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Sinônimo

As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja


alguns exemplos:

Casa - lar - moradia - residência


Longe - distante
Delicioso - saboroso
Carro - automóvel

Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente
equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que
signifique exatamente a mesma coisa que outra.

Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que,


embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:
Comprei um novo lar.

Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de
retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.

Perfeitos
Palavras cujo significado é absolutamente igual. Não é muito frequente.
Imperfeitos
Quando o significado das palavras é apenas semelhante e não idêntico. É o mais
comum.

Antônimo
São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:

Mal / bem
Ausência / presença
Fraco /  forte
Claro / escuro
Subir / descer
Cheio / vazio
Possível / impossível

Sentido Próprio
É o sentido literal, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra.

Sentido Figurado
É o sentido "simbólico", "figurado", que podemos dar a uma palavra.

Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes contextos:

1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)


2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que adota condutas
pouco apreciáveis)

3. O cara é cobra e computador! (cobra = pessoa que conhece muito sobre alguma
coisa, "expert")

No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum (ou literal).

Nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido figurado.

Podemos então concluir que um mesmo significante (parte concreta) pode ter


vários significados (conceitos).

Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o seu significado primitivo e


original, com o sentido do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem
comum.

Veja este exemplo:

Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.

Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido próprio, comum, usual, literal.

DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal,


quando o termo é utilizado em seu sentido dicionarístico.

Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o seu significado


secundário, com o sentido amplo (ou simbólico); usada de modo criativo, figurado,
numa linguagem rica e expressiva.

Veja este exemplo:

Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que seja tarde mais.

Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada, fazendo alusão à ideia
de restrição e/ou controle de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento.

Classe Gramatical
Substantivo

É a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares,


qualidades, ações, dentre outros.

Exemplos: Ana, Brasil, beleza.

Flexões: Gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau


(aumentativo e diminutivo)
Adjetivo

É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos.

Exemplos: feliz, superinteressante, amável.

Flexões: Gênero (uniforme e biforme), número (simples e composto) e grau


(comparativo e superlativo).

Numeral

É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.

Exemplos: um, primeiro, dezena.

Flexões: Gênero, número e grau.

Pronome

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das


pessoas do discurso.

Exemplos: eu, contigo, aquele.

Flexões: Gênero, número e pessoa.

Verbo

É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza.

Exemplos: existir, sou, chovendo.

Flexões: Pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo


(presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa,
passiva e reflexiva).

Advérbio

É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo


circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.

Exemplos: melhor, demais, ali.

Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e número, os
advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo.

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do


próprio advérbio.

Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação,


normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da
oração. Por exemplo:

As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.


Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:

Tempo: Ela chegou tarde.

Lugar: Ele mora aqui.

Modo: Eles agiram mal.

Negação: Ela não saiu de casa.

Dúvida: Talvez ele volte.

Observações:

- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que


expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados
como determinantes. 

Por exemplo:

Ninguém manda aqui!

Mandar: verbo
Aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo

- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. Por


exemplo:

O filme era muito bom.

- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios


associados a substantivos. Por exemplo:

“Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. 


“Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.

Preposição

É a palavra que liga dois elementos da oração.

Exemplos: a, após, para.

Conjunção

É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical.

Exemplos: mas, portanto, conforme.


Concordância verbal e nominal 
É a parte da gramática que estuda a conformidade estabelecida entre cada
componente da oração.

Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, a


concordância nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

Concordância verbal = sujeito e verbo


Concordância nominal = classes de palavras

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:

Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso


de concordância verbal.

Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo


(complicados), estamos diante de um caso de concordância nominal.

Conheça as principais regras em cada caso:

Concordância Verbal

1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no
plural.

Exemplo:

Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural
como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.


Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.


Tu e ele falais outra língua?
Concordância Nominal

1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo:

Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo.

Exemplo:

Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos:

Pronúncia e vocabulário perfeito.


Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
Regência verbal e nominal
Entre os diversos termos de uma oração ocorre regência verbal e regência nominal.
Há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, que
atua como seu complemento.

A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o


seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto
indireto (preposicionado).

A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o


seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência verbal preposicionada:

 assistir a;  apoiar-se em;  indignar-se com;


 obedecer a;  transformar em;  ensaiar para;
 avisar a;  morrer de;  apaixonar-se
 agradar a;  constar de; por;
 morar em;  sonhar com;  cair sobre.

Exemplos de regência nominal:

 favorável a;  intolerante com;  mau para;


 apto a;  compatível com;  pronto para;
 livre de;  interesse em;  respeito por;
 sedento de;  perito em;  responsável por.

Regência verbal com verbos transitivos diretos

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não
sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal. O objeto direto
responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que
sofre a ação verbal.

Exemplos:

Você já fez os deveres?

Eu quero um carro novo.

A criança bebeu o suco.

Regência verbal com verbos transitivos indiretos

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,


sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal.
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem?
para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal. 
Exemplos:

O funcionário não se lembrou da reunião.

Ninguém simpatiza com ele.

Você não respondeu à minha pergunta.

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples,


bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes. 

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto,
pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...

Regência nominal: principais preposições

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em,
para, por.

Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,.


Colocação Pronominal
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, o, a, lhe, os, as, lhes, nos e vos, como todos
os outros monossílabos átonos, apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima.
Assim, esses pronomes podem ocupar três posições distintas na frase:

Antes do verbo – PRÓCLISE (dizemos que o pronome está proclítico)

“Não me abandone, não me carregue para o buraco”

No meio do verbo – MESÓCLISE (dizemos que o pronome está mesoclítico)

“Meu nome, dir-lhes-ei a seu tempo”

Após o verbo – ÊNCLISE (dizemos que o pronome está enclítico)

“Suporta-se com paciência a dor do próximo”.

Apresentamos, a seguir, algumas orientações acerca da colocação pronominal.

Próclise

A próclise ocorre geralmente em orações em que antes do verbo haja:

Palavra de sentido negativo (não, nada. Nunca, ninguém etc.):

Nunca me convidam para as festas.

Conjunção subordinativa:

Quando te encarei de frente a frente não vi o meu rosto.

Advérbio:

Assim se resolvem os problemas

Caso haja pausa depois do advérbio (marcada na escrita por vírgula), ocorrerá a


ênclise.

Assim, resolvam-se os problemas.

Pronome indefinido:

Tudo se acaba na vida

Pronome relativo:

Não encontrei o caminho que me indicaram.

Com verbo no gerúndio precedido de preposição em:

Em se tratando de previsões, qualquer afirmação otimista será arriscada.

Com verbo no infinitivo pessoal (flexionado ou não) precedido de preposição:

Vocês serão castigados por me faltarem ao respeito.


Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por palavras interrogativas e
exclamativas e nas orações optativas (orações que exprimem um desejo):

Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por palavra interrogativa)

Quando me custa dizer a verdade! (oração iniciada por palavra exclamativa)

Deus te proteja. (oração optativa)

Mesóclise
A mesóclise só poderá ocorrer com verbos no futuro do presente ou no futuro do
pretérito, desde que não haja algum fator de próclise.

Convidar-me-ão para a festividade de estreia da nova série televisiva.

Convidar-te-ia para viajar comigo, caso fosse possível.

Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo venha


precedido por pronome pessoal reto, ou de alguma palavra que exija a próclise, está
será de rigor.

Eles me convidarão para a festividade de estreia da nova série televisiva.

Não me convidarão para a festividade de estreia da nova série televisiva.

Sempre te convidaria para viajar comigo, caso fosse possível.

Eu te convidaria para viajar comigo, caso fosse possível.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções verbais


Com locuções em que o verbo principal ocorre no infinitivo ou no gerúndio:

a) Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono


poderá ficar depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:

Devo-lhe cantar uma música

Devo cantar-lhe uma música

Estava-lhe dizendo a verdade

Estava dizendo-lhe a verdade

b) Havendo fator de próclise, o pronome átono ficará antes do verbo auxiliar ou depois
do principal:

Não lhe devo dizer a verdade.

Não devo dizer-lhe a verdade.

Não lhe estava dizendo a verdade.


Não estava dizendo-lhe a verdade.

Com locuções em que o verbo principal ocorre no particípio:

a) Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do verbo auxiliar:

Havia-lhe dito a verdade.

b) Se houver fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do verbo auxiliar:

Não lhe havia dito a verdade

Ênclise
De acordo com a gramática normativa, a posição adequada dos pronomes átonos é
depois do verbo, desde que não haja condições para a próclise ou para a mesóclise.

Assim sendo, a ênclise é obrigatória:

a) Com o verbo no inicio do período, desde que não esteja no futuro do indicativo:

Comenta-se que ele recebeu o prêmio.

Lembram-me pormenores daquela noite sem graça.

b) Com verbo no imperativo afirmativo:

Alunos apresentem-se já ao diretor.

Amigos, digam-me somente a verdade.

c) Com o verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido da preposição em:

Modificou a frase, tornando-a ambígua.

Puseram-na de castigo para depois poder beijá-la, consolando-a.

d) Com o verbo no infinitivo pessoal regido por preposição a:

Leia atentamente as questões antes de resolvê-las.

Aspirava com ânsia, como se aquele ambiente tépido não bastasse a saciá-lo.

e) Em orações interrogativas iniciadas por palavras interrogativas, com verbo no


infinitivo impessoal:

Por que maltratar-me agora?

Como convencer-te do meu apreço?


Crase
1. A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas: Caso você
fique em dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por
uma masculina: se o “a” virar “ao”, ele receberá o acento grave. Veja só um exemplo:

As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.

Substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”:

As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.

2. Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora: Antes


de locuções indicativas de horas, empregue o acento grave. Observe:

Às três horas começaremos a estudar.

A partida de futebol terá início às 17h.

Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até,
naturalmente o artigo não receberá o acento indicador de crase. Observe:

Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.

Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.

3. Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar


e modo. Observe os exemplos:

Às vezes chegamos mais cedo à escola.

Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.

4. A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina: Isso


acontece porque antes de palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do
gênero feminino:

O pagamento das dívidas foi feito a prazo.

Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.

Marcos foi a pé para o escritório.

Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra
masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na
frase. Observe o exemplo:

Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto


Carlos).

Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).

Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).

5. Casos em que a crase é opcional:

→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses


casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional. Observe:
Eu devo satisfações à minha mãe ou Eu devo satisfações a minha mãe.

→ Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes


próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não
é obrigatório. Observe:

Carlos fez um pedido à Mariana.

Carlos fez um pedido a Mariana.

→ Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina


que admita artigo, a crase será opcional. Observe:

Os amigos foram até à praça General Osório.

Os amigos foram até a praça General Osório.

Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece
em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos
por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma
oração.

A seguir confira as situações em que se deve utilizar vírgula.

a) Separar o vocativo:

Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:

Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:

Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.

e) Isolar expressões explicativas:

Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:

Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:

Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:


São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos:

Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:

Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Antes da conjunção, como nos casos abaixo:

k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia


(polissíndeto):

Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém
nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que


não retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

Entre orações:

n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito
grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção


das orações iniciadas pela conjunção “e”:

Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente se estiverem antepostas à oração principal:

A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:

Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando me formarei, ainda não sei.


MATEMÁTICA

Regra de três simples


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que
envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto,
determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados em um regra de três simples


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em
colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em
correspondência.

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos
1) Com uma área  de absorção de raios solares de 1,2m 2, uma lancha com
motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia.
Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?

Solução: montando a tabela:

Área (m2) Energia (Wh)

1,2 400

1,5 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna). Observe que, aumentando a área de absorção, a energia
solar aumenta. Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta),
podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais.

Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um


determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo
percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)

400 3

480 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna). Observe que, aumentando a velocidade, o tempo do
percurso diminui. Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui),
podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais.

Assim, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª


coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.


3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se
comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e preço?

Solução: montando a tabela:

Camisetas Preço (R$)

3 120

5 x

Observe que, aumentando o número de camisetas, o preço aumenta. Como


as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são diretamente proporcionais.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada


obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas
por dia, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?

Solução: montando a tabela:

Horas por dia Prazo para término (dias)

8 20

5 x

Observe que, diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para


término aumenta. Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta),
podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:


Exemplo de regra de três:

Exemplo de regra de 3:

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