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ABORDAGEM ORTOPÉDICA FUNCIONAL DURANTE TODA EVOLUÇÃO DO

APARELHO ESTOMATOGNÁTICO – UMA REVISÃO DE LITERATURA

Orthopedic functional approach for the whole evolution stomatognathic system - a


literature review

PEDREIRA, K. L. 1
REIS, L. A. B.1
DULTRA, C. A.2

RESUMO

A instalação das maloclusões, nos diferentes ciclos de vida, causa


desequilíbrio do sistema estomatognático. Para correção dessas disfunções morfo-
funcionais e restabelecimento da harmonia entre ossos, dentes e músculos, o
paciente pode contar com o arsenal técnico e científico da terapêutica da Ortopedia
Funcional dos Maxilares. Neste contexto, os aparelhos ortopédicos funcionais têm
mecanismos de ação e aplicações específicas. O objetivo deste trabalho é realizar
uma revisão de literatura com relação aos aparelhos ortopédicos funcionais de
Planas, Bimler, Bionator e Frankel, enfatizando suas indicações, mecanismos de
ação e destacando seus efeitos sobre o restabelecimento do sistema
estomatognático diante de diferentes situações de perda de suas relações em ciclos
de vida distintos (tenra idade e fase adulta).

Palavras-chaves: Ortopedia Funcional dos Maxilares, aparelhos ortopédicos


funcionais, maloclusões, ciclos de vida.

ABSTRACT

The installation of malocclusion in different life cycles, causes imbalance of


stomatognathic system. To correct these disorders morpho-functional and restoration
1
Acadêmico do Curso de Odontologia - Universidade Estadual de Feira de Santana
1
2
Professor Titular da Disciplina Clínica Odontológica IV - Universidade Estadual de Feira de Santana
2

of harmony between bones, teeth and muscles, the patient may have the arsenal of
technical and scientific treatment of Functional Orthopedics. In this context, functional
appliances have mechanisms of action and specific applications. The purpose of this
article is to present a literature review with respect to functional appliances Planas,
Bimler, Bionator and Frankel, emphasizing indications, mechanisms of action and
highlighting its effects on the restoration of stomatognathic system before changing
status of their loss relations in different life cycles (early age and adulthood).

Key-words: Functional Orthopedics, functional appliances, malocclusion, life cycles.

INTRODUÇÃO

A Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM) é uma especialidade da


Odontologia que tem por objetivo monitorar o estabelecimento da oclusão,
eliminando os impedimentos à harmonia de desenvolvimento e corrigindo os desvios
da função oclusal, através de recursos próprios. Também visa o equilíbrio estético e
normalização das funções: mastigação, deglutição, respiração e fonação (LENTINI-
OLIVEIRA, 2005).
A correção das maloclusöes utilizando aparelhos visa também à normalização
funcional através da OFM. Estes atuam no redimensionamento do crescimento e
desenvolvimento maxilo-mandibular e face, através de estímulos aplicados com
direção e velocidade adequados. (COMIN e PASSOS FILHO, 1999; SIMÕES, 2003).
As técnicas da OFM são ferramentas importantes para promoverem a cura
dos desequilíbrios do sistema oral, realizada pela força biológica da própria pessoa,
estimulando as células nervosas sensoriais que carregam estes estímulos até o
Sistema Nervoso Central (SNC). O sistema motor envia respostas ao local
estimulando o remodelamento, crescimento ou inibição óssea. Assim as estruturas
musculares, articulares, ósseas e dentárias vão se equilibrando e corrigindo a
função e a estética (LAGO, 1996; LENTINI-OLIVEIRA, 2005).
Apesar de serem idealizados há décadas, os Aparelhos Ortopédicos
Funcionais (AOF) ainda são muito estudados e difundidos pela Odontologia
moderna. Nas últimas décadas, a utilização dos aparelhos funcionais como uma
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alternativa ao tratamento ortodôntico fixo vem crescendo de maneira significativa


(BASTOS e MUCHA, 2002).
A multiplicidade de técnicas para atacar diretamente os problemas conjuntos
dos dentes, ossos e músculos, disponíveis pelo tratamento ortopédico funcional,
abre vastas e novas possibilidades de tratamento nunca antes possível (WITZIG e
SPAHL, 1995).
A correta identificação das anormalidades dentofaciais combinada ao amplo
conhecimento sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial propicia um
adequado planejamento do tratamento para cada paciente, independente do tipo de
maloclusão. Assim, o diagnóstico correto do problema individual e o estágio de
maturação esquelética, promovem a eleição do método de tratamento adequado
para cada tipo de maloclusão, aplicando o aparelho ortopédico funcional mais
indicado para cada caso (SIQUEIRA e MONDELLI, 2002).
A OFM está sedimentada em bases com luz própria e com objetivos
específicos. Cada autor imaginou suas aparatologias para fazer frente aos inúmeros
requerimentos que uma disgnatia possa apresentar (LAGO, 1996). Está preparada
não só para resolver as maloclusões na criança em desenvolvimento, mas assume o
posto da melhor forma de tratamento para o paciente adulto (WITZIG e SPAHL,
1995)
Os aparelhos ortopédicos funcionais são geralmente fabricados em
laboratórios de prótese e sujeitos à habilidade dos técnicos em Prótese Dentária.
Este aspecto facilita seu uso aliado a Reabilitações Orais. Entretanto, há que se
cuidar dos aspectos técnicos muito específicos da especialidade OFM (LAGO,
1996).
Neste sentido, a proposta deste trabalho é realizar uma revisão de literatura
com relação aos aparelhos ortopédicos funcionais de Planas, Bimler, Bionator e
Fränkel, enfatizando suas indicações, mecanismos de ação e destacando seus
efeitos sobre o restabelecimento da harmonia do sistema estomatognático diante de
diferentes situações de perda de suas relações em ciclos de vida distintos (tenra
idade e fase adulta).

REVISÃO DE LITERATURA

Instalação de Maloclusões
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Um bom número de pacientes apresenta maloclusões que vão além do


simples mau posicionamento dos dentes. Problemas como discrepâncias
ortopédicas e disfunções musculares estão presentes em diversas situações. Os
três maiores componentes do sistema estomatognático (dentes, ossos e
musculatura) podem contribuir a seu modo e em graus variáveis para a formação de
uma maloclusão (WITZIG e SPAHL, 1995).
Planas (1988) destaca que a característica final da oclusão (fenótipo)
depende da ação de fatores genéticos e fatores não genéticos (internos e externos).
O comprometimento das funções de respiração, fonação, deglutição, sucção e
mastigação podem determinar o estado de desequilíbrio do sistema
estomatognático.
De acordo com Silva (2008), a causa primária da maloclusão, que fatalmente
se instalará na vida adulta, é a atrofia funcional generalizada, uma vez que
mastigamos pouco e inadequadamente, com o vetor vertical resultante agindo de
uma forma predominante, levando a uma mastigação centralizada definitiva, o que
deixa de estimular fisiologicamente todo o sistema, atrofiando-o e travando ainda
mais a mandíbula, desde a primeira infância até a fase adulta, constituindo-se no
principal fator responsável pelos mais variados tipos de desvios morfofuncionais que
envolverão o desenvolvimento craniofacial e a maturação da oclusão.
Na dentição decídua, Planas (1988) descreve a lesão de 1º grau,
apresentando-se como um desvio, imperceptível a profissionais e pais, muitas
vezes, cuja dentição apresenta-se em máxima intercuspidação normal, arcos
dentários simétricos e normoclusão. Nos movimentos de lateralidade, é comprovada
uma dificuldade de realização em vista de um impedimento nos caninos decíduos,
junto com a falta de condicionamento neuromuscular por conta da atrofia funcional.
Em vista disso, Planas enfatiza a dificuldade da função normal e a mastigação
vertical como conseqüências, que vão determinar a instalação de maloclusões.
As lesões de 2º e 3º grau descritas por Planas (1988) incluem as que podem
estar presentes na dentadura decídua e podem prosseguir nas dentaduras mista e
permanente. Uma deformação existente no sistema com comprometimento no
desenvolvimento de funções normais, tendo a respiração bucal como exemplo, pode
promover o desenvolvimento de atresias maxilares e protrusões dentárias,
peculiares de um quadro de Classe II esquelética.
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A atrofia da função ou sua acomodação, desencadeadas por fatores


genéticos e ambientais, dependendo do biotipo e do padrão facial do indivíduo,
podem alterar fisicamente a translação tridimensional da face (deslocamento para
baixo, para frente e para fora), provocando desvios morfofuncionais no sistema
estomatognático, com o conseqüente desequilíbrio da harmonia maxilo-mandibular,
entre os arcos dentários e neuromuscular (SILVA, 2008).
Alterações nas dimensões longitudinais, verticais e transversais, além das
rotacionais do aparelho mastigatório resultantes desse desequilíbrio, levam a vários
tipos de maloclusões como: Classes I, II e III de Angle; atresia maxilar; mordida
cruzada; mordida aberta e sobremordida profunda (SILVA, 2008).
Mediante o envelhecimento, implicações como desgastes fisiológicos e
perdas dentárias resultam em relações desequilibradas, como sobremordida
profunda, que devem ser tratadas para proporcionar a harmonia funcional.
É importante diagnosticar as principais alterações anátomo-funcionais o mais
precocemente para que se possa intervir e fazer correções, usando o arsenal
técnico e científico da Ortopedia Funcional dos Maxilares, pois estes distúrbios
morfo-funcionais, se não corrigidos adequadamente, podem comprometer todo o
densenvolvimento do sistema estomatognático (SILVA, 2008).

Ortopedia Funcional dos Maxilares

A OFM, diagnostica, previne e trata os problemas de crescimento e


desenvolvimento que afetam os arcos dentários e suas bases. Visa restabelecer a
harmonia do sistema neuromuscular, devolvendo as funções normais bucais
alteradas, utilizando forças naturais originárias do próprio funcionamento muscular.
Os aparelhos ortopédicos funcionais são de atuação bimaxilar, soltos na boca, para
exercícios e fisioterapia. Pode-se tratar com ou sem aparelho, e quando com
aparelho é necessário um diagnóstico específico para as muitas possibilidades de
pontos e/ou áreas de contatos (FARIA e FARIA, 2005).

Segundo Bortolotti et al. (2005), o tratamento ortopédico funcional objetiva


influenciar no crescimento das bases esqueléticas, eliminar suas discrepâncias por
meio de treinamento neuromuscular e a normalização funcional e postural da
mandíbula em relação à maxila, assim como, ambas com a base do crânio,
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devolvendo ao sistema estomatognático estímulos normais de crescimento e


desenvolvimento.

O fundamento da terapêutica funcional consiste no controle neuro-fisiológico


da força empregada pelo próprio paciente. Este autocontrole da força, dirigido pelo
SNC do indivíduo quantifica a força empregada ao nível ótimo adequado para o
paciente (BIANECK, 2008).
Os princípios de ação das técnicas ortopédicas funcionais incluem mudanças
de tônus muscular na face, através de uma mudança na relação dinâmica da
mandíbula em relação à maxila e mudança na postura de língua. Essas mudanças
de posição e movimento são captadas pelos proprioceptores (fusos neuro-
musculares, órgãos tendinosos, receptores articulares). Essa percepção é conduzida
até o SNC e a resposta inclui novas mudanças de tônus muscular, portanto, ativação
e desativação dos mecanismos de deposição e reabsorção óssea ou remodelação
(LENTINI-OLIVEIRA, 2005).
Carvalho (2006) afirma que alguns AOF alteram a força muscular contra o
dente e o esqueleto craniofacial, produzindo estímulos, que irão produzir resultados
de crescimento ósseo e desenvolvimento oclusal. Para se tratar alguns tipos de
maloclusões, muda-se anteriormente a postura da mandíbula, a fim de estimular o
crescimento mandibular, em especial nos casos de retrognatismo.
Rossi (1988) defende que esses aparelhos são indicados nos casos onde
existam deficiências de desenvolvimento, somente nos pacientes que estejam em
crescimento, onde ainda estão presentes os centros de ossificação e cuja resposta
tecidual seja favorável ao tratamento ortopédico. Entretanto, de acordo com
Matsuoka, Santos e Marchesan (2006), algumas filosofias de tratamento fazem
indicação do uso desses aparelhos na fase adulta.
Lago (1996) justifica a abordagem terapêutica da OFM na idade adulta
quando explicita casos clínicos de pacientes adultos, portadores de maloclusões,
tratados com sucesso através dos AOF.
Na dentição decídua, a altura da cúspide e a sobremordida são mais baixas, o
crescimento ósseo é mais rápido e adaptativo e o aprendizado neuromuscular é
guiado com mais facilidade, uma vez que os padrões de atividade não estão ainda
bem estabelecidos (DUARTE, 2000).
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Em idades mais avançadas, as adaptações à mudança mastigatória já são


mais difíceis. Cada vez que a posição de um dente se altera, perde-se um dente ou
surge uma desarmonia oclusal, deve ocorrer o aprendizado de novos padrões
mastigatórios (MOYERS, 1995).
De acordo com Bastos e Mucha (2002), existe unanimidade com relação à
maloclusão indicada para o tratamento com os aparelhos funcionais. A Classe II, 1ª
divisão, é apontada como a maloclusão que pode ser beneficiada do tratamento com
esses dispositivos. Apesar de existirem também dispositivos funcionais para a
correção de alterações transversais, tanto no arco superior como no inferior, ou
mesmo, para o tratamento da Classe II, 2ª divisão, e Classe III, é fundamental
estabelecer que os dispositivos e aparelhos funcionais na sua maioria, são utilizados
para corrigir ou amenizar discrepâncias sagitais ântero-posteriores, mais
especificamente a Classe II, 1ª divisão.
Todo aparelho ortopédico funcional atua principalmente, por mudança de
postura, neste caso, tem-se a ação sobre o tônus neuromuscular. As técnicas de
Bimler e Planas atuam na propriocepção das ATMs (lateralidade), do periodonto
(setor anterior) e secundariamente, da mucosa, língua e do palato, sendo que a de
Planas oferece maior liberdade de movimentos. Fränkel age, principalmente, no
mecanismo sensorial da língua, mucosa e palato, e secundariamente, nas
articulações e no periodonto (BORTOLOTTI et al., 2005).
O sistema terapêutico da OFM resolve não só o problema de correção de
retrusão mandibular Classe II esquelética grave, a maldição da terapêutica
ortodôntica convencional do aparelho fixo, mas também está preparado para
assumir o posto da melhor forma de tratamento para o paciente adulto, cujas
posições condilares retruídas são a origem etiológica dos problemas crônicos da
ATM. Tanto o tratamento clínico das maloclusões na criança em desenvolvimento
como os dos problemas da ATM no adulto, desfrutam da modalidade terapêutica da
OFM (WITZIG e SPAHL, 1995).

Aparelhagem de Planas

O Professor Pedro Planas idealizou os AOF Planas. Rossi (1988) afirma que
os aparelhos idealizados por Planas são os que mais sugerem liberdade de
movimentos mandibulares. O objetivo do tratamento com os AOF Planas é
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conseguir movimentos de lateralidade funcionais, portanto boas relações maxilo-


mandibulares com todo sistema estomatognático em harmonia (máximo rendimento
com mínimo esforço).
O princípio biológico da atuação das Placas Planas, com parafusos ou molas,
ou sem eles, mas sempre com pistas, é idêntico tanto em bocas de crianças de 2
anos ou mais como para pacientes adultos. O resultado obtido pode ser o mesmo,
porém com velocidade diversa em função da idade, e sempre procurando
proporcionar movimentos de lateralidade a fim de poder estabelecer um plano
oclusal fisiológico. Outra finalidade das pistas é corrigir as posições distais da
mandíbula (PLANAS, 1988).
PLANAS (1988) acredita que a mastigação bilateral alternada (livre de
interferências oclusais, com maior número de contatos dentários durante os ciclos
mastigatórios) condiciona o correto desenvolvimento da mandíbula e maxila.
As Pistas Indiretas Planas (PIP) são artifícios utilizados para substituir
temporariamente uma oclusão desequilibrada. São duas placas de acrílico (pistas de
rodagem), uma superior e outra inferior, as quais possuem uma elevação que fica
em contato com a sua antagonista. As Pistas Indiretas podem ser simples ou
compostas. Na primeira, as pistas de rodagem ficam paralelas ao Plano de Camper
e não há necessidade de se colocar um tubo telescópico (PLANAS, 1988).
As PIP são indicadas para o ajuste do plano oclusal, compatibilizando às
guias condilares, alturas cuspídeas, trajetória incisiva e curva de decolagem (LAGO,
1996). São pistas artificiais construídas ao lado dos dentes e que, indiretamente
induzem os movimentos mandibulares que estimularão a cura da maloclusão
(ROSSI, 1988).
Os tipos de AOF Planas incluem as Pistas Indiretas Planas Simples (PIPS),
Pistas Indiretas Planas Compostas (PIPC), com ou sem Equiplan (Equilibrador
Planas) e Pistas Indiretas Planas Especiais (PIPE).

Pistas Indiretas Planas Simples (PIPS)


São aparelhos de ação bimaxilar, apesar de estarem dispostos em duas
partes separadas: inferior e superior; funcionam como um todo, devendo ser usadas
sempre juntas (ROSSI, 1988).

Pistas Indiretas Planas Compostas (PIPC)


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São aparelhos de ação bimaxilar, constituídas de pistas indiretas (idealizadas


por Planas), mas contendo arcos dorsais que unem a parte inferior e superior
(ROSSI, 1988).
As PIPC podem ser com tubo superior (em casos onde há necessidade de
aumento de maxila), nesse caso as pistas tem uma inclinação de mesorrelação, ou
com tubo inferior, neste caso as pistas apresentam uma inclinação de distorrelação.
Em ambos os casos os tubos e as pistas têm as mesmas inclinações (PLANAS
1988).
As PIPC podem estar associadas ao Equiplan (acessório ortopédico funcional
de aço inoxidável utilizado em vários aparelhos). O Equiplan quando colocado em
uma boca adulta, que possui uma grande sobremordida, determina uma liberação
imediata (estimulação neural) e, através do próprio aparelho, mantém-se uma
sobremordida vertical incisiva de 1,5 mm, produzindo uma mordida aberta
exagerada ao nível de pré-molares e molares, que são peças chaves que deverão
crescer para que se corrija a mordida profunda (PLANAS, 1988; BELLOMO
JÚNIOR, 2005).
O Equiplan fica completamente livre na boca, sendo apreendido apenas pelos
incisivos, obtendo-se, através dos arcos dorsais, a correção da distoclusão
(PLANAS, 1988).

Pistas Indiretas Planas Especiais (PIPE)

São aparelhos onde uma pista é construída sobre as faces oclusais dos
dentes posteriores superiores. A “pista” inferior é a superfície oclusal dos próprios
dentes inferiores, agindo diretamente sobre a pista superior. As PIPE são usadas em
fases de tratamento ortodôntico de certos casos, muito especiais, de adultos
(ROSSI, 1988).
Rossi (1988) acrescentou que antes de uma reabilitação oral com perdas de
elementos posteriores, o que é comum em casos de adultos, pode-se melhorar as
condições de trabalho, criando espaço entre os rebordos ou dentes (espaço
reduzido pela perda da dimensão vertical), através do tratamento com PIPE.

Modeladores Elásticos de Bimler


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Os modeladores elásticos de Bimler são aparelhos ortopédicos funcionais que


atuam no plano ântero-posterior, propiciando o crescimento da mandíbula nesse
sentido pelo estímulo da zona proliferativa da cartilagem condilar (ROSSI, 1988).
Segundo Torres et al. (2003), esses aparelhos também têm ação no comportamento
transversal do arco dentário inferior, possibilitando o aumento da sua largura, tanto
na região dos caninos como na dos segundos molares decíduos e seus sucessores
permanentes, e dos primeiros molares permanentes.
O tratamento com esta aparatologia é considerado como dinâmico-funcional,
uma vez que permite liberdade de movimentos e é funcional. Este modelador tem a
virtude de permitir movimentos de lateralidade, é elástico e trabalha por presença,
sendo governado pelos movimentos da mandíbula e pela atividade da musculatura
oral e da língua (BIANECK, 2008).
Os modeladores elásticos de Bimler são encontrados em três tipos básicos,
Bimler A, B e C.

Bimler A

Indicado para correção de classe I e principalmente classe II de Angle,


primeira divisão, por deficiência da mandíbula (BIANECK, 2008).
Os seus componentes incluem: arco vestibular; mola Coffin, colocada no
centro do palato e age como expansor; escudo labial, responsável por alterar a
tonicidade da musculatura peribucal impedindo a sua interposição entre os arcos
(quebra a tensão do lábio inferior) e promove o posicionamento da mandíbula em
mordida construtiva; laço incisal, que reeduca a deglutição e impede o avanço da
mandíbula na mordida construtiva; mola frontal, a qual atua como mola digital para
vestibularização de dentes anteriores superiores e, em conjunto com o laço, impede
a interposição de língua na deglutição atípica, evitando a geração de forças que
levam à protrusão da maxila; arco de condução; e apoios oclusais (ROSSI, 1988).

Bimler B
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Indicado para correção de maloclusões de classe II, segunda divisão, de


Angle. Este aparelho mantém a mordida construtiva, levando ao crescimento da
mandíbula, necessário para harmonizar o perfil (ROSSI, 1988).
Algumas peças são idênticas ao Bimler do tipo A, como o escudo labial, que
toca as incisais dos incisivos superiores promovendo a sua intrusão e corrigindo a
mordida profunda, comum nesta maloclusão; o laço incisal; o arco de condução e os
apoios oclusais. Nesse aparelho tem-se a substituição da mola Coffin pelo expansor
de parafuso; a presença do arco palatino, que projeta os incisivos centrais para
vestibular; e das molas de tração, responsáveis por retrair os incisivos laterais
(ROSSI, 1988).

Bimler C

Indicado para correção de mordida cruzada anterior (comum em classe III)


(VIDIGAL, COLUCCI e GUEDES-PINTO, 2007; TORRES et al., 2009). De acordo
com Rossi (1988), sua indicação é nas deficiências maxilares.
O Bimler tipo C é composto pelo arco de Eschler, que substitui o arco
vestibular e mantém a mordida construtiva; pela mola frontal; mola Coffin ou
expansor; arco de condução; e pela grade anterior, responsável também por manter
a mordida construtiva (ROSSI, 1988).

A principal função dos modeladores elásticos de Bimler é corrigir a relação


ântero-posterior através do posicionamento mandibular que é obtido por meio da
construção da mordida construtiva. O profissional deve manter esta situação durante
o tratamento. Para isso, a ativação das peças não deve interferir com a manutenção
da mordida terapêutica (ROSSI, 1988).

Bionator de Balters

O Bionator de Balters é atualmente o aparelho funcional modificado mais


utilizado, pois é menos volumoso na forma e tamanho, sendo mais fácil de usar
(KYRITSIS, 2001).
O Bionator visa restabelecer o equilíbrio das funções neuromusculares,
relações de bases ósseas, bem como permite exercícios para correção de
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fechamento de lábios e posicionamento do dorso da língua contra o palato


(educação lingual), através de estímulos do arco vestibular e alça palatina,
respectivamente (LAGO, 1996; ORTOLANI-FALTIN E FALTIN JUNIOR, 1998).
Balters incluiu como objetivos do tratamento: conseguir o fechamento dos
lábios e trazer o dorso da língua em contato com o palato mole; aumentar o espaço
oral e treinar sua função; trazer os incisivos para um relacionamento topo-a-topo;
realizar alongamento da mandíbula, que por sua vez aumentará o espaço oral,
tornando possível uma melhor posição da língua; e conseguir um relacionamento
melhorado dos maxilares, da língua e da dentição como também dos tecidos moles
circundantes (GRABER e VANARSDALL JR, 1994).
Os aparelhos mentalizados e descritos por Balters são compostos dos
seguintes elementos: plano oclusal, alças palatina, vestibular, labial e bucinadora,
apoios verticais e interproximais (ORTOLANI-FALTIN E FALTIN JUNIOR, 1998).
Em seu uso, os pacientes são orientados quanto à necessidade de
fechamento labial, importante fator para o reequilíbrio das musculaturas de protração
e retração mandibular e para o correto posicionamento da língua junto ao palato
(ORTOLANI-FALTIN E FALTIN JUNIOR, 1998).
Existem três tipos de bionatores que se destinam à correção das diferentes
anomalias esqueléticas e alterações funcionais: o bionator base, o invertido e o
fechado. Algumas disfunções podem exigir escudos de proteção no setor lateral e/ou
frontal dos dentes (ORTOLANI-FALTIN E FALTIN JUNIOR, 1998).

Bionator Base

Ortoloni-Faltin e Faltin Junior (1998) afirmaram que o Bionator base é


indicado para caso de retrognatismo mandibular. Mendes et al. (2008) enfatizaram
que é o indicado no tratamento da maloclusão Classe II, divisão1, com retrognatismo
mandibular.
Witzig e Spahl (1995) destacaram como efeitos do tratamento com o Bionator
a expansão das arcadas, o aumento da dimensão vertical e o avanço mandibular.
Graber e Vanarsdall Junior (1994) e Mendes et al. (2008) ressaltaram os
elementos do Bionator base de acordo com as suas funções na maloclusão classe
II. Afirmaram que o corpo de acrílico encaminha a mandíbula anteriormente com um
avanço máximo de 5 mm, determinada pela tomada da mordida construtiva. O
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desgaste do acrílico interoclusal guia a erupção oblíqua dos dentes póstero-


inferiores. O arco vestibular orienta o selamento labial, podendo ser ativado para
verticalizar os incisivos superiores. As extensões posteriores do arco vestibular
promovem o afastamento do músculo bucinador, permitindo alterações na forma do
arco dentário. A mola de Coffin é voltada para posterior dirigindo a língua mais para
anterior e próxima do palato. Para se ter efetividade do Bionator é necessário que as
estruturas sejam construídas respeitando os princípios supracitados.

Bionator Protetor (Fechado)

O Bionator protetor é usado para correção das mordidas abertas com ou sem
alterações esqueléticas (MENDES et al., 2008). Lago (1996) descreveu o Bionator
do tipo protetor como capaz de proteger a região anterior da ação lingual, enquanto
a mudança postural terapêutica imprime uma translação da mandíbula e da língua,
retirando-a da posição posteriorizada e permitindo que sua ação de pressão
intermitente à frente durante a função altere o padrão de curvatura e volume do
palato.
É idêntico ao Bionator base, porém sua base acrílica apresenta uma extensão
na região dos dentes anteriores superiores (não pode tocar nos dentes e gengiva
desta região), cuja finalidade é proteger os dentes dessa região da pressão lingual
anormal. Ao eliminar a interferência lingual, a normalização da sua postura junto ao
palato e a excitação do selamento labial permitem o fechamento da mordida aberta
anterior (ORTOLONI-FALTIN e FALTIN JUNIOR, 1998).

Bionator Invertido

O Bionator invertido é indicado na maloclusão Classe III (MENDES et al.,


2008). A mordida de construção é tomada na posição mais retrusiva, no sentido
ântero-posterior e no sentido vertical, numa altura um pouco maior que o topo-a-topo
para corrigir a mordida cruzada anterior. A alça palatina é invertida, ou seja, se
insere na região distal dos molares superiores e apresenta um trajeto anterior oval,
sendo aberta no sentido posterior (ORTOLONI-FALTIN e FALTIN JUNIOR, 1998).
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Melo et al. (2006) após avaliação cefalométrica do efeito do tratamento da


maloclusão II, 1ª divisão, com o Bionator de Balters, mostraram que foi observada
uma restrição do crescimento mandibular, alteração na direção do crescimento
condilar, bem como a verticalização dos incisivos superiores e, no arco inferior,
aumento da tendência natural de vestibularização dos incisivos inferiores.

Reguladores Funcionais de Fränkel

O aparelho regulador de função de Fränkel, proposto em 1966, é um aparelho


de exercício ortopédico, que ajuda na maturação, treinamento, e reprogramação do
sistema neuromuscular bucofacial (HENRIQUES, 1998).
Segundo Bastos e Mucha (2002) e Araújo e Buschang (2005), os escudos
vestibulares são a verdadeira inovação proposta por Fränkel e têm o objetivo de
interferir no padrão de pressão exercido pelos tecidos moles sobre os dentes. Eles
promovem uma expansão e remodelação dentoalveolar devido a uma eliminação da
pressão dos tecidos moles adjacentes e à aplicação de uma tensão periostal sobre o
tecido ósseo, permitindo um desenvolvimento normal dos arcos dentários com uma
erupção dos dentes permanentes num sentido mais vestibular (aumento do arco no
sentido transversal).
De acordo com Rossi (1988), a atuação da aparatologia sobre a sutura
palatina mediana constitui um dos principais fatores para o seu sucesso. Como os
ossos não se desenvolvem sob pressão, a musculatura peribucal exerce
indiretamente ação no sentido de impedir o desenvolvimento do palato pelo
crescimento local da sutura. Os escudos de acrílico, ao eliminarem a força exercida
pelo tecido mole sobre os maxilares, tornam propício o aumento da quantidade de
osso na sutura palatina mediana, levando à expansão.
Para Araújo e Buschang (2005), os aparelhos funcionais são capazes de
expandir os arcos dentários, porém não são capazes de realizar uma expansão
esquelética na maxila, já que não existe na literatura trabalho com metodologia
adequada para esse fato.
Com relação aos efeitos transversos, parece haver unanimidade de que o
aparelho de Fränkel é o mais indicado, estando o sucesso associado à flexibilidade
do aparelho e/ou ao tamanho dos escudos vestibulares. Sendo sua indicação
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principal o tratamento das atresias maxilares por hipertonia da musculatura peribucal


(ROSSI, 1988; BASTOS e MUCHA, 2002; ARAÚJO e BUSCHANG, 2005).
A montagem dos modelos em mordida construtiva, preconizada a uma
relação de topo-a-topo dos incisivos, assim como na técnica Bimler, promove o
crescimento mandibular no sentido ântero-posterior (ROSSI, 1988).
Frankel divide os seus reguladores de função em: Regulador de Função 1, 2,
3 e 4, cada um com suas características e indicações (HOPPE, 2009).

Regulador de Função 1 (RF1)

Indicado para expansão dos arcos nas maloclusões em classe I de Angle, ou


para obter o crescimento mandibular nos casos de classe II, primeira divisão
(ROSSI, 1988).
Este aparelho é composto por dois escudos vestibulares e dois labiais,
apresentando ainda o escudo lingual que atua como guia ortopédico para resolver o
problema de desequilíbrio postural auxiliando a mandíbula a permanecer em sua
nova posição conseguida através de uma mordida construtiva. Os fios do RF1 têm a
função de apoiar e unir os escudos vestibulares, estabilizando-os. Pode ter um arco
vestibular superior para palatinizar os incisivos superiores. Uma alça canina superior
é adaptada na região interdental (entre incisivo lateral e caninos superiores). Os fios
e alças linguais só tocam os incisivos inferiores se houver a necessidade de protruí-
los (HOPPE, 2009).

Regulador de Função 2 (RF2)

Destinado para correção de maloclusão classe II de Angle, segunda divisão,


com deficiência mandibular. A diferença entre o RF1 e o RF2 reside na presença de
uma alça canina modificada e um arco palatino tocando a face palatina dos incisivos
superiores para vestibularizá–los (ROSSI, 1988; HOPPE, 2009).
Magalhães, Ursi e Okazaki (1997) verificaram que o RF2 tem uma influência
mínima no crescimento maxilar, enquanto apresentam grande atuação no
crescimento e grau de protusäo mandibular, melhorando a relaçäo
maxilomandibular.
16

O RF2 propicia um aumento significativo no comprimento efetivo e no corpo


da mandíbula, sendo que os incisivos superiores são verticalizados e retruídos na
base óssea e os inferiores apresentam uma vestibularização e protrusão, enquanto
que os molares inferiores sofrem uma extrusão significante. O RF-2 promove uma
melhora significante na relação sagital maxilomandibular, melhorando o perfil
esquelético e a relação entre as bases ósseas, com ocorrência de uma suave
retrusão do lábio superior e uma significante protrusão do inferior (NOBRE, 2007).

Regulador de Função 3 (RF3)

Idicado para os casos de falsa classe III de Angle, resultantes de atresia


maxilar. Neste caso, a posição dos escudos labiais é invertida. Nesse aparelho, o
arco vestibular é transferido para a mandíbula, tem-se a presença de um arco de
protrusão da maxila e apoios oclusais nos últimos molares inferiores. Estas
modificações têm o objetivo de inverter a ação dos aparelhos, promovendo um maior
desenvolvimento da maxila em detrimento da mandíbula (ROSSI, 1988).

Regulador de Função 4 (RF4)

Indicado para os casos de mordida aberta anterior. Possui dois escudos


vestibulares, um arco palatino e um arco vestibular superior e quatro apoios oclusais
(ROSSI, 1988; HOPPE, 2009).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É no ponto frágil do sistema que existe o apelo pela OFM. Ela corrige não
apenas os dentes e ossos mal posicionados, mas também readapta a musculatura,
proporcionando aos pacientes um tratamento total. Aplicando-se o AOF segundo
suas indicações e na hora certa, o paciente se beneficia com um belo sorriso, uma
oclusão funcional excelente, uma bela curva mandibular e perfil lateral e, ainda mais
importante, uma articulação têmporomandibular sadia e estável.
Para isso, o diagnóstico das necessidades particulares de cada paciente deve
ser o mais completo e exato possível. Não há uma terapêutica declarada, como uma
receita técnica. Deve-se tirar o máximo proveito da utilização dos aparelhos
17

funcionais, uma vez que têm aplicações diversas, desde a correção de maloclusões
imperceptíveis em crianças, maloclusões mais severas em pacientes de diversas
idades e como tratamento complementar na reabilitação com prótese dentária (Ver
Tabela 01).
Crianças Adultos
Maloclusões Etiologia AOF Etiologia AOF
Componente hereditário
Respiração bucal
Interposição lingual
e/ou labial Componente hereditário
Mordida Aberta Sucção digital Bionator Fechado Respiração bucal Bionator Fechado
Anterior Onicofagia RF4 Deglutição atípica RF4
Macroglossia Onicofagia
Uso de chupeta e/ou
mamadeira além do tempo
Normal
Padrão facial
Braquicefálico
(hipertonicidade muscular)
Perda precoce de Perda de unidades
decíduos dentárias e/ou inclinação
Perda ou inclinação de Bimler B de dentes posteriores Bimler B
Sobremordida dentes posteriores Bionator Base Desgastes Fisiológicos Bionator Base
Profunda Supra oclusão dos dentes PIPC (Equiplan) Aumento ou pouco PIPC (Equiplan)
anteriores crescimento de um ou
Aumento ou pouco outro segmento alveolar
crescimento de um ou
outro segmento alveolar

Dimensão Padrão facial Padrão facial


Vertical braquicefálico braquicefálico(hipertonici-
(hipertonicidade dade muscular) Bionator Base
Diminuída muscular) Bionator Base Desgastes fisiológicos PIPE
Desgastes fisiológicos PIPC (Equiplan) Perdas de unidades
Perdas precoces de dentárias
decíduos Inclinação dentária

Distoclusão Bionator Base


Esquelética Bionator Base Bionator Invertido
Bionator Invertido Bimler A
Retrognatismo Mandibular Bimler A Retrognatismo Mandibular Bimler B
Bimler B RF1
RF1 RF2
RF2

Distoclusão Mastigação
Dentoalveolar Mastigação unilateral PIPS Unilateral PIPS

Mesiolcusão Prognatismo Mandibular Bionator Invertido Prognatismo Mandibular Bionator Invertido


Esquelética
Mordida Cruzada Retrognatismo Maxilar Bimler C Retrognatismo Maxilar Bimler C
Anterior RF3 RF3

Plano Oclusal Mordidas Cruzadas Migração dentaria PIPS


Patológico Posteriores PIPS

Tabela 01: Correlação entre etiologia das maloclusões em adultos e crianças e a aparatologia específica para cada caso

A simples colocação dos dentes no local onde é julgado ideal denota


desconhecimento das leis que regem o desenvolvimento harmônico do sistema
estomatognático. Os profissionais da área devem conduzir o tratamento dos
18

pacientes indicados como receptores da terapêutica da OFM com responsabilidade


e estarem preparados para isso.
É profundamente lamentável que determinadas maloclusões, passíveis de
serem resolvidas na tenra idade com excelência, sejam conduzidas por profissionais
irresponsáveis e diante da desinformação dos pais a momentos tardios que
propiciam um tratamento mais lento.
Diante de pacientes que se enquadram em fases que não a ideal, não se
pode recusar seu tratamento com os AOF. Pelo contrário, embasamentos científico
e técnico são exigidos com mais responsabilidade, permitindo devolver-lhes a
harmonia do sistema estomatognático, comprometido ao longo dos anos.

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