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Solenidade celebrará a Profissão Perpétua de três frades capuchinhos no Rio de Janeiro

Cerimônia será realizada no Santuário Basílica de São Sebastião, em dia 6 de fevereiro


Por Emilton Rocha
No próximo dia 6 de fevereiro, sábado, às 17h, Frei Adriano Borges de Lima, Frei Clero Gomes
Abranches e Frei Thiago Lopes da Silva, da Província Nossa Senhora dos Anjos, estarão dando
mais um importante passo em suas caminhadas formativas com a efetivação da Profissão
Perpétua em Solene Celebração Eucarística, no Santuário Basílica de São Sebastião.
Diante da assembleia, de familiares e convidados, dos religiosos e do Ministro Provincial Frei
Arles Dias de Jesus, que presidirá a celebração, os três frades dirão um sim definitivo por meio
da profissão perpétua.
A Profissão Perpétua representa a adesão definitiva na Ordem ou congregação religiosa.
Embora a primeira profissão marque para sempre a vida do religioso, a perpétua renova de
forma decisiva o seu compromisso e seguimento a Deus e à Igreja.
A vocação à vida religiosa é um dom para a Igreja. Onde existe um religioso ou uma religiosa,
ali está alguém que deu uma resposta definitiva e radical para caminhar junto a Deus. A vida
religiosa é marcada pela profissão dos votos de pobreza, castidade e obediência, realizados
depois de um período de preparação que dura alguns anos, após a entrada no seminário ou
convento. Abaixo, conheça um pouco sobre os três frades capuchinhos.
ADRIANO BORGES DE LIMA
“Frade como São Francisco serei. E aqui estou.”
Natural de Vitória (ES), filho de Idário Fialho de Lima e Luzia Borges de Lima, uma irmã
(Adriana), Frei Adriano Borges de Lima, 42, entrou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
em 2004 onde permaneceu até o início do curso de Teologia, em 2004. Pediu para retornar à
família, permanecendo até 2016, quando foi reintegrado à Fraternidade. É bacharel em
Filosofia e Teologia.
Com pais muito católicos, a reação deles foi “tranquila e acolhedora” quando o filho
comunicou a decisão de seguir os passos de São Francisco de Assis. “Sempre me apoiaram em
todas as minhas decisões”. Foi sua paixão por São Francisco e o exemplo de simplicidade dos
capuchinhos que o levaram a optar por ser um frade.
– São Francisco é uma referência de santidade e sempre chamou minha atenção sua vida de
simplicidade, alegria e seguimento de Jesus Cristo. Numa tarde, depois de ver um filme sobre
São Francisco, disse a mim mesmo:
– Frade como São Francisco, serei. E aqui estou.
Para ele, essa etapa na sua caminhada significa lançar-se nos braços de Jesus, momentos de
alegria, gratidão e compromisso.
– Um passo decisivo para alcançar aquilo que dizia anteriormente ser meu sonho.
Pôr suas pegadas nas pegadas de Jesus – lema de sua Profissão Perpétua – é o seu sonho
maior.
Frei Clero Gomes Abranches
“A caminhada na vida é algo primordial que deve ser constante.”
Frei Clero Gomes Abranches, 33, nascido na cidade de Ecoporanga (ES), entrou na Ordem dos
Frades Menores Capuchinhos em fevereiro de 2014, iniciando o postulantado – etapa de
preparação prévia à entrada no noviciado, que tem a duração de um a dois anos – na
fraternidade de Nossa Senhora dos Anjos, Itambacuri (MG). Filho único de Sinair Gomes
Abranches e Paulo Cesar Abranches, é bacharel em Filosofia pela Universidade Católica de
Petrópolis e atualmente cursa Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ).
Segundo ele, seus familiares ficaram um pouco apreensivos quando souberam de sua decisão
de entrar para a vida religiosa, mas com o amadurecimento da noticia se alegraram com a sua
escolha.
– Meu primeiro pensamento de adentrar na vida religiosa se deu em uma assembleia
vocacional diocesana em minha diocese de origem, em São Mateus (ES). Foi a partir de um
convite de Frei Sebastião José para participar da assembleia vocacional que comecei a pensar
de forma mais profunda o sentimento de ingressar na vida religiosa – revela.
Frei Clero conta que, pelo fato de sua paróquia ser de origem capuchinha, isso teve influência
na sua decisão.
– Mas o estilo de vida do Frade Menor, de simplicidade, acolhimento, serviço ao próximo e de
uma beleza grandiosa foi o que mais chamou minha atenção no momento de decidir, de dar
um sim para vida religiosa, seguir a Cristo nas pegadas de Francisco de Assis.
Para ele, o significado deste momento é de muita gratidão a Deus por tudo de grandioso e
maravilhoso que tem acontecido em sua vocação de frade menor. “A caminhada na vida é algo
primordial que deve ser constante, e não se pode deixar que o comodismo faça parte de nossa
vida. Vivenciar este momento de juntos com todos os meus confrades, familiares, amigos e ter
cada dia mais clareza do sim que respondi a Deus quando entrei para a vida religiosa”, conclui.
Frei Thiago Lopes da Silva
“Meu sonho maior, além de ser franciscano é de um dia ser sacerdote”
O carioca Frei Thiago Lopes da Silva, 29, entrou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
em 2014, com 22 anos, e a sua primeira casa de formação foi em Itambacuri (MG), onde fez o
postulantado. Filho de Maria Regina da Silva e Francisco Carlos da Silva, tem um irmão, Felipe.
Com formação técnica em Radiologia, recentemente concluiu bacharelado em Filosofia pela
Universidade Católica de Petrópolis. A sua vocação para se tornar um frade franciscano “surgiu
pela graça de Deus”, diz.
– Na região onde eu morava, vieram uns irmãos e irmãs de uma nova comunidade religiosa
que são inspirados pelo carisma franciscano e conhecidos como “Fraternidade Missionária o
Caminho”. Essa comunidade faz um trabalho maravilhoso com moradores de rua, prostitutas,
presos e dependentes químicos. E eu fiquei maravilhado pela sua forma de evangelização,
mesmo porque eu já fazia parte de uma pastoral de rua na localidade.
Apesar de tudo, Frei Thiago sentia que faltava acontecer algo em sua vida e isso realizou-se ao
assistir pela primeira vez em filme sobre a história do Padre Pio, que o fascinou pelo seu
exemplo de vida.
– Comecei a querer ser frade capuchinho e assim procurei fazer o meu discernimento
vocacional no Convento dos Frades Capuchinhos, na Tijuca.
Segundo ele, sua família via com receio a sua opção em querer ser frade, pois imaginava ser
“fogo de palha” e que, mais cedo ou mais tarde, desistiria.
– Só que quando eles viam que isso não era uma coisa passageira, aceitaram a minha opção de
vida – recorda.
O frade cita duas coisas que o ajudaram nessa opção: a vida fraterna numa comunidade
religiosa e a vida de oração.
– O meu sonho maior, além de ser franciscano e ajudar os mais necessitados, é de um dia ser
sacerdote. Significa, em outras palavras, assumir com mais perseverança aquilo que eu
prometi nos meus primeiros votos ao terminar o meu noviciado, e ter sempre no coração que
participar da obra de Deus é a maior graça que Ele infunde na alma humana.

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