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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO À LIBRAS
Licenciatura em Música – CAC
Docente: Betiza Botelho
Discente: Edmilson Bruno do Nascimento

RESUMO SOBRE O VÍDEO (A05)


Deficiência, tipos e graus de surdez

Nessa aula, o professor inicia o tema instigando a análise de termos


errôneos ainda hoje usados pela sociedade para fazer menção a pessoas que
possuem algum impedimento físico ou sensorial. Deficiência, termo utilizado
para referir-se a essa parte da população, possui em sua origem significados
excludentes, tratando esses indivíduos como “Outsiders1” do padrão exigido na
sociedade, considerando-as como “anormais” ou “incapazes”. Outros termos
como “doença”, “sequelas”, “anormalidades”, etc, utilizados pela área da saúde,
são outros exemplos mencionados.
A “deficiência” é conceituada no vídeo como uma perda da normalidade
estrutural ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatômica que pode ser
temporária ou permanente e que se entende como uma exteriorização de um
estado patológico, que reflete num distúrbio orgânico.
Enfatizando os tipos e graus de perda auditiva, o professor menciona que
podem ser condutivas, sensorioneurais, mistas ou centrais, que resultam de
uma falha ou anormalidade do “percurso normal” na captação das ondas sonoras
por nosso ouvido, tendo possíveis níveis, dentre uma perca auditiva leve à
profunda. Outro ponto importante mencionado no vídeo é que essas percas
auditivas acometidas nesses indivíduos, podem ser fruto de uma causa genética
ou adquirida por uma doença acometida no decorrer da vida.
O professor também remete a discursão sobre a comunicação de surdos
por língua de sinais ou oralidade, enfatizando que uma pessoa surda raramente
alcançará os objetivos através da oralidade, defendendo o uso de uma língua

1
Termo utilizado por BECKER (2008), para nomear pessoas e ações desviantes.
Becker, Howard S: Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Ed. Jorge Zahar, Rio de
Janeiro, 2008. ... In Sociologia e sociedade: Leituras de introdução à sociologia.
própria para esses indivíduos com um resultado mais satisfatório, que é a língua
de sinais. A busca pela oralidade é mais um reforço do estereótipo desses
indivíduos como seres “anormais”, buscando a normalidade através da fala oral.
Enquanto o discurso através da sinalização, torna a comunicação mais natural e
que fornece condições de pleno desenvolvimento humano e preparação para
atuação e inserção dessas pessoas na sociedade.
No âmbito social, dois termos antagônicos são utilizados no estudo desses
indivíduos como seres funcionais dentro da sociedade, o modelo médico, que
enfatiza a “deficiência” e “anormalidade”, onde o surdo é tido como um ser
dependente, onde gera demanda para a sociedade e que é tratado como um
problema, fardo. O modelo social por sua vez, compreende sim as
desvantagens que esses indivíduos possuem e que por sua vez estão ligadas,
muitas vezes, a pré-conceitos e estereótipos, colocados pela própria sociedade
discriminatória. Nesse modelo, esses indivíduos possuem maior liberdades de
atuação nos diversos campos sociais atingindo uma socialização maior e a
inserção desses indivíduos na sociedade como seres ativos e independentes.

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