regime de Competência: São reconhecidas as receitas e despesas
somente com base no fato gerador das mesmas, independentemente do
pagamento ou recebimento. Regime obrigatório para todas as
empresas que visem lucro.
c) Regime Misto: Utilizado pelas empresas públicas, regime de caixa e
regime de competência para a despesa, ou seja, receita reconhecida pelo
recebimento, e despesa reconhecida pelo fato gerador.
d) Denominador Comum Monetário: Esse princípio determina que as
demonstrações contábeis devem ser apresentadas em moeda corrente
do país. No caso do Brasil, em Real (R$).

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8 REGIMES DE APURAÇÃO

8.1 Apuração do ICMS

Para apurar o ICMS, lança-se ICMS à recolher, ICMS à recuperar, pelo


menor saldo das duas contas.

ICMS à recolher
ICMS à recuperar
Saldo que se transfere para apuração de resultado.

Se o saldo for a recuperar, não há ICMS à pagar, se o saldo for à recolher,


há ICMS à pagar.

8.2 Apuração do custo das mercadorias vendidas (CMV).

Para apurar o CMV, utilizaremos o sistema de inventário periódico.

8.2.1 Inventário Periódico


Usado quando as vendas são feitas em controle de estoque, isto é, quando
não são controladas mediante fichas e, portanto, não há condições de saber o custo
das mercadorias vendidas.
É o que acontece nos supermercados. Nesses casos faz-se um inventário das
mercadorias no último dia do período ou exercício. O CMV será então apurado pelo
valor do estoque físico inventariado.
Eis a fórmula para o cálculo do CMV:

CMV = C – EI.

Sendo C o total de compras efetuadas durante o exercício. EI o estoque


inventariado.

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Exemplo:
C = 33.200,00
EI = 25.000,00
CMV = 33.200,00 – 25.000,00.
CMV = 8.200,00

Efetua-se os seguintes lançamentos:

Custo de mercadorias vendidas


a compra de mercadorias
valor que se transfere para apuração do resultado = 33.200,00

Mercadorias (estoque inventariado)


A custo das mercadorias vendidas
Estoque inventariado
8.3 Encerramento do Exercício.

Na apuração do resultado do exercício, deverão ser observados algumas


etapas:
1. Balancete de verificação;
2. Ajustes, com:
- Inventário de todos os elementos dos patrimônio.
- Regularização das contas de despesas e receitas, com observância da
legislação.
- Balancetes de ajustes.

3. Apuração do resultado líquido do exercício para demonstração do


resultado do exercício com:
- Encerramento das contas de despesas executadas.
- Distribuição do resultado do exercício.
- Elaboração e demonstração do resultado do exercício

4. Levantamento do balanço patrimonial com:


- Encerramento das contas patrimoniais.
- Elaboração do demonstrativo do balanço geral.

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8.4 Encerramento das Contas de Despesas e Receitas.

Todas as empresas estão legalmente obrigadas a, pelo menos uma vez por
ano, fazerem a apuração de resultados.
O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do confronto das
contas de despesas e de receitas, esse resultado é apurado na observação de lucros
e perdas. Para que isso ocorra, em todo fim de exercício deve-se proceder ao
encerramento das contas, mediante lançamentos. O encerramento das contas de
receitas é realizado pela transferência de seu saldo para a demonstração do
resultado do exercício, sendo então debitados os respectivos valores.
As contas de despesas que sempre recebem valores a débito, são
encerradas pela transferência de seus saldos a crédito, e, por, conseguinte, a
débito do resultado do exercício.

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9 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS

Lançamentos é a forma utilizada pela Contabilidade para registrar os fatos


contáveis. Os lançamentos são constituídos de cinco elementos essenciais, que são:

a) Data da ocorrência do fato;


b) Conta a ser debitada;
c) Conta a ser creditada;
d) Valor

A data da ocorrência do fato é imprescindível para que possamos observar


se a escrituração está sendo feita em ordem cronológica.
A conta a ser debitada e aquela a ser creditada são informações necessárias
para que se possa identificar as operações.
Simplesmente observando o lançamento, pode-se perceber que ele
represente a contabilização de uma compra de mercadorias à vista, não havendo
neste caso a necessidade de conhecer o fato, pois de acordo com a natureza das
contas utilizadas pode-se identificar claramente a operação que foi contabilizada.
O histórico é importante, pois evidencia as característica qualitativas da
operação realizada, apresenta detalhes e características específicas dos bens e/ou
direitos adquiridos, produzidos ou vendidos pela empresa e/ou obrigações
contraídas.
O valor representa a característica quantitativa da operação, indicando,
portanto sua qualidade de evidenciar o patrimônio das entidades em seu aspecto
quantitativo.
Assim, o lançamento referente a compra de mercadorias à vista efetuada no
dia 25/10/XX, da firma V. Ferreira e Consertos, conforme nota fiscal nº 1010, no
valor de R$ - 1.000,00, fica da seguinte maneira:

D – Mercadorias.
C – Caixa.
Ref.: Compra de mercadoria da firma.

É importante lembrar que débito e crédito são simplesmente uma convenção


contábil utilizada para registrar a movimentação ocorrida em uma conta. Na
realidade, poderíamos dar outras denominações, como, por exemplo substituir o

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débito por “positivo” e o crédito por “negativo”, ou outra denominação que
acharmos mais conveniente. O lançamento débito e o lançamento a crédito são
utilizados em decorrência da operação realizada. As contas de natureza credora
terão seus saldos aumentados por lançamentos a crédito e diminuídos por
lançamentos a débito, enquanto que as contas de natureza devedora terão seus
saldos aumentados por lançamentos a débito e diminuídos por lançamentos a
crédito.

9.1 Fórmulas de Lançamentos

É o conjunto de elementos representativos do débito e do crédito. Os


lançamentos contábeis podem ser efetuados de diversas maneiras:
a) Lançamento de primeira fórmula ou fórmula simples.
São lançamentos que utilizam apenas um débito e um crédito. Um exemplo
bem típico são as compras de mercadorias à vista.

Mercadorias = conta debitada.


Caixa = conta creditada.

b) Lançamentos de segunda fórmula ou fórmula composta.


São lançamentos que podem ser elaborados com apenas um débito e mais
de um crédito. O exemplo é a compra de mercadorias sendo parte a vista e parte a
prazo.

Mercadorias = conta debitada.


Caixa = conta debitada.
Fornecedores = conta creditada.

c) Lançamentos de terceira fórmula ou fórmula composta.


São lançamentos que permitem mais de um débito e apenas um crédito. O
exemplo é o desconto de duplicata no Banco XXX., com 15% de despesas
bancárias.

Banco c/ movimento = conta debitada.


Despesas Bancárias = conta debitada.

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Duplicatas descontadas = conta creditada

d) Lançamentos de quarta fórmula ou fórmula complexa.


São lançamentos que permitem diversos débitos e diversos créditos. O
exemplo é a venda de mercadorias à vista e à prazo. Deve ser contabilizada num
único lançamento.

Caixa = conta debitada.


Duplicatas a receber = conta debitada.
Vendas a vista = conta creditada
Vendas a prazo = conta creditada.

9.2 Regime de Competência

Este regime é universalmente adotado, aceito e recomendado pelo Imposto


de Renda. Evidencia o resultado da empresa (lucro e prejuízo) de forma mais
adequada e completa. As regras básicas para a contabilidade pelo regime de
competência são:
- A receita será contabilizada no período em que for gerada,
independentemente do seu recebimento. Assim, se a empresa vendeu a
prazo em dezembro do ano X, para receber somente em XX, pelo regime
de competência, considera-se que a receita foi gerada em X; portanto
ela pertence a X.
- A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida,
incorrida, utilizada, independentemente do pagamento.

O lucro será apurado, considerando-se determinado período, normalmente


um ano; toda a despesa gerada no período será subtraída do total da receita,
também gerada no mesmo período.
Exemplo de Regime Competência:

A V. Ferreira e Consertos vendeu em agosto de 1999 R$ - 38.000,00 e só


recebeu R$ - 23.000,00 ( o restante receberá no futuro), teve como despesa
incorrida R$ - 9.000,00 e pagou até o último dia do ano R$ - 6.000,00

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DRE REGIME DE COMPETÊNCIA
Receita 38.000,00
(-) despesas 9.000,00
Lucro 31.000,00

9.3 Regime de Caixa

O regime de Caixa é uma forma simplificada de contabilidade, aplicado


basicamente às microempresas ou às entidades sem fins lucrativos, tais como
igrejas, clubes, sociedade filantrópicas, etc.
Este procedimento contábil é definido pelas despesas e as receitas que são
consideradas apenas após sua realização, ou seja, após o pagamento dos gastos e
o recebimento das receitas.
Chama-se regime porque constitui o registro da entrada e saída do número.
Esse registro será levado em consideração para apurar o resultado do
exercício, ou seja, para determinar se houve lucro ou prejuízo.
As regras básicas para a contabilidade por esse regime são:

- A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja,


quando entrar dinheiro no caixa (encaixe).
- A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja,
quando sair dinheiro do caixa (desembolso)

Portanto, o lucro será apurado subtraindo-se toda a despesa paga da receita


recebida.
Tomemos o mesmo exemplo citado acima:

DRE REGIME DE CAIXA


Receita 23.000,00
(-) despesas 6.000,00
Lucro 17.000,00

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CONCLUSÃO

Este trabalho foi de muita importância, pois através dele obtivemos mais
conhecimento sobre a Contabilidade de Custos, proporcionando um
aperfeiçoamento dentro dessa área.
Procuramos no decorrer da pesquisa ser claro e objetivo.

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BIBLIOGRAFIA

MARTINS, E. Contabilidade de Custos.


LEONE, G.S.G. Custos – Planejamento, Implantação e Controle.
VICECONTI, P.E.V., NEVES, S. Contabilidade de Custos.
RIBEIRO, O.M. Contabilidade de Custos.
MARION, J.C. Curso de Contabilidade para não contadores.
FÁBIO, A. L. et al. Contabilidade teoria e prática.
IUDICIBUS, S.

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