Você está na página 1de 10

Requerimentos gerais

A companhia Melo & Tempesta irá produzir café em pó e em cápsula, na região


de Valinhos, estado de São Paulo, Brasil.

O senhor Bruno Britto Melo será o projetista responsável da planta, enquanto


que o senhor Henrique Novaes Tempesta será o responsável direto pela parte ambiental
da empresa.
Etapa 1: Política ambiental

A Cafezito se compromete com as legislações ambientais vigentes no país e vai


além, buscando sempre formas inovadoras de reduzir o impacto ambiental de sua
produção, dessa forma se compromete a criar um sistema de gestão ambiental para:

 Mensurar a natureza, a escala, e o impacto de suas atividades.


 Criar uma comissão com a finalidade de fiscalizar a atuação ambiental da
empresa e verificar se esta está de acordo com as normas vigentes.
 Documentar, catalogar e divulgar, por questões de transparência, as ações
ambientais tomadas.

A empresa visando crescer cada vez mais, de forma sustentável, cria esse
documento para reafirmar essa posição. Dessa forma os princípios básicos dessa politica
ambiental será:

 O uso racional das matérias primas


 O reaproveitando de subprodutos
 Minimizar o impacto ambiental do processo produtivo
 Utilizar indicadores ambientais
 Integração com a comunidade próxima a indústria
 Seguir a legislação vigente para o tratamento de resíduos
 Seguir aplicando princípios de melhoria continua na questão ambiental,
como a ISSO 14000
 Buscar seguir as praticas mais inovadoras no que diz respeito ao respeito
ao meio ambiente
 Criar o hábito de documentar e comunicar os avanços dessa área

Como parte integrante da sociedade a Cafezito se compromete ao


desenvolvimento sustentável dessa, de forma a todos alcançarem um futuro mais verde.
Etapa 2: Planejamento

Os setores de torrefação e moagem de café são conhecidos no meio industrial


por não produzirem grandes quantidades de resíduos, como demonstrado na figura 01,
onde a maior parte do impacto ambiental da produção do café é considerado moderado,
entretanto deve-se atentar aos subprodutos gerados nessas etapas, como os gases
poluentes provenientes da torrefação (RODRIGUES et al, 2017).

Figura 1. Impactos ambientais da produção de café.

Fonte: PULIDO, 2012.

Entrando em detalhes sobre os impactos ambientais negativos, a figura 2 mostra


as atividades responsáveis pelos impactos críticos, a figura 3 os moderados e a figura 4
os desprezíveis.
Figura 2. Atividades com impacto ambiental crítico.

Fonte: PULIDO, 2012.

Figura 3. Atividades com impacto ambiental moderado.

Fonte: PULIDO, 2012.


Figura 4. Atividades com impacto ambiental desprezível.

Fonte: PULIDO, 2012.

Os resíduos sólidos desse processo industrial são: cinzas, provenientes do


processo de torra do café, e a casca e outras impurezas, que são retiradas assim que o
café chega à indústria, e podem ser reaproveitados como combustível para o forno, e as
cápsulas de café (RODRIGUES et al, 2017).

Assim como qualquer outra indústria, deve-se buscar um licenciamento


ambiental junto as autoridades competentes, ao IBAMA no âmbito federal e a CETESB
no âmbito do estado de São Paulo2.

Além disso a empresa deve se adequar às legislações vigentes, como, por


exemplo, a resolução CONAMA N°430, que diz respeito ao tratamento de efluentes e as
normas da CETESB.

Diante do quadro mostrado a criação de um sistema de gestão ambiental pela


Cafezito, terá como objetivos utilizar combustíveis renováveis no forno, ao invés de
combustíveis fósseis, diminuir o uso de energia elétrica e destinar os gases produzidos
da melhor forma possível, dentro dos padrões de qualidade exigidos pela lei.
Etapa 3: Implementação e Operação

A primeira etapa para implementação do sistema de gestão ambiental é a


formação de uma comissão dentro da empresa. Esse grupo será formado por
colaboradores de diversas áreas, já que a SAG será um dos pilares da empresa, de forma
que isso se reflita em todos os funcionários, que estarão ligados ao processo de melhoria
continua na relação da empresa com o ambiente.

O intuito de formar uma comissão multidisciplinar, além de fortalecer um dos


valores da empresa, que é sustentabilidade, é promover a profusão de diferentes ideias,
já que uma solução pensada por um diretor pode ser adaptada por um operador, para
melhor aplicação no chão de fábrica, por exemplo.

Essa comissão dará o inicio a segunda etapa, que será buscar fornecedores de
combustíveis renováveis para o forno, para isso vários fornecedores serão contatos, de
forma a se ter várias opções para analisar. Ainda nessa etapa se buscará informações
sobre filtros industriais adequados para o processo.

A terceira etapa, será de revisar todo o processo produtivo de acordo com as


informações obtidas na segunda etapa, com os combustíveis e filtros encontrados, de
forma ainda que se diminua o uso de energia elétrica na planta.

A partir das simulações da etapa anterior, se inicia a quarta etapa, que é a


avaliação econômica das mudanças na indústria, já que essas mudanças exigiram um
grande investimento.

Quando for encontrada a melhor configuração econômica, se inicia as mudanças


físicas, uso do novo combustível, instalação dos filtros, troca de equipamentos antigos
por equipamentos que consumam menos energia.

Alguns indicadores serão acompanhados rotineiramente, de modo a se verificar


se o sistema de gestão ambiental está produzindo resultados, os indicadores escolhidos
são: consumo de energia elétrica, qualidade dos gases emitidos para a atmosfera e
quantidade consumida de combustível.

Para se atingir esses objetivos, o lançamento do SGA, será um evento para toda
a empresa, onde será apresentado conceitos básicos como a ISO 14000 e será explicado
o objetivo desse sistema e seus benefícios para a sociedade e para os colaboradores.
Além disso, todos os funcionários passarão por treinamentos periódicos com o
objetivo de fortalecer o cuidado com o meio ambiente e serem estimulados a sugerir
mudanças no SGA.

A comunicação também é parte vital desse processo, serão gerados relatórios em


cada fase da implementação e operação do sistema de gerenciamento ambiental, para
que todos da empresa saibam o que está acontecendo. E esses documentos também
serão disponibilizados para o público, de forma a criar um marketing verde para a
empresa.
Etapa 4: Monitoramento

O monitoramento é essencial para se verificar se os objetivos propostos


anteriormente estão sendo atendidos.

Os dados provenientes do uso da energia elétrica, qualidade do ar e consumo de


combustível do forno, serão o coração do monitoramento, já que se alguns deles fugir da
meta, ações terão que ser tomadas.

Se o consumo de energia elétrica aumentar em um mês, mantendo as mesmas


condições do mês anterior, será verificado quais equipamentos consumiram mais
energia, para se realizar manutenção preventiva, além de relembrar aos funcionários de
economizarem energia em áreas comum da fábrica.

Se a qualidade do ar solto na atmosfera, estiver fora dos padrões estabelecidos,


será preciso limpar os filtros.

E por fim, se o com sumo de combustível estiver muito intenso, será preciso
analisar se ele está fornecendo a capacidade calorifica necessária, e se for o caso, buscar
outro combustível renovável.

Outra forma de monitoramento são as auditorias externas, que verificam as


condições da indústria e sugerem modificações para se atingir os objetivos estipulados.
Etapa 5: Análise Crítica

Após o período de monitoramento, a diretoria da empresa irá se reunir e avaliar


se o SGA foi bem sucedido, irá sugerir mudanças e estabelecer novas metas.

Referencias:
RODRIGUES, B. J. S., SANTOS, L. T., MARTINS, A. C., CARVALHO, E. L. M., &
DORNELAS, M. A. Análise dos impactos ambientais de uma indústria de torrefação e moagem
no município de Bambuí/MG.

2 - https://www.eosconsultores.com.br/licencas-ambientais-no-brasil/

PULIDO, Anelise Santos; RIZK, Maria Cristina. Diagnóstico ambiental em uma indústria
de café. Estudos Tecnológicos em Engenharia, v. 8, n. 1, 2012.

Você também pode gostar