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Seção 2: Congruências
Definição: Sejam a, b, n ∈ g , n > 0. Dizemos que a é congruente a b
(módulo n) (denota-se a ≡ b (módulo n)) se n(b – a)
Obs: a ≡ a (módulo n), a ≡ b (módulo n) ⇔ b ≡ a (módulo n),
a ≡ b (módulo n), b ≡ c (módulo n) ⇒ a ≡ c (módulo n), ou seja,
congruência (módulo n) é uma relação de equivalência.
Exercício resolvido: Exiba n ∈ l tal que 2n tenha mais de duas mil casas
decimais e tenha entre suas 2000 últimas casas decimais 1000 zeros
consecutivos.
Corolário: Se m1, m2,…, mr ≥ 1 são inteiros, e mdc (mi, mj) = 1 para i ≠ j então f: n /m1
m2,…mr n → n /m1n × n /m2 n ×…× n /mr n ,
f (a (módulo m1 ⋅ m2 . …. mr)) = (a (módulo m1), … , a (módulo mr))
é uma bijeção ❏
Notemos que este Corolário mostra que, dados inteiros a1, a2,…ar, existe um inteiro n com n =
a1 (módulo m1), n ≡ a2 (módulo m2), …, n ≡ ar (módulo mr).
Problema: Prove que dado n ∈ p existe um conjunto de n elementos A ⊂ q tal que para
todo B ⊂ A, B ≠ ∅, ∑ x é uma potência não trivial (isto é, um número da forma m , onde m, k
x∈B
k
são inteiros maiores ou iguais a 2), ou seja, A = {x1, x2,… xn} tal que x1, x2,…xn, x1 + x2, x1
+x3,…, x n −1 + x n ,
…,x1 + x2 +…xn são todos potências não triviais.
c = ∏ (1 + mBk B ) t rB
B⊂ A
B≠∅
Além disso,
∑ x = c(1 + m KB
) = ∏ (1 + m XK X ) t rX ⋅ (1 + m K B ) t rB +1 ,
X ∈B 'U {c}
B
X ⊂A B
X ≠ ∅ , B
que é uma potência pB-ésima, pois rX é múltiplo de pB para X ≠ B e u rB + 1 é múltiplo de pB
❏
∈ v com
t = k ⋅ ord n a + r ,0 ≤ r < ord n a ⇒ a t = a k .ord n a ⋅ a r ≡ 1.a r ≡ a r (módulo n) ⇒ a r ≡ 1
(módulo n), portanto r = 0 ( pois 0 < r < ord n a contradiria a minimalidade de ord n a ), e t =
k. ord n a ❏
Demonstração: Para todo a ∈ y com mdc (a, n) = 1 temos {a t, t ∈ x } ⊂ ( y /ny )*. Se a é
raiz primitiva módulo n então os números 1, a, a2,…aϕ(n)–1 são distintos (módulo n) pois ai = aj
(módulo n), com 0 ≤ i < j < ϕ(n) ⇒ aj–i ≡ 1 (módulo n) com 0 < j – i < ϕ(n), absurdo ⇒ {at, t
∈ x } = (y /ny )*.
Por outro lado, #{a t, t ∈ x }≤ ord n a (o argumento acima mostra que de fato vale a
igualdade), e portanto
{a t, t ∈ x } = (y /ny )* ⇒ ord n a = ϕ(n) ❏
Prova: Pelo corolário anterior, basta provar que não existe raiz primitiva módulo 8, e isso
segue do fato que se a é ímpar,
a = 2r + 1, r ∈ y ⇒ a2 = 4r ( r + 1) + 1 ≡ 1 (módulo 8) ❏
(a + p) p–1 não é congruente a 1(módulo p2), pois p2 não divide (p – 1) pa p –2, donde ord p 2 (a
+ p) ≠ p – 1 ❏
Proposição 3.3: Se p é um número primo ímpar e a é raiz primitiva módulo p2 então a é raiz
primitiva módulo pk para todo k ∈ x .
Demonstração: temos ap–1 ≡ 1 (módulo p), mas ap–1 não é congruente a 1 (módulo p2),
portanto ap–1 = 1 + b1 p, onde p não divide b1. Vamos mostrar por indução que
k −1
( p −1)
ap = 1 + bk p k , onde p não divide bk, para todo
k −1
( p −1) ( p −1)
) p = (1 + bk p k −1 ) p =
k
k ≥ 1: Temos a p = (ap
= 1 + bk p k +1 + C p2 bk2 p 2 k + ... ≡ 1 + bk p k +1 (módulo pk + 2). Logo
( p −1)
= 1 + bk p k +1 , com bk +1 ≡ bk (módulo p). Segue-se que p não divide bk +1.
k
ap
Vamos agora mostrar por indução que a é raiz primitiva módulo pk para todo k ≥ 2. Suponha
que a seja raiz primitiva módulo pk. Então temos
pk –1( p – 1) = ϕ(pk) = ord p k a ord p k +1 a ϕ(pk +1) = pk( p – 1). Portanto,
ord p k +1 a = pk –1(p – 1) ou ord p k +1 a = pk (p – 1) = ϕ(pk+1), mas o primeiro caso é impossível,
k −1
( p −1)
pois a
p
= 1 + bk p k ,que não é congruente a 1 módulo pk+1, pois p não divide bk.
Portanto ord p k +1 a = ϕ(pk+1) e a é raiz primitiva módulo p k+1 ❏
Exemplo: 2 é raiz primitiva módulo 5k, ∀k ∈ z . De fato, 2 é raiz primitiva módulo 5, e, como
24 = 16 ≠ 1 (módulo 25), 2 é raiz primitiva módulo
25 = 52 (como na proposição 3.2). Portanto, pela proposição 3.3, 2 é raiz primitiva módulo 5k,
∀k ∈ z .
Exercício resolvido: Mostre que existe n natural tal que os mil últimos dígitos de 2n
pertencem a {1, 2}.
Proposição 3.4: Se n = ab, com a ≥ 3 e b ≥ 3 inteiros tais que mdc(a, b) = 1, então não existe
raiz primitiva módulo n.
Demonstração: Temos ϕ(n) = ϕ(a)⋅ ϕ(b) e, como a ≥ 3 e b ≥ 3 , ϕ(a) e ϕ(b) são pares. Se
mdc (k, n) = 1 então temos kϕ(n)/2 = (kϕ(b)/2)ϕ(a) ≡ 1 (módulo a), e kϕ(n)/2 = (kϕ(a)/2)ϕ(b) ≡ 1 (módulo
b). Assim, kϕ(n)/2 = 1(módulo n), e portanto
ord n k ϕ(n)/2 < ϕ(n) ❏
Prova: Pelos resultados anteriores, basta provar que se p é primo ímpar então existe raiz
primitiva módulo p, ou seja, existe a ∈ ( { /p{ )* com
ordp a = p – 1.
Para cada a ∈ ( { /p{ )*, tem-se ordp a( p – 1). Seja d um divisor de p – 1. Definimos N(d) =
# {a ∈ ({ /p{ )*ordp a = d}.
Temos portanto p – 1 = ∑
d p −1
N(d). O resultado seguirá dos dois lemas seguintes:
Prova: Se N(d) > 0 então existe a ∈ (| /p| )* com ordp a. Se ordp a = d, entãoad = 1 e,
para 0 ≤ k < d, as classes de ak são todas distintas módulo p, e (ak)d =1. Como a equação xd
–1 = 0 tem no máximo d raízes distintas em | /p| (pois | /p| é um corpo), suas raízes são
exatamente ak, 0 ≤ k < d. Por outro lado, ordp ak = d ⇒ mcd(k, d) = 1, pois se r > 1 é tal que
rk e rd então (ak)d/r = (ad)k/r ≡ 1(módulo p), logo ord p(ak) ≤ d/r < d. Desta forma, {b ∈
(| /p| )* ord pb = d} ⊂ {ak, 0 ≤ k < d e mcd (k,d) = 1}, portanto N(d) ≤ ϕ(d) ❏
Lema 2: ∑ ϕ(d) = n, para todo n ∈ } .
d n
devemos ter N(d) = ϕ(d) para todo d. Em particular, N(p – 1) = ϕ(p – 1) > 0 ⇒ existem raízes
primitivas módulo p ❏
~8\
8%
1) Prove que existem infinitos números primos congruentes a 3
> módulo 4.
> Determine todos os n naturais tais que (2n – 1)/n é inteiro.
> Determine todos os n naturais tais que (2n + 1)/n2 é inteiro.
Prove que se a e b são naturais e (a2 + b2) / (ab + 1) é inteiro então (a2 + b2) /
(ab + 1) é quadrado perfeito.
Sejam a, n ∈ } *. Considere a sequência (xn) definida por x1 = a, xk+1 = a k , ∀ k ∈ } .
x
Mostre que existe N ∈ } tal que xk+1 ≡ xk (módulo n), para todo k ≥ N.